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Segundo a Assespro, falta pessoal qualificado em TI no Brasil

Associação estima déficit de 50 mil profissionais qualificados para trabalhar na indústria de TI. Quatro das principais associações da indústria brasileira de software, a Abes, Assespro, Softex e Sucesu, realizam esta semana, em Brasília, fórum para debater o segmento de software no país.

De acordo com o presidente da Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de TI, Software e Internet), Ricardo Kurtz, as empresas de TI apontam forte carência de trabalhadores qualificados, o que na sua opinião restringe o crescimento da indústria de tecnologia no país.

As associações devem anunciar, ao fim do encontro, iniciativas para ampliar os programas de treinamento e qualificação de mão de obra no país. Além da formação dos profissionais, o encontro vai discutir compras públicas de software e serviços de TI.

Saiba mais (info.abril.com.br). Leia também: Emprego: a vaga certa, sem pagar nada para agências e portais.


• Publicado por Augusto Campos em 2008-05-29

Comentários dos leitores

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    Paulo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 2:48 pm

    Será que os salários e os regimes de trabalho impostos não ajudam a manter esse estado de coisas?
    Só uma pergunta retórica ….

    Adenilson Cavalcanti (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 3:02 pm

    Ué… mas é claro que está ‘faltando’ profissionais qualificados. Os caras querem contratar gente boa e pagar uma merreca.
    ;-)

    Assim vai faltar gente mesmo.

    []s

    Adenilson

    kayo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 3:02 pm

    Culpa do QI :)

    Isaac Mendes (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 3:29 pm

    Acho que o cerne do problema vai além da questão salarial.

    É fato que as faculdades brasileiras não tem uma mentalidade voltada para o mercado, formando vários despejando milhares de incompententes no mercado de trabalho todos os anos.

    O que eu já vi de engenheiro de redes que não sabe mexer em roteador ou bacharel em CC que não sabe o que é gerência de memória não tá no gibi.

    A mentalidade dos contratadores tambem não ajuda em nada, já que eles acreditam piamente que uma vez com diploma, o sujeito é o supra-sumo da elite intelectual brasileira.

    No final das contas só estão colhendo o que sua visão limitada permite.

    No fim das contas, talvez seja o caso de reavaliar a equipe de RH…

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 3:47 pm

    Concordo. Nas duas empresas que trabalhei, tínhamos o maior trabalho pra contratar. A grande maioria que aparecia era muito fraca e os recém formados que deveriam estar trazendo novidades e idéias, eram fraquíssimos. São poucas faculdades boas no Brasil.

    Isso está sendo positivo pros profissionais qualificados, que estão valorizando seu salário. O que te de gente por aqui mudando de emprego por causa de salário melhor não é brincadeira. O cara é disputado mesmo.

    É fato que as faculdades brasileiras não tem uma mentalidade voltada para o mercado

    Muito pelo contrário, a maioria delas tem uma mentalidade voltada para o mercado – o mercado atual que não inova nada e continua sempre na mesma.

    Claro, com o salário que estão oferecendo, e ainda querem gente que entenda de Linux, Windows Server, manutenção de computadores, banco de dados, programação, sirva cafezinho, limpe o chão….

    Se pelo menos tivesse um salário decente a gente podia investir mais na carreira.

    Tem lugar que pelo currículo que pedem teriamos que ter pelo menos 3 faculdades para poder entrar lá e pra ganhar em torno de mil reais e ficar 24 horas disponível para empresa.

    Quando os empresários valorizarem mais a nossa área vai ter muito mais gente especializada.

    Sem comentar também que cursos técnologos, que são voltados para uma formação mais especifica na área, e menos generalista como os cursos de 4 anos, que são cursos aprovados e reconhecidos pelo MEC, não são aceitos por empresas como a Petrobras como curso superior. Excluem muita gente boa assim. Ao invés de contratar um cara para gerenciar sua rede que fez gerencia de rede , em algum curso de técnologia, preferem contratar alguém que fez ciencia da computação.

    “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

    Isaac Mendes (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 4:15 pm

    O que vejo aqui na empresa é que vários caras bons já foram dispensados por não terem cursos superiores.

    No exterior algumas certificações são SUPER valorizadas (com as da Cisco por exemplo). Afirmo isso por que meu cunhado é americano, trabalha na Verizon (maior empresa de Tecom dos EUA) e me afirma que várias pessoas sem curso superior ganham a mesma coisa que ele, que estudou 4 anos pra se formar.

    Essas pessoas também são profissionais dos mais alto gabarito e volta e meia recebem proposta de empresas concorrentes.

    É isso que o mercado brasileiro não entende. Ter diploma não significa que o sujeito é bom. Significa que ele se formou.

    Já vi um cara com CCNP e bastante experiência ser desclassificado de um processo seletivo por não possuir um simples diploma… no final das contas contrataram um cara recém formado, que não sabia nem configurar um endereço IP numa interface do roteador.

    Ou seja, contrataram um estagiário com curso superior.

    Também sou formado e acredito que um curso superior bem feito é uma ótima oportunidade pra qualquer pessoa, mas infelizmente, não é essa a realidade brasileira.

    Eu ouço essa história desde que me entendo por gente.
    O negócio é que as empresas querem um guru da informática, querem que o profisional saiba desde pacote office até programação web, montagem de micros, servidores c, vb, c#, 30 anos de experiência em java, jme, jse, jseilaoque.
    É só dar uma voçta por aí para ver esses anúncios tipo: webdesigner com domínio de word, excel.
    Depois vem com esse papinho de que falta profissional qualificado.

