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A linha de comando como aliada na introdução do Linux para novos usuários

Notícia publicada por brain em março 9, 2004 11:30 AM | TrackBack


Embora cotidianamente criticada pelos defensores do uso exclusivo de interfaces gráficas (geralmente adjetivadas como "amigáveis"), a linha de comando e as interfaces textuais também têm seus defensores, inclusive quando se trata de introduzir o uso do Linux para novos usuários. Neste extenso artigo do OSNews, usuários recentes são estudados e questionados sobre este tema, e a conclusão do estudo certamente irá surpreender a muitos. A lição mais clara é a seguinte: enquanto instrutores ou educadores, não devemos assumir que o que parece mais fácil ou atrativo para nós será visto da mesma forma pelos alunos ;-)

O autor não prega que se abandone ou despreze as interfaces gráficas, e reconhece as limitações das interfaces textuais. Entretanto, ele aponta detalhes importantes que podem passar despercebidos por quem adota apenas interfaces gráficas, em detrimento de todas as outras.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Oliver Pereira () em 09/03 12:48

Isso é realmente complexo, pois alguns amigos que dão treinamento ou aulas sobre linux,tem resultados diferentes.
Existem turmas que simplismente tem um bloqueio mental no modo texto ou seja, não conseguem assimilar os conceitos basicos,assim perdem o interesse pois acham muito dificil, outras que se vc inicia o curso no modo gráfico,ficam limitadas e setem necessidade de algo mais visivel, ou seja não entendem realmente o que esta acontecendo.
Eu, acho que este problema é uma questão de cultura de formação, ou seja existem pessoas que gostam e sentem prazer de ter o controle do que estão fazendo e outras que querem apenas uma forma rápida de realizar uma tarefa.
Sem criar polêmica, mais por exemplo os usuários de MAC OS, eles abominam em geral linhas de comando, apesar de executar tarefas super complexas no modo GUI.
Resumindo cada um tem uma velocidade e capacidade de aprendizado diferente, o bom instrutor ou professor deve ter a percepção e ir adequando seu programa e conteudo para cada aluno.Sei que isto as vezes não é possivel, mais seria o ideal :-)

O que importa é o objetivo final e não os caminhos que foram percorridos para chegar até lá.


» Lordello () em 09/03 12:58

Eu acho isso perda de tempo e perda de usuário!
A minha esposa não precisa abrir um shell, ela só precisa abrir o mozilla e digitar o endereço do site terra.com.br e globo.com!
Pergunto, os usuários Mac passaram a usar o shell depois do sistema ser baseado em *BSD? A resposta é não! Eu conheço vários usuários de Mac que nem sabe pra que serve uma shell, por que o Linux não pode ser assim?
Lembrando que sou usuário +- avançado, sei usar muito bem um shell, mas o usuário leigo deve usar o DrackConf, ou interface equivalente, na hora de habilitar qualquer recurso da distribuição!
Acho que nem todo usuário tem o interesse em aprender a digita comandos no shell! Isso afasta muito usuários que dizem que Linux é pra Hacker! vamos acordar!!!!


» Augusto Campos () em 09/03 13:45

Lordello:

Sem entrar no mérito dos teus argumentos, ninguém afirmou que todo usuário precisa aprender shell, nem que aqueles que querem usar só Mozilla não devam usar só o Mozilla.

Aliás, o argumento do texto é mais ou menos o inverso disso.

Abraços
Augusto


» Leonardo S.R. () em 09/03 14:08

Lordello

O texto não condiz com suas colocações. Lá ele mostra que quando o usuario toma conhecimento que ele pode realizar algumas tarefas com mais eficiência e produtividade pelo modo texto, ele aprende a usar a shell para isso e com isso vai aprimorando o uso desta poderosa feramenta. Como qualquer um faz.
Assim ele mostra que em curso de iniciantes um passada pela shell é muito recomendada.

Nota: Eu disse "ALGUMAS TAREFAS".

Até mais.


» Lordello () em 09/03 14:15

Desculpa, mas o título diz: "introdução do Linux para novos usuários"

Usuário novo precisa primeiro aprender a usar o sistema com interface gráfica, depois, se tiver interesse, ele pode abrir um shell e aprender um pouco sobre as maravilhas de usá-lo! Usuário novo é preguiçoso, quantos usuário eu vejo instalando Slackware e nem sabem configurar um mouse em modo texto, na verdade nem sabem a diferença entre usa o mouse em modo texto e modo gráfico!
Eu acho que o contexto está abiguo e só estou espressando a minha opinião quanto a grande vantagem do uso do shell por usuários experientes, não pelos novos, que ainda não têm noção do que fazer quando vêm a tela preta do bash.

