Linus comenta sobre netbooks, XFS/Btrfs, Windows 7 e troca do KDE pelo GNOME
“Em suas férias anuais na Austrália, Linus Torvalds sempre aproveita para fazer uma visita a linux.conf.au. Lá ele concedeu entrevista para a ComputerWorld. Na entrevista ele fala, dentre outras coisas, sobre o sucesso do processo de atualização do Linux e aspectos relacionados aos sistemas de arquivos, um campo bastante movimentado ultimamente graças ao ext4 e Btrfs.
Torvalds oferece também insights sobre os motivos que o levaram a migrar do KDE para o GNOME, além de compartilhar conosco as suas impressões sobre o Windows 7.”
Enviado por ASF (antoniosfonsecaΘyahoo·com) – referência (antoniofonseca.wordpress.com).
Linus usando Gnome !? Ele disse que era sistema de idiota….
É que o KDE 4 consguiu ser tão ruim em tantos aspectos diferentes que ele acabou trocando.
Pelo que percebi eu não fui a única pessoa que achou o novo KDE um “tiro no pé”. Bom saber…
Ele deixou claro na entrevista ter mudado pro Gnome pq o KDE4 quebrou o que o 3 fazia.
Bom pra ele.
Pra mim ainda não inventaram um gerenciador de janelas que substitua o KDE.
israroot:
Bom pra ele.
Bom para todos que usam linux e podem escolher qual gerenciador de janelas usar.
Alguém aqui esqueceu do XFCE…
É por isso que o Linus é um cara inteligente.
Gnome, KDE, Xfce, Windowmaker, Fluxbox … que importa… é Linux!
Noticia assustadora seria se ele dissesse que compilar o kernel no Windows Vista.
Engraçado. Ele sabia que o 4.0 não era definitivo, que não estava completo e tal e, em vez de instalar em paralelo com o 3.5, fez uma atualização. Acho que ele já queria mudar pro gnome e deu essa desculpa.
Linus não tá sozinho: eu também achei o KDE 4 uma bomba e migrei pro Gnome.
@Marcelo:le sabia que o 4.0 não era definitivo, que não estava completo e tal e, em vez de instalar em paralelo com o 3.5, fez uma atualização.
O problema (pra ele) não foi esse, mas a quebra de compatibilidade. Aliás, todos os desenvolvedores vão passar por isso com o novo KDE, mas vai valer a pena porque as novas APIs são bem mais robustas. Queria ver agora é o pessoal do KDE conseguir atrair mais empresas pra sua API e a performance delas no ambiente Windows.
Eu vou migrar para o IceWM =)
O Linus, assim como eu, não queria instalar um KDE paralelo, não suportado pela distribuição, para usar em produção no dia-a-dia dele. Ele foi praticamente obrigado pela sua distribuição a utilizar o KDE4 e provavelmente acabou indo junto com a maré. Eu mudei de distribuição menos “burra” há um ano e uma das razões foi ficar com o KDE 3.5.
Sempre fui fã do KDE, mas confesso que o “KDE4″ decepcionou. Na verdade, o KDE 4.0 e 4.1 decepcionaram mesmo. Não sei ainda o KDE 4.2, mas acredito que não vá ser uma maravilha ainda não. As promessas do time do KDE sobre o KDE4 só vão se realizar mesmo, acredito eu que a partir do KDE 4.3.
Mas fico triste com isso, vi um comentário no Slashdot e me identifiquei muito com ele:
Antigamente, eu adorava zoar do Windows porque quando era lançada uma versão final, na verdade essa versão era a Alpha. Daí chegava o SP1 e virava Beta. Depois chegava o SP2 e finalmente virava a versão “final”. Enquanto isso, no Linux os programas em versão Beta já eram considerados finais/estáveis. Hoje em dia eu não posso mais zoar com o Windows, porque tá acontecendo demais com o software livre :(
Os motivos do Linus, e a crítica que ele fez, estão na página 5 da entrevista.
Acho que muita gente está distorcendo o que ele disse. Ele disse que não gostou do KDE 4.0 porque lançaram-no faltando certos recursos (e isso é verdade) e criticou a decisão do fedora (e outras distribuições) terem adotado a versão 4.0.
Ele não disse que desistiu definitivamente do KDE e muito menos do KDE 4, que é uma série nova de versões. E disse que reavaliará novamente daqui a 6 a 8 meses quando fizer a atualização da distribuição.
