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Era difícil e ficou trivial, parte 4: Vídeo

Quem hoje instala uma distribuição de Linux no desktop e vê seu monitor ser reconhecido e configurado com a melhor resolução possível, ou pelo menos com uma resolução bastante razoável, pode não ter idéia de como isso já foi algo complicado de obter, há poucos anos.

Uso Linux no meu desktop desde 1996, e não exagero ao dizer que já houve tempo em que eu passava alguns dias usando apenas o console em modo texto, simplesmente por não conseguir fazer funcionar o ambiente gráfico em uma nova placa de vídeo (compatível!), ou não obter uma resolução tolerável em um novo monitor. O tempo foi passando, eu fui aprendendo, e logo descobri os macetes para obter uma configuração tolerável sem maior dificuldade, para ir usando enquanto não conseguisse otimizar especificamente para o meu hardware, mas mesmo estes macetes envolviam passos que eram um verdadeiro calvário.


Um monitor colorido da era paleozóica

Para começo de conversa, havia o utilitário xf86config, integrante do pacote X11 (responsável pelo suporte ao modo gráfico), que servia para gerar o arquivo de configuração básica XF86Config. Naqueles tempos heróicos, ele era muito melhor do que não dispor de qualquer ferramenta de apoio à configuração, mas comparado ao que temos hoje (ao menos para o hardware com bom nível de suporte e compatibilidade), equivalia a uma sessão de tortura.

Lembro do desafio que era passar por um processo de tentativa e erro, até conseguir ajustar o ambiente desejado, pois a cada repetição era necessário responder de novo (mesmo que fosse pra manter o default) ao conjunto completo de perguntas (sobre o mouse, sobre o teclado, sobre a placa de vídeo, detalhes técnicos sobre o monitor, sobre a resolução pretendida, etc.), por intermédio de menus nada amigáveis.


Saudosa Trident 9440 de 1MB, quantas dificuldades me causaste…

Um dos passos necessários, nesta época, era verificar no manual do monitor os seus parâmetros de sincronismo vertical e horizontal. A documentação oficial alertava que para alguns monitores menos avançados ou mais sensíveis, informar parâmetros que excedessem suas capacidades poderia causar dano permanente; por outro lado, informar parâmetros que ficassem abaixo da capacidade real tornava impossível alcançar a resolução e frequência máximas do monitor, por isso estes dados se tornavam realmente valiosos – após pesquisá-los, eu colava uma etiqueta com eles atrás de cada monitor que passava pelas minhas mãos, por saber que fatalmente eu ainda teria que repetir a operação algum dia.

Depois de alguma experiência, o passo natural era migrar para a edição direta do arquivo de configuração XF86Config, com auxílio dos HOW-TOs, da documentação oficial do X11 e dos drivers, e de alguma leitura do código-fonte, quando a coisa apertava, ou quando se desejava um recurso muito recente ou ainda não documentado completamente.

Aí a questão dos parâmetros de hardware mudava um pouco, pois além de saber o sincronismo horizontal e vertical do monitor, era preciso gerar a linha de configuração chamada MODELINE adequada a eles (e à resolução e frequência desejadas). Logo surgiram utilitários para ajudar a fazer os cálculos, mas na época o mais comum era procurar na Internet pelos arquivos de configuração de alguém mais que tivesse o mesmo monitor, e reaproveitar as modelines.

Nessa época, era comum publicar na web (inclusive aqui no BR-Linux) artigos ou “tutoriais” em que o usuário que vencia o desafio da configuração de uma nova placa ou monitor explicava como tinha ficado o seu arquivo de configuração, para que outros pudessem replicar.

A virada da maré

Esta situação demorou para começar a mudar, mas felizmente quando houve o ponto de inflexão, o suporte a estes hardwares avançou rapidamente.