Porque então o título não é:
"A inteface gráfica como aliada na introdução do Linux para novos usuários"

Acho que seria mais atraente, temos que chamar para o Linux aquele usuário que nem sabe instalar produtos da M$, mas conhecem um usuário Linux que pode instala-lo na sua máquina.
Como disse Linus Torvalds no filme "Revolution OS", usuário usa software e não sistema operacional!
Falow!


» Augusto Campos () em 09/03 14:23

Lordello, eu não tenho certeza se você leu o artigo, ou a minha apresentação sobre ele, mas vou repetir o que diz lá:

o autor do texto do OSNews cansou de ouvir gente que não é novo usuário dizer para ele o que é que os novos usuários queriam. Aí ele, como educador que é, foi lá e fez um estudo e pesquisa justamente com os novos usuários. E chegou a uma conclusão bastante clara, e que é diferente da tua.

Talvez tenhas dados que apóiem esta tua idéia, e aí poderemos discuti-los, contrapondo aos do outro autor. O ideal, neste caso, seria até apresentá-los em um artigo rebatendo as conclusões do artigo original e apresentando as tuas. O autor do artigo original provavelmente tria interesse em discutir o assunto contigo.

De minha parte, nada tenho contra interfaces gráficas, nem contra as textuais. E acho uma limitação desnecessária acreditar que só uma delas pode ser a resposta para alguma situação.


» Ark () em 09/03 21:24

Só gostaria de comentar sobre o texto da notícia:

-> geralmente adjetivadas como "amigáveis": creio que principalmente para o usuário leigo, geralmente são mais amigáveis mesmo.

-> criticada pelos defensores do uso exclusivo de interfaces gráficas: hm, costumo ver defensores de interface gráfica para leigos, mas não como "uso exclusivo".


» Manoel Pinho () em 09/03 21:28

Programas em linha de comando têm várias vantagens como menor tamanho, menor complexidade (o que implica geralmente menos bugs) e possibilidade de utilização automatizada em scripts. Realmente são de operação menos óbvia do que os gráficos por pessoas que não conhecem o programa mas alguns também precisam de um mínimo de treinamento (como ensinar a consultar um man) para usar.

Uma boa idéia mesmo é ter um programa CLI e uma interface opcional que apresenta ao usuário as possíveis combinações de opções, tal como acontece com o apt/synaptic. Assim agrada a gregos e troianos...

Mas para quem já sabe usar os programas CLI o seu uso é muitas vezes mais rápido e prático. Eu mesmo prefiro muitas vezes dar um simples cp ou mv a abrir o konqueror ou nautilus e ficar clicando e apertando CTRL, SHIFT ou outras teclas; demoro menos e tenho certeza do que estou fazeno. Já fiz muito mais besteiras por clicar e arrastar arquivos errados do que usando os comandos cp/mv.

Uma boa solução também são os programas semi-gráficos como o Midnight Commander. São tão intuitivos como os programas gráficos para X e muito menos pesados e mais robustos. São soluções excelentes para programas de uso intenso, como sistemas de automação comercial por exemplo. A entrada de dados fica bem mais rápida do que num sistema feito em Qt ou GTK+, principalmente se associado ao uso de teclas de função.

Toda vez que vou no Bob's fico reparando como os funcionários demoram muito mais para operar o caixa usando o mouse do que nos tempos antigos, com caixas eletrônicos sem monitor ou com monitor e sistemas de automação semi-gráficos. É muito mais lento arrastar um mouse e clicar em mil opções e botões do que teclar um F3...


» Augusto Campos () em 09/03 21:29

Ark, para ver defensores exclusivos basta olhar todas as notícias relativas a este tópico - eles sempre aparecem na discussão! A notícia de hoje não foi exceção, confira ;-)

E o fato de geralmente serem amigáveis explica o fato de geralmente serem adjetivadas assim, sim. Mas não necessariamente o termo se aplica apenas a elas, eu acrescento.


