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Gil no Estadão: ‘Sou hacker. Um ministro hacker’

“Ele assume sem pudor: “Sou hacker. Sou um ministro hacker. Sou um cantor hacker.” Aos 65 anos, o ministro da Cultura, cantor e compositor Gilberto Gil resolveu fazer de sua música um “manifesto político” pela democracia digital. Na faixa-título de seu novo CD, Banda Larga Cordel, a ser lançado amanhã, ele brada: “Banda larga mais democratizada ou então não adianta nada. Os problemas não terão solução”.


‘Liberar geral não existe. É preciso que haja leis para estabelecer o consenso da sociedade no sentido do que é permitido e do que não é’

“Sempre fui politizado, mas meu novo disco está muito influenciado pela função ministerial”, disse ao Link. Criador do neologismo “bandalargar” (espalhar a banda larga), Gil se tornou uma espécie de garoto-propaganda e ativista do governo para assuntos tecnológicos. Em 2005, fez dueto com o famoso ativista de software livre Richard Stallman em evento da ONU. Gil ficou ao violão enquanto Stallman desafinava: “Junte-se a nós e compartilhe o software. Você será livre. Você será hacker”. (…)

O que faz um ministro da Cultura e um compositor de sucesso ser defensor do software livre? Software é cultura. É evidente. Um dos meios de concentração de conhecimento e de linguagem, de difusão (colaborativa) de linguagem, as várias plataformas que abrigam possibilidades enormes de comunicação, tudo isso é cultura.

Na Campus Party deste ano, o ministro acompanhou o instrumento digital ReacTable com falsetes de “u-hu” e roubou a cena do robô que abriria a megafesta nerd ao falar as palavras “conteúdo livre”. Já em 2004, foi ovacionado no Fórum de Software Livre, em Porto Alegre, ao cantar a canção “Oslodum”, que disponibilizou sob a licença Creative Commons.”

Leia também: Ministro Gilberto “Geek” fala à Folha sobre software livre

Saiba mais (softwarelivre.org).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-06-17

Comentários dos leitores

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    John Doe (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 9:57 am

    “Tá certo. E eu sou o papai Noel”

    Joao (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 10:08 am

    O novo RMS brasileiro

    Dstolf (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 10:28 am

    já disse que eu acho que isso é pose.

    quero ver liberar todas as suas músicas na CC. aí eu posso começar a acreditar que não é hype da parte dele.

    Alexandre (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 10:33 am

    o fumo ta alto !

    Não sou integrante ou simpatizante de nenhum partido político, e nem costumo publicar elogios a partidos ou a ocupantes de mandato eletivo.

    Reli o texto sobre o ministro que fez declarações sobre o software livre, e não consegui encontrar qualquer referência ou relação com viés político-partidário. Se você identificou, por favor me envie pelo formulário de contato o trecho, que removerei com prazer.

    edempoa (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 10:52 am

    Revoltado, tire essa revolta do seu coração … :-)

    Ricardo Maraschini (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 11:04 am

    Mas que barbaridade!
    Excelentíssimo ministro, Vergonha Nacional.

    Felipe (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 11:06 am

    Com certeza tem um pouco de pose mesmo, afinal de contas, com tudo isso o nome dele tá sempre aparecendo… =)

    Mas acho também que ele é um dos poucos políticos que sacaram que tecnologia, principalmente a internet, é um instrumento ótimo para espalhar cultura e conhecimento, algo que no Brasil infelizmente tá escassa….

    Rafael Gomes (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 11:08 am

    Não acredito muito nessa postura do nosso ministro. A pouco tempo pedi sua ajuda para integrar nossa colisão contra a investida da Microsoft aqui na Bahia e não obtive sequer uma resposta. Como falaram mais acima. Simplesmente POSE!

    Até!

    Rafael Goulart (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 11:16 am

    Dstolf

    Apenas para constar DE NOVO, pois já há comentários sobre isto em outros posts… não é viável solicitar que ele ceda TODAS suas músicas na CC simplesmente porque elas já foram publicadas de outra forma e se encontram legalmente amarradas a editoras e/ou gravadoras. Pedir isto a ele seria pedir que ele quebrasse contratos.

    E antes de pedir isto dos outros, faça você. Software livre não significa não ter modelos de negócios, não ter segredos estratégicos.. daqui há pouco começa o papo de Red Hat também não colabora nada pois não disponibiliza os binários… ô saco…

    O Gilberto Gil, não sendo da área, está fazendo mais pelo software livre ao vincular seu nome a ele e defender sua bandeira do que muita gente que só sabe reclamar.

    É como disse o Augusto noutro post… todo mundo pode participar, mas cada um participará de forma diferente, é como pedir a usuário comum que estude a filosofia do software livre e colabore… é como pedir a um paciente que vai ao médico que estude como é feito o remédio e colabore com patchs para melhorá-lo… talvez ele possa dar seu feedback sobre os efeitos colaterais, mas, poxa, ele é USUÁRIO FINAL…

    … se o usuário final usar software livre, para mim já está bom.

