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Embrapa lança a rede Agrolivre

Notícia publicada por brain em março 3, 2004 12:02 PM | TrackBack


"Aqui temos outro exemplo claro de que a adoção e implantação do software livre já é uma realidade dentre os diversos setores da administração pública. 'A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acaba de lançar, com o apoio do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, a Rede de Software Livre para Agropecuária. Chamado de Agrolivre, este projeto foi desenvolvido para atender a demanda do setor agropecuário nas áreas de sistemas de apoio para tomada de decisão, de apoio à pesquisa científica e também para projetos de inclusão digital.' maiores detalhes também podem ser encontrados no site da rede AgroLivre" A contribuição vem de edgalvao (do GnuBH), acompanhada deste link para maiores detalhes.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» paulo s () em 03/03 12:51

Embrapa, Cati (SP) e outros orgãos de agricultura nunca foram dados à livre informação. Vamos esperar.


» Cassio Eskelsen () em 03/03 13:15

Pessoal

Espero que não me vejam como crítico ferrenho do software livre, muito pelo contrário. Mas acho que cada macaco no seu galho.

Louvável a iniciativa da Embrapa e tals. Agora, fica uma pergunta: como ficam as empresas de desenvolvimento de software que criaram softwares para o setor agropecuário? Quem comprará licenças se existem alternativas abertas e gratuitas que além de tudo são incentivadas pela EMBRAPA?

Minha preocupação é com o emprego dos profissionais do setor. Alguns argumentam "ah, mas o cara pode ganhar dinheiro com consultoria e customizações". Mas quantos consultores teremos?? Milhares!

Hoje é tudo muito lindo e funciona, pois a maioria dos que desenvolvem para código livre são estilo "travesti", de dia é João, de noite é Maria, ou seja, trabalha em uma empresa de software fechado e nas horas de folga desenvolve software aberto. Mas um dia esse romantismo irá terminar.

Re-enfatizando: não sou crítico ferrenho do modelo Open source, mas infelizmente vivemos em uma pôrra de capitalismo e comida e moradia não são open source, e alguém precisa pagar os salários dessa galera toda que trabalha com desenvolvimento hoje.

Até agora ninguém me apresentou uma alternativa viável economicamente (do ponto de vista da empresa de desenvolvimento) para alguém desenvolver um software open source. Ok, alguns falarão: "open source não significa gratuito". Certo, mas se eu desenvolver um "sistema de gerenciamento de porcos" e vendê-lo sob a licença open source, o cliente que comprá-lo poderá distribuí-lo gratuitamente. E eu como fico? Vendi uma licença e só. Não é assim?????

Quanto às políticas governamentais: O Ministério da Indústria elegeu o setor de software como um dos 4 setores que receberão atenção especial para o aumento das exportações. Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores já prometeu fornecer os códigos dos softwares governamentais para outros países emergentes. Como que incrementaremos as exportações assim, dando tudo de graça???? Como ficam nossos programadores? Como fica nossa indústria de software? Como geraremos divisas desse jeito???

O que me deixa mais puto ainda é tanta gente de fora de nosso setor dar pitaco. Advogados, políticos, governos, etc. Se é pra ser liberadão, vamos fazer tudo liberado: "open advogado, open deputado, open médico". Será que o Lula aceitar governar de graça nas horas de folga????

Concordo com o presidente da Novell: GPL para produtos mais genéricos (como o sistema operacional, aí acho realmente uma boa e também ferramentas de desenvolvimento). Mas softwares específicos ( como os softs que a Embrapa quer liberar) devem ser deixados para o pessoal garantir o seu leitinho, e para poder, em suas horas vagas, incrementar o desenvolvimento dos Open Sources como o Linux.

abraços

Cássio


» aCiDBaSe () em 03/03 13:59

Empresa que vive de venda de licença de software tem que mudar esse modelo para venda de serviços para o software que ela produz. Se essas empresas não fizerem isso elas vão 'morrer' quando houver a invasão dos SL.

Empresários bons e espertos são aqueles que acompanham esses 'movimentos de mercado' e se adaptam a ele no menor tempo possível.

Existem infinitas maneiras de se ganhar dinheiro com SL, basta usar a criatividade.

