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O que aconteceu com o UnitedLinux?

Notícia publicada por brain em julho 28, 2004 11:44 PM | TrackBack


A ComputerWorld publicou um extenso artigo sobre o destino do UnitedLinux, consórcio inicialmente formado por SUSE (hoje Novell), Caldera (hoje SCO), Conectiva e TurboLinux. Nunca houve um anúncio definitivo do fim da iniciativa, mas o website não é atualizado desde abril do ano passado, e já em janeiro deste ano noticiamos a saída da principal executiva do grupo, que declarou ter "apagado as luzes" do consórcio, já morto-vivo, ao sair. Apesar disso, o produto UnitedLinux ainda é comercializado pelos parceiros originais - exceto pela SCO, é claro. O artigo conta com declarações de representantes da Conectiva, Novell, TurboLinux e SCO (que, como de hábito, discorda dos outros três e é a única que diz que o consórcio não existe mais), analisa o futuro da iniciativa e as causas de sua melancólica situação atual.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Evaldo () em 28/07 23:51

A idéia e intensão do UnitedLinux foi boa, no entanto o preço que passaram a cobrar pelo Linux nos padrões UnitedLinux era um absurdo, quase que compensava mais a aquisição de licenças do M$ Ruindows.


» against () em 29/07 00:26

conectiva e TurboLinux :)


» Augusto Campos () em 29/07 09:15

Obrigado, vou corrigir


» lmvaz () em 29/07 14:28

Você diz que o United Linux é caro Evaldo, pois você não deve ter visto ainda os preços do RedHat Enterprise. Acho que seu ponto de vista sobre o assunto é um pouco restrito. Veja, se você quer uma distribuição para desktop ou para pequenos servidores, existem centenas que podem ser baixadas gratuitamente da internet e utilizadas sem quaisquer restrição. Porém, existem certos casos onde o problema não é o dinheiro, mas sim suporte e homologação. Para você ter uma pequena idéia, os grandes players do mercado (IBM, HP, Dell, entre outros) apenas dão suporte à seus produtos desde que estes estejam rodando sistemas operacionais previamente homologados. Neste ponto entram o United Linux e o RedHat Enterprise, pois os inúmeros processos de homologações custam muito caro, e além disso o suporte dado a este tipo de produto vai bem além de simples configuração de hardware como outros problemas mais sérios que possam vir a acontecer. Entenda que os clientes que utilizam esses produtos não estão preocupados com valores, mas sim com garantia de suporte e funcionamento. Se os valores das licenças desses produtos forem comparados com os de outros produtos comerciais, você vai perceber que a diferença entre eles é pequena. Neste caso você se pergunta "por que eles usam Linux então, quando supostamente não existe redução de custos?". Grande parte das empresas que estão migrando servidores de grande porte para Linux estão indo atrás não apenas de custos, mas também de uma maior estabilidade, performance e segurança.

Bem, minha opinião com relação ao "fracasso" do United Linux pode ser creditada ao processo movido pela SCO contra a IBM e também pela questão de homologações. Já trabalhei com o United Linux e posso testificar-lhes a qualidade do produto, porém um dos fatores que fez com que muitos clientes corporativos optassem pelo RedHat Enterprise foi justamente a maior quantidade de homologações disponíveis para este último. Mesmo sendo mais barato que o RedHat Enterprise, o United Linux deixa de ser adquirido por falta de suporte e homologações.


» Joerlei P. Lima () em 29/07 15:30

Só para complementar o que o lmvaz disse, além da existência de suporte, é muito importante a velocidade com que os problemas que venham a surgir sejam resolvidos. Além disso, quando se trata do mercado ao qual se destinam tais versões, esses valores são irrisórios. Soluções proprietárias são muito mais caras do que tais versões. Basta ver quanto custa um Unix comercial (e o hardware necessário para o mesmo), suporte, mão-de-obra, etc, ou o quanto custa a versão enterprise de um Windows server. Mesmo o Red Hat Enterprise Workstation (que pode, muito bem ser utilizado como servidor, com todas as atualizações até 2008), custa bem menos que uma versão desktop de um sistema operacional conhecido. E você ainda não paga as famigeradas licenças de acesso. Se você quer uma solução mais barata, tem as versões "de consumo" do SUSE, Conectiva ou Mandrake, com um período menor de atualizações oficiais.


» darkside () em 29/07 20:40

A ideia foi muito boa, pq além de ser um consórcio grande e com representação no mundo inteiro com o intercambio de tecnologias seria mais fácil criar padroes entre as versoes desktops dessas empresas.


» analista () em 29/07 20:51

Do artigo:

"Today, corporate users can choose from two major players in the enterprise Linux marketplace -- either SUSE or Red Hat Inc. -- which is what they prefer, Seibt said. Customers and vendors want to deal with no more than two Linux distributions to cut down on support and certification costs, he said. "And they don't want just one because they end up with a monopoly again," he said."

"Hoje, os usuários corporativos podem escolher entre dois players principais no mercado Linux coporativo--SuSE ou Red Hat--que é o que eles preferem, diz Seibt. Clientes e fabricantes não querem negociar com mais de duas distribuições, para reduzir os custos de suporte e certificação, disse ele. "E não querem ficar só com um para não acabar na mão de um monopólio de novo", diz ele.

A idéia do United Linux era ofercer esse segundo player além da Red Hat. O fim do UL, na minha opinião, foi uma manobra para excluir os outros parceiros do consórcio e trazer a SuSE para o EUA, de modo que detivessem o controle dessas duas opções que, dizem, é a tendência do mercado corporativo.

China, Japão e Coréia, já formaram um consórcio para dar sua contrapartida e a França parece ter dado passos em direção à Mandrake para torná-la a alternativa européia.

Falta agora criarmos no Brasil nossa iniciativa corporativa, já que Linux se tornou aqui, parte de uma estratégia governamental de tecnologia.


» lmvaz () em 30/07 15:49

Faz sentido a idéia da exclusão dos demais parceiros por parte da SuSE, pois agora ela pertence à Novell e é provável que seu plano de negócios tenha mudado após a aquisição.

Com relação à soluções alternativas, acredito que seja algo complicado, pois se não houver uma pressão por parte dos consumidores a tendência é que as homologações mais importantes sejam concedidas apenas à RedHat e SuSE. De repente a Oracle, IBM e outros grandes desenvolvedores de soluções corporativas não tenham interesse de homologar mais distribuições. A não ser que um outro grande consórcio como o United Linux venha a ser formado por distribuições menores, porém com abrangência geográfica e base de usuários, não acredito que nenhuma tenha capital, base instalada e influência a ponto de despertar interesse dos grandes players. Como disse antes, homologações são processos extremamente burocráticos, demorados e principalmente caros, sendo assim acredito que apenas a RedHat e a SuSE continuem disputando esse mercado.


» analista () em 30/07 16:44

> A não ser que um outro grande consórcio como o United Linux venha a ser formado por distribuições
> menores, porém com abrangência geográfica e base de usuários, não acredito que nenhuma tenha
> capital, base instalada e influência a ponto de despertar interesse dos grandes players.

Por isso é que nessa hora entram os governos.

Só eles têm poder para fazer frente a conglomerados tão grandes assim. E se você observar bem, a IBM, a Oracle, a Red Hat e a SuSE formam um cartel que representa a indústria de tecnologia de grande porte estadunidense. E como todo sindicato patronal é braço "armado" de seu próprio governo, está aí toda a justificativa para o nosso governo entrar na parada e definir rumos de uma política que faça com que nossas empresas ganhem músculos para competir em pé de igualdade.


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