12 novidades previstas para a próxima versão do Ubuntu
Fabrizio Balliano apresenta as novidades que mais lhe atraíram a atenção na lista das previsões para o Ubuntu 8.10, a ser lançado em outubro. Eu gostei do 3G e do sistema de identificação e download automático de drivers de impressoras, mas a conta padronizada para usuários convidados, com um sistema de autenticação específico, pode significar uma bem-vinda redução da entrega de teclados com plenos poderes da conta de usuários locais a convidados.
Saiba mais (fabrizioballiano.net).
• Publicado por Augusto Campos em
2008-07-21
E não vão mudar aquela cor horrível do Ubuntu !? É distro mais feia q eu já vi, tem cor de barro ou coco ! A distro é boa (apesar de eu não usar), mas a cor dela é feia pacas. rs
O tema provavelmente vai mudar mas a cor já e praticamente “marca registrada”, só de ver em algum lugar já sabe que é Ubuntu.
“…, pode significar uma bem-vinda redução da entrega de teclados com plenos poderes da conta de usuários locais a convidados.”
Que diabos significa isso?
Oia o tradutor eletrônico comendo solto…
Que tradutor automático? Esse trecho é exatamente a expressão da minha opinião. Acredito que ter uma conta para usuários convidados, com um mecanismo eficiente (e simples) de autorização/autenticação) pode exatamente significar uma bem-vinda redução da entrega de teclados com plenos poderes da conta de usuários locais a convidados.
Ou seja: quando o visitante quiser “só dar uma olhadinha no e-mail”, eu vou ter uma alternativa bem simples, rápida e previamente ativada a simplesmente entregar o teclado a ele, ato que usualmente transfere consigo plenos poderes da minha conta de usuário local enquanto ele estiver de posse do equipamento.
Um cursinho de inglês cairia bem, hein Augusto?
Coisa feia usar tradutor automático!
Engraçadinho. Só para esclarecer a quem não tenha lido o link de referência: o texto desta notícia não é nem tradução, e nem automático.
Ou quem sabe um cursinho de interpretação de texto para vocês? Leiam com calma que está totalmente coerente o que o Algusto falou.
Para ficar mais facil de se entender acharia melhor o uso da virgula na frase:
Uma bem-vinda redução da entrega de teclados, com plenos poderes da conta de usuários locais, a convidados.
O cara ainda piora a situação…
Já você Sezaru, um curso de português.
Não falei que estava gramaticamete correto, eu sei qe não está, mas entre virgulas pelomenos dá para se entender o que o texto queria dizer..
Não alimente os trolls.
Diferentemente da distribuição Fedora[1], a Ubuntu não tem compromisso com a liberdade, e incluir/promover software proprietário faz parte das metas:
- “Probably we’ll also have the final Flash 10 shipped with Intrepid.”
- “Intrepid will be prepared for printers (…) being supported only by closed-source drivers”
1. https://fedoraproject.org/wiki/Objectives
Tá perfeito o texto. Voltem para a escola.
Douglas Augusto
larga a mão de ser xiita vlho nego quer 100% open source pra que?
“incluir/promover software proprietário faz parte das metas”. e o que isso tem de ruim? os dois meios não podem conviver? proprietário e open source?
Eu acho excelente que haja distribuições que excluem deliberadamente, em suas metas e em seu conjunto de software, tudo aquilo que consideram não-livre – sejam quais forem os seus critérios de classificação de liberdade. Assim elas podem melhor atender a quem adota o mesmo critério de classificação.
Mas também acho excelente que haja distribuições que incluem softwares não-livres, para satisfazer aos usuários que adotam outros critérios que possam ser melhor atendidos desta forma.
No caso específico, tanto Fedora quanto Ubuntu têm grandes comunidades de usuários satisfeitos, cada um deles pelas suas próprias razões.
Concordo. Caso contrário volta e meia teremos que nos remeter a outras plataformas, como no caso da minha wireless (que só é bem suportada em M$).
offtopic: v6 viram o logotipo do network manager? muito bacana, nao pude deixar de comentar.
S
Raphael (usuário não registrado) em 21/07/2008 às 1:51 pm
O efeito colateral em satisfazer esta mera conveniência é que todos são prejudicados a médio/longo prazo, mesmo os próprios usuários da distribuição.
