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Élio Gaspari analisa a relação entre Waldomiro Diniz, a TBA e o Linux

Notícia publicada por brain em março 1, 2004 10:15 AM | TrackBack


O leitor depassagem enviou este link para a coluna do respeitado jornalista Élio Gaspari e acrescenta: "O jornalista Élio Gaspari, em sua coluna deste domingo, trata do uso do Linux no Governo Federal e comenta sobre a curiosa sociedade entre o Sr. Waldomiro Diniz e uma das proprietárias do grupo TBA (distribuidor Microsoft no DF)."

O Rodrigo Romano Moreira (rodrigo@culturabh.com.br) acrescenta conteúdo do BSBNews: "O secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Élvio Lima Gaspar, teria avalizado a assinatura de um contrato de prestação de serviços, sem licitação, entre o ministério e o o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que por sua vez 'quarteirizou' o serviço para a empresa de informática TBA. Élvio trabalhou com o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz, na arrecadação de campanha da então governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva."

A matéria de Élio Gaspari faz um nexo entre o atraso da versão para Linux do software para declaração do Imposto de Renda e a relação da TBA com Waldomiro Diniz. Embora não sejam apresentadas provas concretas deste nexo, é uma leitura interessante. Ou, nas palavras de Max Moura Wolosker (mwolosker@ig.com.br): "Elio Gaspari publicou uma nota em sua coluna informando que: 'Nesta semana a patuléia pode começar a baixar os programas para preencher suas declarações. Infelizmente, só Windows. Se tudo andar direito, a segunda plataforma [Linux] entra no ar até 15 de abril. Corre-se o risco de detonar 25% do prazo dado aos contribuintes'. Acho que pelo andar da carruagem é mais seguro, para todos que tem que declarar imposto de renda, arrumar um computador que rode Windows para efetuar a declaração ou correr o risco da restituição só ser liberada no apagar das luzes."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Carlos Araujo () em 01/03 10:26

Essa relação promíscua da TBA com o governo federal, desde gestões anteriores,sempre foi denunciada.No conselho de defesa do consumidor, passando pelo ministério público, a TBA sempre esteve nas "rodas", acusada de prática de monopólio,concorrência desleal,danos ao erário público, para citar algumas.Infelizmente o governo que aí está parece ter feito tábula raza do compromisso de campanha de estímulo so software livre.Que o diga a compra efetuada pelo PT.Até aqui só temos visto retórica!


» Leonardo () em 01/03 14:18

Citação:

"(...)concorrência desleal,danos ao erário público, para citar algumas (...)"

Erário = Fazenda, Fisco

Fazenda = os recursos financeiros e econômicos do país; tesouro; ministério da fazenda

Fisco = conjunto de orgãos da administração pública destinado à arrecadação e à fiscalização de tributos

Público = relativo ou pertencente ao governo de um país; repartição pública; cargo público

Conclusão: erário público é um pleunasmo, uma vez que a palavra "erário" por sí se refere a estidades públicas de administração financeira.


» Job () em 01/03 15:39

Esta análise de Helio Gasparine, só vem a demonstrar que o PT continua em Campanha, fazendo promessas e ações pictóricas, na prática basta ver o site do PT e suas compras.
No fundo eles estão fazendo um jogo de faz de conta, dizendo a comunidade que estão com o SL, para que não fiquem fiscalizando as compras.
PS: De onde veio a grana para a compra dos 5000 Windows?


» Odair () em 01/03 22:03

Segundo a Folha de São Paulo de 25/02/2004 Waldomiro Diniz
foi sócio em 2% no capital de uma escola na cidade de São Paulo
cuja proprietária é umas das donas da empresa TBA, maior fornecedora de
programas da Microsoft ao governo federal. Segundo o jornal, citando como
fonte o Tribunal de Contas da União, durante os oito anos
de mandato de Fernando Henrique Cardoso foram gastos cerca de 16 bilhões de reais
com compra de produtos da Microsoft, sem licitação, pelo governo federal.
Se as informações apresentadas pelo jornal forem corretas
seria conveniente o governo federal instituir uma câmara para análise e freio
de todas as compras de licenças de softwares proprietários. Comprá-las apenas em
caso de extrema necessidade e com forte justificativa, sempre colocadas
a disposição do público para comentários, na internete, pela tal câmara.
Da mesma maneira que o governo Lula foi
rápido em proibir o bingo ele deveria mostrar
a mesma rapidez para estancar tamanha sangria.
Compra de licenças e contratos de terceirização
são adequados para a corrupção tanto nas empresas privadas como nas empresas públicas,
em vários países do mundo. Agora é o momento
adequado para os defensores do sotware livre
que estão no governo aproveitarem a oportunidde
para ajudar o governo Lula
reencontrar o rumo e livrar a cara: compra de licença apenas
com autorização por uma câmara, devido a extrema
necessidade e após debate público. Quanto mais
demoram
para fazer alguma coisa, pior, pois acabarão
fazendo alguma coisa depois de pressões e
escândalos.
O PT está comprando 5000 com leasing do Banco do
Brasil e pelo que eu sei com Windows pré instalado. Se o comprador do PT levar um por
cento, são cerca de 50 computadores, um apartamento popular. Provavelmente
está defícil os petistas lidarem com provável
comissões dentro do PT e parece que dentro do Governo a coisa está no mesmo pé.

