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Como aumentar o uso do software livre no ensino superior?

“Resolvi escrever um artigo que mostra uma série de pontos que leva faculdades brasileiras a não adotarem Linux como algo comum no ensino superior e mostra os passos que acredito serem os adequados para fazer uma implementação de Linux em uma faculdade. Com este artigo, eu gostaria de atingir a comunidade acadêmica como um todo: Coordenadores, professores e alunos. É importante salientar que se professores e coordenadores não demonstram vontade de utilizarem Linux, os alunos interessados precisam desempenhar seu papel e fazer pressão por isso.”

Enviado por Juliano Marcos Martins (julianommartinsΘyahoo·com·br) – referência (jmmwrite.wordpress.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-03-13

Comentários dos leitores

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    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 13/03/2008 às 4:37 pm

    A análise parece que foi feita baseada na generalização de apenas um caso e não de um estudo de motivos. Tratou apenas das faculdades que não tem interesse e não das demais dificuldades, entre elas:
    - A MS oferece suporte de primeira linha, mesmo para administradores despreparados e na maioria das vezes o custo da licença de software e capacitação, quando não sai de graça, sai por um preço irrisório.
    - Software legado: a maioria das faculdades não tem laboratório separados por disiciplina ou mesmo por curso e as mesmas máquinas rodando Linux tem de rodar softwares proprietários que não tem versão para o SO livre. Uma alternativa seria dual boot, o que aumentaria o trabalho de manutenção e gerenciamento das máquinas.
    - Compatibilidade de hardware: um monte de faculdades tem hardware obsoleto e muitos não tem driver que presta no Linux, o que exigiria algum investimento no parque de informática.

    Pra essas faculdades antes de pressionar por Linux, eu apostaria em uma transição, com softwares livres que rodem em Windows pra criar um ambiente de trabalho que funcione independente de plataforma.

    Aqui onde estudo, temos somente GNU/Linux nos laboratórios, e a manutenção é muito mais fácil do que na época do Windows: instalação rápida, padrão, tudo via rede, acabaram os problemas com vírus, aumentou o controle sobre os usuários, dentre outras coisas.
    Mas ainda temos o Windows, já que muitos professores ainda utilizam ferramentas proprietárias. Cada máquina tem uma sessão virtual do Windows, dentro do Vmware. Mas estas máquinas virtuais rodam em modo não persistente, ou seja, dentro da máquina virtual o usuário é deus; pode desinstalar o que quiser, instalar o que quiser, pegar vírus, e tudo mais. Mas, assim que a máquina virtual é desligada, todas as modificações são “esquecidas”. Nada é realmente gravado em disco. Assim, nunca mais tivemos problemas com vírus!

    A maioria dos funcionários e professores ainda utiliza Windows, já que há muitos softwares no Linux que não os atendem às suas necessidades.

    Mas, nos laboratórios, quando acontece um problema, quase sempre tem relação com hardware. Hardware é um negócio que dá problema pra caramba… hauahua

    Em relação ao uso real, os professores utilizam muito o sistema que temos aqui nas aulas; ensinam algoritmos em c/c++ (gcc), pascal (freepascal), python, java (eclipse, netbeans, etc). UML (jude, poseidon), e etc…

    É claro que nem tudo ocorre às mil maravilhas. Alguns professores utilizam em aula o Visual Studio, dreamweaver, flash, etc. Nestes casos, o Linux ainda não supre suas necessidades. Eu mesmo estou tendo que emular com o wine (não me lembre o acrônimo) o programa CircuitMaker, utilizado nas aulas de arquitetura (estou tentando utilizar o Qusc, mas ainda estou tendo dificuldades com este programa.

    Enfim, no curso que faço, quase tudo é feito com software livre / open source, e até agora, tudo está indo muito bem, obrigado ;-)

    As universidades federais, pelo menos, eu creio que o uso de software livre e linux principalmente é bem maior do que a média nacional e do que a própria média no governo federal, graças à qualidade dos professores e alunos que muitas vezes são também os administradores e ao maior conhecimento passado de Unix por parte dos admins dessas universidades, que implantaram o acesso à internet nelas ainda antes do boom dos provedores.

    Em muitas particulares ainda predomina aquela teoria de que o aluno tem que aprender o que o mercado pede e o windows e cia ltda são os mais pedidos. A faculdade ainda ganha dinheiro ministrando cursos de treinamento nestes produtos e em troca ganha um daqueles nomes pomposos tipo “Gold Partner”.

    Essa idéia de colocar o windows em máquinas virtuais ainda é a melhor solução quando se precisa usar programas windows e onde o aluno tem que ter poderes de administrador. Eu ainda uso também programas windows via rdesktop em máquinas windows server e funciona muito bem (o problema é a questão das licenças de conexão TS-CAL).

    Aproveitando o tema, Augusto, o Diretor do CESUSC aqui de Florianópolis em conversa (na qual eu obviamente reclamava do laboratório de informática), me disse que sabia que tinha um membro da comunidade do software livre (no caso tu) e que gostaria de te convidar para uma palestra, talvez iniciar uma conversa no sentido da migração. Quem sabe não temos aqui uma boa oportunidade?

    eje del mal (usuário não registrado) em 14/03/2008 às 12:16 am

    Ocorreu uma desvirtuação das universidades. O que era tido como curso de ciência da computação era o conteúdi produzido pelas universidades americanas nas décadas de 70 e 80, provenientes de grandes pesquisas, com destaque para um legado la Universidade da Califórnia, campi Berkeley (BSD) e San Diego (USCD Pascal).

    Assim sendo, algorítimos, estruturas de dados, gerenciamento de memória, arquitetura Von Newman, prioridade de processos, preemptividade, Harel, o problema dos filósofos (deadlock e starvation), uma matéria de lógica matemática de penetra, eletrônica digital, assembly, análise de algorítimos, entre outros, eram lugar comum nos cursos de computação pelo mundo. Era assim que que os computadores e os programas eram construídos, sob o ponto de vista de muitos professores.

    Hoje em dia basta conhecer Weandles, Ruim das Vista, MS Office, SharePoint, !YET, NetBEUI, Visual Basic, HTML orientado a objetos for Windows 95, FontPage, etc. Já é o suficiente para os R$ 200,00 mensais que serão ganhos para o resto da vida. Só CTRL-B salva! (resposta a questão bastante comum em concursos públicos)

    O IEEE resolveu criar um currículo novo para a ciência da computação baseado no RUP e no CMM. Recebeu apoio da ACM (Association for Computing Machinery) para criá-lo. Muito legal. Até o momento que um dos pesquisadores da ACM entregou a modelagem (note que eu não disse especificação) de um sistema de locadora para um engenheiro do IEEE.

    Acontece que RUP e cagam (note que eu não disse ignoram) para a atividade de programação, acham algo mediaval. Vai tentar fazer um sistema completo usando DMA. Isto porque é reles geração de código.

    A parte boa nisso tudo é que eu pensava que minha vida profissional acabaria aos 33/35 anos. Hoje acho que chego aos 70 só programando … em C ontem, em Java hoje, amanha Python, quiçá Haskell …

    Paz do Senhor Jesus, trabalho numa Faculdade particular no RJ, e por aqui a prioridade é o software proprietário. Atento para um detalhe da Faculdade receber alguns “benefícios” para usar tal software. Parece algo como “troca de favores”. Por exemplo o curso X usa o software específico Y e porque não usar o software Z ? Qual foi o critério da escolha ?

    Maranata, ora vem Senhor Jesus!!

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