» Marcelo Ulianov () em 09/03 21:34

Sou usuario de Macintosh ha anos desde o Mac OS 8, e agora uso o 10.3 Panther. Um otimo sistema, estavel rapido e etc. Mas o que nos usuamos e a interface grafica, Aqua, que e pratica,linda, apesar de muito pesada. Jamais usei o Terminal pra nada, nao faz parte do meu perfil. Ao inves de "perder tempo" aprendendo a utilizar o prompt, eu vou aprendendo Photoshop, Illustrator, Final Cut Pro, iLogic e etc... Nada contra o shell, nada disso,mas acho ele mais util aos administradores de rede e etc...


» h4d3s () em 09/03 22:22

Augusto,

Não é a primeira vez que participo de uma discussão dessas aqui no brlinux e sempre aparecem os defensores das GUIs e os defensores do bash pregando seus conceitos e idéias.

Sei que você é um defensor da introdução a shell para novos usuários e concordo plenamente com você, porem em partes, e tenho que concordar com nosso amigo Lordello tambem.

Falando como professor de informatica (que um dia fui):
Quando temos um grupo de alunos que vem em busca de um curso de Linux e aplicativos para tal OS, com certeza ali já temos um usuário que no minimo tem vontade de aprender, portanto concordo que o maximo que possamos introduzir os conceitos da linha de comando, a facilidade em usa-la e tudo mais, será muito bem vindo. Porem temos aqueles alunos que buscam apenas um curso de informática e nunca sequer tocaram em um mouse. Vamos apresentá-los a uma tela preta com um "risquinho" piscando??? Eles sairão daquela aula e no dia seguinte farão matricula em outra escola que ensine a mexer no nosso amigo M$ Win.

Como disse nosso amigo Oliver Pereira é complexo, são níveis diferentes dos usuários que devem ser explorados de acordo com cada um.

Quem não tem em seus servidores M$ hoje no seu diretório NETLOGON seus arquivinhos *.bat??? Até hoje utilizamos a linha de comandos do "DOS" para implementarmos nossas rotinas de boot e outras tarefas. Mas pergunto, que usuário sabe que isso existe ainda???

E é assim que acredito que deveria ser o Linux e tambem baseado o desenvolvimento do software livre. Estamos na era da multimidia, da facilidade do toque, do arrastar, e é assim que vamos ver o software livre crescer cada vez mais.

PS.: conheci o Slackware a 5 anos e o utilizo até hoje em meu servidor pessoal, meu desktop e todos servidores que já fiz. Nem preciso dizer o quanto amo "aquela tela preta".


» RFCD () em 09/03 22:49

Bom tenho que concordar com gênero e grau com nosso amigo h4d3s. A sistemação linux aborda vários tipos de usuários... Mas quero ainda acrescentar certo detalhe, devo dizer para novos usuários que tomem alguns cuidados quando dizem que estão aprendendo linux. Como um usuário intermediário, digo que linux é uma distribuição gratuita e quando você aprende linux, você não aprende apenas interface e sim bash. Apresentei um projeto que foi aprovado com sucesso, esse projeto será baseado na apostila http://www.guiadohardware.net/e-books/download/Entendendo_e_Dominando_o_Linux-7ed.pdf (Sugerida pelo Guiadohardware.net). Esta apostila pode ser muito boa para user iniciantes, intermediários ou avançados.


» Augusto Campos () em 09/03 22:56

h4d3s, eu não manifestei posição em prol da superioridade da linha de comando não. Eu sou um grande fã de interfaces gráficas. O meu ponto é simplesmente apontar (e repetir) que a conclusão do artigo linkado na notícia indica que os usuários pesquisados vêem vantagens nas interfaces textuais, e que não há necessidade de abandonar esta interface em prol de alguma outra. Todas tem suas forças e fraquezas, e limitar-se sem razão é desnecessário... ainda mais quando os novos usuários, tendo chance de se manifestar, apontam em uma direção que não é a da unificação em GUIs. Mas isto não significa jogar as GUIs fora, pelo contrário - todas as alternativas têm seu valor e merecem ser exploradas.


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 09/03 23:11

Pô, o assunto acabou caindo na discussão de que interface de linha de comando é mais eficiente do que a gráfica, mas não é disso que o autor trata no texto. Ele trata da intuitividade dessa interface, e é em cima disso que foi feita a experiência dele.

