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Ubuntu 8.04, marcado para quinta-feira, aproxima Intel e Canonical

Direto do Zumo, em post do Henrique Martin: “Daqui a dois dias, na quinta-feira, sai mais uma versão do Ubuntu, sistema operacional baseado em Linux para desktops e servidores. Como um relógio (a servir de exemplo para certos fabricantes de software), o Ubuntu 8.04 sai seis meses depois do 7.10, assim como em seis meses virá mais uma outra versão.

Entretanto, em uma conversa com Fábio Filho, gerente para América Latina da Canonical (que desenvolve o Ubuntu), deu para perceber que existe uma forte promessa para esta e as versões seguintes do sistema: uma integração cada vez maior com a plataforma Intel.

O motivo? “Uma parceria forte com a Intel”, diz Filho. “O Ubuntu é a distribuição Linux oficial da Intel, que nos ajuda a desenvolver drivers e tornar as plataformas e componentes de hardware compatíveis com o Ubuntu”, explica. “Mas nosso time de engenharia quer que o Ubuntu seja funcional para qualquer plataforma. Nosso roadmap de desenvolvimento é feito com a Intel, mas nada impede que o Ubuntu funcione em AMD”, comenta. (…)”

Saiba mais (zumo.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-04-22

Comentários dos leitores

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    Entretanto, em uma conversa com Fábio Filho, gerente para América Latina da Canonical (que desenvolve o Ubuntu), deu para perceber que existe uma forte promessa para esta e as versões seguintes do sistema: uma integração cada vez maior com a plataforma Intel.

    Como alguém que usa hardware AMD, eu não gostei nadinha de ouvir isso…

    Mas qual o problema, para um usuário de AMD, que a distribuição se integre mais com a Intel? Você acha que alguma coisa vai funcionar pior para você?

    Dorival (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 8:46 pm

    uso processadores intel, nem por isso usaria o ubuntu / kubuntu …

    Diogo Padovani (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 9:14 pm

    E desde quando “plataforma intel” quer dizer mal funcionamento em processador AMD? Até onde eu sei processadores AMD também são plataforma Intel, alias todos os derivados do processador 8086 (daí o x86), que foi criado pela Intel, costumam ser chamados de plataforma Intel.
    Estou falando besteira?

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 9:20 pm

    Pra Intel é benéfico o crescimento do Ubuntu. Um computador vendido sem licença de SO custa mais barato que um vendido com licença. Ela está diminuindo o custo do consumidor final sem mexer na sua margem. Indiretamente a AMD também vai se sair beneficiada, já que aumentando as vendas de micros, vai aumentar as vendas dos seus periféricos. E nada impede que ela siga o exemplo e trabalhe junto à Canonical ou a outra empresa pra integrar o Linux à sua plataforma.

    Marcos (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 9:20 pm

    Você pode não usar, mas segundo estimativas da Canonical mais de 10 milhões de pessoas usam…

    Rodrigo Gabriel (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 9:53 pm

    Por acaso não sei se sabem, mas a AMD está trabalhando ativamente com a Novell e indiretamente dando suporte ao openSUSE…

    Mas mesmo assim não entendi essa exclusividade toda que foi dita, porque o maior suporte à plataforma será integrado ao kernel, e se tiverem se referindo à drives especificos, a intel disponibiliza todos eles no próprio site…

    João (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 10:02 pm

    uso processadores intel, nem por isso usaria o ubuntu / kubuntu [2]

    Alexandre (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 10:14 pm

    uso processadores intel, nem por isso usaria o ubuntu / kubuntu [3]

    se sai versoes novas a cada 6 meses. por quanto tempo eh mantido as atualizacoes de cada versao?

    Isso de dizer que o Ubuntu sai a cada seis meses, religiosamente, deixou de ser um diferencial há muito tempo: sem pensar muito, lembro que Mandriva, sidux e Suse também têm versões novas de seis em seis meses. O Mandriva inclusive saiu na frente e já lançou sua versão 2008.1 há poucos dias (a anterior havia saído em outubro passado). O sidux idem.