Outra coisa: uma empresa que tem a sua receita advinda da venda de licença de um software pronto precisa pagar o salário de apenas alguns poucos desenvolvedores para a manutenção/atualização desse software. No modelo de venda de serviços ele terá alguns desenvolvedores para ajudar na manutenção desse software livre (acredite nisso. A RH, Cnc, SuSE, tem centenas de profissionais que trabalham no desenvolvimento de SL e retornam esses desenvolvimentos para a comunidade) , contratar consultores, contratar desenvolvedores para personalizações, pessoal para suporte... veja a quantidade de mão de obra que é necessária...

Na área de tecnologia, quem fica parado morre.


» Daniel Fonseca Alves () em 03/03 14:01

Cassio Eskelsen
Também como vc eu acreditava que somente as ferramentas e o sistema operacional(ou seja a base de um sistema) deviam ser livres.
Mas a medida que fui me aprendendo mais sobre software livre acabei descobrindo que sim, software de gestão podem ser livres sem problema e talvez até outros tipos.
Porque ?
A várias razões mais a que eu mais gosto é aquele problema que sempre aparece com empresas que compram um software fechado, empresa para de dar o suporte e bau bau!!
E então como fica esta empresa, fica obrigada a pagar por outro software ou comprar um update.
Isto naturamente não ocorre com softwares livres, e mais, da oportunidade de trabalho a outros profissionais que querem prestar o suporte.
Vc não vai parar de trabalhar com progamação só porque foi criado um software livre que funciona para aquela atividade. Ao contrário, me dê um exemplo de algum software que parou no tempo ? Que não precisa de uma modificação ali e aqui ou mesmo a criação de novas funcionalidades ?
Será que vc realmente vai parar de trabalhar no software só porque ele é livre ou é o contrário ?
A única diferenças é que desta vez não há um monopólio de 01 pessoa ou empresa sobre algo que é vital numa empresa.
Agora trabalho, vai haver sim e muito pois o mundo livre está apenas começando, e há espaço para todos!


» Adilson Oliveira () em 03/03 14:16

Caro Cássio.

Deixe eu contribuir com minha humilde opinião. Eu acho que o foco em vender licenças de software ainda não é mas está se tornando, falido, ao menos em parte e está se mudando para prestação de serviços de consultoria (implantação, particularização, etc). Você diz que existem milhares de consultores e é até verdade mas também existem milhares de programadores. E daí que digo que do mesmo modo que existem consultores e consultores, existem programadores e programadores. Os melhores em qualquer área se destacam.
O que vejo é que o campo para o software fechado e licenciado sempre vai existir mas este está diminuindo e vai continuar neste sentido até estabilizar no seu nicho. E pessoalmente, acredito que este movimento tende a aumentar o trabalho dos programadores e não diminuir pois software livre representa disseminação, replicação e adição de conhecimento.
Você diz que o seu "sistema de gerenciamento de porcos" se liberado sob uma licença livre permitiria sua distribuição e uso por outros que não teriam comprado-o. Sim, é verdade, mas quem vai ensinar o uso do software, quem vai ajudar a estabelecer os critérios de classificação dos suínos, das matrizes e por aí vai. Mas antes de tudo, isso é uma questão mercadológica. Se você acha que não vai valer à pena ter seu software de gerenciamento aberto, não o abra, ninguem o está obrigando mas você vai ter que ter um diferencial muito bom para que um equivalente aberto não tome o lugar.
Você diz "open advogado, open médico" mas em algum destes casos eles estão fazendo algo mais que consultoria? Você chega no médico e ele lhe faz uma consultoria do seu problema e lhe vende o conhecimento que ele adquiriu. Você não sai de lá com uma caixinha com uma enciclopedia de medicina. O médico está lá para, usando o conhecimento dele lhe diagnosticar uma solução que pode ser um produto de farmácia cuja patente é de uma multi-nacional farmaceutica que vai receber um troquinho para cada caixinha que ela vender, um genérico que não paga pela patente ou até uma "solução aberta" como um chá que você pode fazer em casa e ensinar pro seu vizinho, replicando o conhecimento.
Em resumo, ninguém está pedindo para ninguém trabalhar de graça, do mesmo modo que o médico, mas que pense que o foco está mudando e que estas mudanças acontecem na história e vão continuar acontecendo.