Primeiro surgiram ferramentas mais amigáveis de configuração, que incluíam bases de dados mais completas sobre os parâmetros de monitores, facilitando a seleção. Depois veio o reconhecimento automático, e a evolução das placas gráficas foi acompanhada – ao menos para algumas marcas e modelos selecionados – por drivers mais modernos e oferecendo grande gama de recursos.

Simultaneamente os grupos dedicados ao desenvolvimento da infra-estrutura do desktop gráfico alcançaram um grau maior de sintonia, e passamos a contar com mais ambientes que tiravam proveito destes recursos, tais como aceleração gráfica, ambientes 3D, alguns toques de usabilidade e os aplicativos essenciais – claro que ainda há muito a avançar, mas estamos em uma situação bem melhor, no que diz respeito à funcionalidade default à disposição de quem acabou de instalar uma distribuição, do que estávamos há poucos anos.

Minha experiência é limitada ao hardware que possuo, mas os drivers de vídeo Intel dos notebooks e netbooks que tenho usado, bem como o driver proprietário da NVidia (que inclui o utilitário de configuração nvidia-settings), têm me oferecido todos os recursos que eu preciso, e faz tempo que não edito um arquivo de configuração – embora até uns 2 anos atrás eu precisasse fazê-lo sempre que queria habilitar um segundo monitor no meu desktop – hoje eu faço isso pelo nvidia-settings, ou mesmo pela configuração de monitores do Ubuntu, dependendo da versão.


Conector DVI

Destaque especial vai para o reconhecimento dos monitores. Falei acima sobre as dificuldades e os riscos associados à questão dos parâmetros de sincronismo, e agora preciso frisar que faz vários anos que não sei mais o que é precisar pesquisar, preencher ou confirmar este tipo de parâmetro.

O reconhecimento automático tem sido uma realidade para mim e, embora eu só adote monitores LG Flatron, pelo meu laboratório passam frequentemente monitores de outras marcas (AOC, LG, Philips…) e a situação tem sido idêntica: liga o PC, e o monitor é reconhecido e ativado com boa qualidade.

Infelizmente já vivi uma exceção (com um AOC cuja resolução máxima era incomum), e aí para obter a resolução máxima deu algum trabalho, lembrando os velhos tempos – mas foi um caso em um universo de dezenas, e a configuração automática chegou a me oferecer uma resolução aceitável.

A minha instalação

O desktop em que eu faço o BR-Linux nosso de cada dia é composto por 2 monitores, ambos conectados a uma mesma placa NVidia com duas saídas: uma com conector VGA padrão, e a outra com conector DVI. A foto abaixo mostra a configuração em que eles se encontram:

O da esquerda é um LG Flatron W2353V de 23 polegadas (uso em 1920×1080 pixels), reconhecido pelo Linux como de hábito: foi plugar, ligar e usar, pois o sistema já estava configurado para ter 2 monitores. Este modelo foi lançado há pouco tempo e tem alguns recursos que a LG chama de “Smart”, incluindo ajuste automático à luminosidade do ambiente (que eu não uso, mas deve ser legal pro pessoal dos jogos e filmes), e entrada HDMI em adição às usuais VGA e DVI. Eu gosto bastante dos menus OSD dele, que inclusive permitem adaptação a quem usa o monitor no formato retrato (“em pé”), e não no usual paisagem (“de lado”). Outros toques sutis são o consumo de energia total (para meu tipo de uso) bem mais reduzido que o dos demais monitores da casa, e o controle (brilho, contraste, etc.) acionados pelo toque na moldura do monitor, em botões internos que só se iluminam quando a mão do operador se aproxima deles.


Um monitor da série W53

Uma das vantagens de escrever em blogs é que estas empresas se interessam pela gente, e mandam este tipo de hardware para que possamos descrevê-los para o público que nos lê, então aí vai a dica: a LG está dando 10 monitores desta série em um concurso cultural. Eu uso e recomendo, estou bastante satisfeito com o que está aqui (e ali na foto acima).

