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Ministério das Comunicações anuncia que está colocando uma distribuição inteira (de 2007?) em domínio público

A distribuição, que provavelmente continua com todas as restrições de suas licenças originais (a não ser que o Ministério tenha mesmo recebido permissão de todos os autores para colocá-la em domínio público) pode ser consultada (em pacotes src.rpm – boa parte deles com a extensão fc7.src.rpm) em ftp://telecentro.mc.gov.br/, incluindo componentes da moda vintage deste inverno, como o kernel Linux 2.6.23 e o Firefox 2.0.0.

Segundo a nota (reproduzida abaixo), o sistema já é adotado no pregão existente de 6.200 telecentros públicos, e será usado em mais 15.000 a licitar – e com a divulgação dos fontes o Ministério acredita que “qualquer pessoa pode utilizá-la para desenvolver outros sistemas livres”.

Segue a nota:

Sistema também será usado nos equipamentos de 15 mil novos telecentros que o ministério vai licitar.

O código-fonte do sistema operacional desenvolvido em plataforma Linux para ser utilizado nos telecentros comunitários já está disponível na página do Ministério das Comunicações, na internet. Agora esta ferramenta passa a ser de domínio público e qualquer pessoa pode utilizá-la para desenvolver outros sistemas livres.

“É mais um sistema operacional desenvolvido em plataforma livre que contribui para a universalização da política pública de inclusão digital do Governo Federal”, explicou Carlos Paiva, coordenador-geral de projetos especiais do ministério. Para acessar o código-fonte, clique no link (http://www.mc.gov.br/inclusao-digital/telecentros/solucao-integrada-edital-25-2007-codigos-fonte).

Além de atender a uma exigência do edital nº 025/2007 que licitou equipamentos de informática, audiovisuais e mobiliários para a montagem de 6,2 mil telecentros públicos em todo o país, a liberação do código-fonte servirá para que os interessados no novo pregão, já em andamento no Ministério das Comunicações para adquirir mais 15 mil kits, possam testar o sistema operacional em suas máquinas. De acordo com o coordenador do programa, Carlos Paiva, os equipamentos de informática dos novos telecentros também deverão utilizar o sistema operacional dos telecentros atuais.

Durante a audiência pública que discutiu os termos do edital da nova licitação, em 23 de junho, a coordenação do programa distribuiu DVDs com cópias do sistema operacional, para que possa ser testado por cada interessado no pregão. “Como o sistema operacional já foi adquirido no pregão anterior, em tese, a utilização do mesmo sistema nas máquinas do próximo pregão pode reduzir os custos da expansão do programa”, explica Carlos Paiva. (via softwarelivre.org)

Saiba mais (softwarelivre.org).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-07-06

Comentários dos leitores

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    Interessante como é a evolução do software livre. O Windows XP é de 2001 e tanta gente defende, enquanto a distribuição é de 2 anos atrás e já é classificada como um dinossauro.

    Estranho a nomenclatura FC7. FC = Fedora Core, porém, se não me engano, a versão 7 foi a primeira a adotar a nova nomenclatura, onde o Fedora Core e o Fedora Extras foi unido sob o único nome Fedora, e a nomenclatura ficou F7 e não FC7.

    Alexandre (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 10:39 am

    Concordo com o MarcosAlex, é um ótima iniciativa e se for algo bem feito pode-se sim tirar proveito desta distribuição.

    Desde quando apenas atualização siginifca qualidade? O Slackware por exemplo é conhecido por sempre estar com o pé atrás em atualizações.

    fernando (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 10:46 am

    Essa eu não entendi. Se o sistema operacional é baseado em linux, então ele é regido sob GPL o que torna o software livre, mas isso é muito diferente do uso em “domínio público”.

    Se ela fosse baseada em FreeBSD, estaria tudo ok, mas em linux?

    eljunior (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 11:01 am

    o que exatamente que o MC tá botando em domínio público?

    Marcelo (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 11:17 am

    . “Como o sistema operacional já foi adquirido no pregão anterior, em tese, a utilização do mesmo sistema nas máquinas do próximo pregão pode reduzir os custos da expansão do programa”, explica Carlos Paiva.

    Adquirido de quem?????

    Marcelo (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 11:19 am

    Cara, o assessor de imprensa que lançou a nota tá muito fora de contexto.

    Mario Italo (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 11:22 am

    Essa notícia do MC está o samba do croulo doido.

    Rafael (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 12:00 pm

    @feraf, ainda existem vários pacotes do Fedora que vem com a nomenclatura “fcXX”. :)

    ELS (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 12:38 pm

    O sujeito do MC que escreveu essa nota nao sabe nem do que ta falando, como provavelmente boa parte da equipe que encabeca essa iniciativa.

    Usar Linux eh legal e deve ser incentivado, mas se de fato colocaram em dominio publico o trabalho de terceiros, isso precisa ser corrigido.

    kayo (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 12:40 pm

    Uma empresa ofereceu o serviço de customizar uma distribuição para os telecentros, que no caso foi o FC7, mas foi só isso. Foi algo em torno de 2 milhões de reais.

    link (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 12:51 pm

    Parece que foi uma tal de MetaSys que criou essa distribuição baseada no fedora

    http://www.metasys.com.br/metasys_br/noticias/index.php?news=614

    http://www.metasys.com.br/metasys_br/produtos/caract_clientes.php

    Vagner (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 12:57 pm

    Alexandre, o Slackware é desatualizado !? Você tem certeza disso? Existem outras distros no mercado com problema com atualização BEM maiores que o Slackware.

    contexto (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 3:10 pm

    Ok Alexandre, entendi seu comentario quando se referia que o Slackware não anda seguindo a modinha das atrualizações, seguindo sempre um parametro de que vale mais estabilidade do que atualidade.
    Agora explica pro nosso amigo Vagner, acho que ele não leu direito ou que só trolar mesmo.

    andre (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 3:11 pm

    Acredito que o correto seria disponível ao público, não???