» paulo s () em 03/03 16:46

De forma sazonal trabalho com área agrícola. Parte do meu ódio por windows e seus aseclas deve-se ao fato de termos que gastar alguns milhares para "implantarmos a computação no campo". O restante do meu ódio é por ter gastado os milhares, e ter "implantado algo muito meia boca.
Finalizando: minha última compra de programa foi em 1997, um sistema de gis. Hoje (com mais de vinte anos de convio com computadores) faço meus cálculos de área com régua, transferido, compasso...

pax linuxis

e boa tarde; está chegando a hora da cerveja
paulo s


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 03/03 17:44

"Hoje é tudo muito lindo e funciona, pois a maioria dos que desenvolvem para código livre são estilo "travesti", de dia é João, de noite é Maria, ou seja, trabalha em uma empresa de software fechado e nas horas de folga desenvolve software aberto. Mas um dia esse romantismo irá terminar."

Pô, esse é o meu caso. E nem por isso me sinto como um 'traidor do software livre' ou algo assim.
Em todo lugar em que trabalhei ou trabalho procuro incentivar não só o uso mas a manufatura de software livre, pois estou ciente que os paradigmas não mudam da noite para o dia. Também faço minhas pequenas contribuições para a comumidade com um ou outro código aqui e ali (pequenos patches, às vezes scripts, etc. e tal) e principalmente documentação e ajuda.

A idéia é ir trabalhando e ajudando o software livre nas margens, até que ele fique suficientemente forte para que ofertas de emprego o envolvendo se tornem freqüentes e acessíveis.

"O que me deixa mais puto ainda é tanta gente de fora de nosso setor dar pitaco. Advogados, políticos, governos, etc. Se é pra ser liberadão, vamos fazer tudo liberado: "open advogado, open deputado, open médico". Será que o Lula aceitar governar de graça nas horas de folga????"

Você está fazendo confusão. "free" de "free software" significa livre - e não grátis. E "open" de "open source" nem mesmo em inglês significa grátis. São adjetivos que só se aplicam a obras que podem ser copiadas a custo zero ou quase zero, como softwares e documentações. A cirurgia de um médico não é facilmente replicada, nem a intervenção política de um deputado.

E você está se esquecendo também de uma característica muito peculiar do mercado de desenvolvimento de software: pequenos autores que lançam lá seus softwares comerciais - sharewares, normalmente - dificilmente ganham uma boa renda em cima disso. No modelo mais freqüente de se sustentar com programação de software, você na verdade vende sua força de trabalho para uma empresa grande que, esta sim, faz um software completo e o vende sob uma licença (software proprietário). Para você, o desenvolvedor, a coisa é um serviço, exatamente como seria no caso de você programar algo livre; para a empresa é que aquilo é um produto.

Por causa disso, acredito eu que no caso de haver uma mudança de paradigma de desenvolvimento radical, de maioria proprietária para maioria livre, o salário e a rotina de um desenvolvedor de software não mudaria muito.


» Evandro Guglielmeli () em 04/03 00:47

Cássio,

achei curioso o exemplo que você deu, pois conheço um professor que tem (ou tinha) uma empresa cujo faturamento estava alicerçado num sistema de gerência de criação de porcos.

Excelente profissional, excelente sistema.

Sei que hoje ele dá aulas não só pela paixão de ser professor, mas também pelo seu sustento; que trocou, ou está trocando, sua empresa pela participação numa cooperativa de trabalho na área de tecnologia e que pretende abrir o código do seu sistema.

O motivo?

Simples, os seus principais clientes disseram a ele: "-Devo! Não nego... mas não pago!" :(

Bom! mas como eu disse, isto deve ser só uma curiosa coincidência... não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Abraços,

Evandro Guglielmeli

PS.: Também sei, pelo que este professor mesmo me disse, que o que sustentou a empresa todos estes anos (de 1997 até agora), foi o serviço de consultoria e manutenção/personalização do sistema... as licenças mesmo só serviram para os clientes se negarem a pagar por elas.


» alexandre () em 04/03 04:25

A grande maioria dos softs que a embrapa vai disponibilizar o codigo sao frewares da empresa.
Grande parte dos Gis disponiveis no mundo sao de codigo a ebrto ou frees. Os de codigo fechado tem precos impraticaveis para o brasil.

O gis em particular nao eh um winzip! e um soft que requer mao de obra especializada, qt maior a adocao destes sistemas maior sera o mercado para empresas e etc.

Em breve sistemas de rastreamento serao obrigatorio em todo o pais, mas uma vez nao sera o filho do proprietario que ira gerir os dados.

Acredido que o que mais impede o crescimente do deste mercado na agricultura sao as licensas e a falta de informacao e assistencia tecnica.

Agora softwares para balanco de contas ou coisas do tipo feitas em delph , vulgo softwares de padaria, nunca tiveram um mercado nem vao ter agora, mas espero que com o surgimento de soft livres para estes fins direcionados para a agricultura sejam adotados para uma melhor gestao no meio rural.


