Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Urnas eletrônicas: Detalhes da distribuição Linux que será utilizada

As eleições municipais de 2008, que ocorrerão em outubro, chegarão com uma inovação: a utilização do sistema operacional Linux, em substituição ao VirtuOS e WinCE. Com esta mudança, o TSE se adapta às diretrizes do governo federal, que vem investindo em softwares de código aberto, e salienta que “todo código-fonte estará disponível ao público e poderá ser auditado livremente“ – informação importante para os técnicos, políticos, partidos e eleitores que questionam a integridade das urnas.

Segundo o chefe da Seção de Voto Informativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Francisco Dejardene, o sistema “será uma distribuição interna contendo o kernel – 2.6.16.57, algumas bibliotecas abertas (SDL, zlib, boost, jpeg, freetype, etc.) e drivers de dispositivos específicos das urnas eletrônicas e aplicativos desenvolvidos por equipe interna do TSE“.

As principais expectativas do TSE com a mudança são: a redução do custo de desenvolvimento, a maior estabilidade do sistema e o melhor desempenho dos aplicativos. Com relação ao impacto da alteração para os usuários finais, ou seja, os eleitores, Francisco comenta que “não haverá impacto, visto que o aplicativo de votação terá interface exatamente igual à utilizada até as eleições 2006. Tal mudança será transparente tanto para o eleitor, quanto para os mesários.”

Saiba mais (softwarelivre.org).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-05-14

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    urn (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 9:32 am

    O difícil é se essas urnas ‘dar pau’ no dia da eleição e ninguém saber como se opera esse sistema alienígena.

    Mef1 (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 9:40 am

    O caso de “dar pau” não vejo como problema.
    As urnas de hoje quando tem problemas usa-se uma chave para reiniciar o sistema e se for grave troca-se a urna ou ainda utiliza-se a tradicional votação em papel.
    Além de ter os fiscais de partido que tenho certeza que não deixarão ninguém “mexer” no sistema das urnas e depois permitir o uso na votação.

    mv meu_candidato dev/null

    mv politicos_corruptos /dev/null

    pronto problema corrigido….hehehe

    Anonimo Covarde (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 10:01 am

    Se e’ 2.6.16.57, porque nao dizem logo que vao usar SuSE.

    rafa (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 10:30 am

    e a discussão sobre o código? alguém vai levantar a pergunta ‘onde eu baixo?’.

    ou o código só deveria vir para quem compra uma urna eletrônica?

    :-]

    Rael (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 10:58 am

    urn, por um acaso quando se rodavam os outros sistemas, os caras sabiam mexer em caso de “pau” no sistema?

    por um acaso quando se rodavam os outros sistemas, os caras sabiam mexer em caso de “pau” no sistema?

    E claro que sim!

    format C:

    Cadu (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 11:10 am

    tiaggs, mv vai sobrescrever /dev/null. Tem que usar cat… :P

    Agora… se quiser remover o político, o melhor mesmo é um rm -rf, e depois dd if=/dev/zero of=/dev/hd_onde_o_político_estava só para ter certeza de que os dados não vão ficar no HD depois do arquivo ser removido… ;)

    Bruno (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 12:12 pm

    O fato é quem garante que ó código publicado é o que foi compilado? É necessário o acesso aos binários imediatamente antes e depois das votações e também ao contabilizador(servidor lá) dos votos, para comparar com os binários gerados pelos fontes.

    _____________________
    $ shred -fuzn490 Políticos corrúptos, mentirosos, enganadores, aproveitadores etc.
    Desculpem o pleonasmo em cascata (ou é recursivo?).

    Bruno, mas este acesso é dado, e já era dado pelo menos nas últimas 2 eleições. Os partidos, o ministério público e a OAB assinam (usando softwares trazidos por eles mesmos, se desejarem) os executáveis gerados na presença deles a partir dos fontes que eles examinaram, e podem comparar as assinaturas dos binários (também usando seus próprios softwares, se desejarem) nos momentos que você mencionou, e em outros (como após a inclusão das bases de dados de candidatos nas urnas, por exemplo).

    É possível, inclusive, que o diretório do seu partido, ou do partido que melhor o representa, na sua cidade ou sua capital, não tenha técnicos habilitados para fazer estas verificações. Procure-o, faça a sua parte, e ajude a verificar que o executável rodado é o mesmo que foi examinado!

    Bruno (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 1:33 pm

    Isso eu não sabia. hehe. É muito bom saber isso! Valeu! :)

    estudante (usuário não registrado) em 14/05/2008 às 10:00 pm

    Pergunta:

    Eu vou poder dar um cat voto > /dev/null?

    Rodnei (usuário não registrado) em 15/05/2008 às 3:39 pm

    “Não existe segurança lógica sem segurança física.”

    Ou vocês acham que os grandes Hosters põem seus servidores em salas à prova de incêndio à toa?
    Não adianta ter o melhor sistema do mundo rodando nas máquinas se não houver segurança física, pois qualquer script kiddie que meta a mão faz praticamente o que quiser, e no Brasil isso é muito fácil.
    Vocês nunca ouviram aquelas histórias de urnas eletrônicas onde “misteriosamente” só era possível votar em um único candidato? Pois é.

    estudante, na verdade estava só brincando é claro que não vamos poder mexer no sistema de arquivos, alias nem vamos perceber a diferença na interface grafica de uma urna rodando LInux e outra rodando WindowsCE.

    Cadu, é verdade não posso usar o mv para o /dev tem que ser cat mesmo, sou meio noobie para fazer algumas coisas diferentes, afinal não faz nem um ano que comecei a me aventurar no no Linux e hoje em dia a interface gráfica te deixa muito preguiçosos.

    Sem dúvida uma boa notícia! Estava ansioso pelo código da urna ser mais amplamente disponibilizado!

    Mas ainda é bom procurarmos os partidos políticos para nos voluntariarmos para auxiliar na verificação dos binários, da forma como o Augusto comentou que é realizada.

Este post é antigo (2008-05-14) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.