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Fundação Shuttleworth reforça apelo da África do Sul contra o OOXML na ISO

“A Fundação Shuttleworth, criada pelo sul-africano Mark Shuttleworth, fundador do Ubuntu, divulgou as razões pelas quais discorda do OOXML como um padrão ISO, e declarando sua convicção de que o South Africa Bureau of Standards (a ABNT deles) tem um caso sólido em sua apelação.

Ela diz que o SABS espera que outros órgãos juntem-se a ele na apelação contra o OOXML como padrão ISO. Se a apelação for bem-sucedida, aí o OOXML será rejeitado como padrão, e teria que ser novamente submetido (para um terceiro processo de votação), algo que a Fundação espera que não aconteça, por acreditar que ter 2 padrões para a mesma coisa (a ISO já tem um padrão para formatos de documentos deste tipo, o ODF) reduz a interoperabilidade.

Segundo o comunicado, o processo de análise e aprovação do formato da Microsoft não cumpriu procedimentos vitais da ISO. Um representante da Fundação declarou que o fato de o OOXML, um padrão ainda insuficientemente maduro e que declaradamente não poderá ser implementado na prática nem mesmo pelo seu proponente antes de 2011, ter sido aprovado da maneira como foi coloca sérias dúvidas sobre a integridade da ISO.”

Enviado por Tatiana T – referência (groklaw.net).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-05-28

Comentários dos leitores

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    Francisco (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 2:07 am

    Quero ver quem vai criticar o Shuttleworth agora!

    Depois de todas aquelas críticas contra o Ubuntu (que 80% eram críticas pessoais a ele! )

    patito (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 8:51 am

    A galera critica ele e o ubuntu porque estão sendo conhecidos pelas massas,acham que é um novo bill gates.Bem o cara soube usar o linux para atingir pessoas que são excluidas por nerds que ativistas.

    gabriel f. (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 9:52 am

    Alguns podem até não concordar com as críticas feitas ao Ubuntu, à Canonical e ao Mark Shuttleworth, mas nem por isso podem desmerece-las.

    Essas críticas não são fruto de inveja e não se resolvem com um “use outra distro e pronto”.

    Tais críticas são bem fundamentadas e dizem respeito as conseqüências em relação ao linux e software livre em geral.

    Só pra lembrar, pois estes argumentos foram exaustivamente discutidos aqui no blog, mesmo que o assunto tenha sido desviado e distorcido várias vezes, eis o ponto para qual não vi resposta:

    —————-

    - Das 4 distros mais populares do universo linux (Fedora, openSuse, Mandriva e Ubuntu),todas patrocinadas por empresas, o Ubuntu, justo a mais popular delas, é a que menos contribui com projetos upstream (kernel, gnome, kde, openoffice…).

    O Ubuntu, por sua vez, investe pesado em marketing e por isso vem ganhando bastante mercado. Vejamos se é justo: As outras distros de empresas investem no aprimoramento do sistema, enquanto o Ubuntu usufrui disso mas prefere investir em marketing, ganhando uma vantagem desleal em relação aos concorrentes.

    Isso é ilegal? Logicamente não, eis a GPL.

    Isso é anti-ético? Com certeza, por isso tantas críticas.

    ———–

    O que argumentar contra isso?

    Gabriel F.

    De onde você tirou esses dados ?
    É achismo ?

    Uso o Mandriva a um ano, acho a distribuição excelente, mas não tenho nada contra o Ubuntu, acho ótimo o serviço que ele presta para a popularização do linux.

    Dedo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 11:36 am

    gabriel f.

    Exatamente isto é o seu achismo, se quiser pode fazer as estatísticas
    e fatos concretos incluindo o launchpad.

    Inclua também suas contribuições pessoais para os projetos open source , todo mundo gosta de usar mas quantos aqui contribuem efetivamente, Isso é ilegal? Logicamente não, eis a GPL.
    Isso é anti-ético? Com certeza, por isso tantas críticas.

    Que inversão! Você está fazendo uma proposição, então é a você que cabe argumentar a favor dela, e não aos demais provar que ela está errada – isso assumindo que a sua premissa seja verdadeira, e que haja uma razão para delimitar a análise ao que você classifica como “4 distribuições mais populares”.

    Que tal demonstrar que é papel dos distribuidores e integradores contribuir ativamente com o desenvolvimento dos pacotes upstream, ou que os principais desenvolvedores dos pacotes upstream esperam isso deles, ou mesmo que estejam descontentes com a presença de distribuidores e integradores que não atuam ativamente no desenvolvimento destes softwares? Ou que isto prejudica os usuários, ou os demais colaboradores, ou mesmo que o modelo de negócios da Red Hat, ou da Novell, é falho a ponto de ser prejudicado pela presença de outros distribuidores do software livre para o qual estas empresas contribuem?

    Não me parece que haja nenhum princípio ético sendo violado aí, e sob o meu ponto de vista de participante na comunidade, vejo muitos pontos a favor, e grande saldo positivo, nas distribuições que não se caracterizam por atuar ativamente no desenvolvimento dos softwares que empacotam.

    Dedo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 1:25 pm

    gabriel f.

    Funciona + – assim….

    A Canonical não cobra por atualizações, afinal a maior parte do trabalho é feita pela comunidade (EX: O bom trabalho de integração do firefox com o Ubuntu foi feita por alguns membros do launchpad, e integração para a lingua portuguesa contando inclusive com Andre Gondim), por isso se eu envio um patch lá no launchpad OS CREDITOS FICAM COM O MEU NOME E NÃO O DA CANONICAL, entendeu….portanto podemos dizer que o Ubuntu e feito pela comunidade para a comunidade, e se mais alguem quiser oferecer suporte ao Ubuntu sem contribuir com nada isto com certeza não sera anti-ético.

    gabriel f. (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 4:45 pm

    Augusto,

    concordo que a cadeia lógica de uma discussão deva ser como você coloca – “ao acusador cabe o ônus da prova” -, só não acho que não a tenha seguido. No comentário peço que contestem a minha argumentação de que a postura da Canonical seria anti-ética. Mas antes, digo porque acho tal postura anti-ética. Como disse no comentário, porque acredito que isso crie um ambiente de competição desleal. Talvez o que tenha faltado seja apenas ter desenvolvido um pouco mais, mas os motivos da afirmação estão lá.