    Oceanos (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 11:19 am

    Sei lá, democratizar a internet é legal e tudo.. Mas isso ainda é too much classe média…

    Não tem nada de pose, não. O Gil sempre foi vanguarda. Ainda nos anos 60 ele gravou umas músicas muito loucas, falando de cérebros eletrônicos, óvnis, cibernética e tal, tudo ao som de umas guitarras doidonas tocadas pelo grande Lenny.

    Pena que os discos antigos dele estejam fora de catálogo. Músicas como Cérebro Eletrônico, Futurível, Vitrines, A Voz do Vivo, 2001, Cultura e Civilização e outras mostram um cara prá lá de antenado.

    Não interessa se ele é ministro de um governo que não conta com sua simpatia, o que interessa é que ele sempre defendeu essas idéias, ele e pouquíssimos outros na esfera artística.

    Augusto, se você não falar mal de tudo o governo fizer você é petista. Assim funciona a cabeça aberta dessas pessoas.

    Cainã Costa (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 12:54 pm

    O cara é o Ministro Hacker da Cultura Hacker.
    Qual será o próximo? Richard Stallman como Ministro do Software Livre de Minas e Energia?

    Gosto da postura desse ministro. E concordo com quem disse que ele já fez mais em favor do software livre que 90% dos programadores que frequentam este site.

    cristo (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 1:33 pm

    Quando muitos falam e por poucos fazerem, enquantos que muitos em silencio sempre fazem…

    Isso me faz lembrar da época em que a matemática era de poucos, nesta época tudo era uma grande briga, muitos nunca divulgavam suas idéias, principalmente no Oriente Médio.

    Também me lembra a época da Igreja Católica dominante, onde você criar uma máquina de datilografica era considerado bruxaria e seria queimado na fogueira (muitas boas idéias surgiram nesta época, contudo foram todos queimado na fogueira).

    E a mesma coisa ocorre hoje, para mim pouco importa se é SL ou OpenSource, pois estou feliz por finalmente ter o direito de estudar e programar, coisa que antes era mais difícil.

    lol (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 2:14 pm

    Ta querendo se promover …

    lol….

    Revoltado (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 2:27 pm

    Gosto da postura desse ministro. E concordo com quem disse que ele já fez mais em favor do software livre que 90% dos programadores que frequentam este site.

    Agora que você tocou no assunto fiquei curioso: o que ele “fez mais em favor do software livre que 90% dos programadores que frequentam este site.”

    Por favor, explique isso melhor.

    os mussarelas (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 4:02 pm

    Bando de hipócritas…se tiveram a coragem de publicar no exterior uma revista do tal hackerteen, porque o ministro não pode se declarar um hacker ?

    foobob (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 4:29 pm

    Acho que ele programou muito em brainfuck.

    Isaac Mendes (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 4:44 pm

    Do que ele toma eu só queria cheirar a tampinha…

    Trabalhar que é bom, nada…

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 7:51 pm

    Augusto:
    “Reli o texto sobre o ministro que fez declarações sobre o software livre, e não consegui encontrar qualquer referência ou relação com viés político-partidário.”

    Discordo totalmente, Augusto: Um político participando de eventos públicos, dando entrevista pra Folha (que não é lá grande coisa em termos de imparcialidade) e filosofando…Se isso não for politicagem, a propaganda política de cada dia é apenas prestação de contas e boa vontade de gente honesta e muito legal.

    os mussarelas:
    Bando de hipócritas…se tiveram a coragem de publicar no exterior uma revista do tal hackerteen, porque o ministro não pode se declarar um hacker ?

    Tem certeza que você disse isso? HackerTeen não é política é tecnologia. Há uma diferença brual aí.O pessoal do hackerteen trabalha muito mais e programa, além disso, prefere café aos “becks” do Sr. Gil…Não nivele por baixo os hackers.

    bebeto_maya, um ministro dando declarações sobre software e cultura livre algo que entra claramente na pauta do BR-Linux. A análise que você faz sobre o fato pode ser político-partidária, a intenção do ministro ao executar estas ações também pode ser, e quase toda atitude pública pode ter viés político, mas a mera menção e registro do fato não necessariamente é partidária. No caso do BR-Linux, a cobertura não é partidária.

    E se eu considerasse que o texto reproduzido era partidário, não postaria aqui da forma como postei, ou faria da mesma forma como em geral despersonalizo os releases que recebo sobre atitudes de ocupantes de mandato ou cargo público de confiança, removendo as menções aos nomes e mantendo apenas as referências aos cargos. Neste caso específico, não havia como despersonalizar de forma eficaz.

    De qualquer forma, como mencionei acima, se você identificou algum trecho com viés político-partidário, por favor me envie pelo formulário de contato, que editarei com prazer. Se possível, envie sua proposta de redação alternativa para o trecho, de forma a remover o viés identificado.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 8:00 pm

    Alguém pode enumerar pra mim o que o ministro já fez em favor do SL ou da liberdade? Pesquisei e não consegui achar nada de concreto.