A inclusão do Adobe Flash, por exemplo, promove a adoção tanto de um software proprietário como, pior, de um padrão fechado.
Se você é um usuário dessa nova versão do Ubuntu, então você: 1) estará nas mãos do fabricante (lock-in), seja para correção de bugs, lançamentos de novas versões, etc.; 2) o software pode conter comportamento malicioso/falhas de segurança e não há como saber; 3) não poderá usar uma arquitetura além da x86, porque não interessa ao fabricante suportar outras arquiteturas (alguém disse “Ubuntu for human beings”?); 4) sofrerá com a integração com outros componentes da distribuição, já que não é possível fazer pequenos ajustes no software.
Se você por outro lado é um usuário de uma arquitetura não usual ou um usuário de uma distribuição que respeita a liberdade, promovendo o acesso democrático e irrestrito a *todos*, então você sofrerá com o egoísmo de terceiros, pois: 1) jamais terá acesso ao conteúdo em formato proprietário, pois não terá como desenvolver um plugin alternativo completo porque não há especificações abertas; 2) com o modelo de software/formato proprietário fortalecido, será mais difícil alavancar o desenvolvimento de softwares livres e estabelecer padrões abertos (isto gera um círculo vicioso que nos retorna a 1).
Não o bastante, a decisão de incluir softwares proprietários no Ubuntu é incoerente com o próprio nome da distribuição (“humanity to others”), e também incoerente com aquilo que outrora fez parte dos princípios da distribuição (embora ainda seja alegado):
http://www.ubuntu.com/community/ubuntustory/philosophy
Mark Shuttleworth (https://launchpad.net/ubuntu/+bug/1)
http://www.ubuntu.com/
Douglas, não adianta falar, eles se importam apenas com o “di grátis”.
Não dão a mínima para a filosofia do SL.
Eu acredito que há espaço para mais pontos nesta escala, não é um dilema maniqueísta que possa ser expresso assim: “ou a pessoa coloca a questão da liberdade de software acima de todos os outros critérios de seleção de software, ou então ela não dá a mínima para a filosofia do software livre e se importa apenas com o ‘di grátis’”.
Creio que há uma boa quantidade de pessoas que dá bem mais do que “a mínima” pela filosofia e prática da liberdade de software, e mesmo assim pesa outros critérios em conjunto com este na hora de selecionar que softwares irá rodar.
Gostaria que a canonical corrigisse melhor os bugs das versões lançadas!!!
mermão, que “sascrifício”!!!!
Sinceramente, não vejo mal em incluir softwares não livres na distro quando não há opção, desde que seja claro que o software não é livre (como faz o Ubuntu).
Prefiro ter a liberdade de acessar o site que quiser e usar todos os recursos da minha placa de vídeo a ter a liberdade de alterar um código (que sei que não vou) e não poder usar um hardware que paguei por ele.
Acho que entenderam mal, na verdade vai ser uma ferramenta que te ajuda escolher e istalar melhor entre flash player, gnash ou swfdec.
No momento estou usando aqui o flash player no Ubuntu na arquitetura AMD64.
Claro, o usuário que, ao usar o Fedora e ver que não tem plugin pra Flash, ele pensa: “Oh, malvadona Adobe e seu padrão proprietário e fechado!”. Não, ele não pensa: “cacete, eu só quero ver os vídeos no YouTube, não quero saber se vocês acham ruim!”. E dou razão para ele. Dane-se esse idealismo bobo. Se não gostar, remova o plugin e viva sem ele. Pronto.
É, Douglas. O Shuttleworth finalmente tá mostrando as garras. Acho que tá polindo o Ubuntu para torná-lo atrativo para a Microsoft e assim, ganhar mais uns trocados. Eu diria que encontrou um sólido modelo comercial para ganhar dinheiro com software livre: adicione um tempero proprietário e espere uma grande comprar.
Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 21/07/2008 às 9:51 pm
Um dos grandes problemas “do” Software Livre é que poucas pessoas compreendem seu significado. SL não é questão de liberdade de escolha, mas é sobretudo a promoção da liberdade–em executar, estudar, distribuir e modificar o software–universal e duradoura.
