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Retrocomputação: Scripts em Commodore BASIC, nativamente no Linux

Que tal rodar nativamente programas escritos no dialeto BASIC dos micros dos anos 80?

Os computadores das linhas da Commodore (PET, VIC e outros) nunca foram muito populares aqui no Brasil, ao contrário de linhas como as da Sinclair, o MSX, Apple ][ e TRS-80. Mesmo assim, como fã que fui do Sinclair ZX-81 e TK-83, consigo imaginar como seria divertido (por quase 3 minutos inteiros!) rodar nativamente no Linux aqueles programas em BASIC todos em letras maiúsculas e com linhas obrigatoriamente numeradas, mas sem recorrer a emulação ou virtualização e podendo interfacear corretamente com o sistema, incluindo arquivos, pipes e entrada e saída em geral.

Os fãs do Commodore já podem fazer isso no Linux, Mac e Windows, graças a um abnegado que recompilou nativamente, com características de linguagem de script e as necessárias adaptações, o interpretador BASIC do Commodore 64, e provavelmente irão se divertir por vários segundos com a novidade. (via developers.slashdot.org)

Saiba mais (pagetable.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-11-07

Comentários dos leitores

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    jotaB (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 3:37 pm

    Se fosse TK85/TK90 ou MSX, eu topava!!!

    E não seria diversão por alguns minutos, não. Seriam incontáveis horas digitando listagens em Assembler (ou “Código de Máquina”, como também se dizia) — para no fim obter, por exemplo, um mísero caractere “>” voando pela tela. Muito legal, muito mágico, quem viveu isso sabe do que eu estou falando!!!!!

    Rodrigo Barba (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 3:46 pm

    Pois é… parece que foi ontem… um simples ponto “.” rebatendo nas laterais da tela arrancavam um “hacker!” dos amigos curiosos… ehehehh

    Pio Stremel Neto (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 7:25 pm

    Lembro quando a gente ficava horas para digitar um programa que, por exemplo, plotava um círculo no vídeo. Esses programas estavam na antiga revista Input.

    Aí, rodava o programa, demorava 1 minuto para calcular e plotar cada ponto do futuro círculo “serrilhado” (por causa da resolução muito baixa do fósforo verde). A gente ia tomar café e, a cada tantos minutos, passava por ali, “torcendo” para o círculo chegar no fim.

    O meu computador era um poderoso Unitron (Apple), com 16 KB de RAM (isso mesmo, 16 KB).

    Como falou o JotaB, muito mágico para quem viveu isso.

    Eu também vivi isso, e garanto que o meu TK-83 tinha menos resolução ainda na hora de levar um minuto para plotar um círculo que era quase quadrado ;-) Mas na prática, ao fazer o mesmo hoje em emuladores, a nostalgia é grande, mas me parece que a fagulha raramente dura mais do que alguns breves minutos, exceto para alguns poucos mais desequilibrados ;-)

    israroot (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 8:52 pm

    Input e TK90X. Que lembrança incrível!
    Mas foi aí que descobri a pirataria.
    Levava uma fita cassete virgem (ou nem tanto pois era cara) na Rua Marechal Floriano em Porto Alegre e por alguns trocados os caras gravavam diversos jogos na fita.
    Depois era meia hora de tensão esperando carregar o After Burner no Tkzinho.
    E a casa ficava cheia de gente para ver o “incrível” jogo.

    Gilberto Nunes (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 9:08 pm

    Não sei se perceberam, mas no rodapé da noticia do site Pagetable, tem uma noticia sobre um Easter Egg da Microsoft…
    Muito interessante: http://www.pagetable.com/?p=43

    Eu peguei o fimzinho desta época e posso afirmar com todos que era algo incrível. Para cabecinha das “crianças” arrastadoras de mouse de hoje, talvez seja algo difícil de imaginar meia hora para carregar um programa gravado em uma fita-cassete – muitos nem devem mais saber o que é isso. E dizer então que compravamos revistas com linhas e mais linhas de código que levava-se horas digitando para fazer algo tão simples?

    Eu curti esses momentos com um TK85, um Apple ][, um CP500, um MSX, um 386 – mas tudo muito rápido já que aquela geração estava acabando – e ai a mágica acabou :(

    Sinto saudades, não da tecnologia, mas da capacidade criativa que tinhamos. Quem começou naquela época certamente teve uma curva de aprendizado muito maior do que quem começa hoje, mas em contra-partida. Quem começou naquela época tem muito mais bagagem técnica.