    Elias Amaral (usuário não registrado) em 6/07/2009 às 5:14 pm

    kayo, “Uma empresa ofereceu o serviço de customizar uma distribuição para os telecentros, que no caso foi o FC7, mas foi só isso. Foi algo em torno de 2 milhões de reais.”

    !!!

    Quem tem que cuidar disso é o MP, ou o TCU, sei lá. O.O

    TOC toc (usuário não registrado) em 7/07/2009 às 1:02 am

    Alguns fatos: passei a dar suporte a alguns usuarios do metasys (sistema citado e implementado no pregão acima), e nos meus mais de 10 anos trabalhando com linux, nunca vi nada parecido em termos e denotação de GPL e Linux. O sistema é cheio de bugs e seus scripts chegam ao limite do amadorismo. Não que sejam de todo o mal, mas vejam o sys foi adquirido com o nosso dinheiro. Originalmente herdado do RH, pretendia (acho eu) ser uma distro nos moldes do RH (inclusive há dentro do metasys referência ao licenciamento). Depois de cairem na real e a grana desaparecida, como anunciar uma distro GPL ?
    Eehhh …. caros acadêmicos e administradores públicos tupiniquins, infelizmente assim continuaremos no mínimo 5 anos atrás da onda open source. Para Sempre 3º Mundo ao som do mar e ……

    Engraçado, o pessoal reclama, reclama que o SL não consegue espaço. Mas qualquer iniciativa pública que aparece é linchada pela comunidade.

    Julio Neto (usuário não registrado) em 7/07/2009 às 9:16 am

    Quem tem que cuidar disso é o MP, ou o TCU, sei lá. O.O

    Ué, uma empresa presta serviços pra o governo, o governo disponibiliza o resultado desse serviço. Onde está o problema?

    Acho que o governo deve manter pessoas que cuidem da distro, atualizações, etc. O governo deveria ter usado serviços do próprio governo (Serpro) para cuidarem disso. Um SO não é uma coisa estática, precisa ao menos de atualizações de segurança. Precisa de equipes para administrar e manter. Ter coordenadores da própria casa, que entendam do riscado é essencial para condução dos projetos e manutenção das soluções.

    Pode parecer exagerada a posição dos que criticam a antiguidade da distribuição, mas para oferecer serviços de desktop (afinal é um telecentro) são necessários softwares atuais, o mínimo do mínimo é o navegador. Quanto ao hardware, como é uma licitação, os fornecedores são obrigados a oferecer hardware compatível, então teoricamente não haverá problemas com drivers de vídeo, impressoras, etc. e a antiguidade da distro não pesará nisto, o problema é a coisa que não se controla: os sites da internet, seus serviços novos, documentos que circulam, que precisam ser acessados, impressos, assistidos.

    Quanto ao mercado: falta mais empresas oferecendo serviços baseados no SL. Com concorrência, naturalmente haverá maior qualidade e inteligência nas soluções ofertadas. Mas isso não exime o contratante de ter sua própria inteligência, pois senão será explorado e pagará mais do que o justo (é claro que esses problemas não são exclusivos das soluções em SL). Só espero que essas iniciativas não queimem o filme do SL e ao menos sirva para amadurecer tanto os contratantes quanto os prestadores de serviço.

    Alexandre (usuário não registrado) em 7/07/2009 às 9:54 am

    Não deve ter lido direito, mas é exatamente essa a idéia.

    (contexto)
    “Ok Alexandre, entendi seu comentario quando se referia que o Slackware não anda seguindo a modinha das atrualizações, seguindo sempre um parametro de que vale mais estabilidade do que atualidade.
    Agora explica pro nosso amigo Vagner, acho que ele não leu direito ou que só trolar mesmo.”

    “Acho que o governo deve manter pessoas que cuidem da distro, atualizações, etc. O governo deveria ter usado serviços do próprio governo (Serpro) para cuidarem disso. ”

    Mas é assim que está. É o Fedora 7 com as personalizações, configuraçãoes e aplicações necessárias para o governo. As atualizações de segurança são avaliadas pela Serpro e aplicadas na distro. Em empresas grandes as atualizaçoes de versão não são tão frequentes quanto no dekstop. Hava visto que tem muita empresa que ainda usa o Windows 2000.
    Mas concordo com você que o navegador poderia ser atualizado pra versão mais nova.

    “Quanto ao mercado: falta mais empresas oferecendo serviços baseados no SL. Com concorrência, naturalmente haverá maior qualidade e inteligência nas soluções ofertadas.”

    Concordo perfeitamente. Não só serviço, mas produtos também.

    Essa é boa (usuário não registrado) em 7/07/2009 às 12:43 pm

    As atualizações de segurança do Fedora 7 foram descontinuadas há mais de um ano, em 13 de junho de 2008. Até as atualizações de segurança do Firefox 2.0, incluído nesse pacotão de software antigo, já foram encerradas também.

    Das duas, uma: ou o código-fonte anunciado com tanto orgulho esta semana está longe de corresponder ao que é instalado, de verdade, nos telecentros contratados, ou os telecentros de hoje estão recebendo bastante software antigo e não mais mantido, e do qual haveria facilidade em obter versões correntes.

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