Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


UCA: Governo rejeita Mobilis, manda testar os laptops Classmate da Intel, mas já fala em prazo para a entrega deles aos professores (atualizado)

A notícia abaixo, que no momento aparentemente foi tornada indisponível no site do IDG Now, diz que dessa vez o governo parece falar bem concretamente em fechar rapidinho o negócio com a CCE, que vai fornecer os laptops Classmate da Intel – que ainda estão entrando nos testes que, para o rejeitado modelo da Encore, demoraram quase o ano letivo inteiro.


Classmate é o preferido?

Curioso, não? Segue trecho do aparente furo de reportagem (ou eu que andava desinformado sobre o que estava rolando após a conclusão da análise do Encore?) publicado pelo IDG Now e ainda visível no cache do Google.

Enquanto impasse entre MEC e Encore arrastava edital, ClassMate PC ganhava espaço em colégios em Piraí, Araucária, Jundiaí, Campinas e Araxá.

A rejeição do laptop educacional Mobilis, da empresa indiana Encore, nos testes de aderência do Ministério da Educação (MEC) beneficiou diretamente a Intel, responsável pela plataforma ClassMate PC.

Alegando deficiências técnicas no Mobilis, o MEC rejeitou a oferta da RF Telavo, empresa brasileira que representa a fabricante Encore no Brasil, e chamou para negociar a CCE, que ofereceu a segunda melhor oferta na licitação em dezembro de 2008.

A licitação escolheria o fornecedor dos 150 mil laptops educacionais que o Governo pretendia distribuir para 300 colégios públicos pelo Brasil para o ano letivo de 2009.

Um ano antes, o Governo foi obrigado a cancelar o primeiro edital após divergir sobre o preço apresentado pela Positivo Informática, que apresentou a melhor proposta na ocasião.

Segundo o Governo, os notebooks da CCE passam atualmente por testes no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (InMetro), que deverá divulgar um relatório aprovando ou rejeitando os equipamentos.

Após a divulgação do relatório, MEC e CCE assinam o contrato que oficializa a compra, o que dá à fabricante 45 dias para que o primeiro lote de máquinas, voltado aos professores, seja entregue.

Antes do anúncio da rejeição do Mobilis, a Intel anunciou parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro para equipar toda a rede pública de ensino da cidade de Piraí, o que resultaria na compra de 5,5 mil ClassMate PCs. (via IDG Now e cache)

Saiba mais (idgnow.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-12-14

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    elias (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 12:05 pm

    … o.o

    Guilherme Mac (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 3:00 pm

    Bom para os brasileiros.
    Mas sobre o projeto, é puro desperdício de dinheiro. Esse tipo de projeto é a última fase que se deve fazer na educação, e o Brasil nem passou na primeira fase, que é melhorar a qualidade do ensino partindo dos professores. Além do mais, a UNICAMP fezx um estudo que sugere que alunos com computadores tem seu aprendizado reduzido:
    http://www.estadao.com.br/tecnologia/not_tec123934,0.htm

    Júlio Neto (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 5:13 pm

    Guilherme, você fala como se a realidade da educação fosse igual em todo o Brasil, o que não é verdade. Existem municípios, e dentro dos municípios podem existir escola, mais adiantados nessa questão, não é justo parar tudo nesses lugares para que eles esperem pelos outros.

    Em lugares em que a educação já está bem consolidada, esses computadores vão sim ajudar na educação. Quanto à esse estudo, existe uma diferença MUITO grande entre simplesmente usar o PC e usar em aula, com orientação dos professores.