    Andre Miguel (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 4:39 pm

    Não brinca… Sério!

    psantos (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 5:11 pm

    Vagas para profissionais de TI: Inglês, espanhol, alemão, francês, mandarim e japonês fluentes.
    Formação na área com pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e pós-pós-doutorado.
    Profundos conhecimentos em Assembly, c, c++, Java, Perl, Python, sql, oracle, mysql, sql server, postgress, shell-script, uml, xml, php, fhc, cgc, latim e sânscrito. Linux RedHat e Debian, HP-UX, AIX, Solaris, Windows 2000 e 2003 Server, AS400, ZOS, Natural, Adabas, Roscoe, roteador cisco, switch fibre channel, storage SAN e NAS, Tivoli, CA Unicenter, SAP, SOA, ITIL e a PQP

    Para trabalhar lá na casa do chapéu em projeto por tempo determinado de x meses.
    Salário: R$ 750,00 c/ vale transporte em regime de PJ.

    Coitadina da indústria de TI, não há profissionais qualificados para morrer de fome.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 5:24 pm

    Mas as empresas não estão erradas. É a lei da oferta e procura. Quando o desemprego estava alto, era fácil achar cara bom pra trabalhar por pouco. Como o país deu uma recuperada, agora está mais difícil achar bom profissional, então a tendência é subir o salário. Quando não acharem ninguém por 1000, vão começar a procurar quem quer 1.500. Se não acharem, vão pra 2 mil, e aí por diante. É assim que funciona em qualquer lugar do mundo.

    Agora, ter curso superior e certificação, ajuda mesmo. Certificação ajuda principalmente fora do país, já que eles não vão conhecer as empresas que você trabalha aqui, a não ser que seja multinacional.

    Marlon (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 6:17 pm

    Fazer faculdade de informática todo mundo sabe que não é nada fácil, e muito menos barato. E depois de formados vamos buscar nosso lugar ao sol e oferecem uma merreca R$1000,00 é uma vergonha !!!!!!

    E como disse psantos, tem um monte de requisitos mas pagar que é bom nada.

    Daí se explica o possível crescimento de 13% em 2008.http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/01/17/mercado_de_ti_vai_crescer_13_em_2008_na_america_latina_afirma_idc-328073912.asp

    milo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 6:26 pm

    A área de TI também é prostituída, qualquer pessoa pode ser um administrador de redes, analisa de sistema.. desenvolvedor….

    Isso é fod***

    O maior problema é que por serem relativamente novas e carrissimas as faculdades tecnologicas, tive de largar meu curso de Eng da Computação após o 4º periodo, pois não conseguia pagar R$990,00 por mês, e não ter como fazer estagio remunerado alem de estudar 24h por dia.

    Excluem grandes tecnologos, que estão no mercado ai ó faz tempo como eu, por não ter diploma.

    Alem do fato de querer que o cara saiba de tudo é no minimo estranha.
    Sei de DB, Servidores, PHP, C Ansi, Linux, DSB, e TCP/IP, Cisco, entre outros.
    mas sei tanto de hardware do que de Linux. e os caras insistem em que eu tenha que ser um gênio em pelo menos 300 áreas distintas da informática. e essa visão esta sendo muito bem difundida por aquela GRANDE lei que esta tramitando, pois como a lei diz, existem Técnicos e Analistas de Sistema, e ai o mundo acaba, e estes dois tem que saber tudo de tudo.

    Que país é esse?

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 10:53 pm

    Pra quem mora em regiões que não tem faculdade, ou não tem a preço acessível (é foda), uma alternativa é a certificação.
    Outra coisa é não ter medo de arriscar mudar de cidade. Conheço muita gente que perde oportunidade por só enxergar o mercado doméstico. Depois fica reclamando esperando alguma empresa pagar melhor por ele.

    Acho que a falta de profissionais qualificados se deve a vários fatores.
    Trabalho em um centro universitário e temos problemas sérios em contratar um técnico para suporte a área de EAD.
    Um dos fatores é o baixo salário, tentativas de contratação de estagiários na esperança de torná-lo um futuro funcionário, o próprio mercado de trabalho aquecido (tivemos uns 12 estagiários em 2 anos, teve um deles que permaneceu apenas 2 dias!) e como já disseram acima, a má formação em nossos cursos, não só de graduação mas os técnicos também.

    Me esqueci, outro fator é a desregulamentação do setor de informática (não estou dizendo que isso é bom ou ruim, apenas estou lembrando) que faz com que “qualquer um” que tenha uma maior intimidade com computadores dispute as vagas nas empresas aumentando a concorrência e desvalorizando os profissionais do setor.

    Leonardo (usuário não registrado) em 30/05/2008 às 1:55 pm

    O buraco é MUITO mais embaixo.

    Pra certas empresas, “qulificado” significam siglas ou certificados no CV que a critura do RH que vai ler compreende ou viu na Exame, Exame Info etc.

    E, aí, caem naquela, pegam o cara certificado, e veêm que, bem, ele nao é lá uma Brastemp. Logo, procuram gente então com MAIS e MELHORES certificados, pra mesma função, SEM AUMENTO DO SALÁRIO OFERECIDO.

    É uma bola de neve.

    Isso é uma mistura de várias opiniões acima (corretas na colocação ena indignação) junto ao fato de que em 90% dos casos,quem contrata/avalia tais profissionais situalções não tem conhecimento técnico nenhum, logo chegando à conclusões PHBianas e criando essa deformação que falei.

    Boa sorte a todos nós.

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