    Uso o Ubuntu, mas bobagens assim me chateiam pacas.

    contra (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 10:59 pm

    Não concordo com esta parcialidade da Canonical em relação à Intel. Por que a Intel e não a AMD + Intel? Acho que isso uma distorção dos princípios do software-livre, uma vez que elesempre foi pautado na solução dos problemas dos usuários, e focar só na Intel é um equívoco, uma vez que o IBM-pc possui diversos fabricantes de processadores, nem todos com as mesmas capacidades, é preciso que se recordemos.

    Daqui a pouco vão passar a usar o ICC ao invés do gcc, uma vez que o compilador da Intel é “envenenado” exclusivamente seus processadores, e aliás, não é muito compatível com os processadores da AMD; o gcc, por sua vez, por ser multiplataforma, não oferece o mesmo desempenho que o ICC nos processadores da Intel.

    Não entendo o que faz alguém que não usa ubuntu vir aqui dizer compartilhar conosco tal fato… Sejam felizes com suas distros.

    contra, você entendeu mal. A melhoria do desempenho em plataforma intel não piora o desempenho em plataforma AMD. Se a AMD também estiver disposta a contribuir com a melhoria de desempenho em seus procesadores, tenho certeza que a equipe do Ubuntu não rejeitará a contribuição.

    Acho até que eles têm dispozição para tal, lenvando em consideração os movimentos recentes da AMD.

    PedroCPNeto (usuário não registrado) em 22/04/2008 às 11:41 pm

    Quanto ao suporte do Ubuntu, as versões “comuns” têm 18 meses de suporte, entretando as versões de Longa Duração como o 8.04 (mais estáveis) têm suporte de 3 anos, a versão para servidor tem suporte de 5 anos.

    Se você não conheceu o Ubuntu 6.06 e não gostou do 7.04 e do 7.10, está na hora de tentar novamente, talvez rever seus conceitos, geralmente as versões LTS são muito mais estáveis.

    Vamos ver se ano que vem a Intel decide suportar o Linux… ;-)

    Fabio Prudente (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 1:28 am

    Alguns esclarecimentos:

    “uma integração cada vez maior com a plataforma Intel.”

    plataforma Intel não é apenas o processador. A Intel também fabrica chipsets, processadores de rede (com ou sem fio), processadores de vídeo, e todos esses dispositivos requerem (ou permitem) algum tipo de otimização por parte do kernel e device drivers, que podem levar a grande aumento de desempenho do sistema como um todo. Acredito que esse seja o foco da tal cooperação.

    Também, no que se refere somente ao processador, cada novo modelo inclui instruções adicionais (quem se lembra do MMX?), e recursos internos (como HyperThreading) que raramente são utilizadas nas compilações “standard” do kernel. Uma compilação customizada poderia tirar mais proveito desses recursos, mesmo sem alterar uma linha de código do kernel. Embora seja um caminho possível, acho pouco provável para o caso do Ubuntu, por ser uma distro pré-compilada, que tem que rodar satisfatoriamente em todas as plataformas.

    Mas mesmo assim não entendi essa exclusividade toda que foi dita, porque o maior suporte à plataforma será integrado ao kernel, e se tiverem se referindo à drives especificos, a intel disponibiliza todos eles no próprio site…

    Mudanças feitas no kernel por uma distro podem ou não serem integradas ao kernel oficial. Quanto aos drivers, a qualidade e estabilidade dos atuais drivers (e sua documentação) fornecidos pela própria Intel, principalmente dos seus processadores gráficos, tem sido muito criticada. Uma colaboração entre Intel e uma distro (como Ubuntu) pode melhorar isso.

    Não acredito que seja um acordo de exclusividade, mas sim, de cooperação. Ambas as empresas têm algo a ganhar.

    Não concordo com esta parcialidade da Canonical em relação à Intel. Por que a Intel e não a AMD + Intel? Acho que isso uma distorção dos princípios do software-livre (…)

    Vale lembrar que a Canonical é uma empresa com fins lucrativos. Enquanto o modelo de negócios da RedHat concentra-se no mercado corporativo de servidores, a Canonical parece direcionar suas energias no mercado de sistemas embarcados. Nesse sentido, desenvolver experiência em otimização do kernel e device drivers para plataformas específicas (quaisquer que sejam) parece fazer bastante sentido. O acordo com a Intel, me parece, pode ser simplesmente uma questão de oportunidade.