    Guilherme Mac (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 6:07 pm

    Júlio,
    a educação pública no Brasil é de má qualidade e isso é homogêneo. O heterogêneo fica em diferenciar as ruins das péssimas. Isso é fato, é estatístico, é de conhecimento interno e externo, como mostra dados inclusive da ONU. Estamos entre os piores do mundo:
    - http://educacao.terra.com.br/interna/0,,OI1312393-EI3588,00-Brasil+melhora+na+alfabetizacao+mas+ensino+e+ruim+diz+estudo.html
    - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL198003-5604,00-BRASIL+ESTA+ENTRE+OS+PIORES+NO+ENSINO+DE+CIENCIAS+DIZ+OCDE.html
    - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL198581-5604,00-SITUACAO+E+POUCO+COMODA+COM+NOTA+BAIXA+EM+CIENCIAS+DIZ+INEP.html
    - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL203171-5604,00-BRASIL+MELHORA+EM+MATEMATICA+E+PIORA+EM+LEITURA+MOSTRA+OCDE.html

    Além do mais, o orçamento da educação é ridículo. E até mesmo o governo federal está investindo menos:
    http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/09/08/governo_lula_deixou_de_gastar_mais_de_20_bilhoes_em_educacao-548126278.asp

    Devem existir prioridades. Países como Coréia do Sul, que era mais pobre que o Brasil, simplesmente não tentou fazer malabarismo, mas sim fez metas.

    Eu tbm gosto de tecnologia, mas a educação, já que tem orçamento risível, deve ter prioridades de investimento e esse milhões gastos, poderiam ser investidos em algo que realmente funciona a tempos, que realmente dá resultados eficazes e não em malabarismos que até mesmo é duvidoso.

    Leia mais aqui sobre a educação no Brasil:
    - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090604_economist_educacao_cq.shtml
    - http://www.brasilia.unesco.org/noticias/opiniao/artigow/2004/investir
    - http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM366718-7823-EXEMPLO+DE+INVESTIMENTO+EM+EDUCACAO+NA+COREIA+DO+SUL,00.html

    Marcio (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 6:59 pm

    Pô… CCE ?!

    eduardo (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 9:52 pm

    “a educação pública no Brasil é de má qualidade e isso é homogêneo. ”

    A educação do Brasil pode não ser a melhor do mundo, mas pelo menos estamos bem melhor que os Estados Unidos.

    Smaug (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 11:10 pm

    Já ando por aqui com essa coisa de falarem mal de qualquer iniciativa de levar computadores para as escolas. Isso está sendo feito no mundo inteiro, é irreversível. Sabe o tamanho da Coreia do Sul? 100.000 km2. E o Brasil? 8.500.000 km2. Qual é mais fácil administrar? Não dá prá comparar.

    Guilherme Mac (usuário não registrado) em 14/12/2009 às 11:36 pm

    eduardo, é um absurdo o que vc falou! Completamente fora da realidade! É um espanto ver alguém falar uma coisa dessas.

    Smaug, não é falar mal ou não querer tecnologia nas escolas. Não tem nada a ver com isso. Todos querem tecnologia, isso é inevitável e necessário, mas não tem relação com querer ou não, tem a ver com planejamento dentro de uma realidade. É ter prioridades, planejamento pra um bem maior. Não adianta gastar milhões, de um orçamento já mínimo, se outras alternativas seriam mais eficazes, mais baratas e que gerariam consequências muito mais abrangentes.

    E esse de “mais fácil de administrar” é uma furada. É a desculpa que toda má gestão quer. Se fosse assim as medidas que a China está tomando para educação (pesquise sobre o tema), ou que os EUA tomou, eu mesmo outros gigantes, nunca dariam certo. A desvantagem no tamanho pode ser um vantagem, é tudo questão de gestão. O que faz ou não dar certo é planejamento estratégico, seguir metas sérias, com base numa realidade nacional.

    eduardo (usuário não registrado) em 15/12/2009 às 12:13 am

    @Guilherme Mac, Falo com base em amigos que estudavam em escola pública no Brasil e foram estudar nos Estados Unidos.

    Deixo claro que estou me referindo a educação básica. Quando se trata de educação superior, claramente os Estados Unidos ganham, por causa de algumas instituições como Stanford, MIT, UC Berkley, Caltech, etc. Mas se desconsiderar esses monstros, no geral é a mesma coisa.

