Luis Nassif: Os computadores da Secretaria da Educação
“Retirado do blog do Luis Nassif:
“Estava consultando o programa de venda de computadores para professores, promovido pela Secretaria de Educação de São Paulo, a partir do link passado pela Mara (clique aqui) no post abaixo.
O que me chamou a atenção foi a Secretaria estar oferecendo computadores para professores, com financiamento, e ter incluído o programa Office, da Microsoft.
Na gestão Paulo Renato de Souza, no MEC, uma coluna minha, na Folha, impediu a consumação de uma compra de Office para as Universidades federais, promovida pela notória TBA, de Brasília. Na época, competidores ofereciam ou programas similares a um custo irrisório (a Lotus oferecia o Smartoffice, mais o Notes por 4 reais por cabeça) ou gratuito (caso do OpenOffice, da Sun).
Os representantes do MEC chegaram a discutir com os reitores, para pressioná-los a aceitar a oferta do MEC, de incluir os Office em um contrato-guarda-chuva celebrado com a TBA. Cada Office sairia por mais de R$ 200,00, um absurdo para compras maciças.
No caso da Secretaria da Educação, pode-se discutir se vale o Windows em lugar do Linux. Mas pagar pelo Office não tem a menor justificativa. Além disso, o Windows que vem no pacote da Secretaria da Educação é o inacreditável Home Vista, que exigiu que o computador tivesse 2 GB de memória RAM.
Tem mais.
Segundo nota na Secretaria:
‘O preço final do computador será definido após o Edital de Chamamento Público feito pela Nossa Caixa. Para referência, no varejo, um computador – com essa configuração – custa em torno de R$ 1.900,00 e o pacote Microsoft Office Standard sai por R$ 600,00. Portanto, se comprado no varejo, o computador do professor sairia por R$ 2.500,00. A estimativa é que, após o Edital de Chamamento Público – considerando a centralização e uma grande quantidade de computadores – o valor final para o professor seja de aproximadamente R$ 1.542,00 (redução de 38%).’
Os valores estão superestimados.
Na Kalunga, o Office Home Student custa R$ 200,00 e pode ser copiado em três computadores (confira aqui). Ou seja, no varejo, sairia por R$ 66,00 por cópia. Estamos falando de preço de varejo. A única diferença com o Standard é que o primeiro tem o OneNote (muito mais útil para o professor) e o segundo tem o Outlook. Sem estar conectado em rede, o Outlook é um mero programa de emails e contatos.
Essa mesmo superestimativa foi utilizado nos valores dos micros.
A configuração dos computadores da Secretaria é a seguinte (não se divulgou o nome do fabricante):
• Processador de núcleo duplo de 1.46 GHz
• Memória RAM: 2GB
• HD: 160GB
• Rede sem-fio (wireless)
• Gravador de DVD
• Tela de 15,4″ wide screen *Diz a nota da Secretaria que, se comprado no varejo, esse computador sairia por R$ 2.600,00 (R$ 1.900,00 do hardware, R$ 600,00 do Office).
Clique aqui para conferir o preço, na Kalunga, de um computador de raça, o Presário, da HP. A configuração é quase idêntica à da Secretaria. Falta apenas a tela e o wireless, mas o HD é maior e o gravador de DVD melhor. O preço é de R$ 1.399,00, nas lojas, em 10 vezes sem juros. Em compras de pacote, direto da fábrica, em grandes quantidades, sairia por menos de R$ 1 mil.
Aqui, um Presário com tela widescreen de 15′, por R$ 1.578,00 na loja.
Seria relevante que a Secretaria informasse quem é o fabricante, e porque se chegou a esses valores absurdos.””
Enviado por Tércio Martins (tercioΘpop·com·br) – referência (colunistas.ig.com.br).
:-0
paguei $ 1.400 num C2D c/ 2GB + HD 250GB, há uns 6-7m com Vista Premium e monitor LG 19′
o Nassif, mais uma vez, aponta notícias dignas de nota (e repúdio tb)…
[ ]s
O mais legal do Nassif é que ele é um dos raros jornalistas isentos que restam neste país. O que ele escreve aqui é típico da forma de agir do partido político a que pertence o atual governador de São Paulo e provável candidato à Presidência de 2010.
