Abrir ou não abrir o código? Eis a questão.
“Quando é vantagem abrir o código fonte de um software? Em que condições é vantajoso para sua empresa?A primeira avaliação a ser feita nesta análise é sobre o modelo de negócios de sua empresa. O modelo de “venda de caixinhas” já está visivelmente em decadência. Praticamente, só os líderes estabelecidos em seus respectivos mercados ainda têm condições econômicas e ecossistêmicas, e lutam desesperadamente, para manter tal modelo. Progressivamente está ficando cada vez menos lucrativo, mais desgastante em termos de imagem de mercado, juridicamente, politicamente até, mantê-lo. Leia as notícias deste blog e esta série de artigos para acompanhar este assunto.
Atualmente, em junho 2008, e enfatizo o aspecto temporal, o ambiente está mostrando como dos mais exitosos modelos de negócios em software livre e proprietário, a prestação de serviços. Não é o único a ter resultados positivos, mas é o que está resultando mais rápido e mais lucrativo. Software como Serviço, serviços agregados, e demais variações sobre o tema básico: serviços. (…)”
Enviado por André Felipe Machado (andremachadoΘtechforce·com·br) – referência (techforce.com.br).
Minha opinião de não-desenvolvedor:
Ganha-se dinheiro desenvolvendo software livre? Vejo poucos casos de desenvolvedores pequenos que ganham dinheiro com isso.
Aí me pergunto: e quanto aos milhares de desenvolvedores que olocam seus softwares disponiveis nso baixakis e softpédias da vida, e não ganham nada os desenvolvendo, já que são freewares? Será que dá dinheiro desenvolver software – me pergunto isto todos os dias, já que sou estudante de Informática (também conhecido como sistems de informações)?
Me pergunto se quero passar o resto da minha vida desenvolvendo “sistemas de cadastros de locadoras”, e me assunto com a possibilidade de tal.
Da mesma forma me pergunto se quando for agir ptofissionalmente, desenvolverei software livre, “di grátis”.
Não. Não me venham com aquela de “Freedom não é free beer”. A maioria dos softwares livres tem como conseqüencia de sua licença o fato de PODEREM ser disponibilizados sem custo. O “comprador” que se vire para instalar, configurar, manter. Se quiser que alguém faça isto, que contrate alguém, no caso de um software específico, o desenvolvedor.
Mas isto não dá tanto dinheiro quanto desenvolver software proprietáro, embora só alguns poucos têm lábia para isto – Aê, tio Bill!. Será que Stallman e “outros hippies” condenaram os desenvolvedores de software à pobreza? Então acho que vou virar hippie :-)
Será que o mundo não estava melhor antes, já que quase ninguém se importava em
comprar por deizãoadquirir produtos que não importavam se eram proprietários ou não. Simplesmente usavam. As grandes mega-corporações ganhavam seus rios de dinheiro (o windows e o office dão à MS uma margem de lucro enorme!) e ninguém ligava, já que todo mundo quer ganhar rios de dinheiro, certo?Enfim, é possível mesmo ganhar dinheiro com software livre, sem ser hipócrita dizendo que sim, mas não mostrando números, fatos? (não que seja o caso do texto em questão, já que não o li por falta de tempo – quando chegar em casa leio), mas é comum ver pessoas que simplesmente falam “software livre dá dinheiro e quem pensa o contrário é um porco capitalista”, mas não sabem comprovar o que dizem).
Em resumo,acredito que, se o software está lhe dando um bom lucro e seus clientes não estão reclamando por ele ser fechado, continiue com ele fechado e ganhando seu dinheiro. Quando perceber que está perdendo clientes para um concorrente, ou seus clientes estiverem ameaçando abandonar o software por ele ser fechado, abra o código.