Ele não relatou bem os pontos negativos; por exemplo, se a pessoa quiser usar algo como um browser, mais interativo. Ele pode abrir um links -g, mas navegar com um browser pelo teclado é mais difícil. Do mesmo jeito, certas tarefas exigem algo de simultaneidade e uso de mouse e aí não tem jeito. O ambiente de linha de comando tem certo conforto, mas não tem toda a funcionalidade que um ambiente gráfico oferece.

Acho que um ambiente mais perto do totalmente confortável seja um misturado, com terminais no modo gráfico, mesmo que uma ou outra vantagem do modo texto seja perdida (por exemplo, aparecem vários elementos de distração na tela e parte da velocidade é perdida). Confortável digo do sentido didático, não de eficiência.

Será que essa experiência didática indicaria que nos cursos introdutórios a linha de comando deve ser dada primeira, pra romper certas barreiras e apresentar um ambiente mais simples? Talvez valesse a pena outras pessoas reproduzirem variantes da experiência dele. Pode ser que achemos um meio-termo interessante.

OBS.: Meio offtopic, mas para o Marcelo Ulianov: Marcelo, você falou algumas tarefas que só podem ser bem feitas mesmo usando o ambiente gráfico, mas existem outras tarefas que não são fáceis de fazer com ele. Tente por exemplo aplicar um filtro de emboss numa determinada parte da tela de 1000 figuras (o ImageMagick faz isso, por linha de comando), automatizar um determinado número de ações que você costuma fazer no seu trabalho (com as devidas tomadas de decisões condicionais) ou renomear todos os arquivos com letras minúsculas para letras maiúsculas. Isso só se faz bem com linha de comando, e você provavelmente nunca tentou fazer isso justamente porque não consegue usando modo gráfico. O modo gráfico tem mais pontos de interatividade e é justamente essa a maior falha: esses pontos obliteram a automação. Vai dizer que você nunca teve aquela tarefinha chata que precisou ficar repetindo para toda uma série de documentos em que trabalhava?

OBS.: 2: Relativo aos pontos que obliteram a automação, acho uma maravilha que o KDE tenha o recurso do DCOP pra automatizar seus programas. Isso é um recurso tremendamente útil para quem usa programas gráficos mas quer de alguma maneira controlá-los pela linha de comando. Enquanto que usando XMMS (aplicação GTK+) você tem que programar todo um plugin que mostre as músicas atuais para seu cliente de IRC, usando noatun você pode simplesmente fazer um scriptzinho usando dcop para obter os nomes dessas músicas. Espero que o Gnome 2.6 saia com suporte para o DBUS...


» Lordello () em 10/03 00:14

Amigo Augusto Campos,

Estava tentando colocar dois pontos, vou tentar explicar. Eu venho contribuindo em listas de discursão e muito tempo, atualmente estou na lista de usuários Slackware e no site VivaoLinux. Tenho visto uma chuva de usuários novos querendo "aprender" Linux, mas o que se vê são perguntas do tipo "como configuro mouse?", "como configuro meu monitor?". Não que eu esteja querendo me disfazer desses usuários, mas se eles querem "aprender" então tem que estudar! Esse é o perfil dos usuários novos que vejo aquo no Brasil, portanto esse artigo da OSNews.com é completamente fora da nossa realidade no meu ver. Por tanto defendo duas coisas:

-Shell é a melhor ferramenta para se deixar a máquina com as configurações perfeitas, sem gordurinhas.

-Interface gráfica é para todo usuário novo, todo mesmo. Caso o usuário queira "no futuro" aprofundar seu conhecimento sobre o sistema, ele deve procurar documentação apropriada para isso.

Outra coisa, porque os usuários novos não compram livros? Isso mesmo livro de papel! Eu comprei um livro quando comecei a mexer com Linux por volta de 97 e isso me ajudou muito, quase tudo nele era ensinado via shell. Os usuários Linux não gastam dinheiro com livros, é mais barato ficar enchendo as listas de perguntas fácilmente respondidas por um bom livro.

Tenho que agradecer o relato do Marcelo Ulianov, como disse, não é porque o MacOSX tem shell que os usuários vão passar a usá-lo, a interface gráfica do MacOSX é muito boa e faz tudo que o usuário precisa. O Linux não fica atrás, o KDE tem uma ótima interface gráfica, o Gnome tem amadurecido muito, mas faltam ainda algumas recursos.

Por isso é muito mais é que indico o uso do Mandrake Linux, que tem um painel de controle excelente, copiado depois pela SuSe...

Bom, acho que pra mim o assunto já se esgotou.. valeu proces...