Essa falta de transparência e favorecimento de soluções proprietárias era uma característica de governos passados que, esperava-se, já estivesse relagada ao esquecimento, mas que teima em continuar porque a mídia tradicional geralmente foca apenas o que acontece no âmbito federal.
CPU Dual Core E2160 2GB 250GB + LCD 15.6″ Wide LG”
vixe, q valor caro pra um Vista Home e MSOffice (da notícia)…
esse daqui vem com Linux, mas justifica pagar $ 600 por um Vista Home + MSOffice ?
=o/
hoje no site da dell 1599,00
Componentes
Processador Intel® Pentium® E2200 (Dual Core, 2.20 GHz, 1 MB L2 Cache, 800 MHz FSB) – BRH7804
Windows Vista® Home Basic SP1 Original em Português
1 ano de garantia padrão
Memória 2GB DDR2 800MHz (2x1GB)
Disco Rigido SATA de 160GB (7200RPM) c/ Cache DataBurst™
Gravador de DVD/CD (Unidade DVD+/- RW 16x)
Opção sem unidade de Disquete
Monitor Dell LCD 15.6″ Widescreen – E1609W
Intel Graphics Media Accelerator 3100 Integrado
Áudio 7.1 Canais Integrados
Mouse Óptico USB 2 Botões
Sem opção de Modem
Acessórios
Sem alto-falantes (Os alto-falantes são necessários para ouvir áudio do sistema)
Microsoft® Works 9.0
McAfee Security Center com VirusScan, Firewall e Privacy, 30 dias de avaliação
Câmera LifeCam Microsoft VX1000 – Resolução 640×480 com 30fps, otimizado para Live Messenger – Garantia Microsoft 3 anos
Serviços
Sem o serviço de instalação
Dell DataSafe Online – armazenamento de 2Gb por 1 ano
Também inclui
Sem Teclado
Adobe® Acrobat® Reader
Ethernet 10/100 integrada
Eu não sei se é picaretagem ou burrice… qual será pior ?
Acho que a burrice, vai ver eles (governo de São Paulo) queiram este contrato para fazer algum tipo de oposição ideológica ao governo federal !
Acho importante não politizarmos a questão: não acredito que seja uma mera questão de PSDB ou PT.
A lei de Grey fala para “nunca atribuir a malícia aquilo que pode ser suficientemente explicado por mera incompetência.”
Só lembrando,o próprio Nassif falou da tentativa de compra pela SRF (Receita Federal, governo PT) de 44.087 licenças de Office, sendo 24.760 do tipo Standard e 19.327 do tipo Professional.
Incompetentes e gastadores irresponsáveis do MEU dinheiro existem em todo lugar.
Cara, vc só vai entender a disparidade entre os valores e o fato de incluir o pacote Office da MS na coisa toda se vc considerar os famosos 20%…
Fora desse contexto, realmente não faz o menor sentido um notebook básico de 1900 reais, nem tampouco a aquisição de um software quando existem opções sem custo.
O que é triste é ver um banco de economia mista, ou seja, pelo menos parte do dinheiro é público, emprestando dinheiro a juros subsidiados para professores comprarem um computador com windows e MS Office, dois produtos de uma única empresa monopolista e estrangeira, ainda mais com preços acima do varejo e empurrando produtos que o próprio mercado rejeitou.
O Vista home não dá sequer o direito a downgrade para o XP (só duas delas dão, a Business Edition e a Ultimate Edition). O MS Office 2007, então, não preciso nem falar que é desnecessário, caro e, o pior, induz ao uso de um formato de arquivos semi-proprietário (padrão ISO por forçação de barra e implementado na prática somente pelo MS Office). Só contribui para encher as escolas e o mercado de modo geral com arquivos em formato openxml e atrasar ou dificultar ainda mais qualquer tentativa de adoção do linux e/ou do openoffice.
E não vi nenhum caso até agora de país, estado ou cidade que tenha contribuido com o projeto BrOffice ou OpenOffice com uma doação de toda ou parte da verba que usam para adquirir licenças do MS Office. Fico revoltado com essas coisas !
@Manoel Pinho, acho que não seria possível algum governo doar nada para projetos de software livre. Como justificar a saída do dinheiro? Haveria “licitação”? Acho que a ajuda só poderia ser dada de outras formas.
“Acho importante não politizarmos a questão: não acredito que seja uma mera questão de PSDB ou PT.”
