“Heróis do software livre: uma lista de Stallman ao Google”
Enviado por Guia do Hardware:
“Toda área tem indivíduos fundamentais que doaram boa parte de seu tempo às ideias em que acreditavam. Cada um deles nos lembra de que cabe aos indivíduos fazer a diferença — e fazer história. Seu trabalho afeta grande parte da população mundial, e traz mudanças fantásticas na forma como vemos e experimentamos o mundo. O software livre tem seus próprios heróis. Você já deve conhecer vários deles; mesmo que não conheça, é provável que use diariamente o resultado do trabalho deles. Este artigo é um tributo a essas pessoas e um resumo para aqueles que chegaram agora ao mundo do software livre. Por Tony Mobily”
Leia em: http://www.guiadohardware.net/artigos/herois-software-livre/” [referência: guiadohardware.net]
É uma lista de grandes nomes, todos com grandes e indiscutíveis méritos… mas eu discordo dela apenas no tocante ao Google, como aliado do SL.
O modelo de negócios do Google é totalmente proprietário. Quando define “padrões abertos”, é para alavancar a adesão aos serviços proprietários da empresa.
O Google baseia-se na armadilha de oferecer serviços gratuitos, para convencer as pessoas a confiar-lhe os seus dados. Depois de algum tempo, você terá depositado tanto dos seus dados nos serviços Google, que será muito difícil você retirá-los de lá, para migrar para outro serviço, se assim desejar.
O modelo de negócios por trás da “computação em nuvem” é apenas uma forma diferente do modelo da venda de software proprietário: em ambos os casos, você estará preso a um produto ou serviço, cuja tecnologia você desconhece.
@Monge
O modelo de negocio deles pode ser proprietario, mas o suporte do google ao software livre eh inegavel. Muitos dos funcionarios do google trabalham em projetos de SL, por exemplo. Sem contar em iniciativas como o GSoC, Google Code, etc.
@mago
reclamar é facil. Quero ver vc fazer melhor. Simples assim.
@Monge
O Google poderia muito bem continuar tendo sucesso e abrir mao de muito do apoio que ele da ao SL (90%+ da renda da Mozilla se deve a parceria com o Google, por exemplo) e ser como outras empresas que existem por ai.
O Google mostra que soube conciliar um modelo de mercado proprietario com incentivo ao software livre. O que ha de mal nisso? Antes toda empresa de medio e grande porte, da area de sistemas e computacao, pensasse assim…
Nauseabundo!
Esqueceram do Mestre Sith Darth Volkerding…lamentável!
reclamar é facil. Quero ver vc fazer melhor. Simples assim.
Falacy detected: Apelo à autoridade:
Auto generated response:
@babão, então:
- se A faz não faz algo melhor que B, todas as críticas de A com relação a B estarão erradas;
- o dia em que A faz esse algo melhor que B, suas críticas passam a estar certas.
É este seu raciocínio?
@falacy_detector
Quase isso. A historia é cheia de gente que faz, e gente que não consegue fazer e então joga pedras por ser incompetente ou mentalmente inferior. E o dia que gente que joga pedras conseguir fazer algo, as criticas feitas anteriormente já não representarão mais a opinião de quem disse. Ou vc acha que um cretino que não consegue fazer nada, quando deixa de ser cretino, mantém as mesmas opinioes?
…e então joga pedras por ser incompetente ou mentalmente inferior
Falacy detected: Falso Dilema
Description: É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de fato há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador “ou”.
Auto generated response: Existem outros motivos para tal.
@falacy, no seu primeiro diagnóstico não acho que tenha empregado bem seu livro de falácias.
Não foi questionado quem está “certo” ou “errado”, apenas foi dito que quem fez, o fez do jeito que achou que devia ou conseguiu fazer e desafiou-se a quem supostamente não faz nada e apenas critica, para que fizesse algo melhor e não ficasse apenas numa situação passiva.
Certamente quem critica acha que está certo e algo que foi feito esteja errado ou possa ser melhorado, mas não acho que seja a questão principal que foi levantada pelo desafio.
Acho que frases como estas estão na cabeça de que fez e foi criticado e de seus defensores:
- na prática a teoria é outra
- as vezes o ótimo é inimigo do bom
- quem faz pode errar, já quem não faz nada…
Acho que o “certo” ou “errado” tb depende do ponto de vista e pode variar com o tempo e a situação.
Com base no seu último comentário falando do “ou” e que pode haver mais opções…
Também pode haver um conjunto do que é “certo” versus conjunto do que é “errado”. Ou seja, não apenas 1 certo, mas vários.
E para adicionar mais complexidade… será que existe realmente apenas algo 100% “certo” x 0% certo (ou 100% “errado”)? Pode haver algo 90% certo, 80%, …
Então recapitulando: temos um conjunto de coisas certas, sendo que esse conjunto é formado por diversos subconjuntos de coisas 100% certas, 99% certas, …, além disso variando no tempo, situação e ponto de vista.
