Agradecimento – Doação de sangue para palestrante do FISL 10
Enviado por Patricia Fisch (p·fischΘgmail·com):
Fernando passou por uma pequena cirurgia na quinta-feira e já está fora de perigo.
Muito obrigada a Celepar, que cedeu o ônibus para o transporte dos doadores e aos doadores que espontaneamente compareceram ao hospital.
Impossível nomear todos, mas com certeza a ação foi importante demais neste momento dificil.
Fica aqui uma dica e um comentário sobre os comentários já elencados na primeira noticia:
1) Independente de termos um colega ou amigo que necessite de cuidados médicos durante um evento, percebemos com alegria o interesse de pessoas que nem ao menos conhecem o Fernando e que se dispuseram a ajudar. Por outro lado, é com muito pesar que vejo uma comunidade que se intitula colaborativa, que compartilha seu conhecimento em prol dos demais questionar se é muito ou pouco sangue, qual doença ou causa para internação (para que o infortúnio de alguém desta mesma comunidade seja exposto para “chamar a atenção” ou “incentivar” a doação. Não questiono quem utiliza o código ou sistema onde contribuí. Não preciso de mártir para me sentir motivada a contribuir. Fico envergonhada quando penso que muitos de nós pensamos nos códigos, nas contribuições meritocráticas, nos orgulhamos de participar de uma comunidade livre, mas não conseguimos pensar da mesma maneira sobre ajudar uma pessoa.
2) Já pensaram que cada um de nós que viaja para eventos de SL, ou até mesmo que sai de casa e atravessa a rua para assistir uma palestra pode sofrer um acidente e precisar de ajuda?
Vou propor à organização do FISL que, a partir do próximo ano seja incentivado no primeiro dia do evento que os participantes façam a doação de sangue para um banco de sangue da cidade. E isto poderia se estender a qualquer evento de SL ;)
Vejam, não queremos que pessoas sejam hospitalizadas, e desejo muito que este tenha sido um infeliz caso isolado, mas se podemos contribuir com tanta coisa, porque não contribuir para salvar a vida de alguém?
Como diretora do PSL-PR e organizadora de eventos no Paraná, afirmo que a partir desta experiência que tivemos no FISL 10, TODOS os eventos em que ajudarmos na organização serão incentivados a promover a doação de sangue pelos participantes que se dispuserem a tal.
Uma ação social não faz mal a ninguém. E se no próximo ano for você que venha a precisar de uma doação?”
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Quem sabe não consegue até um incentivo de alguma empresa. Tipo como o Google faz com os currículos, onde vc entrega o currículo e ganha uma camiseta. Faz com o sangue, vc doa o sangue e ganha uma camiseta, uma edição da Linux Magazine, um adesivo do evento, um autógrafo do Mad Dog ou algo assim.
Eu como doador voluntário concordo totalmente com você.
E qual o problema de dizer o que aconteceu?
As pessoas adoecem e se acidentam o tempo todo. Faz parte de ser humano. Sou professor e já tive alunos adultos que me disseram que iam faltar por um tempo porque tinham de fazer uma cirurgia de hemorróidas. E é normal, ninguém ADULTO acha nada de mais nisso.
Pessoalmente acho que todo esse segredo é mais chamativo que simplesmente dizer.
Vejam o caso do mantenedor do Slackware. Há uns anos atrás esteve quase morrendo e divulgou tudo, até o motivo de ter ficado doente.
Não vejo nada de tão vexatório nisso.
Um abraço
Leandro
PS: E doar sangue é importante. Parabéns pelas idéias.
Não há problema em dizer, ou não dizer. Mas a escolha é da pessoa envolvida. No meu entender, o problema passa a existir quando outras pessoas, externas, vêm manifestar que acreditam ser seu direito ser informadas sobre a natureza do ocorrido, ou cobrar esta divulgação, como aconteceu. O direito que de fato há e prevalece é o da privacidade da vítima.
Leandro, as pessoas têm direito à privacidade. Por mais normal que seja precisar de sangue, e por mais normal que seja nós estarmos curiosos, o problema de saúde de Fernando só pode ser divulgado com a sua permissão. (Talvez a comissão organizadora do FISL nem saiba o que aconteceu com ele!)
Augusto, aproveitei o incidente do FISL para criar uma página colecionando o relato das pessoas de como foi doar sangue. Espero que a iniciativa sirva de exemplo para mais pessoas começarem a doar sangue!
Beleza!
E sobre a outra idéia acima, de oferecer incentivo, vale considerar que a idéia de recompensa pode estimular que pessoas que não teriam condições de doar, mas desejam a contrapartida, deixem de declarar a condição que as impede de doar, e assim acabem causando dano a si mesmas ou a terceiros. A escolha da forma de incentivo deve considerar esse risco!
É bom lembrar que a Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados (Lei 10.205, de 21 de março de 201) proíbe a remuneração da doação de sangue, para evitar que as pessoas pessoas mintam nos questionários pré-doação. O pagamento aos doadores foi o responsável pela contaminação por HIV de todos os hemofílicos do Rio de Janeiro e de metade dos hemofílicos do Espírito Santo vários anos atrás, sendo Henfil e Betinho os casos mais notórios.
Por outro lado, a Lei nº 1.075, de 27 de março DE 1950, em seu artigo 2º, determina que militares e funcionários públicos civis de autarquia sejam dispensados do serviço no dia da doação de sangue.
A Lei 1075/50 não trata de “recompensa” a funcionário público que doa sangue. Trata-se de justificativa por ausência ao serviço. O mesmo se dá em casos de calamidade pública.
Só acho que não tem nada a ver misturar SL com o ato de doar sangue, doar sangue tem vários tabus, não vou citar aqui N exemplos de porque uma pessoa se recusa a doar sangue, enfim, achei infeliz a comparação, dá a impressão que todos pensamos iguais em qualquer assunto só porque usamos SL, e isso não corresponde a realidade.
A idéia de incentivar a doação de sangue nos eventos é ótima, pena só ter aparecido quando um colega precisou né? sugiro também que façam promoção do projeto TAMAR, das ongs de proteção da amazônia, da doação de órgãos, enfim, não vamos esperar acontecer para tomarmos uma ação para ajudar não é?
Em tempo, antes que falem que sou um sem alma, eu não fui doar porque não estou no perfil de doador.