Notícia publicada por brain em maio 29, 2004 09:19 PM
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flipe (flipe@hyperlinux.com.br) enviou este link da matéria do InfoGuerra e acrescentou: "Não foi dessa vez que muitos usuários de Linux conseguiram fazer sua declaração usando o Linux, pois o programa estava com bugs (veja uma imagem com exemplo do alegado bug) que impediram seu uso em muitos casos. Das mais de 18 milhões de declarações, apenas (para ser exato) 0,01599% foram entregues através do Linux (o link do erro ). Bem, o governo ficou devendo nessa. Deveria ter trabalhado melhor para ajudar os usuários Linux, já que a maioria da declarações entregues pelo Windows eram ilegais."
Não sei se é fato que a maioria das declarações foi entregue usando cópias ilegais do Windows, mas o comentário ácido do leitor mostra a insatisfação de mais uma vez não ter podido declarar seu imposto de renda sem recorrer a outros sistemas. Por outro lado, o simples fato de a Receita ter tentado entregar uma versão em software livre para mim conta como uma vitória, e espero que no ano que vem eles aprendam a lição - ou liberem o acesso ao fonte, para que possam ter ajuda na tarefa ;-) De qualquer modo, é hora de apoio e não de vaias!
E a tribuna está aberta caso a Receita queira enviar o seu ponto de vista sobre o assunto.
Não acho que essa falha na ilustração seja grave, pra falar a verdade nem mesmo é um bug. O programa de declaração do IRPF para Linux foi feito para funcionar na máquina virtual java da SUN, que é quem controla o "padrão Java" oficialmente. Nada mais normal do que o programa recusar rodar em máquinas virtuais que provavelmente não são conhecidas pela equipe de desenvolvimento.
Além do mais, fiz o meu imposto de renda, o da minha esposa e o do meu sogro através do linux, sem nenhum problema. Com o blackdown realmente não funcionou, mas com o da Sun foi tranquilo.
No dia em que foi liberado o arquivo (eu nem sabia o que deveria fazer para instalar) foi aqui que vi informações como instalar.
aqui no Br-Linux também foi comentado que o programa não funcionava com a blackdown.
Bom eu instalei a Java Oficial da Sun e encaminhei 10 declarações.
Na minha opinião houveram dois fatores que minimizaram o uso da versão Linux do IRPF:
* Atraso de um mês em relação à versão windows
* Falta de divulgação.
E o pessoal de desenvolvimento da receita poderia ter sido um pouco mais humilde e indicado no próprio site de download, locais alternativos para obter ajuda, como o br-linux, para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a instalação do IRPF Linux, uma vez que a documentação fornecida era quase inexistente.
Fiz a minha declaração pelo Linux e foi tranquilo. Só tive de baixar a JVM mais nova que a que eu tinha, mas valeu a pena.
Foi tudo tranquilo, não tive nenhum problema. Enviei ao site da Receita na boa.
Nada a reclamar.
Leandro
Marcelo Vivan Borro
Foi meio intuitivo para instalar. A única coisa que aconteceu é que eu tinha o jre 1.3 e dava erro. Ai instalei o 1.4.x e o programa nao achava, soh achava o 1.3 e dava erro. Retirei o 1.3 e ele perguntou onde estava o jvm, ai indiquei o diretório do 1.4.x e foi tranquilo.
Talvez o pessoal da receita pudesse criar um .rpm, um .deb e um .tgz para facilitar a vida do pessoal que prefere instalar um pacote. Eu gostei do jeito que veio, mas um pacote sempre é mais fácil.
Leandro
Concordo com o tom dado pelo redator da notícia. Não se trata de um favor, mas de um serviço oferecido por uma instituição pública, cujos funcionários são pagos para oferecerem os meios necessários.
É obrigação deles terem oferecido um programa completo (havia restrições não existentes na versão para Windows), devidamente testado (não ter rodado em outras implementações de máquina virtual Java evidencia que foi feito às pressas, e portanto pouco testado em situações diversas) e com documentação completa (deveriam ter alertado para a exclusividade da máquina virtual Java da Sun Microsystems).