» Cassio Eskelsen () em 04/03 09:13

Olá Pessoal

Fiquei feliz com as respostas :-) Pensei que seria xingado e linchado em praça pública huahuah

Algumas respostas deram a entender de que eu pudesse estar com medo do software livre. Não, não tenho medo do software livre! Acho ele um grande aliado para os meus negócios, e além do mais sou do estilo "alternativo" (hippie, ecochato, etc, etc), e acho que o software livre se encaixa nesse perfil.

No entanto, acho que o software livre não deva ser uma panacéia, pois afinal, "toda unanimidade é burra". Em casos específicos o direito autoral deve ser respeitado, mesmo com a divulgação do conhecimento. Tomemos por exemplo o escritor de uma obra literária: pela própria natureza do seu trabalho, os "fontes" de seu trabalho são divulgados e o conhecimento é disseminado, mas isso não quer dizer que alguém possa sair por aí lucrando em cima do trabalho dele. Assim acontece também com o software. Há softwares que demandam muita pesquisa e pela sua especificidade dificilmente criaria-se uma comunidade em torno desse produto que desse conta de um rápido desenvolvimento no espírito open-source.

Vou comentar a resposta de cada um:

- aCiDBaSe, você me parece ser o mais ferrenho defensor da disseminação ampla e irrestrita do SL. Gostaria de saber como você ganha a vida com o Open Source. Talvez eu possa entender melhor o seu posicionamento

- Daniel Fonseca: uma empresa deve ter cuidado de quem compra seus softwares. Analisar seu passado, seus clientes, etc. De qualquer forma, o codigo de defesa do consumir e a lei do software garantem a defesa apropriada ao cliente que adquire um software. De qualquer forma, esse problema não é exclusividade do setor de software. Basta lembrar o exemplo das Lavadoras Enxuta. Depois que aquela empresa quebrou, não havia mais pessas de reposicao no mercado.

- Adilson Oliveira: acho muito dificil generalizar que os servicos em torno do software irão garantir a sobrevivência das empresas. Se o software for bem feito não haverão muitos custos de manutenção. Eu até vou usar um exemplo particular: um de nossos softwares, após anos de desenvolvimento chegou em um ponto de qualidade tal que alguns clientes estão cancelando seus contratos de manutenção pois não precisam nem de suporte nem das atualizações. Por outro lado, o nosso software não é afetado pelas constantes modificaçóes da legislação e portanto não há como lançar constantes updates ( e meus clientes também não gostam de atualizar o seu software a toda hora ). Quanto ao exemplo do médico, lembre que alguém produziu o conhecimento que o médico está vendendo. Boa parte do conhecimento é produzido pelas empresas farmacêuticas. O médico pode ser comparado ao consultor de software, que diagnostica e implanta uma soluçao produzida por outra pessoa

- Patola: espero que nao tenhas se ofendido com meu exemplo, hehehe!!!
Bom, pelo dito, ´você na verdade vende sua força de trabalho para uma empresa grande que, esta sim, faz um software completo e o vende sob uma licença (software proprietário). Para você, o desenvolvedor, a coisa é um serviço, exatamente como seria no caso de você programar algo livre; para a empresa é que aquilo é um produto.´ Voce esta concordando comigo, certo? Ou seja, SL nao é solucao para 100% dos casos.

- Evandro: tentei pensar no exemplo mais tosko possivel, hauhau. Foda a posicao dos clientes do seu professor!!! A imaterialidade da prestacao de servicos acaba causando isso, as pessoas nao dao o devido valor para o trabalho.

Falow amigos!!! O papo está legal ;) Espero que nao achem que estou aqui só para arrumar confusao.

Namastê!


» Daniel Fonseca Alves () em 04/03 10:03

Ok, Cassio.
Pelo que vi você confirmou o problema de suporte que citei.
Das soluções que vc propôs o software é uma delas.
Até aonde é possível ir com software livre eu acho difícil de mensurar, mas não vejo limitadores ainda que impeçam seu progresso.
Tanto sociais ou profissionais.