Eu também não gostei inicialmente do KDE 4.0 e concordo plenamente que foi uma má idéia vendê-lo como versão final e, pior ainda, as distribuições linux a usarem como versão default do KDE. A versão 4.2 é que no fundo é a versão 4.0 e não custava nada as distribuições terem colocado o KDE 4 apenas como uma alternativa mas manterem a estável série 3.5 como padrão.
Mas o projeto KDE está indo muito bem e da versão 4.0 para a 4.1 já houve uma significativa melhora na estabilidade e usabilidade geral e a 4.2, prestes a ser lançada, promete acabar de implementar os recursos que faltaram na 4.0. Acredito que em menos de um ano a série KDE 4.x será tão estável e rica de recursos quanto a série 3.x e com vantagens graças à reestruturação geral, ao uso do Qt 4 e ao fato do projeto já permitir um uso multiplataforma.
Eu aposto que o Linux vai voltar para o KDE em breve :-)
Manoel Pinho, e custava o próprio time do KDE ter chamado a 4.0 de alfa, a 4.1 de beta? Ou seja, lançar como 1.0 realmente a versão completa e funcional?
Reza a lenda que as séries 2.2 do kernel podiam ser compiladas no MS-DOS sob o Borland C ou Turbo C. Li isso em algum lugar, acho que no FTP do kernel.org, mas acredito que não seja mais possível.
Realmente a distro que usa um WM ainda em fase de teste como padrão não é lá muito confiavel. Nada contra o Fedora, acho uma excelente distro mas nem ao menos disponibilizar o KDE 3.5.x como WM opcional isso sim que foi um tiro no pé (melhor: pesoço).
Agora fica tudo mundo churumingando colocando a culpa no KDE por cagadas dos outros. Ainda bem que nem a opinião de “Linus” me influencia…..
Acho que se o KDE4 não tivesse entrado como padrão em boa parte das distros ele não teria evoluído de forma tão fantástica em 1 ano apenas. Com mais gente pra testar, menos bugs o programa vai ter. Vide a MS distribuindo um beta do Windows de graça para qualquer um testar (eu peguei também, mas não vou submeter manualmente nenhum bug report :-).
Os alemães são metódicos e muitas vezes mal compreendidos. Podem criticar a vontade, mas a idéia dos caras vingou. Vocês acham mesmo que o Gnome teria evoluído tanto em tão pouco tempo? Eu duvido.
“Fase 1 do Plano de dominação do Desktop completada, passar para a próxima fase” :-P
pois eh, ja faz um ano que lançaram o kde4 e nem o kaffeine ou k3b apareceram…
Eh… o kde4 precisa se aperfeiçoar muito ainda. A cada login, uma surpresa, nunca se sabe o que vai acontecer.
O kde 3.5 é completo,funcional, e cheio de recursos. O gnome é simples, amigável, prático e funcional. O kde 4 é moderno.
O motivo específico da troca é bem detalhado na entrevista, infelizmente muita gente só lê os títulos. Linus não queria trocar de distribuição e foi forçado a usar o KDE 4.0, pois não havia pacotes do 3.5 na distribuição dele. Esse release foi realmente marcado como para desenvolvedores apenas, o primeiro (e necessário) passo dolorido no caminho para o desenvolvimento de algumas novas idéias para o desktop. Eu mesmo, apesar de desenvolver para o KDE, continuei usando 3.5 na maioria das máquinas “de produção”, e no PC da minha mãe :)
Eu considero o 4.1 um pouco melhor, mas sempre soubemos que apenas o 4.2 ou 4.3 estaria pronto para a maioria dos usuários. Não é à toa que distribuições como o Debian e Slackware ainda oferecem 3.5 como padrão: esta linhagem tem cinco anos de estabilização e trabalho.
O 4.2 é bastante bom, considero este release pronto para ser usado por todo mundo que usava 3.5. Deverá estar disponível esta semana, testem e depois digam o que acharam.
é um tanto quanto estranho Linus Torvalds usando GNOME sendo que ele havia dito uma vez que gnome é sistema de idiotas.por criticar o sistema com que lidavam com o desenvolvimento do gnome
um dos grandes problemas do linus é que ele não pensa antes de falar/escrever algo.ele mete pau e não está nem ai se por acaso ele possa estar exagerando nas palavras
considerando o que ele falou seria como se ele estivesse se chamando de idiota por trocar de WM.
muitas vezes ele esta correto,o porem é que não tem censura em suas palavras que acabam gerando conflito entre os usuarios
sou usuario GNOME,e eu nunca gostei do KDE 3(primeiro WM de linux que conheci),e começei a gostar um pouco do kde4 devido ao seu excelente QT4,que é otimizado.
o que ele quer fazer é dar um alerta aos desenvolvedores do KDE,mas acho que ele deveria ir com um pouco mais de calma nas palavras
Até onde eu sei, o KDE4 ficou mais leve que o 3 devido ao fato de usar a Qt4, a qual é mais leve que a 3 (me corrijam se eu estiver errado).