    Cadu (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 2:14 am

    E desde quando “plataforma intel” quer dizer mal funcionamento em processador AMD? Até onde eu sei processadores AMD também são plataforma Intel, alias todos os derivados do processador 8086 (daí o x86), que foi criado pela Intel, costumam ser chamados de plataforma Intel.

    Apesar de os processadores x86 manterem compatibilidade com os processadores antigos, IA-32, IA-64 (Itanium) e x86_64 são três arquiteturas diferentes. De qualquer forma, como já falaram, plataforma também inclui outros chips, da placa mãe, rede, vídeo, etc…

    E a AMD pode fazer o mesmo, caso queira fazer alguma parceria pra decentemente suportar sua plataforma no Linux. Mas não faz, certo?

    Vale lembrar que a Canonical é uma empresa com fins lucrativos. Enquanto o modelo de negócios da RedHat concentra-se no mercado corporativo de servidores, a Canonical parece direcionar suas energias no mercado de sistemas embarcados. Nesse sentido, desenvolver experiência em otimização do kernel e device drivers para plataformas específicas (quaisquer que sejam) parece fazer bastante sentido. O acordo com a Intel, me parece, pode ser simplesmente uma questão de oportunidade.

    Não sabia que a Canonical tinha esse interesse em sistemas embarcados, mas se tem, faz muito sentido que eles estejam interessados em fazer parceria com a Intel, já que o novo processador deles, o Menlow, promete roubar uma boa fatia do mercado de sistemas embarcados, hoje com grande participação de processadores ARM.

    E claro, a Canonical é uma empresa, com fins lucrativos, tem um dono, o dinheiro é dele, e ele faz o que quiser com ele. E, de qualquer forma, não vejo nenhum ponto negativo pro software livre nessa parceria. Acho bom que empresas como a Intel estejam gradualmente se envolvendo mais com o software livre.

    contra o contra (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 2:24 am

    contra,

    Você não precisa concordar nem discordar de nada. A AMD patrocina o desenvolvimento do OpenSuSE, por que não reclama disso também?

    É a AMD que precisa se associar ao Ubuntu, e se interessar na parceria, não o contrário. Tenho certeza que a Canonical entrou em contato com ambas, e se a parceria com a Intel existe, foi por boa vontade por parte dela.

    Além do que, como já disseram acima, não é por existir uma parceria com a Intel, que signifique que vá funcionar pior no AMD. Como esse pessoal quer motivo pra reclamar…

    xfx (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 7:27 am

    Quanta criancice junta. Não usa Ubuntu? O que a gente tem a ver com isso?
    Enquanto isso, os problemas das distros de Linux continuam sendo os mesmos: falta de drivers, falta de apoio dos fabricantes de hardware, … Iniciativa muito bem vinda.

    a (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 8:24 am

    iniciativa bem vinda :D

    É uma pena que os demais fabricantes de hardware não tomam a mesma iniciativa. Ponto para a Intel!

    CCF (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 9:09 am

    Bando de “shiitas”…

    >.<

    Bem, parece que o pessoal adora levar a coisa pro lado Troll :-P Ainda bem que tem gente sensata por aí.

    Mas voltando o assunto e respondendo a questão do Augusto, eu acho sim. A Intel tem um histórico não muito bonito em como eliminar a concorrência, isso o pessoal já sabe. Agora resta ver qual será comportamento da Canonical nessa questão. Claro que eu posso estar errado, duvidando da honestidade deles e espero estar errado.

    A Canonical está com uma parceria a algum tempo com a Intel numa versão do Ubuntu para sistemas embarcados. Me parece que agora essa parceria vai se extender para os PCs desktop.