Mesmo assim, isso é mais um motivo importante para não votar no possível candidato à presidência que foi citado pelo jotaB.
Esse possível candidato é conhecido por fazer lobby em coisas de tecnologia, e já fez um lobby absurdo para a famosa “Telecômica”.
Concordo no geral com as observações, o preço informado realmente parece alto e o computador poderia vir com Linux (+ BrOffice) para economizar nas licenças de software.
Eu gostaria de ver isto acontecer, porém, quero comentar alguns pontos:
Além disso, o Windows que vem no pacote da Secretaria da Educação é o inacreditável Home Vista, que exigiu que o computador tivesse 2 GB de memória RAM.
Bem, todos sabem que, se é para ter Windows, precisa ser o Vista, pois não há mais venda de licenças do XP e, sendo o Vista, foi escolhida a versão Home, que é a mais básica. Portanto, neste ponto não vejo porque a crítica: uma vez que se optou por usar o Windows, há que adaptar a máquina para as exigências do sistema, não tem jeito (equipar com Vista Ultimate para pedir o downgrade seria mais caro que colocar mais memória). De qualquer forma, memória hoje em dia não é cara e só vejo vantagens para os futuros usuários em oferer uma máquina com mais memória. Um computador novo, com processador duplo, com menos de 2 GB de memória atualmente para mim não faz sentido…
Outro comentário, com relação à escolha do MS Office ao invés do Open Office, penso que há que se admitir que, por enquanto (infelizmente) o Open Office ainda não é equivalente em recursos ao MS Office: ele atende ao uso básico, porém, ainda não tem todos os recursos que o MS Office tem. Não estou dizendo que isto justifica a opção pelo MS Office no caso citado; o que quero dizer é que não se pode ainda considerar o Open Office como ferramenta totalmente equivalente ao MS Office sem se perguntar qual o uso que será feito e se o usuário não irá precisar algum recurso só disponível no MS Office.
Agora, no caso citado, penso que não haveria este problema, que o Open Office atenderia às necessidades e que o valor gasto pelo MS Office não se justifica, porém há que se fazer esta reflexão, não se pode assumir automaticamente como substituto.
E imagino que talvez seja este o motivo que ainda leve as pessoas a optarem pelo MS Office em situações como esta: talvez por falta de capacidade ou mesmo de vontade de fazer esta reflexão, opta-se pela opção mais segura, mesmo gastando a mais. Além do preconceito que alguns usuários de Windows + MS Office têm do Open Office (e do Linux). Infelizmente.
Ressalto que atualmente sou usuário do BrOffice e torço para que ele chegue a ter a mesma capacidade em termos de recursos do MS Office mas, enquanto isto não ocorre, não adianta dizermos que isto ocorre se não é verdade.
Muito pertinente seu comentário, Night64. A questão não é política. É que no Brasil, no geral, as instituições — sobretudo públicas — não sabem contratar ou buscar ajuda de consultores ou especialistas em qualquer área. Aliás, já perceberam como aqui todo mundo é sabichão e especialista em tudo? De marketing a TI?
E como quem dá a canetada final não necessariamente tem que entender do riscado, fica a cargo do “ASPONE” definir o que vai ser feito prá cumprir a vontade do “Rei”. Até poderia-se perguntar se tem a famosa “caixinha” ou “ajuda” pro ASPONE. Mas vai por mim: nem precisava. De qualquer jeito ele tomaria a decisão errada, baseada no desconhecimento.
Viram o que aconteceu com o Laptop de US$ 100,00? Mesmo com um processo de licitaçãotransparente, conseguiram transformar todo um conceito educacional apoiado em informática, mesh e conteúdo programático numa mera questão de “hardware barato, wireless e software para crianças”…
O MS Office tem recursos que o BrOffice não tem é verdade, mas eu DUVIDO que a maioria precise deles porque estão mais ligados a macros e outras características que somente certas pessoas em determinadas empresas realmente precisam deles, e mesmo assim, muitas vezes é uma questão de código legado, isto é, bastaria ser reescrito para funcionar no BrOffice.
Se eu que sou professor universitário me sinto atendido plenamente pelo BrOffice 3.x, por que um professor de segundo ou primeiro graus precisariam tanto assim dos recursos exclusivos do MS office ?