Pois bem, se eu fosse desenvolvedor e tivesse um tempo de sobra, eu faria um fork do KDE3 fazendo ele utilizar as bibliotecas da Qt4. Assim, teríamos um KDE com todas as funcionalidades e recursos do 3, com a leveza do 4.
Eu, particularmente, ficaria muito feliz se algo assim acontecesse. Mas também ficaria muito contente se no KDE4 tivesse uma opção de ativar recursos do 3. Talvez o Linus gostasse disso tb…
@Peter Parker a questão disto foi o fato de mesmo o time KDE avisando que iriam focar todo o desenvolvimento numa nova versão ninguém levou a sério, neste caso muito dos desenvolvedores nem estava participando do projeto e inclusive aplicações como k3b nem estavam sendo portadas, por esta razão eles tiveram que lançar como stable sabendo que ainda estava muito instável com o objetivo de atrair desenvolvedores, mesmo que ouvessem críticas e pelo visto a iniciativa funcionou muito bem, tanto é que do kde 4.0 para o 4.1 foi uma evolução brutal e o 4.2 terá como principal foco apenas as correções que ficaram ausentes da versão 4.1, no caso ~3580 bugs, dos quais ainda restam ~1805 bugs a serem corrigidos e quando for lançado vou fazer o upgrade do 4.1 para o 4.2 com toda certeza.
Mas espero realmente que todos os programas sejam portados para o novo kde para assim me livrar das dependencias do kde 3.
Ei !!! Alguém disse IceWM ??? Pois eu adoro ele, e agora em conjunto com o PCManFM e o idesk, é muito fácil montar um desktop leve e funcional. Nesse caso menos é mais !!!
Alguns motivos PESSOAIS (por favor, é apenas uma opinião pessoal) porque prefiro usar o KDE, inclusive o KDE 4.1, ao Gnome:
- O diálogo de seleção de arquivos/diretórios do Gtk+ é horrível e até agora não há sinais de melhoria
http://people.redhat.com/otaylor/fosdem2003/file-selector.html
Uso o firefox por default mas odeio toda vez que vejo o diálogo de arquivos dele… Comparem com os de outros sistamas/ambientes
http://insanecoding.blogspot.com/2007/03/file-dialogs.html
http://insanecoding.blogspot.com/2007/04/file-dialogs-take-2.html
- Não gosto também do nautilus como gerenciador de arquivo e muito menos do famoso modo espacial dele (sei que dá para mudar isso).
http://lwn.net/Articles/78355/
E também não gostei inicialmente do Dolphin como gerenciador de arquivos do KDE 4
http://www.kde.org/announcements/4.0/applications.php
porque não gosto que me escondam nada nos gerenciadores de arquivos e tratem os diretórios como pastas com ícones dentro. Sou do tempo que pastas se chamavam diretórios e dos Xtree Golds e Norton Commands da vida e sempre gostei de ver a estrutura em árvore de todo o filesystem.
Felizmente o KDE 4.1 trouxe de volta a visão em árvore para os saudosistas como eu
http://arstechnica.com/open-source/news/2008/03/kde-4-1-to-bring-back-konqueror-tree-view-other-goodies.ars
O que eu acho que o Linus quis dizer no fundo no passado sobre o Gnome não era que ele era um sistema para idiotas, mas que tratava o usuário como idiota ao esconder opções e detalhes.
http://linux.slashdot.org/article.pl?sid=05/12/13/1340215
A melhor aceitabilidade do Gnome foi que por causa da licença GPL e não LGPL do Qt no passado empresas como a Red hat e a Canonical adotaram o Gnome como ambiente default nas suas distribuições e com isso capricharam mais em detalhes de usabilidade do ambiente distribuído com o Fedora, Ubuntu e derivados diretos.
Na minha experiência pessoal eu vejo que usuários vindos do windows, pelo menos aqui no Brasil, sentem-se mais à vontade num instante inicial num ambiente KDE do que no Gnome, talvez pela maior similaridade no posicionamento do menu e barra de tarefas, dos diálogos e gerenciador de arquivos e outros detalhes. Tanto que o Kurumin (o antigo), famoso por ser o preferido dos iniciantes no linux, usava o KDE e nunca ouvi falar mal dele por causa do ambiente gráfico escolhido. O Gnome sempre teve uma pequena inspiração no MacOS nos pequenos detalhes como posicionamento das barras e menus e talvez por isso tenha tido maior aceitação inicial nos EUA e não na Europa.
