Positivo dá sua versão para o cancelamento da compra do laptop educacional no Brasil
Quando o pregão do MEC que compraria laptops educacionais para uso em escolas brasileiras foi cancelado oficialmente, a imprensa noticiou que foi por um erro de cálculo do governo sobre o custo da especificação montada por ele: “E a justificativa não foi pelas características do produto vencedor, nem por ter deixado de considerar o projeto importante – foi por ter calculado errado o preço do produto. Segundo consta na versão divulgada, os responsáveis pela compra reservaram bem menos dinheiro para isso do que seria necessário. Assim, embora desejassem levar os laptops aos alunos brasileiros, não conseguiram comprá-los – e aparentemente vai ter de ficar para uma próxima ocasião.”
E agora o presidente da Positivo, empresa que ganhou (mas não levou) o pregão em dezembro oferecendo um micro de acordo com as especificações oficiais, trouxe uma nova visão: segundo ele, foi por medo da reação da imprensa ao preço, bem acima dos US$ 100 que o próprio governo divulgou. Trecho:
“O governo pediu desconto e nós fomos até o limite de não perder dinheiro e mesmo assim ele não gostou. Com aquelas regras do jogo, não dava para baixar mais. E não é aquele preço público, baixamos bastante nas negociações privadas”, disse.
O último preço divulgado pelo governo para o laptop de 100 dólares foi de 654 reais, menor cotação oferecida, o que daria a vitória na licitação para a Positivo.
Rotenberg diz que a renegociação com os fornecedores permitiu um preço de 580 reais, o que da mesma forma não foi aceito pelo governo porque “politicamente houve medo da imprensa” porque o valor estava muito distante dos 100 dólares. “Isso o governo não divulgou e nos doeu muito. O governo não foi correto com a gente”, afirmou o executivo.
As notícias mais recentemente divulgadas dão conta de que o governo pretende ter estes equipamentos nas escolas já no início do segundo semestre deste ano. Será que dá tempo? Links ou transcrições de declarações recentes das autoridades envolvidas no assunto serão bem-vindos!
Saiba mais (info.abril.com.br).
Já aparece um ‘valente’ criticando o alto preço pedido pela positivo sem ter lido o edital da licitação, que fazia outras exigências que impactam seriamente o preço do produto ofertado.
O governo não sabe separar laranjas de bananas e faz as suas burradas e depois fica com medo da opinião pública e inventa desculpas esfarrapadas como essa que eles deram de ter errado o preço.
O valor de US$100,00 deveria ter sido uma meta somente para o Hardware e até essa meta não é realista pois os vários fabricantes brigando por esse mercado já divulgaram preços acima desse.
Se o edital tivesse sido feito com cuidado e as coisas tivessem sido deixadas claras, separando o custo do equipamento, do suporte, da garantia extendida e etc as coisas teriam ido muito melhor para todos e esse projeto já poderia estar andando.
Vamos esperar e ver quando é que eles vão aprender !!!
Coelhinho da Páscoa, Papai Noel, Político Honesto e agora Notebook de 100 dólares… há quem ainda acredite nesses contos de fada.
O afã da propaganda política dá nisso. Olha aqui (salvador, ba) algumas escolas ainda estão com horário de aulas incompletos (provisório), falta professor etc. Seria mais inteligentes e benéfico aos estudantes iniciar o uso em 2009; assim daria tempo de um treinamento raso dos professores (que em sua maioria trabalham 2 ou 3 turnos em mais que uma escola), e o que educação física poderia ser treinado para suporte imediato.
Se for só pra posar bem na foto é melhor pagar bem os professores e dar a eles melhores condições para dar aula.
Bom, uma coisa é incompetência (que seria a causa da versão do
governo), outra é deixar questões de marketing alterar as decisões,
que seria a causa na explicação da positivo, isso é uma desonestidade
triste e mostra bem qual o compromisso do governo quanto a suas ações.
O governo foi correto em sua decisão. “Veja”s e afins estampariam na cara dura: ‘Governo paga 300 doláres por laptop de 100′.
E a Positivo ainda vai dizer que chegou no limite. Porra, pra embarcar num projeto socio-educacional tem que necessariamente ganhar muito dinheiro? Não perceberam a bolada de marketing positivo (com o perdão do trocadilho) que receberiam?
Caio, tenho a impressão que o preço da Positivo foi o mais baixo entre todos os participantes.