Notícia publicada por brain em março 2, 2004 12:27 PM
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Davi Carvalho (davi _ carvalho @ yahoo com) enviou este link e acrescenta: "Infelizmente o acesso ao link é restrito aos assinantes do jornal Valor Economico (ou da versão on-line). Mesmo assim acho que vale a informação. Acho que não posso reproduzir trecho, mas segue alguns dados que constam na reportagem: Desde Novembro/2003 o governo apenas 'sugere' a adoção preferencial por software livre (quando da aquisição de novas máquinas); dentro de 2 anos isto vai ser obrigatório; Este documento de Nov/2003 foi, em parte, motivado pela decisão do Tribunal de Contas da Uniao (TCU) contra a TBA (maior (?) revenda Microsoft do Brasil), que proibia venda 'casada' de Software + Hardware + Consultoria; - A Petrobras trocou um supercomputador de US$ 8 milhões (rodava Windows) pelo cluster de uma empresa nacional (que roda sistema operacional aberto); A Finep e o CNPq lançaram editais para desenvolvimento de software livre e já receberam cerca de 500 projetos; O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia de Informacao (ITI), Sergio Amadeu, questinava porque no 'quintal' da Microsoft, EUA, a Casa Branca, o FBI e Receita Federal utilizam Linux e nós aqui não. "
Nota: recebi a informação de que a íntegra da matéria está disponível no site do PSL-RS.
Talvez não seja o lugar correto para falar sobre isso, mas já que estamos falando sobre "monopólios" criados pela Microsoft no Brasil, com a ajuda do governo, de pessoas com interesses "obscuros", gostaria de comentar sobre um outro absurdo que vêm ocorrendo e talvez não seja do conhecimento de vocês.
Com a decisão do CONFAZ de proibir o uso das maquinetas de cartão de crédito, obrigando ao uso do TEF em conjunto com o ECF, não sei pq ainda, mas ficou a cargo das administradoras de cartões de crédito a decisão sobre em qual plataforma o TEF rodaria e perguntem qual foi escolhida?
Simplesmente os programas só funcionam sobre o windows, impedindo todos, literamente todos na cadeia de escolher qualquer outra alternativa. Desde os programadores das aplicações, passando pelos integradores e finalmente pelo mais interessado os usuários finais (clientes).
O mais absurdo ainda é o monopólio criado para a
certificação das aplicações comerciais, que ficaram a cargo de duas empresas em São Paulo, responsáveis por "certificar" o Brasil inteiro, quem quiser tem de ir a São Paulo, senão vai se lascar!
Mais, ainda, a arrogância dessas empresas é tal, que os programadores não podem sequer criticá-las, haja visto que, se elas não aprovarem por qualquer motivo, qualquer mesmo, a aplicação desenvolvida não pode ser utilizada, uma vez que ela não foi certificada!
Acho que a atitude do governo federal, dos governos estaduais em deixar essa situação chegar a esse ponto é no mínimo um escândalo. Se era para aprovar uma lei, destinada a evitar sonegação fiscal, pelo menos, podia-se ajudar a evitar custos desnecessários e idiotas de se optar por uma plataforma claramente mais onerosa para todos nós.
Sem desconsiderar a presente notícias, lembro apenas que os referidos anúncios dependem de recursos,como disse noutro tópico o Orçamento Federal aprovado pelo congresso não dá conta de toda a "boa vontade" expressa na matéria da revista Valor Económico.Não só isso,apesar da declaração do bom bem intencionado professor do ITI, o gov. federal continua SIM renovando contratos de licenciamento proprietário (MS,Lotus,Oracle e muitas outras mais).Quando tivermos tais contratos transparentemente avaliados pela opinião pública,e não os temos ainda, aí sim será possível definir como o recurso público está sendo gasto em TI.
A propósito deste tópico, vejam a notícia da Info:
Denúncia diz que Serpro favoreceu grupo TBA
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032004/01032004-7.shl
Se for esse o "apoio"ao SL, estamos fritos.
Uma outra noticia muito interessante saiu na
http://info.abril.uol.com.br/aberto/infonews/032004/02032004-5.shl
Com o titulo "Dinheiro do FUST vai para o software livre".
Acho que devemos considerar que os tempos estão mudando, pois a alguns anos isto seria uma heresia por parte de alguem do governo federal :-)
O mundo dá voltas...