Se alguém puder, cite que recursos são esses que são absolutamente necessários para um computador particular de um professor usar em casa. Lembre-se que não estamos falando do uso de um broffice sendo usado pelo depto financeiro de uma empresa que usa planilhas enormes com 1001 macros VBA.
A escolha do Vista + MSOffice2007 com o argumento que é preferência dos usuários e que eles já estão acostumados é ridícula!
Mais de 90% dos professores que é o público alvo em questão, conhecem no máximo o WinXP + MSOfficeXP, sendo assim, a desculpa para não adotar o Linux + BROffice dizendo que exigiria treinamento e maior curva de aprendizado é insensata pois, aconteceria o mesmo com o Vista+MSO2007. Vale lembrar o teste feito por 2 jornalistas australianos apresentando o KDE 4.2 + OpenOffice dizendo que era o Windows7 + MSO novo, e que todos os entrevistados acharam muito melhor e topariam fazer o upgrade.
O que existe por trás disso tudo é simplismente dívida política. “Hoje financio sua campanha, amanhã você faz uma grande aquisição de meus produtos e estamos quites”.
Abraços a todos.
1900 + 600 = 2600??? Oo’
Matemática básica nota 0.
Discordo que seja questão da incompetência.
Tanto no governo federal quanto em São Paulo há profissionais de carreira pagos exatamente para definir este tipo de aquisição.
Por exemplo, se uma secretaria ou entidade pública quer renovar seu parque tecnológico ou tocar um novo projeto ela não decide isso sozinha, há um conjunto de profissionais que mapeiam as necessidades e sugerem a infra-estrutura.
Se não há pessoal/órgão considerado competente para isso eles apelam para a formação de grupos de trabalho ou a contratação de uma consultoria especializada só para sugerir quais equipamentos e softwares, e sua quantidade.
Em São Paulo a opção (mais cara) pela consultoria parece ser a mais escolhida e normalmente são empresas fornecedoras da MicroSoft.
Depois vem o processo de licitação. Aí são outros profissionais envolvidos, que só fazem isso, inclusive a definição do preço base que apontará quando dinheiro espera-se gastar. Tudo isso é fiscalizado pelo Tribunal de Contas do Estado (que nunca questionou o governo estadual tucano) ou o Tribunal de Contas da União (no caso do governo federal).
Como se vê, tem que forçar muito a barra para comprar o produto mais caro e se fechar para opções alternativas. Para isso, basta focar desde o começo naqueles que você quer beneficiar e tudo será considerado legal.
Se lá atrás, na análise inicial da necessidade, se incluísse software livre, por exemplo, não haveria como justificar sua exclusão na licitação final. Por isso ele nem é aventado em nenhum documento, evitando-se que o governo estadual seja acusado de improbidade.
No caso do governo federal, exatamente por conta da maior fiscalização em cima do Lula e por uma certa influência do software livre na administração federal, as coisas são um pouco mais limpas.
O caso citado de compra de milhares de licenças da MS ocorreu no Banco Central, que tem autonomia (não passa pelo gabinete do presidente). Neste caso (como em licitações do congresso e do judiciário) os artifícios são os mesmos de São Paulo para “emplacar” o software proprietário: simplesmente ignora-se alternativas livres, o custo para os cofres públicos e a alternativa de desenvolver soluções livres com uma fração do dinheiro gasto com licenças.
Sim, é um crime tanto do lado da gestão quanto da ética pública.
1- Pelamordedeus, isso não é por ignorância não, isso é claramente ideológico!! Já tivemos demonstrações mais que suficientes desse partido de que é justamente esta a linha de pensamento e atuação deles, perfeitamente coerente! Jamais eles fariam qualquer coisa em benefício do Software Livre ou qualquer iniciativa que privilegie soluções comunitárias ou que dêem poder ou independência ao povo, sem passar pela estreitíssima lógica do onipotente mercado. Tudo se compre e se vende, qualquer solução fora deste esquema é coisa de comunista retrógrado.
