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Morre Fernando Vilella, pioneiro da internet brasileira

Notícia publicada por brain em julho 29, 2004 09:27 PM | TrackBack


A notícia triste não tem relação direta com o Linux, mas como há profunda sinergia entre as comunidades de Linux e da Internet no Brasil, acredito que a nota triste é pertinente, e o sentimento que desperta será compartilhado por mais pessoas além de mim: faleceu Fernando Vilella, o Fervil, em uma suposta tentativa de assalto na noite de segunda-feira, quando voltava de seu trabalho no Rio de Janeiro. Fervil foi editor da extinta revista "Internet BR", considerada a primeira publicação sobre o assunto no Brasil. Foi nesta publicação que dei meus primeiros passos como articulista, escrevendo textos sobre IRC, emuladores e até mesmo sobre Linux, em meados da década passada - e Fervil foi meu primeiro editor. Que vá em paz, e fará falta.

Informa o necrológio do Magnet: "Fervil foi protagonista da primeira geração da internet do Brasil, trabalhou no Cadê, onde foi gerente de jornalismo e depois editor da revista online "Aqui". Em 2000, participou do lançamento do portal iG, como diretor de tecnologia, diretor de conteúdo do SeliG, além de participar da criação do Super iG. Seu último cargo foi de diretor-executivo da empresa Blah!, prestadora de serviços para diversas operadoras de celular, e trabalhava no projeto de uma revista sobre produção de conteúdo e novos aplicativos para telefonia móvel. A sua morte prematura chocou amigos, parentes, colegas de trabalho e centenas de usuários da Internet que, mesmo não o conhecendo pessoalmente, têm realizado uma verdadeira romaria em sua página no Orkut para demonstrar seus sentimentos de luto. São tantas as demonstrações de afeto e perda que até foi criada uma nova comunidade em sua memória: a Fervil Vive."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Henrique Ruiz Poyatos Neto () em 29/07 22:54

Tratava-se de um excelente profissional, pelo que vi admirado por vários companheiros de trabalho e Internet. Com certeza fará falta no cenário nacional, abrindo mais uma vez uma discussão sobre a violência no Rio.
A InternetBR era um excelente revista, bons tempos aqueles! Lembro-me dos seus artigos de mIRC, Augusto, dos bons tempo de BrasIRC e Dusk. (nostálgico).


» Manoel Pinho () em 30/07 11:13

Ë lamentável como no Rio de Janeiro em que vivo pessoas são assassinadas por motivos tão idiotas como esse. Os bandidos aqui estão abusados e covardes demais (o que o cara ganhou matando uma pessoa por nada e sem sequer levar o carro ?) e não tenho vergonha de admitir que sou a favor da pena de morte para esses casos (isso para mim é crime hediondo). Nessas horas que começo a me lembrar dos filmes do Charles Bronson ...

Até quando a sociedade vai preferir perder cidadãos educados (muitas vezes com dinheiro governamental), cidadãos em todos os sentidos e contribuintes em troca de pessoas que não valem um centavo e que ainda dão despesas absurdas ao Estado quando são presas ? Sou a favor de direitos humanos mas as vítimas também são seres humanos. Resta ao Estado decidir quem deve ter mais direitos e a resposta parece óbvia.

Pobreza não é desculpa para essa violência que vemos nos grandes centros urbanos. Não vemos isso acontecer em regiões muito mais pobres como o sertão nordestino.

Já estou farto da demagogia de ONGs, entidades de direitos humanos, alguns juristas e de políticos. Já fui assaltado mais de 8 vezes e felizmente nada aconteceu de mais grave. Mas até quando ?

Me desculpem a revolta mas me revolto em ver notícias como essa, especialmente quando começam a aparecer em sites especializados como esse.