Pois eu não espero nem desejo que um dia o Windows vire open-source. Perderia a graça, sabe? :-)
Explicando rapidamente(com possíveis erros gramaticais):
desenvolver software livre não quer dizer que tudo o que programe tenha que ser livre, cabe você analisar o melhor para cada caso, podendo inclusive se dedicar a varias licenças simultaneamente. Se não conseguir nada com o Software livre então deixe ele apenas para as horas vagas, caso contrario siga em frente. Eh claro para aquele gerente de TI que acha que tudo que é livre não presta e não tem suporte, não esqueça que para ele deve cobrar beeeem caro por seu códigos ;)
tiaggs, corrigindo: substitua “não esqueça que para ele deve cobrar beeeem caro por seu códigos ;)” por “não esqueça que para ele deve cobrar beeeem caro por seu binário ;)”, já que é incomum quando você comprar um programa seu código-fonte vir junto :-)
Há um ditado muito antigo: “O segredo é a alma do negócio”
Todo comerciante / empresário respeita esse ditado, como um dos principais fundamentos para manter sua vantagem competitiva sobre os concorrentes. No desenvolvimento de software, como em qualquer outra área de negócio, esse princípio continua tendo o seu valor.
A grande questão, entretanto, é: é possível ser o único detentor de um “segredo”, em tempos de livre difusão do conhecimento???
Se você pode arcar sozinho com o custo de manter o desenvolvimento tecnológico de seu produto, de ser realmente inovador e, com isso, manter-se à frente de todos os competidores, tudo bem, melhor para você manter seu código em segredo, e colher os louros de sua liderança.
Mas, se você percebe que não está com essa bola toda, que seu produto não tem nada de tão inovador que não possa ser imitado ou mesmo superado, ou que sua empresa não tem fôlego (recursos) para desenvolver seu produto na velocidade necessária, então manter para si o custo do desenvolvimento do seu código proprietário passa a ser uma péssima estratégia. É melhor, nesse caso, compartilhar o custo do desenvolvimento com outros (abrir o código, ou adotar um projeto semelhante em SL), e direcionar seus recursos para dar o “diferencial” ao seu produto.
Acho que o exemplo do Vista ilustra bem esse pensamento: desenvolver um SO “inovador” tornou-se uma tarefa tão complexa, que mesmo a gigante MS perdeu o fôlego: atrasou várias vezes seu lançamento, e as funcionalidades implementadas de fato ficaram longe do prometido. Enquanto isso, o Linux avança.
Olá,
Tem uma série inteira de artigos no blog, denominada “como ganhar dinheiro com Linux”, e o artigo citado é a parte 21, que justamente aborda o tema “abrir ou não abrir o código?”. Nem sempre é vantagem. Depende.
E certamente haverão outras, pois novas abordagens vão surgindo e sendo testadas.
Mas quem é muito novo para lembrar da primeira era dos mainframes, ou ainda não leu a história, o software começou como SERVIÇO.
Era proprietário ou livre, mas era SERVIÇO.
Depois veio a era de vender caixinhas e houve um período de “venda de produtos”.
Agora se estão experimentando novos modelos de negócio baseados em serviços. Variados modelos.
É importante ler a série e acompanhar o que está funcionando e o que não está funcionando.
Principalmente quando é SUA carreira e ou SEU dinheiro em jogo.
Aliás, leia a parte 20 da série… Vai achar interessante e desafiadora.
Boa sorte.
André Felipe
O modelo “ganhe com o serviço” não serve pra todo mundo. Quem compraria licença de suporte do Winzip, do VLC, do TuxRacer?
Pessoa Física, QUANTOS compram licença de suporte do que quer que seja?
De resto, quanto mais intuitivo, simples e funcional seu software for, quanto mais estável e eficiente, MENOS seu usuário vai precisar de suporte.
Esse modelo não funciona para todo mundo, e para quase ninguém fora do mundo corporativo. Quanto ao pequeno desenvolvedor, ele está ferrado independente da licença.
Eu acho que deveria existir uma licença onde o software é livre gratuito se você desenvolve. Se você só usa, o criador poderia cobrar um $$.
