Dez projetos de e-learning promissores e livres
“O popular site de notícias Linux Today aponta os leitores para um artigo no TechWorld a respeito de dez projetos livres de e-learning a serem acompanhados. Segundo o artigo, “conforme as organizações corporativas e governamentais abraçam a Web para veicular mais programas educacionais e de treinamento, um grande conjunto de aplicativos abertos e gratuitos de e-learning ajudarão a reduzir a barreira de entrada.””
Enviado por Pablo Hess (phessΘlinuxmagazine·com·br) – referência (linuxmagazine.com.br).
A primeira solução, em ordem alfabética, é o canadense ATutor, um LCMS (CMS educacional) GPL baseado na Web e criado para boa acessibilidade e adaptabilidade. O sistema é escrito em PHP e possui 25.000 instalações registradas. O ATutor permite o envio de mensagens entre alunos e professores, a criação de grupos de trabalho, a colaboração em cursos e a escrita de blogs, além do compartilhamento, rastreamento e armazenamento de conteúdo e arquivos.
O segundo software, o Claroline, consiste em uma plataforma de e-learning e “e-working” que permite que professores criem cursos online e gerenciem atividades de aprendizado e colaboração pela Web. De origem belga e licenciado sob a GPL, o Claroline foi escrito em 2004 e está disponível em 35 línguas. O software usa o conceito de “espaços” relacionados a um curso ou atividade pedagógica, de forma que seu uso é bastante simples uma vez que se domine esse conceito.
O Dokeos é mais um software belga GPL na lista. Porém, ele se concentra em atividades mais gerenciais, como a criação de cursos online a partir de material proveniente do Microsoft Powerpoint e a exportação para o Excel ou pacotes de Business Intelligence. Além disso, oferece soluções de vídeo-conferência para treinamentos a distância. Como tem um teor mais corporativo, o Dokeos já conta com vários clientes desse segmento, tanto na esfera privada quanto em governos, e vem ganhando diversas extensões criadas externamente ao projeto.
O eFront se intitula um sistema de “desenvolvimento de capital humano” adequado ao uso corporativo e educacional. A empresa por trás do sistema é a grega Epignosis, que tem como clientes o ministério grego da origem pública e o ministério polonês do interior. A versão mais recente do software é a de número 3.5, que se encontra em estágio beta e conta com uso de Ajax em seu gerenciador de arquivos. Um dos diferenciais do produto é a possibilidade de instalação sem um servidor web.
O Fle3 é uma solução finlandesa de e-learning criada na Universidade de Arte e Design de Helsinki. Ele tem funcionalidades mais voltadas ao compartilhamento e colaboração em torno de arquivos de imagens, texto, áudio e vídeo.
Como outro representante europeu, o alemão ILIAS foi iniciado na faculdade de administração, economia e ciências sociais da Universidade de Colônia e suporta funções típicas da Web 2.0 como RSS, podcasts e Google Maps, além de possuir uma interface SOAP.
O Learning Activity Management System (LAMS) é o único representante australiano da lista. Seu objetivo declarado é oferecer aos professores “um ambiente de autoração altamente intuitivo e visual” para criar seqüências de atividades de aprendizado. Essas atividades podem incluir várias tarefas individuais, trabalhos em grupos pequenos e grandes, envolvendo tanto o conteúdo quanto a colaboração. O LAMS é o primeiro sistema desta lista desenvolvido em uma linguagem diferente de PHP, usando Java sobre o servidor de aplicações JBoss. Também há a possibilidade de integração com outros sistemas de e-learning como Moodle, Blackboard e Sakai.
O Moodle é possivelmente a solução de e-learning mais famosa no Brasil, contando com 38.000 sites de 198 países, e se define como um sistema de gerenciamento de cursos que ajuda os educadores a criarem “comunidades efetivas de aprendizado online”. Possui escalabilidade suficiente para suprir as necessidades tanto de um único professor quanto de uma universidade com 200 mil alunos, podendo também funcionar como um CMS de uso geral.
O OLAT (Online Learning And Training) também usa Java e é o primeiro desta lista a ser licenciado sob termos diferentes da GPL, usando a licença Apache. Desenvolvido na Suíça, o OLAT contém recursos de wiki, calendário, Ajax e busca em texto. Sua versão 6 será lançada ainda este mês.
Por último, temos o Sakai, também feito em Java, e que desde o início é uma iniciativa internacional, desenvolvido por uma aliança de universidades, faculdades e empresas privadas. É adequado ao uso tanto em ambientes corporativos quanto universitários.
quem se interessa por esse assunto, recomendo dá uma olhada nesses links:
http://amadeus.cin.ufpe.br/http://ead.cin.ufpe.br/docs
projeto que está sendo desenvoldido pelo CIn (Centro de Informatica) da UFPE, com muitas pessoas envolvidas e sob licença GPL.
A lista é interessante, mas o título deixa a desejar porque não se explica o que faz tais iniciativas serem “promissores”. O FLE3, por exemplo, está paralizado desde que terminou o projeto de pesquisa encomendado pela União Européia (em 2003). Com certeza foi um projeto inovador mas seu potencial não lhe rendeu continuidade e nem novas iniciativas baseadas em suas idéias. – Mas é tão bom que pode ser usado ainda hoje sem limitações ou bugs.
O FLE5 é prometido desde 2006 mas nem uma lista de discussão existe para acompanhar o projeto, o máximo é este post num blog desatualizado: http://legroup.uiah.fi/?p=20.
E este é apenas um exemplo. As outras ferramentas também são dependentes de detalhamento.
Outras tantas existem e poderiam ajudar a compor a lista acima, inclusive nacionais. Cito, por exemplo, o antigo e sempre atualizado dotLRN (http://www.dotlrn.org).
Mas como grande promessa fico mesmo com o Moodle 2.0. Ainda não existe, mas quando for lançado suas novas funcionalidades irão englobar o estado da arte no e-learning. É esperar para ver.
Seria interessante citar que o Moodle foi escolhido pela Universidade Aberta do Brasil como seu ambiente virtual de aprendizagem. É umas dos maiores projetos de Ensina a Distância e usando um AVA licenciado pela GPL. =D