Veja, a sua “liberdade” em acessar todos os sites repletos de conteúdo Flash fere a liberdade de um terceiro em acessar a mesma classe de conteúdos; fere a liberdade dele em poder estudar o plugin, modificá-lo e muitas vezes em distribuí-lo legalmente. Por quê? Simples, você está–conscientemente ou não–adotando e promovendo uma categoria de software/formato onde quem exclusivamente decide aqueles que (e como) terão acesso é o fabricante.
As coisas tornam-se muito piores quando o ambiente é caracterizado por aplicações que em tese são de acesso público, como a WWW. Algo semelhante a essa discussão, que embora atualmente seja isolado, são aqueles sites que funcionariam apenas com o navegador proprietário da Microsoft; aí você teria duas escolhas, ou partir para o Windows ou, possivelmente, Mac OS, as duas plataformas onde o IE estava disponível. E os usuários GNU/Linux, como ficavam? Certamente muito desapontados por não terem acesso a muitos sites da internet, inclusive sites críticos como os governamentais ou de outras instituições. Aposto que nesta época você, considerando que já era usuário GNU/Linux, sentia os dessabores desta “liberdade” dos usuários Microsoft em poder acessar a internet como bem entendiam. Eles estavam simplesmente promovendo o software e seu dialeto proprietário em interpretar os sites. Hoje você está simplesmente fazendo a mesma coisa; não é Microsoft, é a Adobe, mas não importa, para aqueles infortunados não contemplados não faz a mínima diferença.
tiaggs em 21/07/2008 às 10:13 pm
Aposto que não está rodando o Adobe Flash em 64-bits (x86-64), a menos que esteja usando o Gnash ou outras alternativas do gênero. O seu Flash continua executando instruções 32 bits, que por acaso sua máquina é compatível.
João Marcus (usuário não registrado) em 22/07/2008 às 8:54 am
Troque algumas poucas palavras e sua frase pode ser reescrita para justificar, por exemplo, porque alguém deveria comprar um produto mais barato em vez de um outro, mesmo este sendo fabricado a um altíssimo custo para o meio ambiente ou, pior, sendo fabricado às custas da mão-de-obra barata de crianças pobres e famintas.
Seu pensamento é uma apologia ao egoísmo; simplesmente isso.
“Veja, a sua “liberdade” em acessar todos os sites repletos de conteúdo Flash fere a liberdade de um terceiro em acessar a mesma classe de conteúdos; fere a liberdade dele em poder estudar o plugin, modificá-lo e muitas vezes em distribuí-lo legalmente. Por quê? Simples, você está–conscientemente ou não–adotando e promovendo uma categoria de software/formato onde quem exclusivamente decide aqueles que (e como) terão acesso é o fabricante.”
Fere? O fato de eu preferir usar um software proprietário e ter a liberdade de aproveitar os outros recursos não obriga ele a fazer a mesma escolha. Ele pode muito bem continuar usando o gnash ou qualquer outra ferramenta livre.
Afirmar que minha escolha está prejudicando ele seria a mesma coisa que eu afirmar que a escolha dele está em prejudicando usar a minha placa ATI que não funciona direito no Linux, ou qualquer outro hardware ou software.
Não vejo os usuários de Windows como culpados de não existirem drivers ou softwares pra Linux. Eles simplesmente fizeram uma escolha, e por ser maioria, nós temos de correr atrás até que consigamos atrair outros usuários e gerar demanda pras empresas portarem suas soluções.
Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 22/07/2008 às 4:57 pm
Naturalmente você não vai obrigá-lo a fazer a mesma escolha porque provavelmente ele nem mesmo terá escolha. O Adobe Flash, por exemplo, está disponível apenas em umas poucas plataformas. É o mesmo caso do MS Internet Explorer: com usuários e desenvolvedores web adotando o IE, todos os usuários das outras plataformas são prejudicados; eles não têm escolha (a não ser, obviamente, migrarem para o Windows). Idem para os formatos proprietários de documento ou mesmo o OOXML: quanto mais estes formatos forem promovidos, mais difícil torna-se para todos aqueles que estão de fora. Curioso é que ser contra o OOXML é unanimidade, mas quanto ao formato declaradamente proprietário Adobe Flash pode-se fazer exceções–será que é porque a Adobe fez a gentileza de conceder uma versão (ainda que cheio de bugs) para certos “Linux”? E os usuários de outras plataformas, como ficam?