    Quanto a citar estas 4 distribuições, não quis dizer que todo o universo de empresas que ganham dinheiro com linux esteja limitado aí. Citei apenas como exemplo empresas que sairiam prejudicadas diante das ações da Canonical, segundo a minha hipótese.

    O que proponho é: Imaginando um cenário em que a Canonical ganhe parte do mercado de uma Red Hat, isso implicaria em menos recursos para a mesma Red Hat investir em projetos upstream. E podemos considerar ainda, que a Red Hat poderia ter minimizado essa perda de mercado se tivesse gasto o dinheiro aplicado nestes projetos, em publicidade.

    Por isso insisto que, para mim, essa postura da Canonical gera concorrência desleal e por isso anti-ética, independentemente do que pensam os desenvolvedores dos projetos upstream, e, como coloquei, com possíveis perdas para a comunidade como um todo.

    No entanto, apesar de trazer e reafirmar minhas idéias, admito que há vários espaços para contestação desta minha resposta: basicamente é possível discordar da minha hipótese de que a postura da Canonical gere uma concorrência desleal; ou concordar que haja realmente tal cenário de marcado, mas discordar de que isso seja anti-ético ou que prejudique o desenvolvimento dos projetos upstream.

    E se esse é o espaço para as opiniões, eu deixei a minha, sem a intenção de convencer ninguém com retórica vazia – afinal, eu trouxe os argumentos para serem contestados desde o primeiro comentário – e sem a pretensão de achar que não possa mudar de opinião.

    Ok! Registro que todas as descrições que encontrei sobre os modelos de negócios das empresas que você evidenciou como possíveis prejudicadas pelo comportamento da Canonical destacam e frisam que eles não são vulneráveis à presença de outros distribuidores dos mesmos softwares, mesmo que venham a tirar proveito do valor agregado à base de código por elas mesmas.

    Registro também não considerar freqüente ou comum a existência de manifestações de desenvolvedores dos principais pacotes upstream no sentido de que esperam que os distribuidores e integradores participem ativamente do desenvolvimento. Existem até mesmo manifestações no sentido contrário, criticando o envolvimento dos distribuidores (mesmo no caso de projetos bem estruturados) na base de código dos projetos upstream. No caso específico do kernel, as manifestações do líder do projeto não suportam a tese de que seria anti-ético, ou menos ético, que o distribuidor atue sem contribuir ativamente para o desenvolvimento, exceto no que diz respeito à integração e apoio à distribuição de atualizações, entre outras tarefas comuns à maioria dos distribuidores que atuam com razoável grau de qualidade.

    Creio que bem antes de se preocupar com a atitude de outros distribuidores independentes, empresas como as mencionadas iriam se preocupar com (e mesmo manifestar-se contra) organizações que limitam-se a redistribuir os pacotes processados por elas (como era o caso do Scientific Linux, White Box Enterprise Linux, Lineox, CentOS, Oracle Enterprise Linux, Pie Box Enterprise Linux) – e exemplos deste tipo de atitude não faltam. Ainda assim, creio que este comportamento não é anti-ético, e é até mesmo conseqüência natural de um mercado sadio e um produto disponibilizado sob licença livre. Os que seriam os principais “prejudicados” limitam-se a proteger as suas próprias marcas registradas, e confirmam, quando necessário, que não há nada de errado na redistribuição do software livre.

    Vale lembrar, especialmente, que quando a Red Hat acredita que alguma outra empresa está abusando do direito de redistribuir seu código livre, ela mesma fala por si.

    Discordo, assim, da posição que considera anti-ético o exercício prático e comum dos direitos dados por uma licença livre. Mas, como você bem colocou, mantenho o espaço do BR-Linux à disposição para que você manifeste a sua opinião.

    Dedo (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 11:04 pm

    gabriel f.

    Só volto a pedir que informe suas contribuições para Softwares GPL, e informe quais estão sendo usados sem retribuição da equipe Ubuntu. Não adianta mesmo como o Augusto falou, ficar reclamando uma coisa alheia.

    André Caldas (usuário não registrado) em 29/05/2008 às 11:28 pm

    Dedo,

    Que coisa mais boba exigir isso. É como quando você reclama de um jogador de futebol da seleção e alguém lhe diz “vai lá e faz melhor”.

    Nenhum ataque que você faça à pessoa do gabriel invalida o argumento. (não que eu concorde com o argumento… só acho infantil essa de “vai lá e faz melhor”)

    Augusto,

    Discordo, assim, da posição que considera anti-ético o exercício prático e comum dos direitos dados por uma licença livre.

    Mais uma vez você mistura ética e direito. Legal não implica ético. O simples fato de ser “legal” e “comum” não torna algo ético. (novamente, não que eu concorde com a colocação do gabriel – apenas me incomoda toda vez que você tenta argumentar que algo é ético simplesmente por ser legal)

    André Caldas.

    André, não passei nem perto de afirmar que legal implica ético. O que eu afirmei foi o que você reproduziu: que discordo especificamente daquela posição exposta anteriormente, a qual considera anti-ético o exercício prático e comum dos direitos dados por uma licença livre. Não fiz nenhuma menção a alguma relação causal entre os dois fatores (ético e legal).

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