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Agora é oficial: pregão do laptop educacional foi cancelado pelo MEC

E a justificativa não foi pelas características do produto vencedor, nem por ter deixado de considerar o projeto importante – foi por ter calculado errado o preço do produto. Segundo consta na versão divulgada, os responsáveis pela compra reservaram bem menos dinheiro para isso do que seria necessário. Assim, embora desejassem levar os laptops aos alunos brasileiros, não conseguiram comprá-los – e aparentemente vai ter de ficar para uma próxima ocasião.

Segundo o IDG Now, o Governo Federal confirmou nesta quinta-feira o cancelamento do edital para escolher o notebook educacional a ser usado por 200 colégios públicos a partir de fevereiro de 2008. A justificativa para o cancelamento é o alto preço oferecido por todas as participantes do certame, que ofereciam o Classmate, o XO e o Mobilis, em relação ao orçamento reservado pelo Governo Federal para a compra dos 150 mil notebooks educacionais.

Ainda segundo o IDG Now, a Positivo ofereceu o preço mais baixo entre os participantes do pregão: R$ 98 milhões. O governo agora não confirma mais, mas ainda segundo o IDG, anteriormente informou que planejara fazer esta compra a US$ 30 milhões, equivalente a US$ 200 por notebook, ou a US$ 1 a mais do que foi cobrado pelo vencedor XO do vizinho Uruguai, que exigiu um pacote de serviços bastante menor que o brasileiro – e onde a Positivo também participou, oferecendo um custo unitário de US$ 245.

Em entrevista ao IDG Now!, o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg, afirmou que a Positivo conseguiria baixar o preço para, no máximo, 300 dólares por laptop, afirmando que o laptop de 100 dólares “não existe”, por mais que tenha incentivado o mercado de notebooks.

O anúncio publicado pelo FNDE nesta quinta diz também que “pesa também como fator para o cancelamento do item o traspasse da vigência do exercício orçamentário que garantia a execução financeira deste certame”, o que torna praticamente impossível que os 200 colégios escolhidos pelo órgão recebam os laptops antes do começo do ano letivo.

Saiba mais (idgnow.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-07

Comentários dos leitores

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    “Você quis dizer: Icso non ecziste!
    Augusto sobre Padre Quevedo na imagem acima”

    hahaha não resisti.
    Por $300,00, mais garantia de 3 anos, e mais um monte de coisas manda 2 aqui pra casa, aceita cartão corporativo?

    Porque será que sempre que envolve políticos em geral sempre as coisas não andam, e não é dizer que é no Brasil, no mundo todo, envolveu políticos a coisa acaba empacando.

    Pietro (usuário não registrado) em 7/02/2008 às 11:49 pm

    isso é apenas triste. uma escola pública de POA teve experiências ótimas com o XO e eu realmente esperava q o resto do Brasil pudesse ter esse tipo de experiência.

    novamente, é uma pena.

    Barna Nabex (usuário não registrado) em 8/02/2008 às 12:33 am

    Para quem tiver curiosidade, o edital do pregão eletrônico no. 59/2007, do FNDE/MEC, pode ser lido em http://static.scribd.com/docs/7r4oomg1srmhd.swf

    Barna Nabex (usuário não registrado) em 8/02/2008 às 12:49 am

    Sobre Edital de Pregão Eletrônico Nº 59/2007, também é possível encontrar na Internet versões em .pdf e .doc: http://www.olpcnews.com/files/Brazil-Computer-RFP.pdf e http://www.notebooks-site.com/blog/documentos/edital.doc

    Juli (usuário não registrado) em 8/02/2008 às 9:07 am

    Eu, particularmente, aplaudo este cancelamento.
    Não q seja contrária a inclusão digital deste segmento
    Menos favorecido, mas, porque vejo nesta ação
    Mais uma atitude eleitoreira e oportunista.
    Que se ouçam as comunidades escolares,
    Que pensam e dizem os professores
    Das escolas “escolhidas” e os professores
    Excluídos? Opto por um amplo debate,
    Que o governo promova um fórum
    De discussão e ouça as vozes
    Daqueles que fazem
    A educação acontecer.

    Jaime Balbino (usuário não registrado) em 8/02/2008 às 10:57 am

    O motivo anunciado para o cancelamento foi que substimaram o preço de referência e consequentemente a alocação de verbas para pagar o vencedor. Se o pregoeiro aceitasse o valor mais alto não haveria como garantir ou mesmo justificar o pagamento da diferença: teoricamente os técnicos e burocratas deveriam ter feito o trabalho de prospecção de mercado direito.

    No blog htttp://mobeduc.blogspot.com e em comentário na notícia anterior sobre o tema já afirmava que esse erro de cálculo prejudicara o certame.

    “o traspasse da vigência do exercício orçamentário que garantia a execução financeira deste certame”

    cumequié??? :)

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