Já o da direita é um pouco menos recente, um LG M228WA-BM de 22 polegadas. A imagem dele é super boa, a resolução também (uso em 1680×1050), os controles (brilho, etc.) ficam escondidos (mas acessíveis) acima da tela, ele inclui boas caixas de som embutidas, e tem entradas VGA, DVI, S-Video, composto e componente. Comparando com outros modelos da LG, eu noto que ele demora um pouco mais para exibir a imagem após ser ligado – e como eu tenho o hábito de desligá-lo fisicamente quando me afasto, isso incomoda um pouco, sem atrapalhar.

O que este monitor de 22 polegadas tem como maior vantagem em relação ao outro, para mim, é a presença das entradas traseiras para parafusos padrão VESA, que permitem prendê-lo a um suporte articulado para monitor como o da imagem acima. Note que o eixo vertical do suporte aparece acima do monitor da direita na foto do meu desktop. Naturalmente este braço articulado não depende em nada do sistema operacional para permitir que eu posicione o monitor na altura, distância e ângulo que eu desejar, mas há algo mais: ele permite que eu rotacione o monitor, deixando-o em formato retrato sempre que eu vou passar bastante tempo trabalhando com documentos textuais ou com produção web nele – e nisso o sistema operacional precisa intervir, para passar a exibir nele a imagem “em pé”.

Com os 2 monitores, eu consigo manter o que estou produzindo bem em frente aos meus olhos, maximizado, e sobra espaço na outra tela para colocar material de referência e consulta, ou mesmo para ativar o bate-papo ou um vídeo, quando não estou fazendo nada muito complicado. O desktop ampliado lateralmente também permite ter maior conforto na hora de realizar operações que envolvem muitas janelas, como no screenshot duplo acima, que mostra as janelas que usei para scannear a capa de uma revista no Gimp.

Concluindo

Como no caso dos equipamentos multimídia, que mencionei ontem nesta mesma série, o vídeo está bastante ligado ao entretenimento, e por isso deve continuar em evolução constante. Surgem novos padrões de conexões, protocolos, eventuais necessidades de suportar mecanismos de proteção a cópia (como já ocorre nas placas de vídeo com HDMI), e muito mais.

Um caso especial que já conheci de perto, mas é uma situação um pouco diferente (e ocorre com todos os sistemas operacionais que testei) é a de algumas TVs de LCD ou plasma com entrada VGA, que simulam (via interpolação ou outras técnicas) resoluções mais altas do que as que podem de fato exibir com qualidade. Nestes casos, como o sistema operacional acaba optando pela resolução mais alta disponível, perde-se definição, e aí pode dar algum trabalho (eventualmente até passando pela velha pesquisa de “modelines”) para conseguir selecionar a resolução com melhor definição.

O suporte a tudo isso no Linux está longe de ser completo, e certamente nunca será, ao menos enquanto a tecnologia estiver em evolução: sempre haverá um novo padrão em desenvolvimento. E nem todos os monitores e placas de vídeo têm o suporte completo. Mas o que eu desejo hoje, com o penúltimo artigo desta série sobre a evolução do suporte a hardware, é erguer um brinde a todos os procedimentos de configuração de vídeo que já foram complicados e fora do alcance de muitos usuários, e agora são realizados automaticamente para que só nos preocupemos em… usar!

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• Publicado por Augusto Campos em 2009-09-24

Comentários dos leitores

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    isaac (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 5:21 pm

    Das distros que eu já fuçei, a mais fácil para configurar placas de vídeo é a Mandriva.
    No momento da instalação da distro, ela já detecta a placa Nvidia, pergunta se você quer usar o driver proprietário e depois do reboot, já está tudo funcionando ok.