» Cobarde Anonimo () em 30/07 13:00

Tinha um programa de rádio de alcance regional aqui onde eu moro e vez em quando eu ouvia essa frase: -Quem defende direitos humanos pra bandido, ou é bandido ou é parente ou tem relações com bandidos!
É engraçado como as coisas são invertidas na sociedade, se a policia leva um elemento e faz a correção justa e necessária a imprensa é a primeira a descer a lenha no policial. Se derrepente some um monte de elementos é movido ceus e terras pra resolver o caso. Mas se derrepente um onibus cheio de policiais como vimos a meses atrás é chacinado, cadê os direitos humanos dos policiais? Vemos cidadãos de bem sendo assassinados todos os dias, cadê os direitos humanos dessas pessoas e das familias delas? Já fui assaltado diversas vezes, inclusive com arma apontada pra minha cabeça, cade meus direitos humanos? É somente bandido que tem direitos humanos? Que mané de direitos humanos? Isso deveria ser pra quem trabalha e não pra esse tipo de gente. Minha familia foi e é pobre desde q eu sou pequeno e isso não foi desculpa pra ninguem lá em casa se tornar bandido.


» Gustavo () em 30/07 17:15

Compartilho do mesmo sentimento que você Manoel.


» Maquiavel () em 30/07 17:32

O violência do Rio se resume dois fatores, impunidade e corrupção.Onde a vergonha já começa na própria policia que mata, seqüestra e extorque e fica impune. Aliada a política de corrupção onde marginais mandam e desmandam desde os presídios de segurança máxima a toda área urbana.

A pior hipocrisia é da secretaria de Segurança publica que apenas faz as caras mudarem com suas danças da cadeira. Um comandante de batalhão corrompe , o secretario chama a imprensa para mostrar que sabe exonerar, mas coloca outro ladrão no lugar e meses depois nova exoneração. O povo do Rio não agüenta mais ver a cara de babaca do secretario de segurança publica exonerando ladrão e falando asneira.
O maior cinismo nessa estória toda é que ele é marido da Governadora e a sua campanha particular é mais importante que suas obrigações como secretario.Parece até que está no seu quarto brincando com a população em forma de bonecos LEGO.

A vergonha no meio sujo dessa política de impunidade e corrupção é tanta que candidatos a prefeito do Rio tem que pedir autorização a bandido para fazer campanhas em suas áreas. Vejam, um candidato a PREFEITO tem que pedir autorização a BANDIDO pra fazer campanha. Você votaria em quem é submisso ou omisso a um ato como esse ? pois é, todos os candidatos e eleitos tem que se render a essa vexatória e humilhante verdade na cidade do Rio de janeiro.

No Rio pode-se tudo. No centro comprar-se cds piratas, notebook roubado, celulares clonados , garotinhas etc... Após as 18:00 o centro é terra de ninguém, com drogas, álcool e prostituição a cada esquina. O mais revoltante e ver uma patrulha da PM com 2 panacas dentro olhando isso tudo e sendo pago com imposto do povo.
Das duas uma. Quando ele faz vista grossa recebe corrupção, quando vai exercer seu ato de autoridade também. Pra que serve a policia do Rio se são pior ou iguais aos delinqüentes ?

A cena mais insólita e revoltante que já vi até hoje no centro foi 3 Pms dançando rap proibido como se fosse um bailarinos do demo. Bêbedos ou drogados só podiam estar. E tal musica que tanto rebolavam as cadeiras falava em sua letra a irônica apologia dos bandidos em matar policia.

Maquiavel - Rio


» Ricardo Carvalo () em 30/07 20:23

Que Deus o tenha e que descanse em paz.


» Buick Sk () em 02/08 14:44

Conheci o Fervil por volta de 94/95, quando a Internet no Brasil ainda nem engatinhava, antes mesmo de torna-se um dos responsáveis pela revista "Internet.BR", ou mesmo trabalhar no Cadê. Fervil era uma pessoa simples que podia ficar horas com um bom papo... ou numa correria frenetica tentar desvendar a Internet que nascia para nos brasileiros. Lembro daquela época quando os primeiros sites de web surgiam e trocavamos diariamente mensagens com novos links que iam surgindo e que iamos descobrindo diariamente. Cada novo e-mail era um site com uma novidade.

Eh amigo, a vida continua neste vicio rotineiro e louco pena que não tivemos tempo de sentarmos em uma pracinha jogar uma dama e dar boas gargalhadas quando a internet era um único canal de 64Kbps.

Abraços e tudo de bom em sua evolução

Buick Sk


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