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Exclusão digital: Cuba descarta ampliar serviço de internet a cidadãos comuns

Governo nega que vá liberar acesso à rede, como já fez com celulares. Em 2008, Raul Castro permitiu venda de aparelhos a indivíduos.

O Governo cubano “atualmente” não deve estender o serviço de internet a cidadãos comuns, como fez em 2008 com a telefonia celular, mas é uma possibilidade que “não é descartada”, informou hoje a imprensa oficial.

Em entrevista ao jornal “Juventud Rebelde”, o vice-ministro de Comunicações, Boris Moreno, afirmou que a possibilidade de permitir o acesso à internet a cada indivíduo “não se descarta, embora seja algo sobre o qual atualmente não exista uma medida tomada”.

Cuba precisaria “ter garantias primeiro do ponto de vista técnico e econômico de que é possível respaldar esse serviço, como fizemos com a telefonia celular”, explicou.

No final de março do ano passado, o Governo da ilha autorizou que os cubanos pudessem ativar linhas de telefonia celular, até então só permitido a estrangeiros, companhias e instituições do Estado.

O Governo cubano ressaltou que o acesso dos indivíduos à internet foi restringido devido às medidas do embargo que os Estados Unidos mantêm contra a ilha e que limitam as condições e qualidade da conexão.

A política oficial foi “privilegiar os acessos coletivos” em universidades, centro científicos, culturais, entre outros, e o desenvolvimento de uma rede nacional.

Sobre o projeto de cabo de fibra óptica que ligará Cuba com a Venezuela para facilitar o acesso da ilha à rede e que deve operar a partir de 2010, o vice-ministro disse que não será a “solução mágica”. (via g1.globo.com)

Saiba mais (g1.globo.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-09

Comentários dos leitores

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    João Marcus (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 10:06 am

    Viva a ilha-paraíso amada pelos dinossauros de miolo mole!

    Fernando (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 10:36 am

    Ei Augusto…

    Coloque ese video ae…

    ;)

    http://www.zdnet.com.au/insight/software/soa/Is-it-Windows-7-or-KDE-4-/0,139023769,339294810,00.htm

    Rafael (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 11:17 am

    Se eu fosse de cuba, não estaria mais lá.

    cardoso (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 11:20 am

    Pois é. Curioso é que telefone e internet pra turista e oficial do partido comunista tem, já pro povão, é “culpa do embargo”.

    Notem que o tal embargo impede que os EUA façam negócio com Cuba (exceto mais de 10.000 empresas americanas que o fazem), não vale para o resto do mundo. Petróleo lá é explorado pelos franceses, bem como telefonia celular. Brasil tem negócios na Ilha, Inglaterra e N outros países.

    Rafael (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 11:41 am

    Abaixo ditadura.

    Helvio (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 12:19 pm

    [Opinião pessoal]
    Se todo mundo (que não é do governo) que quisesse sair de Cuba pudesse fazer isso, acho que nem as bananeiras ficavam na ilha…
    [/Opinião pessoal]

    marcon (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 12:24 pm

    Apesar do embargo dos EUA nao valer para os outros países, ele é importante sim. Um navio que atracar em cuba nao pode mais atracar nos EUA. Entao, para fazer comercio com cuba seria preciso atravessar o oceano e ir somente a cuba, sem atracar nos EUA, o que inviabiliza muitas possibilidades de comercio.
    A pergunta é: porque esse embargo? Porque é uma ditadura? Os EUA patrocinaram muitas ditaduras pelo mundo, muitas aqui na américa latina. Porque é comunista? E daí? O que os EUA tem a ver com isso?
    Acho que o medo maior é que algum pais com sistema diferente do capitalista seja bem sucedido, mostrando que existe alguma alternativa.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 12:38 pm

    “A pergunta é: porque esse embargo?”

