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National Geographic: para onde vai o hardware que você joga fora?

“A revista National Geographic de Janeiro publica uma reportagem extremamente interessante e perturbadora sobre o destino do “lixo tecnológico” .

Além de ser um assunto importante mas ainda muito pouco tratado hoje, a questão se destaca ainda mais em função das conseqüências da adoção da última versão do sistema operacional proprietário que domina o mercado. A geração de demanda através do sucateamento precoce e artificial do hardware é vista (ops!) como “crescimento” por parte da indústria de software proprietário, exemplificando a clássica “Falácia da Janela Quebrada”, enquanto os custos ambientais resultantes disso são pagos pela sociedade inteira. Felizmente, muita gente já está se tornando consciente destes fatos. E o Software Livre, adaptado às necessidades do usuário e não apenas às estratégias comerciais do desenvolvedor, tem um papel importante em oferecer uma alternativa a este quadro.

Trecho: “Neste mesmo instante, programadores movidos a cafeína estão desenvolvendo os programas que irão sobrecarregar e tornar lentos os nossos atuais computadores turbinados daqui a alguns anos. Para o novo sistema operacional Vista, da Microsoft, os requisitos mínimos em termos de memória e recursos gráficos já estão condenando à lata de lixo as máquinas um pouco mais antigas que, apenas um ano atrás, davam conta do recado muito bem. De acordo com o órgão de proteção ambiental dos Estados Unidos, a Environment Protection Agency (EPA), estima-se que nada menos de 30 milhões a 40 milhões de computadores estarão prontos a ser descartados em cada um dos próximos anos.””

Enviado por Helio Neto (hneto3Θgmail·com) – referência (nationalgeographic.abril.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-01

Comentários dos leitores

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    goomboom (usuário não registrado) em 1/02/2008 às 6:18 pm

    Pois é né parece que computador só é utilizado pra novidades.É um desperdício absurdo por parte das pessoas .No fim elas que reclamam do mundo em que elas mesmas atrapalham.

    Se as pessoas pelo menos comprassem computadores novos e fizesse uma doação do seu antigo pc a entidades carentes , as coisas não estariam tão sujas assim

    Mas sabemos que elas passam tudo para o mercado negro e logo logo o pc
    vai pra lata do lixo em pouco tempo pq ninguém quer comprar.

    goomboom (usuário não registrado) em 1/02/2008 às 6:21 pm

    Bad bad Vista!
    Por favor visitem esse link aqui

    http://badvista.fsf.org/

    Acho muito conveniente no momento atual tal discussão, pois talvez o maior desafio da humanidade será, nos próximos anos não a fome ou a pobreza, mas o que fazer com o lixo que produzimos. Prova disto são os recentes acontecimentos na Europa, onde estão reabrindo lixões para “estocarem” lixo.
    Eu mesmo nunca entendi como pode, por exemplo, produzirem tantos veículos que “inundam” cada vez mais as ruas, gerando congestionamentos intermináveis, sendo que nunca vi ninguém reaproveitando os veículos antigos (reciclagem de carros? hauahua).
    Quanto à questão do Vista, o pessoal do Software Livre não deve se gabar demais pois, embora os slstemas operacionais livres atualmente (linux, *BSDs) sejam flexíveis o bastante para poderem rodar em máquinas não-novas, a principal suíte de escritório livre tem como maior defeito o seu consumo de memória e processador, sendo mais pesado que a suíte da dita “Empresa do Mal”. Mas, como estamos falando de só um aplicativo, ainda é possível utilizá-lo em máquinas obsoletas, comum pouco de paciência…
    Não devemos nos iludir pois, embora o Linux em geral possa rodar em máquinas mais antigas, para obtermos um bom desempenho ainda temos que ter máquinas cada vez mais potentes. Não achem que vão conseguir rodar bem o compiz numa “placa-de-vídeo” sis ou uma nvidia com 16MB de RAM.

    O problema é quando você precisa comprar uma máquina super-potente quando quer realizar tarefas simples, como ouvir músicas, assistir vídeos (nada de alta-definição ;-)) e navegar na Internet, e é obrigado a ter um Quad Core com 4GB de RAM, disco de 300GB e monitor de 21′. Lógico que exagerei, mas daqui há uns quatro anos estes provavelmente serão os requisitos mínimos para utilizar um computador com Windows (7?).

    Prefiro ficar com o meu PC mesmo (a não ser que alguém queira me doar uma máquina como esta descrita acima!).

    goomboom (usuário não registrado) em 1/02/2008 às 6:42 pm

    Parece uma ilusão algumas vezes .Há 10 anos atrás as pessoas falavam que teríamos computadores 100x mais rápido.No entanto não é isso o que acontece.

    Quem suja o meio ambiente são empresas que forçam upgrades sem ter necessidade.Como o vista por exemplo.Por que exigi tanto de uma máquina que só é utilizada pŕa navegar na interet e ver vídeos?
    Essas coisas eu faço com um pentium 3 500 mhz.

    Se as pessoas não pararem de comprar computadores novos só pra novidades ,estamos a beira de um colapso.