O atraso no lançamento também é outro erro injustificável, pois a própria Receita Federal estabelece o período de declaração de 1 de março até 30 de abril. Como então explicar o lançamento do programa somente na segunda quinzena de março?
A falta de profissionalismo mostrada na oferta desta versão do software para Java mostra o descaso e o desrespeito ainda existente no setor público federal não só para o software livre mas também para outras plataformas não Windows.
A atitude da Receita Federal de oferecer um programa ainda incompleto para Linux foi um ponto negativo para o software livre, que mostra não ter ainda o respeito e o apoio que merece da sociedade, ou melhor dizendo, da parte da sociedade responsável por organizá-la.
Mas não funciona simplesmente por que o programa não reconhece o Blackdown ou por que de fato há alguma incompatibilidade com o blackdown?
No caso a primeira, haveria como burlar esta checagem e usar o Blackdown?
Se for a segunda, é sinal que o Blackdown ainda não é 100% compatível com as especificações java?
Eu tive problemas com a versão Java e estava usando a última versão da JVM da Sun. O programa importou corretamente os meus dados mas havia um erro no programa que simplesmente preenchia automaticamente com um valor errado um campo (não me lembro bem agora qual) a partir dos dados importados e dos que eu digitei. O valor era errado sim pois eu conferi na calculadora e depois na versão windows nativa do programa.
Como já estava no final do prazo de entrega da declaração eu tive que usar uma máquina Windows no trabalho para preencher a declaração. Eu bobeei não ter anotado as condições que levaram ao bug mas com certeza houve, e não era problema de Java não. Era bug sim, fruto de um programa que foi entregue às pressas por estar atrasado e por ser a primeira versão (e não houve nenhum programa de beta testing).
Enquanto não fizerem um programa realmente multiplataforma, usando Java tanto para a versão Windows quanto para linux, ou em C++ usando, por exemplo, o wxWidgets, Qt ou outro toolkit multiplataforma, a versão "linux" será sempre tratada como não importante ou de segunda linha, sem o mesmo comprometimento da equipe da Receita.
No meu caso eu tive a sorte de ver o bug, mas e se eu pagasse a mais ou a menos e depois caísse na malha fina ?
No caso de ter desconsiderado o Linux, o governo federal deu uma grande pisada na bola, pois isso só derruba as suas próprias iniciativas de engressar no mundo Linux, e concerteza, quase que a maioria dos windows(isso é fato) é ilegal, não pagam licença, o que torna o porcesso de declaração um pouco ilegal. Já com o Linux seria um pouco provável este acontecimento, já que é uma plataforma livre....
Isso que é mania de reclamar de tudo!
O software da receita foi feito para rodar na VM da Sun e pronto. Tanto faz se esta VM seja para Solaris, Windows, Linux e etc...
Se o Backdown não tem toda a implementação da Sun JVM 1.4, meus pêsames...
Querem tambem "liberdade" de escolha de JVM? melhor, pq não reclamar para que o IRPF seja totalmente Web? Assim não precisariamos de JVM. Melhor... nada de Web, pois poderiam desenvolver em ASP, JSP e tambem são seria muito "livre".
Sei não... mania de reclamar de tudo!
Uma sugestão legal seria propor que a versão do programa para windows mandasse junto com a declaração o serial do windows da máquina que foi utilizada para a ABES. Garanto que todo mundo ia aprender linux rapidinho :-)
A versão em java do programa é inferior a do windows, infelizmente. Também fiz usando o linux, e reparei nos seguintes bugs:
- fontes horríveis
- "botão" para sair do programa mal aparece no canto inferior direito da tela, está pela metade
- uma vez dentro da declaração, ao clicar à esquerda num dos menus que abre diversos submenus, toda essa parte da esquerda desce e as últimas opções, na parte inferior da tela, não são mais acessíveis.
- ao importar uma declaração já entregue e gravada, o campo 13o salário foi zerado (estava preenchido quando a declaração foi gravada). Tomei um baita susto, achando que tinha entregue errado.
