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Paulo Coelho defende na Alemanha o poder promocional da pirataria na web

Cópias não-autorizadas de conteúdo podem ser atos criminosos, mas um dos escritores mais vendidos da atualidade questiona se isso gera prejuízo aos autores. O poder promocional da assim chamada pirataria e os méritos artísticos do hábito de blogar serão alguns dos temas comentados por Paulo Coelho, na abertura da Feira do Livro de Frankfurt, que acontece entre os dias 15 e 19/10 na Alemanha.

O escritor de 61 anos de idade está sendo considerado um pioneiro digital pela sua entusiasmada adoção da mídia online. (via info.abril.com.br)

Saiba mais (info.abril.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-10-15

Comentários dos leitores

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    Henrique P. Machado (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 5:26 pm

    1 minuto da minha preciosa vida perdido ao ler a reportagem no site da Info.

    Quero ver o que o Paulo Coelho vai falar. Espero que seja algo decente.

    geek (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 5:41 pm

    Aparentemente ele esta certo.

    É interessante o ponto de vista dele. É bacana ver alguém tão lido quanto ele (não vou entrar em questões de gosto, é claro) admitir que cópias p2p estão sendo benéficas à ele e que um outro modelo de sustentabilidade é viável.
    Ficaria ainda mais contente em ve-lô dando um passo mais concreto como a disponibilização de alguma obra dele sob alguma das licenças permissiva da Creative Commons, por exemplo.

    well, P.C. mas nem de graça, mas tem quem goste… Mas ainda não sei como sustentar financeiramente esse modelo de negócios…

    eumesmo (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 6:51 pm

    No mundo do software, um bom exemplo disso é o Windows. Sem a pirataria (ou propaganda involuntária) ele não teria tanta entrada no mercado

    Rafael (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 8:08 pm

    “No mundo do software, um bom exemplo disso é o Windows. Sem a pirataria (ou propaganda involuntária) ele não teria tanta entrada no mercado”

    É verdade. Mas o Linux é de graça e não decola? Porque será hein???

    marco (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 8:45 pm

    Bom Rafael você não vai querer ter uma aula de história da informática agora né, se vc não sabe porque a mer… do windows teve mais aceitação do que o linux… paciência…

    Bruno (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 9:49 pm

    O problema é que Paulo só está pensando nele; deve ter alguém custeando a campanha pró pirataria dele, não é possível!

    A editora e publicadora ficam no prejuízo. Que ele comece seu livro e publique em seu blog, nem precisa de p2p. Sou contra a pirataria e pronto.

    Se não puder pagar Windows (e os agregados anti-xyz, office), use Linux é mais atual, seguro e não precisa pagar licença de uso. Se não souber instalar chame um profissional competente (isse é raro confesso) e diga quais usos vc fará em seu PC.

    Avelino de Almeida Bego (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 10:01 pm

    Rafael, no meu ponto de vista, o Linux não decola porque o Windows chegou primeiro (graças à visão do Tio Bill).
    Além de que, só agora, o Linux deu uma “firmada”.
    E, apesar de não usar, devemos isso ao Ubuntu.
    Ele deu uma pequena, mas substancial, alavancada no Linux.

    Também acredito que quem usa o Linux, como eu, não o usa porque é o “mais usado”.

    Abraços.

    Escriba (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 10:11 pm

    O Paulo Coelho tem muito dinheiro, porque vende milhões (?) de livros; é ‘best seller’ no Brasil e em vários países.

    É um escritor “consagrado”, gostemos ou não do que ele escreve.

    Queria ver essa defesa dele no começo da carreira, lá no passado, com pessoas “tirando xerox” dos livros dele, sem pagar os “direitos”.

    ceti (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 11:00 pm

    Isso mesmo, esse cara tá prá lá de rico, então fica fácil defender pirataria. Mas quando ele começou, fazendo letra prá Raul Seixas, ele não pensava assim, não.

    Outra coisa: falar é fácil, quero ver ele doar a renda de algum de seus livros (que cada vez vendem menos, pelo que tenho visto) prá alguma instituição (prá Linux Foundation, por exemplo).

    Escriba, tá cheio de escritor em início de carreira disponibilizando seus textos a quem quiser copiar.