E, por favor, Gnash e afins não são reais alternativas. Muito mal conseguem ser compatíveis com versões antigas do formato Flash; a culpa não é dos desenvolvedores, mas sim do formato fechado.
A escolha errada foi sua em colaborar com o sucesso de um hardware que cerceia o consumidor¹. Assim como se você consumir produtos oriundos de trabalho infantil você estará reforçando este modelo de negócio.
Culpados são, agora quantos o fizeram conscientemente é outra questão. Quando você diz “temos que correr atrás” você está simplesmente dizendo “cada um por si, cada um que resolva seu problema”; ora, isso nada mais é do que agir egoisticamente: o que importa é apenas a *própria* plataforma, não as plataformas dos colegas ou, mesmo, não importa se um usuário tem necessidades especiais e precisa de um software adaptado.
“Correr atrás” nada mais é que um imediatismo, no máximo uma solução a curto prazo para um problema pessoal. Não é esta bandeira que o SL carrega. Você discorda de que seria muito melhor se a filosofia da liberdade de software fosse difundida a tal ponto que poderíamos criar pressão suficiente para “forçar” os fabricantes a agirem com ética com os consumidores/usuários? Por exemplo, não é bacana que o ODF seja um padrão consolidado em vez de um formato proprietário? O que você acharia daqueles que promovem, por exemplo, o .DOC da Microsoft? Egoístas, não?!? Pois é.
1. A ATI, no entanto, parece ter feito progressos liberando especificações de certas placas de vídeo.
Que golpe baixo, levar a discussão para o aspecto moral e encerrar o assunto assim que você pôde concluir que é moralmente superior.
Não sei quem você é e o que faz, mas devo lhe contar que existe um mundo real no qual você vive e no qual de uma forma ou outra terá de se adaptar em algum aspecto, a despeito do quanto você gosta dele ou não.
No nosso caso, o mundo real possui formatos proprietários, e pessoas que condicionam o uso de determinado SO a possibilidade de poderem acessar estes formatos, mais uma vez, independentemente do quanto esta pessoas gostam disso ou não.
Há diversos exemplos de que os SL’s que tornam-se mais populares são aqueles que tentam atender a demanda destas pessoas deste mundo real. O OO, muito antes do ODF, se popularizou como a alternativa para quem precisava abrir arquivos .doc mesmo.
edempoa (usuário não registrado) em 22/07/2008 às 10:53 pm
Software Livre está intimamente ligado a aspectos éticos e morais. Minha discussão desde o início foi focada nesses pontos; não me interessa aqui abordar diferenças e vantagens técnicas do modelo de desenvolvimento baseado em SL, isto é tarefa do Open Source.
Não entendi, o que você quis dizer? Que o formato proprietário é bom porque ele na verdade tornaria popular as alternativas livres?!?
“Curioso é que ser contra o OOXML é unanimidade, mas quanto ao formato declaradamente proprietário Adobe Flash pode-se fazer exceções–será que é porque a Adobe fez a gentileza de conceder uma versão (ainda que cheio de bugs) para certos Linux?”
Também não brigo com o CDR da Corel ou o PDF da Adobe, mesmo precisando deles. Novamente, não acredito que ter a liberdade de usar um software proprietário esteja impedindo alguém de usar um software livre. Se a pessoa não disponibiliza a solução para minha plataforma, simplesmente entendo que ela não quer oferecer a mim, então não vou ficar lamentando. Procuro soluções equivalentes ou as possíveis.
E repito o exemplo: não ter a liberdade de usar um hardware nem sempre é melhor que não ter a liberadade de alterar um software. A empresa tem direito a oferecer o produto ao usuário que quiser e não é anti-ética ou ruim por isso, precisando que alguém a “force” a usar a filosofia que acredita ser a melhor pro mundo. SL é liberdade, e liberdade está na escolha e não na falta dela.
Os formatos proprietários podem ser bons, na medida em que não hajam equivalentes abertos. Não existe um único bom equivalente ao .wmv ou .mov, ou ainda, ao .swf. O Ogg e o mpg são interessantes, mas para web não superam os primeiros.
Estamos falando em liberdade, porém esse conceito está sendo esvaziado em nome da relativização social e da necessidade de se “impor” um conceito meramente pessoal de liberdade.