Claro que mesmo com todos esses bugs, fiz a declaração e fiquei muito feliz de ter tido essa opção.
Não entendo todo esse hype com java. Não vi nenhum programa java para desktop de usuário decente ainda. São sempre de aspecto terrível, com janelas feias e destoando do resto do sistema, não só no aspecto visual mas funcional também (usar um browser para mostrar help? Para imprimir? Caramba, estamos no século XXI). E ainda tem o problema da implementação, que tem que ser da empresa foobar (tem Sun, IBM e Blackdown atualmente, não?). Sinceramente, aposto que tem muito mais projetos de grande calibre portáveis escritos em C do que em java. Ou seja, decidir escrever um programa em java usando a portabilidade como motivo simplesmente não cola. Pff, até no site da Receita tinha 3 versões do programa em java para baixar, uma para cada plataforma.
andreas... o problema não é o java e sim o bom censo de quem desenvolveu a aplicação, quanto ao visual era só eles terem posto um look and feel diferente, mas para que isso? você quer algo bonitinho ou que funcione?
Programas em java descentes?
www.eclipse.org - uma otima IDE com suporte a plugins para programar em muitas linguagens, posso da milhares de exemplos é soh ih ate www.sourceforge.net e digita java.
O que é mais engraçado nisso tudo é que a imprensa trata a versão Java do IRPJ como a "versão para linux", quando na verdade é uma versão java, ou seja, multiplataforma por natureza. O que dá a impressão é que fizeram a toque de caixa para dizer que estão comprometidos com o linux mas na verdade não estão.
Liberaram a versão java sem explicaçòes decentes de instalação, com bugs primários como foram relatados aqui e ainda por cima quase no final do prazo de entrega da declaração. Queriam o quê ?
Se realmente eles estiverem comprometidos com o software livre devem primeiro liberar os fontes do programa para inspeção, ter um programa de relatos de bugs com um bugzilla e lançar versões beta/RC ANTES do prazo real de declaração do imposto.
Se tivessem liberado o código a comunidade poderia ter tentado adaptá-lo ao Blackdown ou mesmo ao gcj (o compilador java do gcc), ou mesmo adaptar a interface para usar o mesmo toolkit do eclipse.
Só vou acreditar em comprometimento da receita federal com o linux quando essas coisas forem implementadas. Eu até aceitaria a versão java desde que ela fosse usada também no windows, de modo que tivéssemos o mesmo código para todas as plataformas, mas não é isso que está acontecendo. Eles fazem umaa versão nativa para Windows e o resto que se vire.
Esse é um (mau) exemplo do que pode vir por aí em termos de softwares produzidos pelo governo federal paraa dizer que estão comprometidos com software livre...
Caciano, eu quero algo que funcione, e "funcionar" nesse contexto significa um monte de coisas:
- look & feel intuitivo. O botão/texto de sair do programa precisa pelo menos aparecer na tela.
- não ter bugs de UI como os que relatei (acho que o tamanho da fonte era 8 ou menor)
- mais importante, não ter bugs no cálculo do imposto (como "esquecer" o 13o salário, ou fazer contas erradas como alguém aqui relatou e um amigo meu também comprovou)
Esses "silly mistakes" :) não inspiram confiança na aplicação. E esta é provavelmente a aplicação mais importante que as pessoas rodam no ano.
Também concordo com a questão do bom *s*enso, deve ser possível fazer programas bons em java. Mas esse não é um deles e minha experiência pessoal como usuário nesse campo é terrível com relação a java. Devo ser muito azarado. Java parece muito bonito nas aulas de ciência da computação, mas as implementações existentes...
Eclipse é muito bonito, mas quando eu disse aplicações desktop quis dizer orientadas para o usuário final, não desenvolvedor. Claro que se catar na internet vai se achar alguma coisa, mas também vai se achar alho melhor e mais bonito *não* escrito em java.