    Também comecei num TK 85 (só dava preto-e-branco) e depois TK90 (já com incríveis 16 cores!!!), que a gente ligava na televisão.

    Esse Commodore,salvo engano, nunca foi comercializado no Brasil.

    Eu comprava a Micro Sistemas, ótima revista que durou até o início dos anos 90, acho. Ela trazia mesmo essas listagens prá gente digitar, tinha até joguinho.

    O MSX foi uma grande evolução, pois, ao invés de fita cassete, ele usava disquetes de 5,14′ para armazenar dados. Logo depois, em 1989, veio o Amiga, já com disquetes de 3,5′.

    Aliás, o Amiga, que era ótimo para games, acabou com a mágica, pois já vinha tudo pronto. Não houve nenhuma enxurrada de livros, como aconteceu com o MSX, nem a Micro Sistemas publicava nada para ele. Acho que é porque ninguém sabia programar em C, que era a linguagem que o Amiga usava.

    Hoje dá prá encontrar remakes para Linux de jogos legais do MSX, como Road Fighter e F1 Spirit (corrida) e Goonies e Goody (plataforma). Dá prá se divertir bem mais que “uns poucos minutos” como disseram aqui. Eles continuam paradigmáticos, atraentes, viciantes.

    Eram bons tempos, principalmente porque tudo era novidade e não havia ainda essa massificação que há hoje. Cada jogo era único e proporcionava meses e meses de diversão. Hoje joga-se um game por algumas horas e parte-se para o seguinte, sem remorso nem saudade.

    Agora, não vamos nos render ao sentimentalismo: hoje há muito mais riqueza e variedade de informação, além de maior qualidade técnica. Eu só aceitaria entrar num túnel do tempo porque aí eu voltaria a ser jovem. Mas entre as máquinas de ontem e as de hoje, eu fico com as de hoje (jogando Road Fighter no sidux).

    rá-tim-bum (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 11:04 pm

    Retrocomputação, para mim que não viveu esse tempo, é formatar o disco de um micro que tem Linux para instalar MS Windows. Mas também não vivo fazendo isso.

    Marcelo (usuário não registrado) em 7/11/2008 às 11:49 pm

    Esse meu tempo foi num CP400 color II. Conheci todos os TK na casa de amigos mas quando comprei (pedi pro meu pai) o top era o CP400 com 64K de RAM e 9 cores. Tá na caixa e ainda funciona!
    Dei azar, porque menos de 1 ano depois saiu o MSX, muito melhor.

    Mostrei o emulador pra um cara que trabalha comigo, expliquei como era a carga de programas na fita cassete, digitar códigos da Micro Sistemas, como era legal e tive que ouvir “legal? que coisa medonha! eu não conseguiria jogar nunca!”

    Bem feito, quem mandou não viver naquela época?

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 8/11/2008 às 12:24 am

    Eu vivi muito isso com meu TK90X e na cada de um amigo com MSX.

    Eu considero ter vivido isso um privilégio.

    Parece que gente que viveu isso dá mais valor para o que tem, a cada novo avanço eu ainda me encanto, e as vezes ainda lembro dessa época. Programando muito pra pouco resultado, como citaram e joguei muito também. Muita diversão !!

    O mundo era mais simples, micros vindo com manual de programação. Minha profissão começou comigo aprendendo o BASIC no manual do TK90X. A lógica estava toda lá, o resto é uma mera mudança de dialeto ;).

    rá-tim-bum (usuário não registrado) em 8/11/2008 às 1:16 pm

    Hoje teoricamente qualquer um pode criar jogos eletrônicos e aplicativos profissionais, porque há recursos de programação mais “avançados”. Mas poucos têm capacidade para isso.

    Correção gramatical:
    para mim que não vivi esse tempo

    Animal-X® (usuário não registrado) em 8/11/2008 às 4:45 pm

    Tive um MSX HotBit HB8000 e um Expert 2.0 (transformado com o kit do Carchano), mas tive a oportunidade de mexer num CP500, num TK2000 e alguns micros da Prologica!
    Perdia (que nada, ganhava) horas na frente da TV digitando programas em Basic e Assembler, gravando em fitas K7.
    Bons tempos…

    cristo (usuário não registrado) em 8/11/2008 às 9:39 pm

    Queria eu ter vivido um tempo tão mágico quanto esse, mas eu só pude ver apenas o finalzinho desta época, além que naquele tempo minha familia ainda tinha muitas dificuldades financeiras, só vim mesmo a conhecer o computador em 1997, que foi algo bom mas ao mesmo tempo ruim, pois tinha máquinas melhores e pegamos a pior.

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