    Yan (usuário não registrado) em 15/10/2008 às 11:39 pm

    Acho importante a postura do Paulo Coelho que coloca na mídia a discussão sobre o direito autoral, e do alto de seus 92 milhões de livros (+ q Jorge Amado, que vendeu 54 milhões de livros).

    Vários autores estão indo no mesmo caminho e isso é bom, pois que na minha opinião, fortalesse a idéia de liberdade de acesso a informação, que se consolida junto com a internet.
    Esta é em parte a idéia do software livre: não se ganhar dinheiro com licença (como o bill faz), mas com serviço.

    sem@email.org (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 12:56 am

    O P.C. esta correto! Ele teve experiencia com isto ao verificar que sua obra impressa vendia mais onde havia a mesma disponibilizada (ilegalmente,lamentavelmente) na Internet.

    O escritor tem um cerebro e sabe usar! Nao eh o mesmo que podemos dizer dos editores.

    So por curiosidade:

    Se ainda exitisse a “reserva de mercado” e sem a copia nao autorizada de softwares alguem acha que produstos como Photoshop, Autocad, Corel etc seriam usados no terceiro mundo?
    No Brasil estariamos usando alguma coisa feita aqui e custando muito mais que o produto estrangeiro.

    Quando reclamam de copias nao autorizadas em paises pobres as softwarehouses estao cuspindo no prato em que comeram!

    Se o autor quiser disponibilizar livreamente seu trabalho pra divulgar, é direito dele e pode ganhar com isso, popularizando-se muito mais.
    Só que se ele desejar licenciar sua obra, tem o direito também. Pirataria é negar esse direito.

    Lucas Fernando Amorim (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 12:32 pm

    Eu acho que no futuro, com o desenvolvimento da humanidade, vão ver que não faz sentido punir a pirataria. Mas sim um direito do cidadão, não da corporação.

    Eri Ramos Bastos (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 1:14 pm

    E não é só o Paulo Coelho. O Ziraldo também tem opinião formada sobre meios digitais, especialmente a internet.

    http://www.youtube.com/watch?v=gu-EK_DTFGQ

    :)

    Douglas(cronnosli) (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 3:29 pm

    Volto a defender minha posição de que tudo aquilo que é de produção intelectual, ou seja não seja um bem fabricado, não é passivel de pirataria!.

    Podem me chamar de anarquista, revolucionário ou do que quiserem, mas me digam que li da natureza proibe duas pessoas completamente diferentes de ter uma mesma idéia e criar coisas muito parecidas?

    Divulgar conteudo intelectual só ajuda a pessoa que o criou pois esta vai ficar mundialmente famosa em pouco espaço de tempo, quem não gosta que as coisas ditas “intelectuais”,sejam distribuidas de forma publica, são as mumias e retrogados, que dependem da massificação consumista de seus produtos que abusam da intelectualidade aleia.
    Alem de que são estes os mesmos, que mais cooperam para a destruição da natureza, visto o tanto que poluem, e o uso descarado do papel.
    Outro ponto relevante é, são eles que dominam a midia, sem o bem intelectual se tornando “posse”, eles ficam pobres, se eles ficarem pobres eles não querem perder o controle que tem sobre a população!

    e lembre-se, vcs gostam são dos atores e autores, que produzem o que vcs veem, que ganham disto, que sobrevivem deste trabalho extremamente necessario em nossos tempos, ou vcs gostam dos distribuidores, que lhe cobram o olho da cara para ter o direito de apenas ver aquilo do que gosta?

    Alan Kelon (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 3:45 pm

    http://piratecoelho.wordpress.com

    o site é endorsado pelo próprio.

    Escriba (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 7:05 pm

    Augusto, você me disse: Escritores desconhecidos oferecem seus trabalhos gratuitamente na Internet.

    Sim. Eu não estava contestando isso.

    Também não estou desmerecendo o passado do PC.

    Não estou dizendo que não se deve lutar para derrubar o “monopólio” das editoras.

    É claro que eu também gostaria de encontrar livros na Internet, os quais não posso comprar. Aliás, procuro piratear algum, mas nunca encontro…

    Reconheço que existe a necessidade de oferecer cultura e saber, tirando o poder das grandes editoras, para que os livros cheguem a mais pessoas.

    Estou falando de livros, mas poderia ser qualquer obra áudio-visual.