Esquecendo a questão java por enquanto, o fato é que o programa lançado é inferior ao do windows. Sem dúvida é a síndrome da primeira versão (há quantos anos já existe a versão windows afinal?) e as próximas devem melhorar (se bem que, na minha opinião, só se deixar de ser java).
Quanto a liberar o código fonte, sinceramente duvido. Deve ter muita informação sobre que tipo de declaração dispara um alarme na receita.
" o simples fato de a Receita ter tentado entregar uma versão em software livre "
Augusto, é software livre esse da receita? Creio que não...
Não, o software que a receita fez não é livre. Ele roda em software livre. Lamento não ter escrito claramente o suficiente.
O programa não "roda em software livre". Ele roda na JVM da Sun, que não é software livre.
Em minha humilde opinião, eles falharam 3 vezes:
- produziram uma versão com problemas, mal testada, mal divulgada e mal documentada;
- Tentaram se mostrar interessados em SL usando software proprietário (Sun JVM);
- Não perceberam que a Sun JVM não está instalada em todos sistemas (deveria estar escrito no site logo acima do download, que era necessário a Sun JVM).
Eu gostaria de ver eles tentando distribuir essa versão para aqueles usuários Windows que não tem nem a remota idéia do que é máquina virtual, quanto mais que tem que ser uma versão de um determinado fornecedor.
Assim a gente não pagamos imposto. Yes!
Esse ano eu não falo nada, eles fizeram o que fizeram infelizmente muito mal feito, mas eles bem poderiam para o ano que vem criar um programa digno para qualquer plataforma usando java ou então feito em C, C++, phyton ou o que seja que fosse igual para todas as plataformas... afinal, nós pagamos um monte de dinheiro em imposto que vão para os ladrões do governo, será que não dava para eles fazerem um 'favor' desses que é bem menos custoso que os rombos?
É verdade, queria ver o pessoal do windows ralando nesse "programa" java :))
Não ia sobrar pedra sobre pedra do prédio da receita, toda a imprensa ia cair em cima deles.
é, considerando o exposto pelo voodoo, tenho r=que reescrever minha correção. O sistema entregue este ano tem como diferencial o fato de poder ser executado em sistemas operacionais livres. Ele próprio não é software livre, e tem dependências relacionadas a softwares não-livres.
- A Blackdown era, e é ainda eu acredito, quem distribui a maquina virtual sa SUN compilado em gcc3.x.
- O time da Blackdown foi o maior responsavel, e ainda é acredito, pelo porte do J2SDK para o Linux.
- O Governo errou em fazer o programa que verifica a maquina virtual pelo nome.
- O programa da receita é cedido a nós, povo, por direito e não por favor, o governo tem o dever de facilitar a vida dos CONTRIBUINTES, porque pagar imposto é um dever e não uma opção.
- A empresa que faz o software acredito ser terceirizada, ai quem conhece o processo de homologação do Governo deve também saber que a empresa que faz o software não é das melhores... apenas atende os requisitos básicos.
Sou contador e utilizo este programa ha muitos anos. Não de maneira comercial, mas fazendo declarações de minha família e colegas.
conferi duas declarações com o programa Windows este ano, as declarações que fiz foi na versão java. Algumas vantagens da versão java.
- o fato de não precisar decidir sobre declaração simplificada e completa no início, permite que o usuário digite todos os seus documentos e o sistema dá a melhor opção para ele.
- A navegação ficou mais rápida, tendo em vista a não abertura de janela com informações a cada clique que você dava.
Alguns questionamentos:
- há quantos anos existe a versão dos/windows.
- mesmo nas versões DOS apareciam erros e dos bravos. Houve caso em que era necessário criar um autoexec específico para o Sistema Rodar.
- a primeira versão windows, foi um verdadeiro terror se alguém se lembra.
- quantas versões windows foram lançadas este ano?
foram no mínimo 2 (devido a bugs) desculpe não tenho a informação correta.
Acredito que o programa de IRPF é simplesmente um gerador de um arquivo texto com a informações do contribuinte para ser encaminhado para os computadores da receita Federal. É lá que estão os controles, sobre as declarações que vão para a malha fina, etc, etc, etc..
