Linux Magazine: O Retorno do Minix
“A revista Linux Magazine de fevereiro publicou uma review do Minix 3 contando a história do sistema, diferenças entre o Minix e o Linux, como o sistema funciona basicamente e ainda, juntamente com a review, um artigo do autor do sistema, Andrew S. Tanenbaum, sobre o uso do computador hoje em dia e como a estrutura do Minix pode fazer a diferença levando-se em conta os objetivos dos usuários comuns. Segue a tradução para o português (no final do post há o link para a matéria original em PDF).”
Enviado por Luiz Martins (syph0sΘhotmail·com) – referência (syph0s.net).
Tanenbaum realmente é o cara dos Sistemas Operacionais, seria interessante a idéia dele ser posta em prática para validar as confirmações ditas por ele, apesar de o conceito de micro kernel ser interessante isso me faz lembrar bastante os BSDs e o X.org, já que para resolver algumas deficiencias de drivers de controle de vídeo dos BSDs o X.org acaba por gerenciar os drivers a nível de usuário o que retira tal responsabilidade do kernel (sendo até interessante), contudo isso resulta no caso de X.blob e também no problema de segurança, é certo que Tanenbaum também disse que tais modulos independentes devem está encapsulados, mas ai já é outro departamento.
A grande pergunta é? Alguém já usou?
Nunca ouvi falar que alguém tenha usado, mesmo vendo esse texto falando maravilhas do minix. Conheço mais usuário do Beos. Se bobear tem mais gente querendo o Reactos ( clone livre do windows ).
Pra mim o Minix perdeu a chance de se tornar um grande sistema operacional, pelo motivo que o Linux quase não foi… Se ninguém tivesse convencido o Linus a tornar o Linux software Livre, provavelmente e nunca seria tão grande, hoje que já temos muita gente focada e Linux e em segundo no freebsd, acho dificil conseguir gente interessada em alavancar o Minix, é mais facil achar gente interessada no Opensolaris que apesar de ser pesadão é bem completo.
E o desempenho “comofas”?
@anakinpendragon
o GNU Hurd implementa partes do conceito de Tanenbaum, no caso a do microkernel independente, contudo enfrentaram grandes problemas por causa da idéia de super rede, além de ser muito mais difícil de debuggar tal código gerado por este conceito.
Talvez a FSF devese desistir do HURD e usar o (kernel do) Minix para lançar um sistema GNU “official”.
O Tanembaum bobeou bastante por não ter liberado o código sob licença BSD ou GPL na época que o linux ainda estava na série 1.X ou 2.2. Agora eu acho tarde demais para alguém se preocupar em desenvolver alguma distribuição baseada nele para uso geral.
Logicamente poderá haver algum interesse e projetos baseados nele mas vão ser para nichos bem específicos. Se a idéia for fazer uma migração do linux para microkernel, uma solução muito mais fácil e já pronta seria usar o microkernel L4 e rodar o linux por cima dele
http://os.inf.tu-dresden.de/L4/LinuxOnL4/
Ele mesmo cita o L4 no artigo.
Pelo que sei o Tanenbaum não pretende divulgar o uso do Minix3 para uso geral. No próprio site do Minix3 (http://www.minix3.org/) ele diz que ele visa aplicações específicas:
* Aplicações onde alta confiabilidade é necessária
* Laptops de $100 de um único chip, pouca RAM e baixo consumo para crianças do terceiro mundo
* Sistemas embarcados (ex. câmeras, gravadores de DVD, celulares)
* Aplicações onde a GPL é muito restritiva (a licença do MINIX 3 é estilo BSD)
* Educação (ex. cursos de sistemas operacionais em universidades)
Eu já usei o MINIX 3 e posso dizer que é muito bom. É um sistema bastante minimalista e que funciona muito bem. E tem até uma quantidade razoável de aplicativos para ele, apesar de existirem poucos drivers de dispositivos de uso geral (deficiência em áreas como som, wireless, etc.)
O Tanenbaum não perdeu oportunidade alguma de tornar o Minix um sistema grande e popular – ele simplesmente decidiu não seguir esse caminho.
Antes do surgimento do Linux, era grande a pressão de colaboradores do Minix para implementar “isso” ou “aquilo”, muitas vezes desviando dos princípios originais do projeto, e foram barrados. Essa frustração foi o que levou Linus a implementar seu próprio sistema, e levou a comunidade a aderir em massa a esse novo projeto.
O Minix sempre teve objetivos acadêmicos, e serve como laboratório para testar princípios e conceitos. Não pretende ser um sistema de uso geral, com ênfase em desempenho (como Linux e BSD) mas um sistema para aplicações específicas, com ênfase em disponibilidade.
@anakinpendragon
“A grande pergunta é? Alguém já usou?
Nunca ouvi falar que alguém tenha usado, mesmo vendo esse texto falando maravilhas do minix.”
Linus Torvalds usou o Minix para desenvolver o Linux (e isso quando o Minix estava bem carente de recursos!)
Existem algumas coisas nesses textos que não estão erradas, mas “não é bem assim”. É fácil falar em Minix3, como “grande exemplo” de sistema modular, usando tal nível de abstração. Um kernel monolítico e um microkernel possuem as mesmas capacidades de modularidade: é somente mudar o nível de abstração e todos os recursos podem ser implementados.
Tércio Martins,
Eu perguntei se alguém usou, pra ver se alguém aqui no forum usou para dar suas impressões sobre o sistema operacional.
Que alguém uso de alguma forma todos já sabem. Mas acabei deixando de forma ambigua. Reformulando… Alguém que esta lendo essa mensagem já usou Minix?
anakinpendragon,
Eu já usei… é muito rápido e estável. E consome poucos recursos.
Eu ja testei o minix virtualizado e funcionou perfeitamente.
traduzir “KERNELS” para “KERNEIS” é o cúmulo!!!
eu também usei a 1 ano atrás. Não reconheceu a minha placa de rede, a placa de som também não. Pode ser mto bom pra ratos de laboratório.
eu to tentando usar no virtualbox, mas não consigo iniciar o x
já tentei tudo que é quantidade de memória com o chmem =VALOR /usr/X11R6/bin/X e nada