    Eu mesmo só lia muito (quando eu era jovem) porque ganhava livros de professoras, amigas da minha mãe, senão não teria tantos livros em casa. A maioria dos livros eram “didáticos”. Mesmo assim eu lia.

    Eu só quis dizer que o PC está brigando para derrubar coisas “consolidadas” porque tem interesses ocultos em aparecer na mídia; não que precise, porque é famoso, mas porque é vaidoso e soberbo.

    Duvido que consiga algum benefício para nós mortais.

    Se existisse livro pirata, aqui no Brasil não pegaria. Brasileiro não ia baixar ilegalmente livros da Internet, compartilhá-los por redes “peer-to-peer” nem comprar CD/DVD pirata com vários livros digitalizados no camelô.

    Escriba (usuário não registrado) em 16/10/2008 às 7:08 pm

    Não serão derrubadas “instituições tão estabelecidas”, ainda que esse movimento tenha como porta-voz um Paulo Coelho, que (na minha opinião) só quer fazer barulho.

    Quanto aos textos de escritores desconhecidos, isso é divulgado na rede sim, mas com consentimento do autor, não é pirataria.

    É claro que sou a favor da distribuição gratuita de livros de muita qualidade.

    Por exemplo, uma obra do tipo dicionário Aurélio deveria poder chegar a qualquer brasileiro, ainda que a maioria só se interesse na Internet por Orkut e MSN.

    Na minha opinião não é justo que o conteúdo desse dicionário seja exclusividade da editora que o publica. Nada contra a editora, nada contra os herdeiros do Aurélio.

    Mas o conhecimento não deveria ficar assim retido. É claro que a equipe que trabalhou para elaborar o dicionário tem de ser paga. Mas depois disso ocorrer, deveria ser público o dicionário, ficando acessível a qualquer um.

    Estou querendo adquirir um dicionário de inglês, dos bons; mas não quero pagar um absurdo pela “versão” de papel (mesmo a versão eletrônica é cara, além de ser destinada a sistemas não-abertos).

    Parece que existe uma lei que possibilita, após 50 anos (?) da morte do autor, que uma obra escrita vire de domínio público. Mas é muito tempo.

    ‘Pirataria’ parece um termo não correto para mim, neste caso.

    @Escriba e outros

    Veja por exemplo a produção cinematográfica: não só no Brasil, mas em quase qualquer país tirando os EUA, praticamente todo filme que não seja puro entretenimento (e mesmo alguns que são), tudo que tem real valor como arte, como registro cultural, que realmente faz sentido para o desenvolvimento construtivo (e mesmo pura diversão) do indivíduo e da sociedade como um todo, tem sempre algum tipo de financiamento “da própria sociedade”, seja diretamente por patrocínio estatal, seja por leis de incentivo como temos aqui, onde as empresas pagam mas recebem deduções de imposto, que no final dá no mesmo. Muitas obras de qualidade excepcional ou de altíssimo valor cultural só são viáveis assim, e não dão nenhum ou pouquíssimo retorno via “mercado”. Ou seja, é um exemplo de um dos modelos que já existem, onde de alguma forma os artistas são pagos indiretamente pela sociedade.

    Não é porque a informação ou um bem cultural possa ser livremente copiado e reproduzido que os autores não vão mais conseguir sobreviver. Para alguns é difícil compreender isto porque a nivelação por baixo de todos os valores e relações humanas a partir do “mercado” está totalmente arraigada (é assim é preciso para sustentar a insustentabilidade intrínseca do modelo produtivista-capitalista). Existem (ou ainda podem vir a ser criados) n modelos que viabilizem a livre criação, reprodução e circulação do conhecimento e da informação. Isto não precisa ficar necessariamente na mão do governo (estado), nem excluir os interesses individuais ou impedir que alguém queira vender/comprar o que quer que seja, mas só é possível quando se considera o desenvolvimento social e o benefício a todos os indivíduos como o valor mais importante.

    O caso do software livre é bem parecido, apesar de ter várias particularidades.

    A partir do advento da digitalização, a informação se libertou totalmente da mídia física e dos custos de reprodução. Como gás, ela tende a preencher todos os espaços do “recipiente” onde se encontre, e é humanamente impossível evitar que isto aconteça. Tudo que vá neste sentido vai sempre ser terrivelmente ineficiente e demandar muita violência, injustiça, sofrimento e energia e dinheiro jogados fora.

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