Acredito que a liberação do código não implicaria em liberar segredos e sim disponibilizar que uma grande parte da comunidade auxilie na resolução de vários problemas.
Se for esse o nível de comprometimento que o governo tem com a comunidade usuária de software livre, fornecendo um software mal feito para permitir a declaração do imposto mais importante para o governo federal (tanto em montante arrecadado como em informações coletadas), então eu dispenso. Prefiro que façam em 2005 apenas a versão para Windows e forneçam um esquema para rodá-lo via Wine. Ou então criem vergonha na cara e façam uma versão sem defeitos primários.
Alguém parou para pensar um pouco antes de reclamar, que provavelmente a decisão de portar o software para o Linux veio somente após o atual governo entrar no poder e que este governo já declarou interesse pelo Linux (podem ler várias matérias postadas neste site)?
Quem tá reclamando parou para pensar que quando um governo assume leva-se quase um ano para "arrumar a casa" e provavelmente essa não era uma prioridade?
Pararam para pensar que provavelmente alguém mandou o programador "tocar ficha" no projeto e, de repente, o cara nem sabia Java direito???
Eu trabalho em uma indústria de software daqui de SC e sei bem o que é pressão para terminar projetos. Acredito que muitos dos colegas que acessam este site sejam analistas ou programadores e se pararem para pensar lembrarão o que é ser pressionado.
E se algum desses colegas por acaso trabalhar em setor público ou onde há política, vai saber BEM o que acontece quando você é um mero programador e tem um político (ou alguém poderoso) querendo aparecer...
Provavelmente o coitado perdeu noites de sono e finais de semana de descanso...
Não pensem vocês que deveria haver uma equipe enorme trabalhando no projeto... Dezenas de analistas de sistemas projetando UMLs e Use Cases para que as dezenas de programadores pudessem saber exatamente o que fazer para que no final todas as classes e fontes se combinassem num universo perfeito e armonioso... Muuuuuuito provavelmente foi um (no máximo dois) analistas/programadores que fizeram o produto a toque de caixa.
Essas são minhas especulações. Chego nesse ponto de vista baseado em vários anos de experiência em vários setores diferentes.
Se o programa tem bug, legal. Me aponte um que não tenha. Se foi feito para uma VM específica, bem, como eu estou usando java a pouquíssimo tempo nem sabia que existia outra implementação. Será que esse também não é o caso do cara?
Agora, vale a pena escrever um documento e enviar para a Receita sugerindo melhorias pontuais.
Criticar, principalmente com flames, só vai servir (novamente) para queimar a imagem da comunidade de usuários Linux e talvez frear o interesse do governo nesse setor.
Esqueci de dizer que o interesse do governo é e sempre será ARRECADAR MAIS. Logo, duvido terminantemente que o governo não tenha o maior interesse em acrescentar esta comunidade ao rol de contribuíntes pagantes através de um produto que nos atenda.
Eu fiz na versão multiplataforma no Ruindows, Linux e MAC. Esperei sair a versão multi mesmo sabendo que eu ia retituir.....
bom dia,
o fato eh que eles estavam com medo de alguma coisa dar errado e adotaram a estrategia de retardar a liberação da versão java o mais que puderam...
...forçando que as declarações fossem feitas no windows, evitou-se panico e maiores danos caso tivessa surgido problemas.
Agora, apesar de poucas ( por causa do atraso e nao pela falta de interese dos linuxistas ), serviu de controle experimental, ou seja pode-se aferir a funcionalidade do modelo sem comprometer o processo todo.
