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Governo brasileiro tem projeto de Linux com segurança reforçada

Notícia publicada por brain em maio 27, 2004 09:05 PM | TrackBack


Marcelo Vivan Borro (marcelovborro@ig.com.br) enviou este link da entrevista no InfoGuerra e acrescentou: "Encontrei esta notícia no www.infoguerra.com.br. Um Linux Seguro Brasileiro, que está sendo criado para uso governamental e nas universidades. O foco também é segurança, mas é abordado de uma maneira diferente ao do SELinux."

É bem diferente do SELinux, na verdade. Enquanto este se preocupa especificamente com o kernel, a iniciativa do governo brasileiro é uma distribuição "reforçada", baseada no Debian. A entrevista tem vários detalhes interessantes.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Pierre () em 27/05 21:12

Interessante a noticia, e vão usar o Debian, uma distribuição sem vinculo com nenhuma empresa. Mas como se trata de Brasil, será que não vai ter um lobby para tentarem usar uma distribuição e serviços de outra empresa, como Red Hat, Suse, etc.
Mas acho que o governo tem bons técnicos e esta iniciativa vai ajudar o Linux, já que a segurança vai ser requisito nesta distribuição.
Vamos aguardar e torcer.

Pierre


» Paulo Zambon () em 28/05 00:02

Vejam estas perguntas e suas respectivas respostas:

"InfoGuerra: Vocês estão usando alguma distribuição GNU/Linux conhecida como base para o Linux Seguro?

NM: Sim, a base será o Debian. Por ser desvinculado de um fabricante, poder ser usado com outros kernels que não o Linux e por ter um gerenciamento de pacotes bastante robusto.

InfoGuerra: Por que Linux?

NM: Além da maior quantidade de pessoas que já conhecem Linux, a forma modular, com o kernel separado do resto do sistema, permite uma maior flexibilidade na montagem dos componentes de interesse. Por outro lado, a distribuição-base escolhida permite uma rápida migração para a família BSD, caso isso seja necessário em algum momento."

Eu creio que o Nelson Murilo (NM) disse isso porque, conforme li no Guia Focalinux do Gleydson Mazioli da Silva, o Debian pode "trabalhar" com outros "kerneis", digamos assim. Veja abaixo na íntegra retirado do Guia do Focalinux:

"Algumas distribuições bastante conhecidas são: Slackware, Debian, Red Hat, Conectiva, Suse, Monkey, todas usando o SO Linux como kernel principal (a Debian é uma distribuição independente de kernel e pode ser executada sob outros kernels, como o GNU hurd)."

Achei bem interessante e sensato ("por ser desvinculado de um fabricante, poder ser usado com outros kernels")nesse ponto. Só fiquei com uma dúvida: o GNU hurd citado acima é o kernel do FreeBSD?


» Augusto Campos () em 28/05 00:05

não, o gnu hurd é o kernel do sistema operacional GNU, mesmo. Não tem relação com o FreeBSD.


» Douglas Augusto () em 28/05 07:59

Além do GNU/Hurd[1], o Debian também trabalha (em desenvolvimento) com o quérnel do FreeBSD[2] e NetBSD[3].

1. http://www.debian.org/ports/hurd/
2. http://www.debian.org/ports/freebsd/
3. http://www.debian.org/ports/netbsd/


» CaFeCrAfT () em 28/05 15:14

Esse GNU Hurd foi o kernel que a GNU estava fazendo na época que o Linux não era conhecido!.. dae a GNU escolheu o Linux pq o kernel era pequeno estável e rápido.


» Toskinha () em 28/05 16:02

Na verdade foi o contrário, o Linus escolheu o GNU para o Linux. O Hurd até hoje ainda está em desenvolvimento e não tem prazo nem previsão...


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