Ps: Patola, o que você disse, "discussão de que interface de linha de comando é mais eficiente do que a gráfica", não está correto. A discusão é se o usuário novo deve usar interface ou aprender a usar o shell, sacou?


» Douglas Augusto () em 10/03 02:06

O ambiente gráfico e shell são complementos. Posso usar o gimp para dar o retoque naquela foto, mas vou para o shell e rodo o mogrify quando quero, por exemplo, converter dezenas de fotos em lote. Quem só usa o ambiente gráfico ou quem usa apenas o shell está fazendo um uso deficiente. É claro que as proporções serão pesadas de acordo com o tipo de trabalho e preferência do usuário.


» Augusto Campos () em 10/03 08:35

Mas aí é que está o nó, Lordello. Você afirma e reafirma esta noção comum (que também é o que eu sempre ouço falar) de que a interface gráfica é melhor para o aprendizado e para os novos usuários. Mas de onde veio esta noção, quem a criou, que dados a suportam?

As interfaces gráficas sem dúvida podem ter muitas vantagens (ergonômicas, etc), mas de onde vem a noção que os aprendizes aprendem melhor se as usarem? O artigo mencionado fez a exploração científica e chegou a uma conclusão. Imagino que existam dados suportando o argumento contrário também?

Ou seja, o autor do texto supra mencionado pesquisou novos usuários e treinandos, e os dados dele suportam uma realidade diferente. Ele foi até estes novos usuários, estudou-os, pesquisou-os, e concluiu que os nossos conceitos parecem ser menos sólidos do que pensávamos.

E o povo resiste a estes dados que ele expôs, mas não aponta outros - apenas vem com a afirmação contrária, baseada em argumentos difusos, mas sem dados que a suportem.

A minha opinião sobre isso nem vem ao caso, o que eu estou tentando fazer aqui é ver se alguém tem dados que refutem a afirmação do autor original. Mas realmente não parece ser o caso - parece que criou-se um dogma e para defendê-lo basta reafirma-lo, não é preciso argumentar.


» Lordello () em 10/03 09:47

A questão não é aprender "melhor", e sim aprender a usar Linux da mesma forma que usam outros sistemas, como os da M$ e o MacOSX... Após o período de adaptação em que o usuário possa substituir as ferramentas mais usadas como editor de texto, email, navegador etc... aí sim o usuário seria capaz de dar um passo a frente, conhecendo melhor o shell, sacou?

Os dados eu nao tenho, nunca fiz uma estatística sobre isso, pois não tenho condições para isso. Mas como disse, participo de listas durante toda a minha "vida Linux", e afirmo, a muito tempo não vejo tanto usuário mal direcionado ao aprendizado de um SO, eles querem aprender, mas não sabem como. Um usuário Slackware, que é uma distribuição completamente livre de utilitários de configuração fáceis (com exceção do xf86cfg, net-setup, adduser etc), o usuário diz: "eu instalei o slackware e pronto, entrei numa tela preta, e aí, o que faço agora?"... Aí está o ponto, usuários que não sabem, não procuram aprender, mas querem "aprender Linux"... é com esse tipo de usuário que topo todos os dias e acho que eles deveriam mudar de direção, não se aprende quebrando a cara! Se arpende estudando, e com um sistema já rodando, com interface gráfica fácil, esse processo pode ser executado depois.
Falow!


» jcassale () em 10/03 23:00

Eu dou aulas de física e matemática em uma escola de reforço escolar para alunos do 1. e 2. graus. Eles têm idades de 11-12 a 17-18 anos. Em conversas informais notei que quase a totalidade deles usam ICQ, navegador e um cliente P2P apenas e ,como usuários iniciantes que são (pelo menos os menores), não acredito que gostariam de "encarar" uma interface texto. Não sei. A solução é fazer-se uma pesquisa científica a respeito. Mas quem faria isso?


» Marcos Duque Cesar () em 11/03 22:33

Nao seria por causa da lingua inglesa?
A maior dificuldade de aprendizado eu acredito que esta no fato dos comandos serem em lingua estrangeira...icone qualquer um saca o que eh...nossa realidade eh que nem todos tem dominio do ingles, talvez apessoa se sinta desconfortavel por nao saber o significado de determinados comandos, nao acredito que a CLI seja pra usuarios avancados (decoreba), um dos problemas dela eh este, aimagem que alguns querem passar de ser de uso avanacado.


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