E no meio tempo, gerou-se os FAQs, tirou-se duvidas, ganhou-se know-how, perdeu-se o medo. Pode-se dizer que este é um caso de sucesso.
t+
Clovis Sena
Pessoal,
Concordo integralmente com os comentários do Joubert. A hora é de aplaudir a iniciativa de permitir que o programa de IRPF execute também em plataformas livres, APESAR de todos os bugs, furos, data de liberação, etc, etc. Eu mesmo nem tentei utilizar esta versão devido ao prazo. Não dava para ficar testando uma versão que saiu em cima da hora. Só instalei e testei depois que já havia feito a declaração e enviado na versão Windows mesmo :-(
Quanto ao comprometimento do atual Governo com software Livre, não tenham dúvidas disto, tenho estado em Brasília com o pessoal técnico que está atuando na viabilização desta estratégia. Pelo menos os que conheço estão sinceramente comprometidos com esta estratégia e tenho certeza de que vão lutar muito para viabilizá-la apesar de toda a máquina que herdaram, já totalmente comprometida com uma estratégia em TI exatamente oposta à atual. Lembrem-se de que não é o Sérgio Amadeu nem outros ícones do SL que coordenam pessoalmente ou implementam cada projeto em SL no Governo. Sua atuação é política, a implementação depende dos próprios funcionários de cada órgão e certamente não são 30 ou 40 experts, mas 2 ou 3 curiosos dispostos a aprender coisas novas. Em vários órgãos e Ministérios em que visitei há pessoal "de carreira" que simplesmente ridiculariza o uso de software livre e quem implementa, como bem observou o Joubert, nunca fez nada em Java, Kylix, Python, Perl ou nem mesmo em C++. Cheguei a ouvir um depoimento "apaixonado" em um dos mais importantes órgãos do governo, por um cidadão que se gabava de estar há mais de 30 anos "a serviço do país", dizendo que NUNCA teve um único problema com o Windows (nem vírus!!!), que tem canal direto de suporte com a Microsoft e que após implementar todos os serviços deste órgão em SQL Server e ASP "todos os pobremas se acabaram-se". Ele "agarante"!!! Perguntou até se já existia "algum" projeto usando software livre que funcionasse bem, em produção!!! Não acredito que um cínico como este nunca ouviu falar em Apache, Bind, Postfix, ou ainda em Mozilla e OpenOffice. Mas disse ter "horror" da IBM e Novell, justamente as que estão investindo em Linux, no mercado corporativo. Pessoas como esta são os verdadeiros entraves para qualquer mudança.
A coisa está ainda no começo, em termos de Software Livre no Governo, e caras como este que citei vão adorar se no ano que vem não tiver que ficar fazendo versão multiplataforma ou dedicada a rodar em Linux para "meia dúzia de mal agradecidos".
Bola prá frente!!
Joubert Vasconcelos
CONCORDO E AFIRMO TUDO ISSO QUE VC DISSE, ISSO POR QUE TRABALHO UM HELPDESK FEDERAL, E É DESSA FORMA QUE A COISA ACONTECE, QUANDO NÃO É PIOR, E AS EMPRESAS SÃO TODAS TERCERIZADAS, E MUITAS DELAS PERTENCEM A EX-FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO!!!!
É bom lembrar que o pessoal do SL no governo
é uma minoria dentro de uma máquina talvez corrupta e lenta. É evidente que o programa
do imposto possui vários furos conceituais.
A arte nossa consiste em criticar os furos
sem queimar o pessoal de SL que está no governo
senão é dar um tiro no pé. O melhor é elogiar
e simulteneamente pressionar para mudar para melhor. A aposta no java da Sun foi um êrro.
Foi uma solução de emergência, é evidente.
Odair
É bom lembrar que o pessoal do SL no governo
é uma minoria dentro de uma máquina talvez corrupta e lenta. É evidente que o programa
do imposto possui vários furos conceituais.
A arte nossa consiste em criticar os furos
sem queimar o pessoal de SL que está no governo
senão é dar um tiro no pé. O melhor é elogiar
e simultaneamente pressionar para mudar para melhor. A aposta no java da Sun foi um êrro.
Foi uma solução de emergência, é evidente.
Odair
Eu fiz três declarações, enviei e imprimi os recibos. Além disso, retifiquei uma declaração, reenviei e não houve problemas.
Equipamento
Pentium 233MMX
164MB RAM
Mandrake 10
Abraços
Roger
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