Urnas eletrônicas: Detalhes da distribuição Linux que será utilizada
As eleições municipais de 2008, que ocorrerão em outubro, chegarão com uma inovação: a utilização do sistema operacional Linux, em substituição ao VirtuOS e WinCE. Com esta mudança, o TSE se adapta às diretrizes do governo federal, que vem investindo em softwares de código aberto, e salienta que “todo código-fonte estará disponível ao público e poderá ser auditado livremente“ – informação importante para os técnicos, políticos, partidos e eleitores que questionam a integridade das urnas.
Segundo o chefe da Seção de Voto Informativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Francisco Dejardene, o sistema “será uma distribuição interna contendo o kernel – 2.6.16.57, algumas bibliotecas abertas (SDL, zlib, boost, jpeg, freetype, etc.) e drivers de dispositivos específicos das urnas eletrônicas e aplicativos desenvolvidos por equipe interna do TSE“.
As principais expectativas do TSE com a mudança são: a redução do custo de desenvolvimento, a maior estabilidade do sistema e o melhor desempenho dos aplicativos. Com relação ao impacto da alteração para os usuários finais, ou seja, os eleitores, Francisco comenta que “não haverá impacto, visto que o aplicativo de votação terá interface exatamente igual à utilizada até as eleições 2006. Tal mudança será transparente tanto para o eleitor, quanto para os mesários.”
Saiba mais (softwarelivre.org).
O difícil é se essas urnas ‘dar pau’ no dia da eleição e ninguém saber como se opera esse sistema alienígena.
O caso de “dar pau” não vejo como problema.
As urnas de hoje quando tem problemas usa-se uma chave para reiniciar o sistema e se for grave troca-se a urna ou ainda utiliza-se a tradicional votação em papel.
Além de ter os fiscais de partido que tenho certeza que não deixarão ninguém “mexer” no sistema das urnas e depois permitir o uso na votação.
mv meu_candidato dev/null
mv politicos_corruptos /dev/null
pronto problema corrigido….hehehe
Se e’ 2.6.16.57, porque nao dizem logo que vao usar SuSE.
e a discussão sobre o código? alguém vai levantar a pergunta ‘onde eu baixo?’.
ou o código só deveria vir para quem compra uma urna eletrônica?
:-]
urn, por um acaso quando se rodavam os outros sistemas, os caras sabiam mexer em caso de “pau” no sistema?
E claro que sim!
format C:
tiaggs, mv vai sobrescrever /dev/null. Tem que usar cat… :P
Agora… se quiser remover o político, o melhor mesmo é um rm -rf, e depois dd if=/dev/zero of=/dev/hd_onde_o_político_estava só para ter certeza de que os dados não vão ficar no HD depois do arquivo ser removido… ;)
O fato é quem garante que ó código publicado é o que foi compilado? É necessário o acesso aos binários imediatamente antes e depois das votações e também ao contabilizador(servidor lá) dos votos, para comparar com os binários gerados pelos fontes.
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$ shred -fuzn490 Políticos corrúptos, mentirosos, enganadores, aproveitadores etc.
Desculpem o pleonasmo em cascata (ou é recursivo?).
Bruno, mas este acesso é dado, e já era dado pelo menos nas últimas 2 eleições. Os partidos, o ministério público e a OAB assinam (usando softwares trazidos por eles mesmos, se desejarem) os executáveis gerados na presença deles a partir dos fontes que eles examinaram, e podem comparar as assinaturas dos binários (também usando seus próprios softwares, se desejarem) nos momentos que você mencionou, e em outros (como após a inclusão das bases de dados de candidatos nas urnas, por exemplo).
É possível, inclusive, que o diretório do seu partido, ou do partido que melhor o representa, na sua cidade ou sua capital, não tenha técnicos habilitados para fazer estas verificações. Procure-o, faça a sua parte, e ajude a verificar que o executável rodado é o mesmo que foi examinado!
Isso eu não sabia. hehe. É muito bom saber isso! Valeu! :)
Pergunta:
Eu vou poder dar um cat voto > /dev/null?
“Não existe segurança lógica sem segurança física.”
Ou vocês acham que os grandes Hosters põem seus servidores em salas à prova de incêndio à toa?
Não adianta ter o melhor sistema do mundo rodando nas máquinas se não houver segurança física, pois qualquer script kiddie que meta a mão faz praticamente o que quiser, e no Brasil isso é muito fácil.
Vocês nunca ouviram aquelas histórias de urnas eletrônicas onde “misteriosamente” só era possível votar em um único candidato? Pois é.
estudante, na verdade estava só brincando é claro que não vamos poder mexer no sistema de arquivos, alias nem vamos perceber a diferença na interface grafica de uma urna rodando LInux e outra rodando WindowsCE.
Cadu, é verdade não posso usar o mv para o /dev tem que ser cat mesmo, sou meio noobie para fazer algumas coisas diferentes, afinal não faz nem um ano que comecei a me aventurar no no Linux e hoje em dia a interface gráfica te deixa muito preguiçosos.
Sem dúvida uma boa notícia! Estava ansioso pelo código da urna ser mais amplamente disponibilizado!
Mas ainda é bom procurarmos os partidos políticos para nos voluntariarmos para auxiliar na verificação dos binários, da forma como o Augusto comentou que é realizada.