    Guilherme Mac (usuário não registrado) em 15/12/2009 às 1:40 am

    eduardo, como mostrei através de dados, tantos nacionais quanto de organismos internacionais, nossa educação básica é uma das piores do mundo. Não há nem o que contestar.

    Se vc ver o relatório do PISA (um dos mais importantes do mundo) o Brasil está na frente de poucos países. Os EUA não estão bem realmente, poderiam estar melhor, não nas intermediárias, mas a política neoliberal estado-unidense proporciona isso, pois é tendência dos EUA o governo se afastar de muitas coisas e deixar a iniciativa privada resolver.
    http://www.oecd.org/document/40/0,3343,en_32252351_32235731_39701864_1_1_1_1,00.html

    A UNESCO tbm diz a mesma coisa:
    http://aprendiz.uol.com.br/content/drigudremi.mmp

    Como eu disse, tecnologia e computadores são necessários. A própria UNESCO recomenda algo do gênero. Mas com um orçamento ridículo, tem que se ter responsabilidade com o dinheiro e prioridades estratégicas. Primeiramente arrumando erros que persistem. É o básico do básico. que não é tão caro, relativamente falando, mas que nunca fazem.

    Júlio Neto (usuário não registrado) em 15/12/2009 às 9:48 am

    Guilherme, eu continuo insistindo, todos os dados que você mostrou desenham uma situação que no geral é sim muito ruim. Mas mesmo dentro dessa realidade existem sim, ilhas de bom desempenho que podem (e devem, na minha opinião) se beneficiar desses recursos.

    Outra coisa, lembre-se que há muito tempo os principais responsáveis pela educação básica são as prefeituras, o governo federal investe diretamente apenas na educação superior, claro que não exime totalmente a União de responsabilidades, mas ver simplesmente o orçamento federal para a educação não é uma boa medida de investimento.

    Guilherme Mac (usuário não registrado) em 15/12/2009 às 4:09 pm

    Júlio Neto, existir existe ilhas, poucas, pouquíssimas, ínfimas, que dar pra contar nos dedos e estão em lugares isolados (como aqui em Santa Catarina que tem destaque nacional em todos os índices de avaliação mas quase todas as escolas estão abaixo da média mínima, sendo que as poucas que não estão tem notas baixas dentro do mínimo e estão no interior, geralmente em colônias agrícolas alemãs e italianas) essas sim, poderiam se beneficiar. Mas a quantidade, o dinheiro gasto, nem de perto dá pra pensar nas exceções. O dinheiro gasto vai ser pra uso geral, e a realidade das escolas do Brasil não permite isso, pois o orçamento é muito restrito e prioridades básicas deveriam ser o alvo de qualquer ação, pois são muito mais necessárias que qualquer coisa, e nem ao menos está sendo cogitado.

    Quanto o governo federal, ele não é responsável realmente, mas o governo federal sustenta boa parte dos municípios, que não tem condição alguma de “viver por suas próprias pernas” a educação nesses municípios é de erba federal.
    Além disso, como vc deve ter lido nos documentos da UNESCO, as escolas brasileiras em grande maioria não tem condições nem de infraestrutura, nem de formação de professores, etc, etc, etc. Se vc ler o link do O Globo vai ver que o governo federal tem obrigação de investir no MDE (manutenção e desenvolvimento do ensino), que serve pra remuneração e aperfeiçoamento de professores, infraestrutura e material didático. Então, se o orçamento até diminuiu, e o básico do básico nunca foi feito e nem está sendo cogiado, é muito estranho investir em algo caro e deixar de investir em outras coisas que deveriam ser prioridades.

    Se surgisse mais dinheiro, existisse realmente interesse em fazer uma reforma na educação, computadores para alunos seriam necessários. Mas não é isso que está acontecendo. O dinheiro está sendo tirado de setores prioritários, o necessário para começar um reforma não está sendo feito mas mesmo assim estão “gastando o que não tem” em algo que é necessário, mas só depois das prioridades básicas serem feitas, como todo e qualquer país desenvolvido fez.

Este post é antigo (2009-12-14) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.