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 5:33 pm

    O vídeo funcionar é realmente trivial, mas a aceleração 3D…

    De um tempo pra cá as distros disponibilizam ferramentas que realmente facilitam da melhor maneira possível, como a encontrada em versões atuais do (K)Ubuntu. De um ano pra cá eu realmente não tive necessidade de editar o xorg.conf para usar de aceleração de vídeo, com exceção de um monitor Viewsonic de 20″ que não fincionava no Linux e nem no Windows 7 na resolução padrão dele. Mas tirando isso, meu velho Samsung SyncMaster 793v, um CRT de 17″ funciona que é uma beleza desde que eu comprei ele anos atrás.

    Mas falando em CRT, quando eu tive meu primeiro contato com Linu, ops, GNU-Linux lá em 1997/98, usando o Conectiva Marumbi, o vídeo funcionava sem problemas, e eu só precisava responder uma vez as perguntas do xf86config. E e olha que a placa era uma Trident idêntica a mostrada pelo Augusto. Por sinal, ela ainda está por aqui :-)

    Ano que vem eu pretendo completar meu sistema 100% AMD, se Deus quiser, com uma novíssima ATI 5850, pra fazer companhia ao meu Phenom X3 e ao chipset 780G, usando drivers 100% livres, que estão em processo de finalização enquanto falamos. Mau posso esperar pelo final de abril do ano que vem…

    freak (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 5:48 pm

    Concordo…

    Não sei como esta o ubuntu hj, mas deixei de usa-lo devido principalmente ao vídeo. Na época eu usava dois monitores e de uma hora pra outra foram feitas mudanças no xorg.conf q só existiam no ubuntu. Ele não detectava corretamente o meu drive, não imaginava q eu tinha dois nonitores e nenhum aplicativo funcionaca. E pra piorar na mão tb não funcionou mais. Em foruns a única resposta q eu recebia era q deveria usar o aplicativo tal e tal e mesmo assim n funcionava… Resultado: desisti e voltei pro mandriva. Até no slackware q sempre foi relativamente mais complicado era mais fácil de fazer do que no ubunru. Enfim… Muita gente se adaptou. Eu sou mandriva…

    Quanto as coisas q estão ficando “triviais” ainda falta muito. Parei de usar um tempo o linux pq simplesmente perdi a paciência em ter q perder tempo com coisas que não era o meu foco. Hj continuo com linux, mas SÓ console, mac (nesse sim os processos são triviais) e windows para a maioria das coisas.

    Tenho fé no linux e sei que um dia ele chega la, mas hj ainda ta bem longe.

    No meu Pentium 100 eu tinha a Trident 9440 + Samsung SyncMaster 3 ( não NE ).
    Não tinha modem, então se não funcionasse eu anotava tudo em papel e pesquisava na faculdade.
    Desta forma levei vários dias até configurar o X.. hehehe
    E como não fazia backup/anotações, toda vez que dava “pobrema” era o mesmo sofrimento. :-/

    Celi Frena (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 6:11 pm

    Também passei por problemas quando os drivers de vídeo abertos da Intel mudaram pra uma versão com algumas regressões, e o Ubuntu 9.04 (se não me engano…) veio trazendo eles. A performance dos gráficos caiu muito, mover uma janela pela tela passou a ser aos trancos, e ter um desktop duplo (no meu caso, monitor e projetor operando independentes) parou de funcionar.

    Mas não precisei mudar de distrinuição por causa disso – procurei a documentação e fiz o que estavam explicando, que era retornar pra versão anterior do driver. Funcionou e resolveu, mas a operação não foi nada trivial (também não foi muito difícil…).