Creio que você vê mesmo poucos casos porque não consegue enxergar além do software proprietário. Eu sou um exemplo daqueles que diz “software livre dá dinheiro” (mas não digo que quem pensa o contrário é um porco capitalista, somente é ignorante).
Tenho uma nano-empresa que nos últimos cinco meses, depois de meu retorno ao Brasil, faturou em torno de 40 mil reais. É pouco? Para uma equipe do “eu, mim e nós dois” está de bom tamanho. O trabalho é tanto que começo a abrir vagas para estagiários trabalharem comigo mesmo tendo quatro parceiros que, conjuntamente desenvolvemos aplicações baseadas em Drupal, Mambo e Joomla para todo o mundo.
Irá você dizer: “mas você não faz software livre”. Sim, faço. Desenvolvo (e estão disponíveis) vários módulos para estes CMS’s desenvolvidos por mim sob GPL. Se não contente, a grande maioria das traduções de softwares livres como Mambo, Joomla, TikiWiki e Gallery sairam de minhas mãos e retornaram para a comunidade.
Como pode também estar pensando que sou um “chupin”, hoje, 3% do faturamento (que pretendo subir para 5%) é revertido em doação para os projetos com os quais trabalhos, fechando assim o ciclo do software livre como verdadeiro software livre. Pago impostos, pago minhas contas, tenho minhas férias e ainda agrego outras pessoas no software livre, seja desenvolvendo para alguma empresa um determinado componente que depois é distribuído sob licenciamento livre, seja levando o conceito para além-fronteira.
Finalmente, se quiser, posso listar ao menos uma dezena de empresas nacionais que fazem dinheiro com software livre e outra dezena de profissionais brasileiros no mesmo ponto. Claro, não vou nem citar grandes empresas porque ficaria no mínimo constrangedor.
Reveja seus conceitos e tente ver além do seu pequeno mundo. O software livre é muito mais do que você acredita que sabe, o que pelo seu comentário, não é muito.
Sds
Não é necessário se limitar a apenas achar – você mesmo pode criar esta licença, para lançar seus softwares. Ela seria completamente legítima, embora não fosse considerada como sendo de código aberto. E seria bem parecido com o modelo dual adotado pelo MySQL, embora traçasse a barreira de uma forma um pouco mais restritiva, e abrisse mão de poder ser considerado código aberto, ao menos em uma das modalidades.
Muitos desenvolvedores encontram razões e motivos para lançar seus códigos sob licenças livres e abertas, outros preferem licenciamento dual, e muitos vão continuar a preferir as licenças fechadas (incluindo até o shareware e suas variantes). Cada um deles faz suas opções de acordo com sua visão de mundo e seus projetos.
Para alguns faz sentido disponibilizar sem etiqueta de preço nem restrições à alteração e redistribuição, e para outros não. Nos casos em que o autor prefere lançar como código fechado, creio que ele deve poder fazê-lo. Possivelmente ele vai sair perdendo em relação a quem lança algo similar como software livre, mas possivelmente não. Não acho que exista uma resposta pronta que possa ou deva ser imposta ao desenvolvedor.
Uma coisa que me faz pensar, quando leio um livro vindo dos EUA, tem algo que chama a atenção, se reparar nestes livros o nome de seu autor chama mais atenção que o nome da estória.
Agora imagino o porquê de tal coisa, de certo a resposta é que o valor nem poderia ser agregado ao produto e sim ao seu autor, pois se fosse o produto o centro das atenções, cencerteza ocorreria que você como autor seria desprezado enquanto que seu produto valorizado, e se tentar lançar algo novo? Ninguém nem iria querer ver seu novo livro, somente o livro que de é sucesso.
O mesmo acontece com os softwares hoje em dia, ninguém olha o desenvolvedor, mas o produto, neste caso se você criar um produto de renome, então terá sucesso (independente da qualidade dos mesmo), mas se seu produto for desconhecido, então vai se tornar professor de cursinho de informática de escola como alguém que conheci, ganhando R$ 450 reais por mês.
