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Torvalds: "Poder escolher entre distribuições de Linux é saudável"

Notícia publicada por brain em julho 18, 2003 02:05 PM | TrackBack


Este artigo da LinuxWorld australiana analisa os pronunciamentos sobre a possibilidade de fragmentação do Linux feitos por vários expoentes da comunidade Linux internacional na CA World de Las Vegas. Linus Torvalds defendeu que é uma vantagem a existência de múltiplas distribuições de Linux diferentes. Juergen Geck (o diretor técnico da SuSE) lembrou que nenhuma das distribuições é dona (nem pode ser) do Linux, e que desviar dos padrões estabelecidos é uma desvantagem para elas. Jon 'maddog' Hall explica alguns detalhes sobre o padrão LSB (cujo objetivo é justamente evitar os efeitos nocivos da fragmentação).

E o Linus Torvalds (sempre ele) lembrou que o Linux compete com ele mesmo - e isso ajuda a manter todo mundo honesto. Que o fato de existirem 130 distribuições não atrapalha os fornecedores de middleware e serviços, porque eles sabem que podem focar em algumas. E acrescentou: "Boa parte destas 130 distribuições são um pouco excêntricas. Algumas são usadas só pelo Zé da Esquina e seus cinco amigos. Mas isto dá certo - porque às vezes o Zé fez algo certo, e seus 5 amigos viram 50. Aí 5 mil, e por aí vai".

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Alfa () em 18/07 14:48

Interessante!
O Linus e o Icaza defendem isso. Entretanto, algumas crianças que aparecem por aqui ficam falando:

- "A ditro X é melhor!"
- "Prefiro a Y."
- "Tu és um besta mesmo... X é muito melhor..."

Putz! Chega!
Viva a liberdade de escolha!
Viva o livre arbítrio!

Mantenho o desafio: Escreva e mostre por A + B que a Distro X é melhor que Y. Prove!

Se você acha que a sua é melhor que a do visinho, mostre. O que uma ditro tem, o seu vizinho pode nunca precisar. Assim com que usa um browser todo cheio de firulas e usa só 10% dele.

Isso não é um Flame!
É um "empurrão" para o crescimento profissional de cada um.


» Davi () em 18/07 15:05

Concordo com o Alfa.
O linux em si é um unico sistema, só muda algumas coisas em relaçao a detalhes.
Linus torvalds é o cara!!! :-)


» aCiDBaSe () em 18/07 15:47

Acho que mostrar que distro Y é melhor que a X para em algumas de suas características é relativamente fácil e até certo ponto válido. O que ninguém vai conseguir fazer é usar o argumento 'a distro Y é melhor que a X em *tudo*'.

Vejam um exemplo: uma distro como a Bering é muito boa para ser instaladas em máquinas pequenas que fazem trabalhos como os de um roteador, já o Conectiva, mesmo conseguindo fazer isso também, talvez não seja o mais adequado para a tarefa.

Entretanto, se eu quero ter uma workstation gráfica, com aplicativos traduzidos para o pt_BR, ... acredito que o Bering não seja a escolha mais adequada. Talvez aqui seja melhor o {Debian,RedHat,Conectiva,Mandrake,SuSE}.

Se eu quero uma máquina que rode um Oracle e essa empresa atualmente fornece apenas suporte para o RedHat, por exemplo, *talvez* não seja adequado usar uma outra distro (mesmo a gente sabendo que o Oracle pode rodar em quase qualquer uma delas).

Esse tipo de discussão sobre distros é velha, reincidente e pouco original. Vide antigas discussões acerca de Linguagens de Programação.


» funtable () em 18/07 16:09

Uma coisa eu concordo com o Davi, O Linus é o cara.

Quando ter diversas distros é bom para termos opções, ter o poder de escolha. Mas como o 'maddog' disse, as mesmas precisam seguir rigorosamente a LSB.


» Alfa () em 18/07 16:48

É exatamente isso que eu quero ver!
Escreva uma artigo, quem sabe até o Augusto Campos publique, dizendo: Eu uso a distro tal, pois eu preciso disso, disso e disso. Já tentei usar a distro Y mais não cobria a minha necessidade. (...)
Quando cada um dos "bam-bam-bam" daqui fizerem isso, perberão os por quês de cada usuário Linux.
Eu também gostaria de saber. Estou curioso para começar a ver isso por aqui.
Fazendo isso, conheceremos os advogados, os engenheiros, os desenvolvedores e até mesmo os meros usuários domésticos. Cada um com a sua necessidade. Assim, vamos formar comunidades dentro da própria comunidade.


» Alfa () em 18/07 16:48

É exatamente isso que eu quero ver!
Escreva uma artigo, quem sabe até o Augusto Campos publique, dizendo: Eu uso a distro tal, pois eu preciso disso, disso e disso. Já tentei usar a distro Y mais não cobria a minha necessidade. (...)
Quando cada um dos "bam-bam-bam" daqui fizerem isso, perceberão os por quês de cada usuário Linux.
Eu também gostaria de saber. Estou curioso para começar a ver isso por aqui.
Fazendo isso, conheceremos os advogados, os engenheiros, os desenvolvedores e até mesmo os meros usuários domésticos. Cada um com a sua necessidade. Assim, vamos formar comunidades dentro da própria comunidade.