    Como a Canonical poderia prejudicar o desempenho de máquinas AMD? Bem, eu acho que seria na área de processadores, na parte de instruções. Lembrem-se que nem todas as instruções presentes nos processadores Intel estão presentes nos processadores AMD. Geralmente um fabricante incorpora as instruções novas do concorrente com uma geração de atraso, através de um acordo entre ambas. Pelo menos foi o que eu ouvi falar a alguns anos. Então e se a Canonical força-se a obrigatoriedade de uma instrução só presente em processadores Intel no kernel do Ubuntu? Sem essa instrução, obviamente os processadores AMD levariam a pior em tarefas mais pesadas.

    Eu admito que não sou grande conhecedor da área, então pergunto aos colegas se isso poderia acontecer ou se é apenas viagem minha. E também se existiria outras formas de fazer com que a CPU AMD pudesse perder performance fazendo teaks no kernel.

    Eu acho que no dia seguinte alguém pegaria os fontes dos programas alterados, recompilaria, e lançaria o AMDbuntu. Não creio que alguma das duas empresas se daria ao trabalho de jogar assim sujo, e na própria declaração do representante da Canonical, reproduzida na notícia, isso está expresso.

    Gostaria de lembrar aos chicken littles de plantão que existem compilações do Ubuntu/Kubuntu/Edubuntu, etc para AMD64, por exemplo. As parcerias da Intel com a Canonical não diminuem em nada o suporte à AMD, o que tem acontecido é uma aproximação maior da Intel em projetos como o Ubuntu Mobile and Embedded, por exemplo e que a Intel tem interesse em que seus parceiros usem o Ubuntu de modo que está apoiando o desenvolvimento deste junto às suas plataformas mais recentes.

    ha (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 10:21 am

    Adilson, pede pra sair…

    ha (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 10:25 am

    Os processadores da Intel não são idênticos aos da AMD, são apenas compatíveis, e é claro que a Intel vai jogar sujo, afinal só ela tem processadores de 45nm, com suporte a SSE4.x. E se fizer uso intensivo dessas instruções, os processadores AMD “comuns” (ou seja, da maioria dos pcs) vão comer poeira… Vale lembrar que uma das táticas que a Apple usou em sua parceria do Intel MAc foi usar a extensão SSE3 que só existia nos hi-end opterons… E nos atlhons, nada!

    Não moderei, mas me parece que a classificação de “fora do tema” para os 3 comentários acima é bem apropriada.

    Se você puder me enviar, pelo formulário de contato (ali no alto da página) alguns exemplos de blogs da comunidade que disponibilizam as estatísticas de moderação, da forma como você considera apropriado, terei prazer em estudá-los e ver se posso adaptá-los ao BR-Linux!

    Provavelmente porque apenas 1 fez isso (Augusto Campos)!

    Não. Eu também fiz! =)

    Acho que vou entrar na “justiça” contra essas moderações indiscriminadas… preparem-se!

    Por favor, não! Já basta a Microsoft me ameaçando por quebra de patentes do Linux.

    ha (usuário não registrado) em 23/04/2008 às 11:08 am

    Então dsouza, sinta-se à vontade: a porta da rua é senventia da casa pra você também!

    Não, na verdade quem deseja que alguma coisa mude é você, que ainda por cima fez acusações a mim. Me parece que este tipo de estatística não é usualmente divulgado, e a idéia em si não me parece boa. Mas se você encontrar exemplos em que ela tenha sido implementada e funcione bem, terei prazer em analisá-los.

    adilson em 23/04/2008 às 9:45 am
    Gostaria de lembrar aos chicken littles de plantão que existem compilações do Ubuntu/Kubuntu/Edubuntu, etc para AMD64, por exemplo.

    Mas nesse caso, não seria esta a nomeclatura da distro para todos os processadores 64bits? Se eu não me engano, como foi o Athlon 64 que estabeleceu o padrão (única vez na história que a Intel teve que seguir os passos de alguém…) os processadores Intel de 64bits obedecem essa especificação. Daí essa versão ser chamada de AMD64. Já a versão de 32bits se chama i386/486/586/686, porque quem fez o padrão de 32bits dominante foi o Intel 386.

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