    Fora isso, também acho que todos os micros e notebooks que precisei usar nos últimos tempos tiveram a configuração do vídeo feita de forma mais do que trivial: foi sempre automática e transparente, sem precisar fazer nada – até quando dou boot via pendrive pra recuperar algum arquivo em algum computador da empresa que não esteja com vontade de trabalhar…

    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 6:25 pm

    Volta e meia ainda tenho que editar o xorg.conf

    Lindrix (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 6:45 pm

    Uma mudança em como o vídeo vem sendo suportado pelo xorg complica em certos momentos, pois ele está deixando de usar xorg.conf. Fica dificil saber onde fazer alguma configuração no braço e, em certas distros, como o próprio Ubuntu, se for criado/modificado esse arquivo, ele inicia com o video em modo limitado, obrigado a resetar as modificações feitas.
    Também acho que as configurações de resolução estão muito presas, em muitas distribuições. Às vezes quero uma resolução de 1024×768, e o sistema teima em 1280×800, senão fica um efeito pixelizado nos elementos da tela. Se o xorg.conf vai ser descontinuado, que tal deixar os configuradores funcionar tranquilamente?
    O jeito é esperar….

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:03 pm

    Esqueci de dizer que a nossa Trident 9440 tinha os chips de expansão de memória. Eram orgulhosos 2 MEGA BYTES :-)

    O Mandriva ONE tem os drivers proprietários já no CD, então quando eu uso ele no Live CD, dá pra jogar o Enemy Territory: Quake Wars que eu tenho instalado no HD. Só não fica perfeito por causa do maldito PulseAudio que vem habilitado por padrão e fica dando lag no som.

    Para aqueles que tem problemas de reconhecimento de hardware no (K)Ubuntu, a primeira distro que eu recomendo é o Mandriva. Estou esperando ansioso pela versão ONE do atual RC.

    Vinicius (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:12 pm

    Olá, eu tenho uma TV LCD Samsung, que me dá resolução de 1366×768 pixels (“HD Ready”) e ligo ela sem problemas na saída VGA do meu notebook com Ubuntu… basta ir em Sistema > Preferências > Vídeo e ligar o segundo monitor… até o 9.04 não era muito trivial, pois eu tinha que deslogar e logar de novo umas 2 vezes, pra ele reiniciar o X com a configuração nova… estou no Ubuntu 9.10 Alpha 6 e isso já não é mais necessário, é só plugar (reconhece automaticamente), ir nas propriedades de vídeo e ligar o segundo monitor… ele já se ajusta na resolução nativa da TV,nem preciso mais deslogar para reiniciar o X. Como as resoluções da TV e do note são diferentes (1280×800 no note) eu nunca uso a opção “Espelhar Telas” sempre deixo elas lado a lado… uso bastante pra assistir filmes em High Definition, que as vezes baixo da net…

    Vinicius (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:17 pm

    Celi Frena

    No Ubuntu 9.10 os problemas com o xorg+intel são parte do passado, pelo menos pra mim… agora consigo desempenho muito maior do que antes da reformulação dos drivers (como a intel havia prometido)… aqui consigo agora 3000FPS no glxgears, com o Compiz e o Emerald ativados (antes dos problemas eu tinha no máximo 1200FPS)… e meu chipset é um mísero GMA900:

    00:02.0 VGA compatible controller: Intel Corporation Mobile 915GM/GMS/910GML Express Graphics Controller (rev 03)

    Ah, e o X não congela mais “do nada”

    miranda (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 11:08 pm

    Caramba Augusto, você está inspirado por esses dias….Muito bom cara essa serie de posts, Parabéns!!!

    Velhos tempo de Conectiva Marumbi, configurar o arquivo XF86config e colocar a resolução “na mão” e fazer vários testes no X para ver se a aparecia alguma imagem no monitor, era cruel.
    Acho que os mais dinossauros como eu vão lembrar também da zica que era configurar o scroll do mouse. Caramba, era uma odisseia fazer a simples roda do mouse funcionar.

    Me deu uma crise de saudosismo por esses dias (ou masoquismo?) e instalei o Conectiva 8 no meu laboratório com essa famigerada Trident 9440, essa plaquinha de vídeo fez historia na vida de muito nerd. :D

    Tomara que o próximo capitulo seja como gravar CD/DVD, vai dar muito pano pra manga também.

