Internet Explorer pode utilizar o WebKit no futuro?
Segundo o OSNews, Steve Ballmer afirmou que a Microsoft pode dar uma olhada na experiência da Apple com o Webkit, engine de renderização em código aberto, descendente do KHTML e empregado originalmente no navegador Safari. Ele o fez em resposta a uma pergunta sobre por que continuar investindo no engine de renderização do IE, se há alternativas em código aberto que respondem melhor aos movimentos de padronização da web.
Segue texto enviado pelo leitor André Machado:
“Na sua ultima conferência em Sydney, Austrália, Steve Ballmer centrou a sua conversa para falar no Webkit e da forma como a Apple o utilizou para desenvolver o seu browser Safari, bem como o Safari Mobile. Estes indícios indicam que a Microsoft poderá vir a utilizar o Webkit no Internet Explorer e tornar-lo OpenSource.”
Enviado por André Machado (andreferreiramachadoΘgmail·com) – referência (bestlinux.com.br).
Isso prova que a visão de uma empresa pode mudar.
Muitos olham com desconfiança qualquer coisa que a MS faça ligada ao opensource.
Eu já acho que empresas podem mudar seu foco estrategico em detrimento ao mercado.
É mais provável que ele pegue o código do Webkit e use-o secretamente no IE dizendo que foi tudo criado dentro da MS — sendo, portanto, código “proprietário”.
Isso non ecziste! Não há nenhum indício de que a Microsoft possa vir a utilizar o WebKit. Ballmer simplesmente falou sobre o WebKit, e só. Não viajemos na maionese.
O carro chefe da MS é IE, abrir mão dele, quando se tem a grande fatia do mercado é idiotice. O mais provável é que ela lance um IE novo para quebrar um pouco a padronizaçao e tente, assim, manter a sua fatia de mercado ainda
Também acho improvável. Ballmer elogiou o Webkit e o trabalho feito nele, coisa normal que a MS já fez outras vezes. Com 90% do mercado eles não descontinuariam a solução do IE. O máximo que podem fazer é padronizá-lo um pouco mais.
Olha eu não gosto muito da Microsoft, mas se eles realmente utilizarem o Webkit acho que seria muito bom, ficaria muito melhor de desenvolver sites compatíveis com IE e outros browsers que utilizam o mesmo.
Vcs viajam demais.
Se a Ms comprar o firefox, trocar o logotipo/icone pra um “ezinho” azul, e colocar no desktop, ele vai ser o mais usado.
Moral da história: usuário é desinformado (eles querem é usar orkut, e não descobrir qual é o melhor navegador), preguiçoso (tiram linux e colocam windows, so pra não ter que decorar um icone fora do lugar) e patético (sofre, sofre, sofre, mas continua no lado obscuro da força). A m$ sabe disso, e então fica bem tranquila, é so lançar um iexplore por ano, nas atualizações automagicas e pronto.
O Observador matou a charada.
Realmente, será uma vitória para o software livre (SL), que passa a influenciar cada vez mais o mercado.
Porém, isso ocorre de uma maneira que os idealistas e os primeiros adeptos do SL não esperavam.
Também a própria empresa que monopoliza o mercado nunca pensaria em um dia dizer:
“Inimigos: se não se pode vencê-los, junte-se a eles”
rá-tim-bum, a MS pode ser tudo, menos idiota. Eles nunca vão admitir, mas já estão usando conceitos no Windows 7, que deram muito certo nas distros Linux, pacotes. Baixar da Internet o que for necessário. Como a maioria dos usuários MS não sabem distinguir o Office do Sistema Operacional, será, para eles, uma “grande novidade”.
Abraços.
Se ela realmente usar a enginer Webkit ou fazer tão compatível quanto isso será motivo de festa.
“Se a Ms comprar o firefox”
Até pode comprar a Fundação Mozilla, mas não pode fechar o código, pois a GPL não permite.
O Firefox não é licenciado só sob a GPL.
Essa eu quero ver!
Leonardo Fontenelle no modo “Sr. Donizildo!” :D
A Mozilla Foundation não pode ser comprada por nenhuma empresa, pois é uma fundação. E o Firefox é licenciado pela MPL (Mozilla Public License).
