Novo patch no Linux para evitar patente do VFAT
A medida tem caráter preventivo, e me parece justificada, mas ver abrir mão de funcionalidades (por menos usadas que sejam) em nome da prevenção a acusações de uso de patentes de software sempre é desagradável.
Lembra do recente processo da Microsoft contra a TomTom envolvendo o uso (por ela, no Linux) de alguns recursos patenteados relacionados ao sistema de arquivos VFAT?
Andrew Tridgell (desenvolvedor conhecido pelo seu papel no projeto Samba) acaba de divulgar um novo patch para evitar que o kernel Linux infrinja as patentes, que se relacionam ao mapeamento entre “nomes longos” e “nomes curtos” neste sistema de arquivos que continua popular em dispositivos móveis e appliances. O patch baseia seu funcionamento na idéia de deixar de lado o “nome curto”, recurso cujo uso é, no mínimo, infrequente. (via lwn.net)
Saiba mais (lwn.net).
Todos aqui sabemos que existem filesystems livres de patentes, mas alguém sabe de alguma iniciativa, empresa, grupo de empresas, etc.. usando filesystems livres de patentes em dispositivos móveis? Se alguém souber por favor publique um comentário.
A partir do momento que se criar uma massa crítica (fabricantes e consumidores) em torno de um formato que seja aberto, esses problemas acabam. Vide o caso do gif vs png. Outro exemplo é mp3 e ogg, que na minha visão ainda tem um caminho a percorrer, mas já começou.
O problema de outro filesystem é que ele não vai rodar nativo no Windows a não ser que a pessoa instale um driver. A grande vantagem do fat e fat32 é que o Windows já reconhece de cara assim que espeta na máquina, sem precisar de qualquer instalação.
Usuário windows é muito mimado e tratado como idiota.
Por que ele não pode instalar um simples driver para acessar uma memória ou partição ?
Ele já faz isso mesmo com um monte de periféricos que compra depois do lançamento de uma versão de windows.
O problema é que o suporte a vfat, bem como a fat 16 e 32, não é só para dispositivos movéis. Quem usa dual boot precisa ter suporte ao fs do outro sistema, em muitos momentos.
Apesar de problemática, a medida de Andrew Tridgell é bem vinda, pois há muitos relatos de que o kernel tem várias partes com problemas com patentes e partes que nem serem livres são (Stallman andou falando isso no III Ensol, e creio que no FISL, se tiver oportunidade, também o fará).
interessante, e mais interessante é saber que podemos futucar no kernel para ver quais partes nao sao livres.