    De onde vem tanta inspiração? Terás uma musa? :)

    Um hardware atual e uma distribuição atual sabemos que esta fácil, mas, e se o hardware for dessas antigas?
    Algo como,
    placa mãe somente com barramento ISA, logo uma cpu 486.
    vídeo vga padrão com 256KB, placa de rede ne2000, placa de som SB 16 (jumpeada), controladora multi io, OITO MEGABYTES de ram, cdrom proprietário, etc…
    Infelizmente não tenho nada assim (ou quase nada disso), para um teste.

    Reikainosuke Nekomata (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 7:38 am

    TGUI 9440, 9680… realmente não me deixa nenhuma saudade! Ainda tenho algumas placas destas na minha gaveta. Não sei o que fazer com elas.

    PoolS (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 9:29 am

    Pelo post, Augusto! Me fez relembrar de épocas longínquas que não voltam mais (no âmbito da configuração, ainda bem!)

    Detalhe, o seu monitor principal deve ser o W2353v, acho que inverteu um número.

    Até mais,

    Marcelo Nascimento (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 10:22 am

    Pentium 100@166, 16MB de RAM, Trident 9440 e Syncmaster3NE. Acho que essa era a configuração padrão na minha época do Conectiva Guarani. Sempre me assustei com a configuração das frequencias e aquela mensagem ameaçando destruir meu monitor… Há uns meses atrás bichou minha placa de vídeo e tive que usar essa velha 9440 no Mandriva. Funcionou na boa!!!

    Pools, tem razão, já vou corrigir. Pra compensar, vou ver se acho uma imagem mostrando em detalhe o monitor, pra colocar no artigo. Grato!

    Juan (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 1:24 pm

    Outra dor de cabeça constante são as placas SiS M672, que vêm nos notes da CCE. Fuja delas, a não ser que você queira usar o Satux ;) – Alguém conhece alguma outra distro que consiga rodar 3D com essa placa? (estou usando o openSuse, mas só funciona 2D)

    Claudio André (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 1:38 pm

    O monitor 228WA também pode ser usado como TV, o que o torna interessante para quem precisa de um produto dois em um.

    http://www.bestshoptv.com/product/monitor-lcd-widescreen-22-com-funcoes-av-tv-m228wa-placa-sintonizadora-de-tv-tn300-lg.html

    Kez (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 2:05 pm

    Oh Trident 9440! Eu te amava tanto! Por que me abandonastes nesses momentos tão difícieis de configuração do X!!!

    tcribeiro (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 8:35 pm

    Oi Celi Frena!
    Se vc é a pessoa da foto, que beleza de mulher hein!

    E é isso ai, editar xorg.conf nunca mais! :-)

    Tiago Almeida (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 11:53 pm

    Lembro quando utilizava o Conectiva Red Hat Guarani 3.0, acho que em 1999 quando tive meu primeiro contato com Linux. Usei somente o modo texto durante um bom tempo, até conseguir configurar o video (acho que era uma SIS onboard).

    O Desktop naquela época era sem graça e nada de 3D e Compiz que temos hoje.

    Eu usava o XDM como gerenciador de login, demorei 2 semanas para customizar.

    Hoje, uso Debian, e não lembro de nenhuma dificuldade com hardware (nem mesmo wireless)

    Lyn Steffan (usuário não registrado) em 27/09/2009 às 10:48 am

    Como essas merdinhas me deram trabalho um dia!

    Jonathan2 (usuário não registrado) em 27/09/2009 às 7:23 pm

    Ainda apanho para rodar os efeitos de transparência de forma lisa e sem problemas. A maior prova de que certos problemas relacionados ao vídeo e Linux não estarem solucionados são páginas como esta: http://userbase.kde.org/GPU-Performance , e podemos mencionar wikis de distribuições solucionadas estes e outros problemas também.

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