É o “uso qualquer coisa que atenda às necessidades, compro o que eu quiser e o que achar melhor, pois sou livre”, como se tudo se resumisse a isso e essa liberdade não estivesse ligada a um enorme sistema de causas e conseqüências que envolvem fatores humanos, as nossas vidas em sociedade, e não apenas cifras ou relações mecânicas de mercado… E o mais curioso, como se isso não fosse uma posição ideológica, já que saem berrando críticas contra o “ideologismo” de quem não concorda com eles… Como se admitir exclusivamente a lógica do mercado (“uso o que eu quiser, desde que atenda…”) não fosse uma ideologia…!!
2- Por favor, por favor, alguém mostre UM recurso que o OpenOffice não tem e que seja de alguma importância para um usuário doméstico… professor, estudante, uso pessoal mesmo, não em atividades profissionais mais específicas ou em empresas.
UM recurso só…
A não ser que se chame de “recurso” o costume de usar MSOffice Pirata por anos e depois precisar aprender meia dúzia de procedimentos levemente diferentes.
Pois é, enquanto isto no Reino Unido governo e oposição estão comprometidos em implantar uma estratégia sustentável de TI que passa pelo software livre. Ou seja, até mesmos os conservadores, da ex-primeira ministra e sempre Dama de Ferro Margareth Thatcher, colocaram na sua plataforma para as próximas eleições a implantação da tríade Open Source, Open standards e Open Procurement. Se não for para inglês ver, será interessante acompanhar.
Primeiro, o Nassif não é imparcial, foi expulso da Folha devido aos problemas entre ele e o PT, ou melhor dizendo, devido ao “namoro” dos dois. Segundo, ao invés de haver uma pechincha, para a redução do preço do Office 2007, muito superior aos similares do mercado, não, o melhor é retirá-lo da oferta, segundo a lógica nassifiana.
Contudo, concordo com o Nassif, as suítes OpenOffice, BrOffice, StarOffice etc..Têm maior aceitação que o Linux, que logo é retirado do PC, então acho que o mais lógico é incentivar a concorrência, inclusive com o pacote da Corel, o Wordperfect.
hneto e Manoel Pinho, dá pra citar dezenas de recursos que o OO não tem ou que ele tem precário e que atrapalham a proditividade. Ocultar os problemas da suíte só prejudica a adoção dela, porque a pessoa que tentar usa-la vai se sentir enganada e sair falando mal.
- as fórmulas matemáticas deles são bem mais limitadas que o Equation editor, principalmente se comparados ao do Office 2007.
- referência cruzada até hoje não funciona direito para itens numerados
- auto-complete não segue a capitulação do texto digitado, mas a do que foi cadastrado
- alguém avise os desenvolvedores que se configurarmos pra primeira letra de uma sentença for convertida em maiúscula automaticamente, isso vale pra quando o último caractere da sentença anterior for uma parêntese ou qualquer outro símbolo especial
- por falar em símbolo especial, por que até hoje eles não permitem configurar atalhos pros simbolos e não acrescentam uma descrição deles?
- o OO ocasionalmente “perde” a sequência de numeração automática configurada anteriormente
- apesar de ter melhorado, ainda falta muitos modelos de planilhas e documentos e exemplos de formatações, nem todos querem configurar na mão o documento inteiro toda vez
Isso sem falar nos crashes nos comandos avançados, bugs, consumo de memória, interface primitiva,…
Uso o OO em casa e no trabalho, defendo o uso dele, mas não vou ficar mentindo sobre ele ser comparável com o MS Office, porque isso só prejudica a adoção dele.
Outra coisa, achar que algum professor iria adotá-lo por causa da briga ODF x OXML também é inocência. Na boa, é muito mais provável que um documento em DOC ou DOCX abra perfeitamente no Google DOCs, KOffice, OO, MS Office sem perder a configuração do que quando usa formato ODF. Praticamente todos os meus documentos do OO no formato nativo ficam desconfigurados em outros documentos que suportam o padrão, que é aberto. Enquanto se eu salvar com os formatos “malvados” da MS, eles abrem senão perfeitos, bem mais próximos.
E, por mais que muita gente não admita, já é comum ver usuários comprando o MS Office 2007 por 250 reais nas lojas, coisa impensada no Brasil até uns anos atrás.
hneto:
2- Por favor, por favor, alguém mostre UM recurso que o OpenOffice não tem e que seja de alguma importância para um usuário doméstico… professor, estudante, uso pessoal mesmo, não em atividades profissionais mais específicas ou em empresas.