Então indepndente do código ser aberto ou fechado muitos desenvolvedores ganham uma merreca de dinheiro, poucos tem um salário decente, eu vejo mais o pessoal ganhar dinheiro como administrador de sistemas, dba, arquiteto de software, gerente de configurações, desenvolvedor de forms/reports Oracle, administrador de redes, gerente de configurações, entre outros, que muitos desenvolvedores, e olha que quem desses que citei programam só são o administrador de sistemas (caso use unix-like) e o desenvolvedor de oracle forms/reports, pois desenvolvedor normal ganhar dinheiro é que nem comparar um pedreiro ganhar mais que um arquiteto.
Nem estou querendo fazer um flame aqui, pois também conheço desenvolvedores que ganham muito dinheiro, contudo mais na parte de serviços que na parte de produto de caixinha.
Eu tenho exemplos a isso, no caso meu tio ele trabalha com software livre, e ganha muito, contudo ele é administrador de sistemas unix-like.
Dessa forma se você está fazendo sistemas de informações, caso seja em nível superior (que é bem provavel) então você está sendo treinado para trabalhar como um analista, que neste caso lida com desenvolvedores e que ganha mais dinheiro que os mesmos.
Até a Google com o Code of Summer dar mais dinheiro que um cliente que quer um programa qualquer, ou se você trabalhar como analista com toda certeza vai ganhar mais dinheiro com soluções (na maioria das vezes você nem precisa fazer o software, mas indicar a melhor maneira da empresa solucionar o seu problema) que com software feito.
Por essa razão concordo com o a visão OpenSource de desenvolvimento que a idéia SL que dizem por ai.
O que quero dizer com tudo isso é que as pessoas ganham mais dinheiro com o uso do software que fazendo software, de forma que são pouquissimos e rarissimos casos em que o desenvolvedor ganha dinheiro em cima da fabricação do software em si, e esses desenvolvedores são contados a dedo.
cardoso, exatamente. Há programas que devem ser gratis por natureza (normalmente os utilitários), já que não há razão para aluém o utilizar.
Não entendo como as pessoas ainda usam o Winzip ou o Winrar, visto que o 7-zip é 100 vezes melhor. Talvez cultura, já que “zipar” já se tornou um termo rotineiro.
Só paga por um zipador, um player de música ou um navegador web quem é trouxa, me desculpem o palavriado (mamãe disse que “idiota” é palavra feia! hauah).
Mas isto não retira o mérito dos desenvolvedores destes tipos de programas, já que eles são extremamente úteis para quem usa o computador. São, digamos, programas-meio.
Já os “programas-fins” são aqueles que realmente têm valor: normalmente aquele sisteminha do supermercado da esquina; Dificilmente alguém criará um sistema destes open source. Embora eu acredite que um modelo de desenvolvimento colaborativo funciona nestes casos, é muito tentadora a possibilidade de ganhar mais vendendo um pacote fechado ao invés de vender algo aberto.
Mas neste caso dos pequenos desenvolvedores o problema não é o fato de o cliente ter acesso ao código, já que isto não faz diferença para ele, que provavelmente nem sabe o que é o código e que não saberia utilizá-lo para alguma coisa, mas a concorrência. “E se o cara pegar o código deste sistema que tive tanto trabalho para criar e começar a vender, sem esforço algum?”. Será que, como a GPL – sei lá, licença livre mais utilizada? – diz que os créditos sempre devam ser mantidos, aquele que está comprando o sistema saberá que este sistema do cara que ele está comprando foi na verdade escrito por outro fulano? Será que o camarada que está vendendo dirá: “Foi o cara lá da outra empresa que escreveu este software”? Será que ele é obrigado a dizer? Isto seria ruim, já que está vendendo o peixe do outro camarada? Aff, sei lá :-)
O produtor de software tem hoje o status que a escriba tinha há, digamos, dois mil anos, quando apenas pessoas de alta posição social tinham o privilégio da escrita. Não discuto as vantagens dessa “quebra de monopólio” mas creio que já não há nenhum escriba para protestar.