Ele teve que decidir se ele era um idiota ou um irresponsável. Não deve ter sido fácil.
Pelo jeito a maioria aqui não leu a entrevista. Ler somente o título, pricipalmente na notícia do Slashdot, leva a pensar algo completamente errado.
Primeiro, Linus claramente diz que testou o KDE 4.0, que nunca foi recomendado para uso geral. As Distros que saíram correndo atrás de algo novo, de forma irresponsável e a conta caiu pro pessoal do KDE.
O KDE 4.1 teve muitas melhorias, principalmente na estabilidade. Fica realmente faltando aplicativos com versões específicas para a série 4.
Segundo que na entrevista o Linus fala que achou o KDE4(.0) ruim, mas entende que praticamente refizeram todo o KDE para poder desenvolver melhor e evoluir a plataforma.
E lá ele elogia o nível de avanços que o KDE vem alcançando e cita que o GNOME parece precisar de uma mudança radical e então pode acabar passando por problemas parecidos de compatibilidade e estabilidade.
O Aaron Seigo, do KDE, escreveu a respeito da entrevista e repercuções:
http://aseigo.blogspot.com/2009/01/choices-and-punishment.html
“Repercussões” e não “repercuções”.
Mim burro :S.
Dane-se qual ambiente o Linus prefere, cada um usa a que quiser. Mas aposto que tem um monte de fanboy escroto que vai mudar pro Gnome só pq “o tio Linus usa Gnome”.
KDE não é um gerenciador de janelas…
Eu uso de boa o k3b no kde4 (com bibliotecas qt3). E prefiro o mplayer ;) De qualquer forma, ambos são extragears, não fazem parte da distribuição semestral do KDE.
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O problema foi por que o Fedora não fornecia mais pacotes do KDE 3, o Linus estava inteiramente ciente do KDE 4. Foi falta de opções.
E olha que a comunidade do KDE tá dando um enorme puxão de orelhas nessa distros que enfiaram o KDE 4.0 goela a baixo mesmo quando os próprios desenvolvedores estavam alertando contra isso.
É bem fácil de entender: O Linus quis experimentar o gnome antes que o projeto vire fumaça…
Eu estou a usar o ArchLinux já com o KDE 4.2 final (graças ao KDEMOD) e tenho que dizer que é muito bom!!! Usei o kde3 até á uma semana atrás porque o kde4 ainda era bastante instável, mas agora migrei por completo.
Tenho que dizer que o KDE continua a ser aquilo que sempre disse que era: o desktop mais avançado do mundo.
Manoel Pinho em 26/01/2009 às 1:11 pm
Alguns motivos PESSOAIS (por favor, é apenas uma opinião pessoal) porque prefiro usar o KDE, inclusive o KDE 4.1, ao Gnome:
Parabens Manoel, concordo com voce em grau genero e numero. Esse estilo quadradão e cinzento do Gnome com cara de windows 95 é feio mesmo. Poxa, será que não dá pra as janelas de dialogo se adequarem ao ambiente? Dói nas vistas ver esses dialogos em GTK no KDE. ( Vem logo Firefox em QT!!!!)
1º – Como todo mundo disse o KDE 4.0 nunca foi recomendado para produção pela equipe KDE. A usabilidade só melhorou depois da 4.0.4, e particularmente só tomei a decisão de instalar para uso diário a partir da 4.1.2
2º – K3Be Kaffeine NÃO são desenvolvidos pela equipe KDE. São aplicativos EXTRAGEAR que tem um calendário próprio de lançamentos, assim como o Amarok, que só ficou pronto a por volta da 4.1.3.
Alguns aplicativos extraguer como o Ktorrent se esforçaram para migrar logo de plataforma, mas o puxão de orelha sobre os dois exemplos dados deve ser endereçado às equipes de cda aplicativo, e não à equipe KDE.
3º – A última versão da série 3.5, a 3.5.10 foi lançada, se não me falha a memória perto da versão 4.1, o que mostra que apesar do ramo 4.x estar sendo desenvolvido a equipe KDE suportava e recomendava continuar com a 3.5.
4º – Nunca tive um crash com aplicativos 3.5 rodando em 4.X. Todos os problemas que tive foram da série 4 que era demasiado instável. Aplicativos da série 3 ainda são plenamente compatíveis, estáveis e funcionais mesmo rodando sobre kde 4.