Quando o Sergio Amadeo veio aqui na USP, no Conisli, eu chamei a atenção
de que a atuação dele ainda era tímida pois o governo até então não
havia criado nenhuma regra clara para impedir que um subalterno
agisse como Waldomiro na compra de programas de computador
e de que até então ele apenas pedia boa vontade. Um governo não pede
apenas boa vontades aos servidores públicos. Um governo também governa
com regras. E um governo legitimamente escolhido pelas urnas tem legitimidade
para enquadrar administrativamente o espaço de atuação de qualque potencial
Waldomiro. O governo foi rápido em proibir os bingos e enquadrar os policiais federais
em tal atuação, pois está escrito na medida provisória que o servidor com corpo mole
no fechamento dos bingos sofrerá processo administrativo. O governo Lula mobilizou
a violência do Estado para fechar os bingos. Se até o final do governo Lula
não forem criadas regras fortes para impedir a atuação dos Waldomiros na compra
de programas de computador poderemos dizer: o Sergio Amadeu e o José Dirceu foram
administradores omissos pois atuaram como padres pedindo ética e moral
enquanto os servidores públicos, sem regras para coibí-los, gastavam o bom dinheiro
público, engordando as contas do Baronato da economia monopolista, na compra
de licenças desnecessárias. E se a omissão der em gasto da ordem de cerca de alguns
bilhões em quatro anos, como foi no governo FHC, será permitido a qualquer cidadão
questionar se foi omissão ou conivência.
Na opinião do Sergio Amadeu, que ouvi no debate no Conisli, era de que ainda era
cedo para adotar tais procedimentos pois no começo de gestão
ainda era preciso tomar pé das coisas e ir formando uma cultura
de defesa de padrões livres na administraçào pública e de que apenas procedimentos
administrativos não fariam as coisas andarem, pois se houvesse fracasso
ou falhas todo o seu trabalho poderia ficar comprometido. Quase ninguém
poderia discordar com tal opinião mas chegará
um momento que qualquer servidor público na ora de comprar um
programa de computador vai ter que seguir certas limitações administrativas,
da mesma maneira que um cidadão não está livre para abrir uma casa de bingo.
Na minha opinião o momento é este, pois é agora que o Sergio Amadeu pode
aproveitar para tentar criar regras que fortaleça o bom governo, para o PT não ter que lidar
com outo Waldomiro daqui a algum tempo, não na área de bingo, mas na
área de compras de programas de computador.
Que tal se conseguíssemos fazer um abaixo
assinado dirigido ao *presidente*
Lula para o governo *já* tomar providências
mais duras, como ele tomou com os bingos?
Odair
Pessoal, na folha de SP de domingo saiu uma reportagem falando sobre esse assunto no governo. E diz também sbre a TBA... Tbm acho que não posso reproduzir o texto aqui, mas vale a curiosidade de saber que o governo gasta em torno de R$16 milhões por ano em licensas de software... dá pra matar a fome de bastante gente... hehe
Desculpa pessoal, na verdade o governo gasta anualmente R$3 BILHÕES de licensas com a Microsoft... hihihi.. dá pra matar a fome de verdade!
A questão governamental sempre vem tirando o sono dos que apoiam o sofware livre. O problema que vejo é que o sofware livre tem um adversário muito maior do que a microsoft, e esse obstáculo são os corruptos e as pessoas que ganham mais enquanto pagamos mais. Sinceramente acho que temos que começar a pensar e trabalhar para que nós mesmos venhamos a acordar o governo, para que assim os que querem apenas faturar sejam depostos e os honestos cheguem ao poder. Uma sociedade mais justa muitas vezes parece utopia, mas todos nós dessa comunidade livre somos familiarizados com esses Grandes Sonhos :P
um abraço
___Vendas casadas são praxe no Brasil, basta ver que a maioria das grandes lojas de eletro-eletrônicos praticam esta atividade ilicita no nosso país, ou seja, você só leva um sistema computacional se comprar também o S.O, um exemplo é o Grupo Bompreço, aqui no Nordeste.O governo colabora com grandes empresas e tercerizadas pois é confortável manter o monopólio da Microsoft, inda que isto arregace os cofres da união. Já que o WIndows conta com o suporte de todos os fabricantes de PC, torna-se facílimo adaptá-lo, e para a facilidade de todos que acabam ganhando ''bonificações'', este ciclo vicioso de comprar WIn, usar WIn, comprar WIn, usar Win. . . vai perdurar por um bom tempo, afinal somos nós trouxas que pagamos as contas mesmo. . .
SE alguém estiver querendo discutir sob uma comissão para averiguar essas irregularidades me procurem....
Bebeto_maya,
eu nem culpo o bompreço, carrefour ou.. por isso..
eles já compram computadores montados por "montadoras" que colocam o que querem, e que infelizmente é windows praticamente sempre...
eu conto as vezes que vi outra plataforma à venda no Hiper Bompreço (supermercado da rede Bompreço)... lembro que já vi um iMac e um computador com Linux... apenas... o resto é tudo windows... e os "culpados reais" são compaq, microtec(acho que é assim), itautec...
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