UM recurso só…
A não ser que se chame de “recurso” o costume de usar MSOffice Pirata por anos e depois precisar aprender meia dúzia de procedimentos levemente diferentes.
Certo..Templates para documentos de todos os tipos com design profissional e editáveis e estilos avançados para elementos como tabelas e texto. Você já viu os Templates disponíveis por padrão no OpenOffice? São muito inferiores, e digo isso porque o usuário médio não quer criar layouts, porque ele não é designer, ele quer formas prontas. Além de cliparts avançados.
2- Por favor, por favor, alguém mostre UM recurso que o OpenOffice não tem e que seja de alguma importância para um usuário doméstico… professor, estudante, uso pessoal mesmo, não em atividades profissionais mais específicas ou em empresas.
UM recurso só…
Corretor gramatical. (Sei que existe um que pode funcionar com o ooo, mas vc pediu recursos do OpenOffice. E ainda tem que instalar a eca do java pra funcionar.)
era só 1 que vc queria mesmo? :)
O que eu falei foi “recursos de importância para um usuário doméstico”, e numa perspectiva de comparação com o MSOffice, que justificasse esse subsídio estatal. Não estou me referindo a bugs, nem implementações menos-que-perfeitas ou incômodas, nem a recursos extras, mas àquilo que todo mundo usa e que seria mais que o suficiente para os 95 % de usuários “comuns”, como os professores do Estado.
Não estou dizendo que o OpenOffice é perfeito ou que não precisa de mais nada. Não mesmo! Eu também fico incomodado com alguns bugs ou coisas meio sem sentido como não poder mudar a caixa sem alterar as iniciais (só uma que lembro agora) e também acho incompreensível a falta de certos recursos, como a incorporação de arquivos SVG. Só que isso não impediu que eu o usasse para editar minha dissertação, por exemplo, assim como não vai ser impedimento para 95 % dos usuários domésticos produzirem 95 % dos documentos necessários, sem maiores problemas. Outros 5 % que tenham necessidades mais específicas, como editar fórmulas matemáticas complexas (todo mundo faz isso?) poderiam sim precisar de um outro programa que poderia ser o MSOffice; isso é lógico, mas de forma nenhuma poderia ser justificativa para empurrar o MSOffice para todo mundo, neste caso que estamos discutindo!
@marcosalex,
não discordo das suas observações, mas o que você cita é coisa de usuário um pouco mais avançado, não do público que estamos falando.
@bebeto_maya,
também concordo que essa é uma deficiência, mas não é algo de tanta importância para a maioria dos usuários domésticos comuns, que na maioria não usa e nem sabe o que é um template.
@alberto,
também acho que poderia ser um bom recurso acessório, mas não fundamental. E se for para comparar com o do MSOffice… O que eu lembro do tempo em que eu usava, acho que do MSO 2003, era totalmente inútil. Nunca vi ele acertar um erro gramatical realmente errado, mas em compensação implicava com montes de trechos de texto absolutamente corretos mas onde ele não conseguia detectar o contexto. Será que esses atuais continuam assim?
O Wordart é o recurso mais importante e necessário do office! cadê ele no Oo??? Alguém me diz!!! aquela ferramenta genérica não chega nem aos pés do Wordart original!
Eu só uso o Office por causa disso!!!!!
Fala sério. O Oo funciona tão bom quanto o MSo, só não é tão bonito, mas isso é suportável.
Uma das maiores lendas urbanas do OO é acreditar que ele atenda 95% dos usuários. Se 60% conseguirem usar sem sentir falta de nada, já tá de bom tamanho. Uma boa parte dos usuários “comuns” usam ocasionalmente recursos considerados “avançados” e negar isso é tamár o Sol com a peneira.
hneto e Manoel Pinho, dá pra citar dezenas de recursos que o OO não tem ou que ele tem precário e que atrapalham a proditividade. Ocultar os problemas da suíte só prejudica a adoção dela, porque a pessoa que tentar usa-la vai se sentir enganada e sair falando mal.
Que grande produtividade em edição de textos e planilhas é tão exigida assim de professores de primeiro e segundo graus ? Eles não estão usando o BrOffice para diagramar livros, apenas pequenas notas de aula e slides.
- as fórmulas matemáticas deles são bem mais limitadas que o Equation editor, principalmente se comparados ao do Office 2007.