Escrever já foi profissão e ainda é mesmo sem essa “reserva de mercado”. A sociedade alfabetizada não tem lugar para os escribas mas abriu campo para os escritores, escrivães e, por que não, probloggers.
Me pergunto quando, já que é apenas uma questão de tempo, essa nova quebra de “monopólio dos escribas de software” ocorrerá e as pessoas que não programam serão como os analfabetos de hoje. Será o momento em que surgirem o MOBRALJ, MOBRALPy ou MOBRALC++?
Marco, acho muito realista a sua analogia, porém expandindo-a, acredito que não irá desaparecer o mercado dos “escribas”, afinal não é todo mundo que é alfabetizado que é um Machado De Assis :-)
Ou seja, haverá espaço para viver de escrever programas, mas você terá que ser dos melhores.
Tenchi, existem aplicações OS para tudo que é área, inclusive o melhor sistema de lojas online da atualidade, o OS Commerce, é aberto. Já trabalhei com ele e com o Commerce Server da Microsoft. Prefiro o OS Commerce. É um sistema que em teoria ninguém desenvolveria “di grátis”, mas é um que dá para faturar uma boa grana instalando, como o Paulino faz.
O programador do Freeware é um herói, ele raramente recebe sequer um “obrigado”. Estava conversando com o pessoal que desenvolveu o Canola, é impressionante a quantidade de grosseria, usuário chato e gente exigindo coisas que eles recebem nos fóruns.
Aliás, Paulino, desculpe. Você não vive de software livre, você vive de serviço. Você estaria igualmente bem se estivesse desenvolvendo aplicações freeware VBA pra Excel. Você dá o programa e cobra pela instalação e suporte.
Cardoso,
A diferença entre viver de serviços de software livre e viver de aplicações freeware em VBA é simples: a cadeia sócio-econômica é muito melhor para o lado do SL do que para o outro lado. Não tenho que comprar um Excel para desenvolver, não tenho que adquirtir licença de nada e tampouco ficar vertendo dinheiro para uma companhia que só pensa nisso.
Claro, o “core” do meu negócio é efetivamente serviços (por isso vivo de software livre) mas é por pouco tempo. Dentro em breve, além dos módulos desenvolvidos e outros “aportes” nesta seara, vem software GPL por aí :)
Abs
@tenchi,
Se esse sistema fosse software livre, você não precisaria passar o resto de sua vida RE-desenvolvendo-o. :-P
Software livre não significa que você tenha que desenvolvê-lo gratuitamente. No modelo de “vender licenças” você faz um grande investimento e depois tenta vender o seu produto. Mas as coisas não precisam ser assim… se sua empresa é pequena, provavelmente você desenvolverá de acordo com o que o cliente desejar. Você não precisará desenvolver do zero um banco de dados, um servidor web, etc. nem precisará passar todo o seu lucro para uma multinacional que fornece esses produtos. Ao contrário do modelo proprietário, onde as pequenas empresas são basicamente revendedoras de software, com software livre você poderá se preocupar com muito menos e ter um produto muito melhor.
Se ainda por cima, já que você já recebeu pelo que desenvolveu, você disponibilizar seu produto como software livre, você estará fazendo seu nome, melhorando a qualidade do seu software, contribuindo com a sociedade em geral, etc. Você já tem o know-how como uma vantagem sobre competidores. E as vendas/contratos que você supostamente perde com a concorrência voltam pra você de outras maneiras. Acho que quanto menor for a sua empresa, menos você tem a perder.
O ponto central, é que enquanto a sociedade precisar de desenvolvimento de novos aplicativos, você terá uma fonte de renda. Só que ao invés de ficar re-desenvolvendo aplicativos de má qualidade, você poderá oferecer melhores soluções por preços mais acessíveis.