» aCiDBaSe () em 04/03 10:05

Vou colocar um breve histórico da minha vida profissional recente:

- Trabalhei na Conectiva de 01/2000 até 08/2001 desenvolvendo SL (ganhei dinheiro pra isso)
- Trabalhei na GVT (Telecom) onde pude fazer o meu trabalho de forma muito mais rápida e eficiente usando SL (Cygwin nos NTs, Samba, VIM, ...) não desenvolvia software mas usava SL para ganhar dinheiro.
- Fundei uma empresa chamada Haxent, de desenvolvimento, e atendi alguns clientes com software livre e demos manutenção em software não-livres para algumas empresas que eram donas desse software
- Trabalhei com desenvolvimento de software para celular (todos softwares não-livres), mas a empresa faliu, não me pagou 2 meses de salário e até hoje não recebi acerto de conta (mesmo tendo ganho causa na justiça)
- Voltei pra minha empresa e depois sai da sociedade dela para assumir o papel de sócio em uma rede de provedores internet. Não desenvolvi nada nessa época, mas o provedor usava SL em tudo. E a gente vivia precisando de desenvolvedor de SL pra fazer alguns trabalhos por lá (mas a região em que trabalhávamos era muito carente desse tipo de profissional. Pena. Seriam profissionais que ganhariam para desenvolver SL)
- Atualmente trabalho numa empresa que desenvolve software. Temos um software proprietário escrito em Smalltalk. Mas com excessão à esse que tem um contrato com o principal cliente da empresa que impede que seja liberado como SL a empresa usa SL e sempre que possível desenvolve SL. Exemplo: Prevayler (prevayler.org). E eu ganho dinheiro pra isso.

Resumindo: Em todo lugar que eu desenvolvi SL ou usei SL eu ganhei dinheiro. Quando não usei ou desenvolvi SL eu me dei mal :) É uma boa lição?

(Desculpe-me pelo tamanho da resposta, mas trabalhei em muitas coisas nos últimos 4 anos :))


» Red () em 04/03 15:06

Só gostaria que algum dos nossos amigos defenssores de software livre me citasse apenas um, a pergunta é fácil hein, só quero um software ERP decente que seja livre. Eu não conheço nenhum, e gostaria muito de saber se existe.


» Red () em 04/03 15:17

Olha só acidseilaoque, me desculpe, mas Prevayler está bem longe de ser um banco de dados decente. Se você conseguir me citar 10 empresas no Brasil que usem esse banco de dados retiro o que eu disse.


» aCiDBaSe () em 04/03 15:31

Vamo lá então que essa vai ser fácil:

Um ERP Livre realmente bom: Compiere (http://www.compiere.org) que já tem até adaptação para o Brasil: CompiereBR (http://www.compiere.com.br).

Tem também o GNU-e (http://www.gnuenterprise.org). Não conheço ele, mas já ouvi alguns comentários sobre ele.

Com relação ao Prevayler:
1 - Prevayler não é Banco de Dados
2 - Prevayler é um mecanismo de persistência de objeto
3 - Tem gente que usa BD Relacional para persistir objetos e sabe que existem diferenças entre os paradigmas relacional e OO.
4 - No Brasil não existem 10 empresas que usam ainda. Que eu conheço são só a Rede Record de TV e a Petrobrás. Mas na europa já tem mais casos. Acho até que tem uma relação dessas empresas no próprio site do Prevayler.
5 - A pergunta "Você ainda usa Banco de Dados?" se aplica a casos de pessoas que "Usam Banco de Dados para persistir Objetos" e não a casos de "Usam bancos de dados para dar suporte a uma aplicação ou coisa do tipo".

Portanto, Red, estão esclarecidas as suas dúvidas?


» Eduardo () em 04/03 15:38

p/ Red:

Que tal o Compiere (www.compiere.com)???


» Red () em 04/03 15:44

P/ Eduardo,

Eu pedi um ERP decente, e definitivamente o Compiere não está na lista dos melhores ERPs do mercado.

Boa tentativa, mas vou dar mais uma chance...


» aCiDBaSe () em 04/03 18:15

Nice Try...

Implementação do algoritmo "Idiota" em Python:

print "Informe Foo:"
foo = raw_input()
# Eu não entendo merda alguma de Foos, portanto digo que esse não serve.
print "Eu pedi um Foo melhor do que este. O Foo %s não vale nada!" % (foo)


» Red () em 04/03 19:59

É incrivel como existem pessoas que não entendem absolutamente nada de tecnologia, e ficam tentando dar uma de "Eu sou o fodão, eu sei tudo, o que eu acho é que é o melhor...". hahaha... Infelizmente são pessoas assim que estragam a imagem de profissionais realmente compententes.


» Red () em 04/03 21:44

Ó pra vc, hahahaha!!!
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