Eu acho o contrário. Odeio o editor de equações do MS Office e inclusive já tive o desprazer de perder 150 equações de um capítulo de uma tese que escrevi muitos anos atrás. Por isso mesmo fui aprender LaTeX e o BrOffice usa um jeito de usar equações matemáticas muiti parecido com o LaTeX e inclusive pode usar a própria sintaxe LaTeX usando o Oolatex
http://ooolatex.sourceforge.net/home.html
- referência cruzada até hoje não funciona direito para itens numerados
Notas de aula não precisam de referências cruzadas. Como eu falei, os professores não estão editando livros em uma editora. Mesmo editoras grandes geralmente não usam o MS Office para edição; há outros programas muito melhores e com mais recursos para diagramação.
- auto-complete não segue a capitulação do texto digitado, mas a do que foi cadastrado
- alguém avise os desenvolvedores que se configurarmos pra primeira letra de uma sentença for convertida em maiúscula automaticamente, isso vale pra quando o último caractere da sentença anterior for uma parêntese ou qualquer outro símbolo especial
- por falar em símbolo especial, por que até hoje eles não permitem configurar atalhos pros simbolos e não acrescentam uma descrição deles?
- o OO ocasionalmente “perde” a sequência de numeração automática configurada anteriormente
Não citou nenhum bug que IMPEÇA o uso do BrOffice para uso por professores para editar pequenas notas de aulas e textos a serem distribuídos aos alunos ou usados nas aulas. Ninguém morre por causa disso.
- apesar de ter melhorado, ainda falta muitos modelos de planilhas e documentos e exemplos de formatações, nem todos querem configurar na mão o documento inteiro toda vez
No OOExtras há muitos templates e recursos extras
http://smalldataproblem.org/ooextras/
e num caso de adoção em larga escala, o mínimo que se espera de alguma instituição é que crie alguns templates prontos para os professores. Fazer um projeto para financiar micros e MS Office a preços duvidosos e cobrando juros é muito fácil. Isso não é inclusão digital de verdade. Até as Casas Bahia fazem melhor.
Isso sem falar nos crashes nos comandos avançados, bugs, consumo de memória, interface primitiva,…
Pera lá. Não vejo crashes no BrOffice não, muito pelo contrário. Cansei de perder trechos de textos digitados no tempo que usava MS Office + windows e todo mundo encarava isso como “normal”.
Interface primitiva ?! Só porque é muito mais similar ao MS Office que todo mundo conhece e já está acostumado, isso não significa que é primitiva. Muito pelo contrário, a interface nova do MS Office foi rejeitada por muita gente e na minha opinião é bem ruim. Isso não é argumento técnico, apenas preferência pessoal sua.
Falar de consumo de memória quando se está usando o Vista para rodar o MS Office 2007, mais pesado que seus antecessores ? Não preciso nem comentar, né ? Qualquer computador vagabundo de hoje roda o BrOffice 3.x com leveza.
O corretor gramatical é talvez o único argumento convincente a favor do MS Office. Mas o CoGroo também funciona e o fato de precisar do java não invalida o seu uso.
E se formos por recusos, o BrOffice é o único que já está adaptado à recente reforma ortográfica do português. O mesmo no MS Office ? Não há sequer previsão.
Como eu falei, o CoGroo foi desenvolvido em ambiente universitária com verba da FAPESP. Provavelmente se o governo de SP pusesse mais verba e gente para trabalhar nisso teríamos uma versão em C++ e melhor.
Muita gente não sabe, mas o corretor gramatical do MS Office foi desenvolvido pela Itautec em conjunto com a USP
http://www.inova.unicamp.br/inventabrasil/revgram.htm
Ou seja, se a Microsoft usou uma instituição pública para desenvolver o corretor, por que o BrOffice adotado por órgãos públicos e iniciativas de inclusão digital não tem esse privilégio ?
@Jaime, obviamente você não leu a matéria do Nassif que eu linkei no comentário. SRF quer dizer Secretaria da Receita Federal, órgão subordinado ao Ministério da Fazenda (Guido Mantega), administração direta da Presidência da República. Todo mundo faz merda, mas tem que assumir a responsabilidade. Se eu tive a responsabilidade de apontar Fulano pra tomar a decisão, ele toma, mas a responsabilidade é minha. Delega-se a execução, não a responsabilidade.