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 8:12 pm

    De qualquer forma, como mencionei acima, se você identificou algum trecho com viés político-partidário, por favor me envie pelo formulário de contato, que editarei com prazer. Se possível, envie sua proposta de redação alternativa para o trecho, de forma a remover o viés identificado.

    Augusto, apesar de discordar, não é minha intenção influenciar na edição/opção do conteúdo editorial do Br-linux. Meu comentário foi meramente opinativo, apenas uma clara tendência a exibir um outro lado do prisma. Continuo achando perigosa a “intromissão” de uma figura política na esfera do Software Livre. No passado isso não funcionou, muito pelo contrário, partidarizou algo que nunca teve qualquer viés político: O Software Livre.

    Bebeto, note que eu não estou defendendo ou criticando a atitude do ministro, apenas noticiando, a partir do texto publicado na imprensa.

    Eudes Cruz (usuário não registrado) em 17/06/2008 às 9:20 pm

    Há aqueles que foram eleitos e, após tomarem posse, desfizeram, deixaram de apoiar, ou até mesmo voltaram atrás, quanto a tudo que se tinha feito na administração referente a implantação do software livre. Independentemente do partido isto tem sido noticiado aqui. É justo, portanto, que o contrário também seja. Afinal, quem acessa o site está interessado justamente neste tipo de assunto. Se não, então há o Baboo, por exemplo.

    Para os que não são da área técnica, a declaração de um artista a favor do software livre pode surtir muito mais efeito do que qualquer explicação técnica dada por um programador, e a repercussão alcança uma audiência muito maior. É por isso que a televisão está cheia de anúncios com celebridades que não sabem praticamente nada sobre o produto que anunciam. É mais eficaz.

    O ministro não cobra cachê para falar sobre, entende relativamente do que fala, e poderia ganhar mais dinheiro se não fosse ministro. Para quem acompanhou as notícias na época, ele disse que trabalhando no que sabe, fazendo shows, ganharia muito mais do que como ministro.
    Penso que ele falar a favor do software livre “não inflói nem contribói” no que se refere a aumentar sua popularidade.

    São expressões minhas, mas quero deixar bem claro que sou apolítico, o que não significa estar alheio ao que acontece. Também isto não é uma defesa do ministro.

    John Doe (usuário não registrado) em 18/06/2008 às 11:32 am

    Isso é que dá andar com o Marcelo Branco. Para ele qualquer um é Hacker. :)

    Revoltado (usuário não registrado) em 18/06/2008 às 1:31 pm

    Augusto Campos em 17/06/2008 às 10:51 am

    Não sou integrante ou simpatizante de nenhum partido político, e nem costumo publicar elogios a partidos ou a ocupantes de mandato eletivo.

    Reli o texto sobre o ministro que fez declarações sobre o software livre, e não consegui encontrar qualquer referência ou relação com viés político-partidário. Se você identificou, por favor me envie pelo formulário de contato o trecho, que removerei com prazer.

    Augusto, me desculpe mas a simples presença desta matéria no BR-Linux é sim propaganda político-ideológica. Associar software livre à cultura (Ministério da Cultura), dando a entender que existe
    uma correlação entre o tal Ministério, órgão pertencente ao Poder Executivo, portanto GOVERNO e a filosofia do Software Livre.

    [...] Criador do neologismo “bandalargar” (espalhar a banda larga), Gil se tornou uma espécie de garoto-propaganda e ativista do governo para assuntos tecnológicos.


    [...]

    O que faz um ministro da Cultura e um compositor de sucesso ser defensor do software livre? Software é cultura. É evidente. Um dos meios de concentração de conhecimento e de linguagem, de difusão (colaborativa) de linguagem, as várias plataformas que abrigam possibilidades enormes de comunicação, tudo isso é cultura.

    Está desculpado, mas não é verdade. A presença da nota do Estadão aqui no BR-Linux é informação, e está perfeitamente dentro da pauta do site. A intenção do ministro pode ter sido fazer esta associação que você afirma, ou não. A interpretação que você faz claramente também é política e ideológica, mas isso é normal: quase tudo que se faz publicamente pode ser interpretado de forma política e ideológica – o que me incomoda é a partidarização.

    Mas a presença da nota aqui no BR-Linux é apenas informação, sem viés partidário, e ela constaria da mesma forma se o ocupante de cargo que fizesse as declarações fosse de alguma corrente política contrária. Não é propaganda, e deixar de mencionar uma informação que faz parte da pauta para evitar mencionar um ocupante de cargo do governo X, Y ou Z é que seria impróprio.

    Reforçando, se você identificou viés partidário na notícia, por favor me envie pelo formulário de contato o trecho, que removerei ou editarei com prazer. Mas não vou deixar de divulgar notícias relacionadas aos temas do site só porque envolvem pessoas do partido A ou partido B – isso sim seria adotar um viés partidário.

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