Quero ver seu livro de falácias (baseado em lógica binária?) diante desse quadro que acredito ser real.
Chega de retórica por hoje? :)
…E para adicionar mais complexidade…
No description available.
@plenonasmo_detector
Nao creio que a expressao acima seja pleonasmo. Quando tirado o “mais” e deixado apenas a palavra “adicionar” dá a idéia que foi adicionada uma coisa que nao existia antes. E na ocasiao acho que o colega quis adicionar a algo já existente.
Exemplo:
Adicionar açúcar ao cafe. –> Cafe nao tinha açúcar até então.
Adicionar mais açúcar ao café. –> Cafe ja tinha açúcar, mais eu quis colocar mais.
Eu penso assim. :)
Abs!
ahuhUAUHAUUHAUHAUHAUHUAH o Google é bonzinho pq 90% da renda do Firefox vem do acordo de publicidade deles?
Sério, não pensei que alguém ainda não tivesse ouvido falar do Chrome.
@cardoso Para alguns, tudo que se ganha sem ser sob licença de softwares, é ‘do bem’.
Achei legal a lista, mas dizer que o Google é do bem graças à iniciativas open source, é demais.
Ele quer dinheiro sobre, não condeno isso. É por iniciativas assim que o Linux é o que é e que empresas como Red Hat, Novell e afins são respeitadas.
“Sir Tim Berners-Lee. Esse inventou a internet.”
Lembrando que ele não inventou a Internet e sim a World Wide Web. São coisas diferentes. Conferi, e no artigo em inglês não tem este erro.
“Achei legal a lista, mas dizer que o Google é do bem graças à iniciativas open source, é demais.
Ele quer dinheiro sobre, não condeno isso. É por iniciativas assim que o Linux é o que é e que empresas como Red Hat, Novell e afins são respeitadas”
Ué, uma frase desmentiu a outra.
O Google apoia muitos projetos Open Source e no portal deles você vai encontrar todas as bibliotecas que ele usa pra desenvolver seus produtos.
É um dos maiores cases de sucesso de empresas que ganham dinheiro com software livre sem fazer práticas anti-competitivas.
muito boa a lista! ei, por que a gente nao faz uma lista aqui com as pessoas que mais colaboraram para o software livre no brasil?
sergio amadeu
morimoto
em 6/08/2009 às 1:19 pm
@mago
reclamar é facil. Quero ver vc fazer melhor. Simples assim.
Concordo com a opinião, e a espera do porque não é assim?
Cardoso
Sera que esta falando desse?
http://dev.chromium.org/getting-involved/dev-channel
Não se engane ai esta o google chrome para linux.
Agora olhe esse aqui.
http://dev.chromium.org/
Binários
http://build.chromium.org/buildbot/snapshots/chromium-rel-linux/
Licensa
http://code.google.com/intl/pt-BR/chromium/terms.html
Compara um e outro e veja se tem diferença?
Obs. Vai no menu about para ver qual é qual. :)
teste
Meu comentário esta caindo no spam, não sei porque.
@falacia_detector, so mesmo alguem com comportamento de máquina para falar como uma: papagaio. :D :D :D
“O Google apoia muitos projetos Open Source e no portal deles você vai encontrar todas as bibliotecas que ele usa pra desenvolver seus produtos.”
Santa ingenuidade… Ninguem sabe completamente o que eles usam internamente. Muita coisa nao e’ liberada, nao.
Onde estao os fontes do GoogleDesktop ? Tem uma lib com os algoritmos de busca mais avancados ?
“É um dos maiores cases de sucesso de empresas que ganham dinheiro com software livre sem fazer práticas anti-competitivas.”
Patentes sao praticas anti-competitivas. O Google tem um monte delas. E ai ?
Mas aposto que nem você Niels eh 100 por cento do bem :)
Entenda que a google não é uma empresa sem fins lucrativos, mas, entre tanto, ela faz coisas que não teria necessidade fazer, como contribuir com o software livre.
Ou seja, a google faz muita coisa que no fim não são tão vantajosas quanto não fazer nada!
A Google não é santa, mas também não é cafajeste, não rouba descaradamente, ou seja a empresa é tecnicamente justa, mas não boa(boba).
@Romulo
“Entenda que a google não é uma empresa sem fins lucrativos, mas, entre tanto, ela faz coisas que não teria necessidade fazer, como contribuir com o software livre.”
Santa ingenuidade, de novo ! Nenhuma empresa, principalmente as americanas, fazem “coisas que não teria necessidade fazer”.
Quando há liberdade de empreendimento, as empresas têm, sim, liberdade de escolha entre estratégias e ações que conduzam a seus objetivos.
Neste sentido, todas elas – inclusive as dos EUA – são livres para escolher a conduta que acreditam ser a mais adequada à sua estratégia, fazendo “coisas que não teria necessidade de fazer” todos os dias – por exemplo, escolhendo adotar o modelo aberto ou o modelo fechado, ou uma composição de ambos.