Como exercício mental… imagine que você desenvolveu um super sistema de gerenciamento de locadoras. Então esse sistema foi publicado como software livre e hoje é usado no país inteiro. Você acha que seria uma boa? Quantas dessas locadoras iriam preferir contratar você para implantar ou customizar o sistema?
André Caldas.
Uma coisa que nunca deixo de perceber é: Quem defende o mote “Software Livre dá dinheiro” geralmente não ganha dinheiro com software livre: Pode até executar funções com tais softwares (meu caso mesmo de sysadmin), mas são funções que podem ser executadas em qualquer outra plataforma – inclusive proprietária.
Quem diz que pode criar um sistema livre e blá blá blá para determinado estabelecimento e ganhar em cima do suporte, geralmente não faz isso, só teoria. E quem assim o faz, vende seu software livre com jeitão de proprietário (ou seja, não faz diferença para o comprador/contratante se a aplicação de controle de estoque dele é livre ou não).
Esse loop nos remete ao ponto que o modelo baseado nas caixinhas de software estão “ultrapassados” e a moda é vender serviço. Balela! Para que o software de supermercado livre seja concorrente do proprietário, ele deverá ir para as caixinhas sim. O modelo de pagamento em cima do suporte não é real para os compradores de software, pelo menos não para os pequenos compradores e desenvolvedores.
Sugestão de enquete do BR-Linux: “Quem desenvolve aplicativos comerciais para microempresas em software livre e realmente ganha dinheiro no modelo baseado em serviço? Exemplificar.”
Concordo com você sobre a impressão de que a maioria das pessoas que fala sobre ser possível ganhar dinheiro com software livre não ganham, e falam mais por acreditar do que por ter comprovado. Também tenho esta impressão.
Mas eu conheço bastante gente que ganha sim o seu sustento desenvolvendo software livre, e conheço ainda mais gente que ganha dinheiro atuando no ecossistema, seja prestando serviços de integração, implantação, educação e várias outras categorias.
Acho que na maioria dos casos brasileiros que eu conheço, os profissionais em questão não têm grande interesse em que você fique sabendo quanto dinheiro eles ganham, ou mesmo que tenha certeza de que ganham, e em especial não têm maior interesse (exceto nos casos obrigatórios, como para a Receita federal) em dizer quem paga, e a natureza do serviço prestado. Já procurei alguns deles para construir cases, mas de modo geral as pessoas têm pouco interesse em expor a composição de seus rendimentos pessoais, ou os detalhes sobre a atividade profissional que desempenham, exceto quando estão envolvidos em evangelização – mas raramente é o caso quando se trata deste assunto específico.
Mas eles ganham, e de modo geral não é desenvolvendo aplicativos comerciais para microempresas. Acho até que o modelo de negócios de desenvolver *isoladamente* aplicativos comerciais em código aberto para vendê-los diretamente às citadas microempresas seria bem complicado, a não ser, como você mesmo já mencionou, que o licenciamento neste caso fosse irrelevante para o usuário, e fosse apenas um subterfúgio para não ter de comprar a licença comercial do MySQL, por exemplo.
Entretanto, acreditaria que a maioria das pessoas que vêm aqui expor suas opiniões sobre como é possível criar modelos de desenvolvimento e serviços baseados exclusivamente no software livre e de forma sustentável e rentável tem isso mais como crença do que como prática.
Muitos comentários interessantes, pouco tempo para ler no trabalho, lamentavelmente.
Vou só jogar meus 2 centavos mesmo, sem saber se alguém já falou.
Só faz sentido abrir o código de um software já existente se o dito cujo for genérico suficiente (não estar atrelado a muitas regras particulares à sua empresa) e se a perspectiva de desenvolvimento e manutenção colaborativa for boa. Se vc vai abrir por caridade e depois neguinho ficar te enchendo o saco por atualizações e features sem se dispor a colaborar com nada, esqueça.