    O Bill Clinton já cogitava levantar o embargo justamente por isso. Tá cheio de ditaduras na Africa, mas violentas e muito mais sanguinárias e nem por isso sofrem embargo. E ninguém quer copiar o modelo político comunista de um país miserável como Cuba.

    Só que ele queria que o Fidel Castro desse alguma sinalização democrática, mudasse nem que fosse uma palha no regime, mas o homem não cedeu um milímetro…

    devnull (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 12:58 pm

    > Acho que o medo maior é que algum pais com sistema diferente do capitalista seja bem sucedido, mostrando que existe alguma alternativa.

    Cuba nunca foi e nunca seria este país. Eles torraram muito recurso russo para chegar na coisinha que eles são.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 1:00 pm

    Sei não… Os EUA mantém relações amistosas com alguns países árabes que desrespeitam direitos humanos (tudo isso mostrado sistematicamente em Fahrenheit 11 de Setembro), sem se importar com falta de democracia, abusos de autoridade, etc.

    Bem, no momento em que os EUA virem que poderão ganhar muito dinheiro acabando com o embargo, farão isso na hora! Talvez com isso o Governo de Cuba não use o embargo como desculpa pra tudo!

    andré (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 1:36 pm

    Senhores… por favor…
    Não citem a palavra comunismo sem saber o que ela significa…

    “As principais características do modelo de sociedade comunal proposto nas obras de Marx e Engels são:

    * A inexistência das classes sociais.
    * As necessidades de todas as pessoas supridas.
    * A ausência do Estado.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo

    E concordo com Tércio Martins, é tudo uma questão de grana.

    Afinal estamos no capitalismo não?

    João Marcus (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 1:43 pm

    andré, esse é o comunismo utópico. Não estamos falando de uma utopia, de discursos bonitinhos, de regimes que existem na terra dos unicórnios. Estamos falando da realidade.

    Essa definição de comunismo não passa no teste do riso de qualquer pessoa com um mínimo de bom senso.

    andré (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 2:05 pm

    Para João Marcus:

    Então não use a palavra “comunismo” use “Capitalismo de Estado” ou “Socialismo autoritário”, ok?

    E ,de acordo com suas palavras, vivo cercado de pessoas sem “bom senso” sendo que ontem mesmo visitei um local onde se criam vários unicórnios.

    Ainda bem que o pessoal do software livre adora acariciar unicórnios e tem péssimo “bom senso” pois na época que esse pessoal começou haviam pessoas que diziam exatamente a mesma coisa que você meu caro.

    E, antes que alguém o faça, por favor, não me digam que Cuba, a Antiga União Soviética ou mesmo a China são regimes comunistas.

    Históricamente tal regime apenas se deu na comuna de Paris e na Revolução Espanhola.

    Estevam (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 2:18 pm

    João Marcus…
    O andré está correto na observação. A proposta de Marx e Engels para uma sociedade para além do capital e do capitalismo (a urss foi além do capitalismo, mas não superou a propriedade privada e o capital, logo, ainda era uma sociedade reprodutora da lógica criadora de riqueza a partir de uma relação de exploração). As classes sociais só construções históricas, surgem com a revolução neolítica (descoberta da semente que permite a agricultura e criação de rebanhos), assim sendo, pressupor a naturalidade desse tipo de relação é desconhecer o processo história humano.
    O comunismo de acordo com os autores alemães é denominado de a verdadeira história da humanidade (socialismo é a fase de transição para essa nova forma social), pois enquanto os seres humanos vierem sobre o julgo do capital e reproduzem sua existe não para si mesmo, mas para uma força histórico-social que para existir leva os homens a explorar outros homens, portanto, fazem não a história humanizada, mas a história da desumanização. Assim, os homens continuaram a serem alienados consigo mesmo e com os outros seres, continuaram a viver efetiva na pré-história.
    Sobre o uso do termo bom-senso: recomendo que tenha cuidado ao usá-lo, pois vc o usa sem qualquer embasamento histórico-filosófico. Logo, o que vc diz, por ex., é senso comum e não bom-senso. Bom-senso, como diria o pensador Antonio Gramsci, é o senso crítico e auto-crítico, o que exige um conhecimento sobre história, filosofia, economia, em outros termos, conhecimento sobre a totalidade da sociedade humana, em especial a capitalista, que vc não possui.