Não necessariamente as escolhas realizadas são obrigatórias ou decorrência de algum fator externo. Sem dúvida o usual é escolher a alternativa que pode ser defendida pelo gestor como a de maior retorno potencial para o acionista, mas mesmo isso abre espaço para o exercício da discricionariedade e para a escolha de caminhos não-obrigatórios – fazendo “coisas que não teria necessidade fazer”, ainda que esperando obter o retorno projetado.
Aliás, até mesmo nos regimes planificados e de empreendimento estatal, há espaço para a discricionariedade do gestão, fazendo juízo da conveniência e oportunidade das alternativas que tiver à mão para cumprir o que lhe tiver sido imposto, e a escolha realizada pode perfeitamente ser de “coisas que não teria necessidade de fazer” – coisas escolhidas, às vezes em prol de alguma estratégia ou programa, às vezes em um singelo juízo de retorno esperado, e às vezes com critérios menos claros.
@Augusto Campos
Inacreditável. Vc acha mesmo que alguma empresa “faz coisas que não teria necessidade de fazer” ?
Isso seria advogar a favor do “Gold-plating”. Qualquer gestor com uma vivência sólida em business – repito, vivência sólida – sabe muito bem que isso não tem espaço na selva do mercado corporativo, principalmente, de tecnologia.
Assim fica difícil….
Niels, talvez precisemos definir o que seria “ter necessidade de fazer”. Pela sua referência ao gold plating, entendo que você está entendendo o “não ter necessidade de fazer” como o “não projetado”, e não é a isso que me refiro – porque a própria existência do projeto, e a sua natureza, muitas vezes é uma escolha entre possibilidades não-obrigatórias – assim como diversos detalhes de sua condução tática e operacional. Para mim, inacreditável é você achar que tudo que a empresa faz é por ter necessidade de fazer – felizmente muitas das escolhas delas não são coercitivas.
O que eu busquei afirmar é que a empresa tem liberdade de escolher entre diversas alternativas (ou projetos, ou ramos de atuação, etc.) que conduzem aos seus objetivos e lhe oferecem a expectativa de retorno esperado. Para algumas decisões há apenas uma escolha possível, ou uma claramente identificável como ótima – para outras, não. Para atender a uma estratégia, muitas vezes há diversas alternativas de conduta, e a própria estratégia também pode representar uma escolha por executar “algo que não se precisa fazer” – faz-se para alcançar um retorno ou uma vantagem, mas não por coerção ou obrigação.
O gerente de projetos, o gestor financeiro e tantos outros personagens internos da organização fazem escolhas todos os dias, e conduzem as atividades sob sua responsabilidade de várias maneiras não-obrigatórias, escolhendo o que lhes parece mais eficiente (ou inovador, ou com maior retorno, etc.), mas sem o amparo da simplicidade de haver uma única opção que é aquela que “se tem necessidade de fazer”. Escolhem liberar o código ou mantê-lo restrito; privilegiar os aspectos ecológicos ou o desempenho do motor; ampliar a equipe ou recorrer a horas extras; ampliar o orçamento ou aceitar reduzir o escopo; e por aí vai.
O executor operacional até pode ter pouca amplitude de atuação fora de um escopo e de um padrão bem definido, mas o planejador, o diretor, o conselho e os gestores também são a empresa, e a sua amplitude de escolha é bem mais ampla, dentro dos limites que o mercado permitir e a organização aceitar.
Augusto, lendo seus posts fico com aquela impressao: Para que simplificar se podemos complicar.
Não vejo espaço para “faz coisas que não teria necessidade fazer” no mundo corporativo, principalmente de tecnologia. No contexto que a frase acima foi apresentada, isso quer dizer “Gold-plating” que, a propósito, não quer dizer “não projetado”.
Deixa pra lá, pois tenho certeza que existem milhares de tentativas de justificar esse ou aquele ponto de vista e isso não vai agregar em nada para essa thread.
Niels, eu também fico com impressões quando leio o que você escreve, mas acredito que comentá-las não agrega nada à discussão, apesar de você não ter a mesma cortesia comigo.
De qualquer forma, “o contexto em que a frase acima” foi apresentada por mim é o que eu descrevi. E me parece que “o contexto em que a frase acima” foi introduzida originalmente por outro participante também foi este: o do exercício de opção não-obrigatória, e não o de atividade não-planejada (que estaria, aí sim, relacionado mais propriamente com gold plating). Os gestores da empresa mencionada, podendo optar entre vários cursos de ação, escolheram como a alternativa mais desejável (com base em sua estratégia) aquela que foi descrita acima – embora outras empresas e outras estratégias pudessem preferir trilhar caminhos bastante diversos, se defrontadas com as mesmas alternativas.
Felizmente há bastante espaço para o exercício de opções não obrigatórias no mundo corporativo em geral. E concordo com você que o gold plating não é bem-vindo.