Eles podem reverter a coisa e alegar certo
desconhecimento e agir rápido como agiram com os
bingos: rever a compra dos 5000 e difilcultar
a compra de licenças no governo e empresas federais. Não se pode falar em falta de experiência
administrativa pois os urubus da
corrupção sempre rondaram os sindicatos de
trabalhadores e eles sabiam lidar com isso. Se
eles conseguirem gastar apenas 1/4 com licenças
do que FHC gastou eles merecerão os reinos dos céus. Vamos esperar as pedras rolarem...


Odair


» anonymous () em 02/03 12:10

Talvez não seja o lugar correto para falar sobre isso, mas já que estamos falando sobre "monopólios" criados pela Microsoft no Brasil, com a ajuda do governo, de pessoas com interesses "obscuros", gostaria de comentar sobre um outro absurdo que vêm ocorrendo e talvez não seja do conhecimento de vocês.
Com a decisão do CONFAZ de proibir o uso das maquinetas de cartão de crédito, obrigando ao uso do TEF em conjunto com o ECF, não sei pq ainda, mas ficou a cargo das administradoras de cartões de crédito a decisão sobre em qual plataforma o TEF rodaria e perguntem qual foi escolhida?
Simplesmente os programas só funcionam sobre o windows, impedindo todos, literamente todos na cadeia de escolher qualquer outra alternativa. Desde os programadores das aplicações, passando pelos integradores e finalmente pelo mais interessado os usuários finais (clientes).
O mais absurdo ainda é o monopólio criado para a certificação das aplicações comerciais, que ficaram a cargo de duas empresas em São Paulo, responsáveis por "certificar" o Brasil inteiro, quem quiser tem de ir a São Paulo, senão vai se lascar!
Mais, ainda, a arrogância dessas empresas é tal, que os programadores não podem sequer criticá-las, haja visto que, se elas não aprovarem por qualquer motivo, qualquer mesmo, a aplicação desenvolvida não pode ser utilizada, uma vez que ela não foi certificada!
Acho que a atitude do governo federal, dos governos estaduais em deixar essa situação chegar a esse ponto é no mínimo um escândalo. Se era para aprovar uma lei, destinada a evitar sonegação fiscal, pelo menos, podia-se ajudar a evitar custos desnecessários e idiotas de se optar por uma plataforma claramente mais onerosa para todos nós.


» Válter Júnior () em 03/03 12:09

Sabem como são feitas as licitações do governo?

Vamos supor que existem dois fornecedores de carro com mesmo motor, mesma potencia e mesma caracterisca só diferenciados pela cor um é ROSA e outro azul. O cara que distribui o carro ROSA chega para alguem do governo e faz um conchavo, o cara do governo responsável, lança no edital as caracteristicas comum aos dois carros sendo que a cor deve ser ROSA, portanto o fornecedor do carro
azul fica de fora da licitação.

SACARAM A JOGADA DO GOVERNO PARA FAVORECEREM SEUS "SÓCIOS"?

VAMOS BOTAR A BOCA NO TROBONE

Válter


» Marco Aurélio () em 05/03 09:06

Trabalhar com o governo não e facil, a pouco tempo atraz eu e uns colegas começãmos a desenvonver um serviço para um orgão ligado do Ministerio do Meio Ambiente, sujerimos a instalação de um servidor Linux com Web Server Apache para rodar a aplicação que e feita em PHP, sabe o que o Administrador da rede falou ? Disse que queria q fosse tudo em ASP e rodando sobre Windows, isso mesmo depois que a gente mostrou muita superioridade do sistema rodando em Linux/PHP do que Windows/ASP.
Convensemos os chefes, o adm. saiu e o hoje o sistema vai ser desenvolvio em PHP mas infelizmente ainda vai rodar em windows, pois o o dinheiro para a licensa já havia sido reservado antes.


» Deyson Thomé () em 13/03 22:07

Gente,
Lembram-se do caso da SCO, que a M$ estava por trás, pois bem. É mais ou menos a mesma coisa, no sentido de que existem outras coisas por trás destes desvios no processo de adoção do software livre no Brasil.
Se por um lado é uma causa justa e uma luta que vale a pena e uma causa pela qual seria aconselhável expôr a reputação, no sentido de ganho político no futuro, por outro lado temos a conduta do ganho fácil, há muito cultivada em nosso país pela classe política. Governar em defesa de interesses do povo, de causas justas e etc, deve ser algo restrito aos discursos apenas.
Vejamos pela batalha eleitoral,caso o político se eleja, a soma dos salários de quatro anos é suficiente para compensar o montruoso investimento durante as campanhas? eu respondo não.Assim sendo, é claro que o que atrai nos cargos políticos, são as "possibilidades". E no caso do software a ação dos politicos é fácil de se prever, primeiro eles concordam e hajem, teoricamente, em favor do SL, mas, negociando por trás com a fonte de renda extra, afim de que, no momento oportuno, quando ninguém espera, eles fechem negócios e pronto.
Lembrem-se, com SL eles não podem fazer negociatas, não dá para ganhar o quanto eles estão acostumados, então, neste momento eles descobrem que implantar SL talvez seja inviável tecnicamente
e retornam ao M$. Desta vez, as coisas ficam melhores para eles, pois havendo a concorrência real do Linux, o valor das negociações aumentam bastante. A entrada do Linux e do SL em geral, pelo menos na esfera governamental, serviu para criar uma base de pressão na hora de negociar comissões a título de negociações com as empresas
forneçedoras de software proprietário.
Acho que dá para entender a lógica.
Gostaria de dizer que este caso acima citado é uma ficção, e quaisquer fatos semelhantes terão sido mera coincidência.
Abraços a todos.


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