E MPL é pior que o GPLv3
Creio que os autores do software que optam por esta licença tendem a não concordar com esta avaliação.
Na verdade o código da Mozilla é tri-licenciado:
* Mozilla Public License, version 1.1 or later
* GNU General Public License, version 2.0 or later
* GNU Lesser General Public License, version 2.1 or later
Você pode escolher seguir qualquer uma das três licenças acima. Assim, quem não gosta da MPL pode muito bem optar pela GPLv2 ou pela LGPLv2.1, ou ainda versões mais novas.
Quanto ao WebKit, seria muito bom mesmo se a Microsoft o adotasse no Internet Explorer. Isso acabaria com uma grande parcela dos pesadelos enfrentados pelos desenvolvedores web. Infelizmente parece que isso ainda é só especulação.
Sim, é verdade quanto ao tri-licenciamento, mas isso não muda o resultado: quem escolhe qual licença usar é quem recebe o código, e se optar pela MPL, pode criar um fork proprietário.
Não que eu veja algo de muito errado nisso, mas a questão original era exatamente sobre isso, a possibilidade de alguém fechar o código ao redistribuir.
Desculpe Augusto, mas acho que esta informação não está correta. Você poderia apontar algumas referências?
Pelo pouco que eu pesquisei sobre a MPL, todo código MPL só pode ser redistribuído sobre MPL. Porém, uma diferença importante para a GPL é o alcance da licença, na GPL todo o executável é licenciado, o que impede você de misturar código GPL com proprietário no mesmo projeto.
Porém, o alcance da licença MPL é por arquivo de código-fonte, logo, você poderia usar arquivos licenciados sob MPL no seu projeto proprietário, mas todos esses arquivos e seus derivados precisam continuar sob MPL e ter o código fonte aberto. Para fazer um fork proprietário, apenas o código novo, os novos arquivos criados poderiam ser proprietário, toda a base de código do fork e suas modificações devem continuar aberta e sob MPL.
http://www.mozilla.org/MPL/mpl-faq.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Mozilla_Public_License
Note que o fato de a minha afirmação ter referências não indica que você está errado. O que você mencionou é mesmo condição que os eventuais (e existentes na prática) derivados proprietários do código da Mozilla precisam atender, especialmente este trecho que você apontou: “Para fazer um fork proprietário, apenas o código novo, os novos arquivos criados poderiam ser proprietário, toda a base de código do fork e suas modificações devem continuar aberta e sob MPL.”
As minhas fontes vem da mesma origem das referências que você apontou.
Da Wikipedia, no artigo sobre o Firefox, com grifo meu: Since the re-licensing, developers have been free to choose the license under which they will receive the code, to suit their intended use: GPL or LGPL linking and derivative works when one of those licenses is chosen, or MPL use (including the possibility of proprietary derivative works) if they choose the MPL.
Do Mozilla Relicensing FAQ, indico especialmente esta resposta: How will the new Mozilla licensing scheme affect developers who want to use Mozilla code in creating and distributing proprietary applications? – ela trata dos aspectos que você mencionou.
Acho que meu “quote” não ficou muito claro, talvez eu devesse ter incluído o seguinte parágrafo, que foi o que não me pareceu correto:
Disso eu entendi que você quis dizer que era possível alguém fechar o código de um software livre ao optar pela MPL, e não é bem assim, toda modificação e trabalho derivado tem que permanecer livre e sob MPL, mas pode ser incorporado à um software proprietário, desde que a parte livre continue livre e com o fonte disponível.
Talvez seja uma questão de interpretação, mas eu não vejo isso como fechar o código, visto que ele ainda estaria disponível para quem usasse o software, com exceção da parte nova e não derivada, que poderia não ser licenciada sob MPL.
Da forma como eu vejo, se o produto fosse GPL, eventuais produtos derivados teriam seu código livre. Como a MPL está envolvida, a hipótese que foi dada (de uma empresa comprar a Mozilla Corp, etc. – bem improvável na minha opinião – e criar um produto derivado com código fechado) pode ser considerada, ao menos no campo das especulações teóricas, mesmo sem adquirir integralmente os direitos autorais do código original (afinal, isto lhe daria condições irrestritas de relicenciar versões futuras). Mas você tem toda razão no que diz respeito à manutenção da liberdade do código hoje existente.