    E continuando o que havia dito acima, este nosso comportamento de simplesmente jogar as coisas fora é conseqüência – não só em se tratando de lixo tecnológico – do pensamento “Se não vejo, não existe”, que ainda habita o pensamento ocidental.
    Isso pode ser resumido num capítulo da séria “Os Simpsons” onde o Homer fica encarregado do lixo da cidade (não me lembro ao certo o contexto). O que fazer com aquele monte de lixo? Como só afeta as pessoas aquilo que eles conseguem sentir (ver, ouvir, cheirar), a solução é esconder todo aquele lixo. E o lugar escolhido por Homer foram os túneis de extração de minérios desativados, que ficam abaixo do solo de Springfield.
    O resultado é isso que muitos pensaram. Um dos episódios mais engraçados da séria.

    Aí caímos no contexto do lixo tecnológico. Se as pessoas vissem como é possível utilizar, por exemplo, seus equipamentos obsoletos em projetos de inclusão digital – aqueles programas que usam multiterminais – com linux ;-) – e não necessitam de máquinas com alto poder de processamento.

    Mas esbarramos em outras questões: se não precisarmos de máquinas novas e mais potentes, como a indústria vai existir. A Microsoft em geral permite que os fabricantes de hardware fabriquem mais, e obtenham mais lucros, aquecendo a economia. Caímos então na questão: “Como crescer quase sem afetar o meio-ambiente?”. Este é um dos maiores dilemas de nações como os EUA, que aliás, é o maior criador de tecnologias do mundo, de onde vieram várias empresas, como a Microsoft e Intel.

    Retirado da série: “Mais uma discussão que nunca dá em nada” hauahauahu

    Atualizando o link, pois parece que a Abril acabou de mudar hoje toda a estrutura do site:

    Ué, o WordPress comeu o link… Vai sem tag mesmo:

    http://viajeaqui.abril.com.br/ng/materias/ng_materia_267389.shtml

    Bom, é verdade que essa busca por hardware mais isso ou mais aquilo e na maioria das vezes desnecessária é prejudicial. Entretanto se este material (lixo) pode ser reciclado etc. O ideal é que houvessem empresas seguindo o caminho do econômico, processadores com resfriamento passivo com menor consumo e desempenho satisfatório para tarefas comuns. Eu achei que a VIA iria tomar este espaço mais ainda vejo vácuo nesta área. Existem alternativas com o Geode da AMD mas eu nunca encontrei no varejo.
    É interessante, neste meio de alta tecnologia não temos um ambiente com muita concorrência mas sim somente duas empresas, neste ambiente não há muito espaço para inovações, mesmo sendo essa inovação, no sentido ambiental e de bom censo, aparentemente altamente vantajosa.

    thotypous (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 3:28 pm

    Muitos desenvolvedores de software livre também precisam se conscientizar disso. Apesar de o problema ser bem menos acentuado com o uso de sistemas livres do que com o uso do Windows, ele existe. Eu tenho um Celeron 1.1GHz com 128MB de RAM que engasga pra conseguir rodar FluxBox + Firefox. Eu tinha o Gentoo nesse PC, mas o Portage ficou tão lento que não dava mais pra usar, e eu resolvi trocar por uma instalação bem limpa de NetBSD. Melhorou um pouco também o desempenho geral do sistema, mas o Firefox ainda engasga.

    É interessante notar que o Opera, que é um software proprietário, é mais leve que o Firefox. Mesmo em uma máquina mais recente (um Pentium M com 512MB de RAM), eu notei que o Opera ficou *muito* mais rápido e mais leve que o Firefox.

    Navegadores são peças essenciais para o uso de um computador hoje em dia. Todos querem acessar a World Wide Web, e é essencial um navegador que siga os últimos padrões da W3C para conseguir navegar nos sites de hoje. Minha esperança na área de navegador é a engine KHTML, usada no Konqueror e no Safari, a única que conheço que é livre e tem uma relação peso/compatibilidade aceitável.

    Quanto a Office, realmente não dá para usar o Open Office. Até em máquinas relativamente recentes ele engasga, é só editar um documento grande. Felizmente temos alternativas, também livres, melhores (e mais leves) que um Office, como o LaTeX, para escrever documentos de texto.

    idgpol (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 8:13 pm

    Tema “complexo” porque não há o que fazer! Seja o que for feito, o lixo continuará… nem que seja em forma de saboneteira…
    Os PCs antigos, não suportam nem as distribuições existentes. Rodar limitado, para mim, não interessante!
    []‘s

    Tiago Bugarin (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 1:11 pm

    Já fazem anos que comunidades no Brasil e no mundo pensam no que se chama de obsolescência programada.
    No Brasil existe a rede MetaReciclagem que atua recuperando esses equipamentos sucateados antes da hora e dando novos rumos a ele usando software livre e destinando a diversos fins: telecentros, servidores, educacionais… (mas não somente isso e não somente assim :)

    ONG DoePC (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 5:24 pm

    A ONG DoePC em Belo Horizonte aceita doação de equipamentos usados. Os mesmos serão reparados e repassados para crianças/adolescentes ou instituições para inclusão digital. Maiores detalhes, visitem: http://doepc.remotelink.info/

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