    Harry (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 2:43 pm

    Lamentável. Isso é mesmo um absurdo! Não há palavras para expressar a minha indignação diante do absurdo de um estado autoritário que impede que uma ilha inteira possa se desenvolver e usufruir de tecnologias tão básicas como o acesso à internet.

    E quando eu falo em “estado autoritário” me refiro ao estado autoritário, criminoso e imperialista dos EUA que há anos desrespeitam decisões da ONU de suspender o seu embarco criminoso com o uso de um discursinho ridículo e hipócrita ao mesmo tempo em que financia ditaduras e estados terroristas quando lhe é financeiramente conveniente.

    Paulo Pontes (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 3:35 pm

    Alguns aí perguntaram o porque do embargo.

    Basicamente foi uma resposta ao posicionamento de uma base de mísseis em cuba que teria a capacidade técnica de enviar cargas a qualquer ponto dos EUA. Isso ocorreu no auge da guerra fria.

    O embargo foi a forma bolada de impedir a base de se tornar totalmente operacional sem ima invasão armada, que poderia dar início a guerra nuclear.

    Para quem quer mais informações recomendo ver o filme “os 13 dias que abalaram o mundo o mundo” (http://www.adorocinema.com/filmes/13-dias/13-dias.asp)

    Estevam (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 3:42 pm

    Uma excelente entrevista de Mészáros, maior pensador marxista vivo, sobre a crise estrutural vigente: http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15619

    cardoso (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 3:46 pm

    André, durante a Guerra Fria a esquerda brasileira salivava e tinha ereções cada vez que Moscou ou Havana diziam um “a”. SEMPRE foram alinhados com o bloco soviético. Prestes morou em Moscou, era amiguinho do Fidel, assim como TODOS os militantes de esquerda de alto escalão.

    Depois que o Muro caiu todo mundo resolveu “denunciar” que não eram comunistas?

    Desculpe, o Partido Comunista Cubano não concorda com você.

    De qualquer jeito, eu quero distância de paraísos do proletariado que precisam construir muros para impedir que seu povo fuja, ou que perseguem blogueiras (link meu, sorry pelo jabá, Augusto) por ousarem contar ao mundo a quantas anda o país.

    Cardoso, links para outros sites são bem-vindos nos comentários, conforme orientações dos termos de uso. Eu acho que a discussão inteira está off-topic, mas o link em si certamente não está fora deste rumo que a discussão tomou, e nem distante do tema da exclusão digital.

    Estevam (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:00 pm

    Entrevista de Atilio Boron, cientista politico argentino, sobre os acontecimentos em Cuba (só pro senso comum aprender alguma coisa…): http://resistir.info/cuba/boron_03fev09.html

    Castle_Bravo (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:03 pm

    Crise dos mísseis? sempre soube que o embargo americano contra Cuba era por causa da nacionalização das empresas e terras de americanos que acontecera por lá nos anos 60, e que o governo cubano até hoje não pagou por elas.

    Política de reciprocidade, é lei para eles, que aliás deveria ser para nós também no caso da Bolívia quando roubou a filial da Petrobrás de nosso povo.

    Aliás, o embargo sempre foi uma ótima desculpa para a incompetência do governo de lá, pois afinal, qualquer coisa que dê errado tantlo interna quanto externamente, é culpa do embargo oras!

    Esquecem de dizer que para o governo cubano, quanto menos informação “livre” e troca de ideias chegar para a população comum, melhor.

    andré (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:04 pm

    Para cardoso:

    Desculpe meu caro, mas tenho que discordar.

    A esquerda libertária e a anarquista (no Brasil e no mundo) já denunciava a burocratização da revolução cubana e soviética muito antes do início da decadência destes regimes.

    Até mesmo alguns setores marxistas e trotskistas, depois de um tempo, começaram a perceber que, na verdade, o desenrolar das “ditaduras do proletariado” se tornaram apenas mais um forma de capitalismo, o dito “Capitalismo de Estado”.

    andré (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:05 pm

    Para cardoso.

    Ah, e o partido Comunista Chinês também não concorda comigo.

    Iuri Gules (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:08 pm

    Eu acho que ninguém aqui se posicionou a favor de Cuba ou da URSS mas sim a favor do comunismo tendo em mente que URSS e Cuba não são comunistas… Se eles se acham comunistas problema deles. Do que os teóricos falaram sobre comunismo Cuba e URSS não se encaixa.

    E eu não entendi muito bem uma coisa. Cuba permite o acesso a Internet em “Universidade, centro científicos, culturais, entre outros”. Então se é assim acho que a ideia não é impedir que as pessoas usem Internet e sim que o acesso à Internet seja feito de forma democrática.

    André, vários outros usos da palavra “comunismo” são aceitos (e até mesmo dicionarizados) no nosso idioma, e portanto válidos em discussões.

    Inclusive o sentido mais amplo (e listado em primeiro lugar) identificado no Aurélio aberto aqui sobre minha mesa é “qualquer sistema econômico e social baseado na propriedade coletiva”.

    Embora qualquer pessoa possa reconhecer que há definições bem mais aceitas, acertadas e precisas sobre o que é comunismo, não cabe afirmar que os outros não conhecem o significado da palavra, se o usam em uma acepção conhecida e dicionarizada.

    andré (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 4:18 pm

    Para Augusto Campos:

    Colocado desta forma creio que você tem razão.

    marcosomag (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 8:53 pm

    Embora alguns miolos-moles ainda acreditem no JN e considerem que Cuba não têm web para a maioria de sua população por censura governamental, a realidade é bem outra. O embargo dos EUA contra a ilha caribenha restringe desde o acesso de Cuba aos sistemas de cabos submarinos que transportam dados com baixo custo até firmwares de placas de rede com linhas de código escritas por empresas dos EUA. Por tal motivo, todo o acesso à internet banda larga em Cuba é via satélite, o que torna inviável sua popularização e obriga o uso da rede apenas em serviços governamentais essenciais.Apesar disso, em todas as escolas cubanas existem laboratório de informática. Todas mesmo, sem exceção. Se Cuba tivesse acesso ao sistema de cabos submarinos Arcos, que têm 8 pontos de acesso ao largo do seu litoral, haveria uma explosão no acesso à internet na ilha. Cuba seria rapidamente o país com maior acesso per capita à internet no mundo;superando inclusive a Coréia do Sul e o Japão.

    Harry (usuário não registrado) em 9/02/2009 às 9:25 pm

    Para Paulo Pontes:

    O embargo não começou com a crise dos mísseis. Ele começou como algo anterior que foi ficando cada vez pior com o tempo.

    Além disso é errôneo tentar pintar um maniqueísmo histórico no qual Cuba e a URSS foram as vilãs no caso da crise dos mísseis. Esqueceu do episódio da Baía dos Porcos e das intervenções americanas na ilha durante a guerra fria através da CIA? O episódio dos mísseis foi uma resposta contra estes eventos – algo que aconteceu em um período de guerra.

    Mas qual a justificativa para manter um embargo durante tempos de paz após o período de guerra? Não há nenhuma norma internacional que justifique o seu uso em períodos de paz.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 10/02/2009 às 8:14 am

    “Mas qual a justificativa para manter um embargo durante tempos de paz após o período de guerra? Não há nenhuma norma internacional que justifique o seu uso em períodos de paz.”
    É verdade. Ou os EUA ainda pensam que a “crise dos mísseis” ainda existe? Ou que Cuba é uma ameaça?

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