» romano () em 18/07 18:58

Para servidor uso Suse do 7.3 a 8.2.
Para maquina de trabalho gostei do kurumi.


» Lewis () em 18/07 19:28

Acho q num ta certo as dists serem OBRIGADAS a seguirem RIGOROSAMENTE a LSB pois o Debian e o Slack estão fora por apenas não utlizarem o RPM oq eu particularmente acho perfumaria.


» Augusto Campos () em 18/07 19:42

Lewis, mas elas não são obrigadas :)


» Lewis () em 18/07 21:10

É verdade Augusto, mas só por causa do empacotamento já estão fora da LSB :-(


» Augusto Campos () em 18/07 21:40

Não estão não. Eles só precisam *suportar* o formato RPM. Não precisam basear-se nele. Acho que nada impede que ambos suportem, e acho até que já o fazem. Não vai ser por isso que eles ficarão de fora da festa do LSB, a meu ver.


» Augusto Campos () em 18/07 21:45

Lewis, complemento o meu comentário acima com uma notícia do LWN falando o mesmo, e explicando que o que falta para o Debian poder ser certificado é só o procedimento burocrático mesmo:

http://lwn.net/Articles/20162/

Eis o trecho crucial: "Debian is LSB compliant in most respects. Though packaging is done with dpkg rather than RPM, support for the RPM format is supplied. Debian also includes a "lsb" package that sets up most of what is needed for LSB compliance. What Debian lacks, in particular, is a company that can deal with the paperwork, pay the required fees. Debian is a group of volunteers with no legal existence to sign all the paperwork. These are the issues that will prevent Debian from gaining LSB certification in the near future, even when it has achieved LSB compliance."


» Cadu () em 18/07 23:25

De que adianta a distro suportar rpm, apt-get, e mais outras frescuras se não for uma distro totalmente livre? Um amigo meu foi baixar o SuSe e não achou isos... A Suse obriga os usuários a baixar os arquivos para depois fazer a iso, quase obrigando-os a comprar os CDs...
Somos uma comunidade de Software Livre! Vamos dar valor às distribuições que são *realmente* livres, que disponibilizam isos, arquivos, fontes e tudo o mais para que a pessoa não precise comprar nada e ficar dependendo de esforços demasiadamente grandes para baixar e instalar a distribuição, que às vezes, sai mais caro do que comprar o CD.

Não sei se eu fui claro, mas espero que tenham entendido... :)


» Incógnito () em 19/07 02:15

Falou tudo Cadu, nós temos que utilizar as ditribuções verdadeiramente livres. Quanto a SuSE, parece que o instalador dela é proprietário, por isso eles não podem distribuir ISO's. Não sei se fizeram isso de propósito, mas eles bem que poderiam colocar pra download imagens sem aquele instalador proprietário, sei lá, usasse outro que fosse livre e o problema estaria resolvido.


» Augusto Campos () em 19/07 11:04

Cadu: eu acho ótimo que você tenha e exponha seus critérios para escolha de distribuição - e é claro que eles podem incluir até mesmo formatos de arquivo e o licenciamento adotado nos pacotes.

Felizmente existe um grande número de distribuições que parecem estar de acordo com seus critérios, e até torço para que um dia a SuSE também entre neles, distribuindo ISOs e sem licenças restritivas em nenhum pacote.

Mas só para evitar confusão, esclareço que a GPL não especifica que o software deva ser dado gratuitamente, nem muito menos a inclusão de versões em formato ISO para download. Quanto ao processo de distribuição em si, ela exige que os fontes estejam disponíveis (e sob a mesma licença GPL, claro) para quem tenha acesso aos binários, e era isso. Não especifica nem mesmo que os binários devam ser disponibilizados para todos os interessados - mas felizmente é comum tudo ser disponibilizado gratuitamente na Internet, e até o SuSE que você critica está disponível na íntegra para download gratuito e ilimitado no site oficial da distribuição.

Assim, se você quiser chamar de "verdadeiramente livres" apenas as distribuições que não incluem nenhum pacote com licenças não free/open, tudo bem. Acho que a Debian se enquadra (se descontarmos a existência daqueles CDs adicionais, de software não livre, que são considerados como "não oficiais"), e talvez até haja mais alguma.

Mas usar o critério "existência de imagem ISO" para definir se um software é livre ou não é uma impropriedade. A gratuidade também não serve como critério.


» SdnNv () em 20/07 15:17

Cadu.. vc está certo... mas não critique o Suse... Por falar nisso, onde posso encontrar o Suse 8.2 para comprar? Será que existe algum lugar que vende aqui no Brasil? Estou disposto a pagar até uns R$360,00. Alguém sabe? Obrigado


» Woody () em 20/07 19:14

www.suse-brasil.com.br tem os locais onde pode se comprar, mais com 360 eu ia comprar bastante livro para adquirir mais conhecimento.


» SdnNv () em 21/07 02:44

wood: analise o contexto do post que respondeu... mesmo assim, obrigado e concordo que livro seja investimento...


» Solariun () em 08/09 09:27

O Linux será melhor difundido se houver um padrão definido para todas as distribuições. Claro que não significa perder suas particularidades. Quem saca muito de Red Hat não é necessáriamente bom em Slackware, pois muito comandos e scripts são e estão em lugares diferentes. Por isso um padrão estrutural mínimo seria bem vindo. Um exemplo: Você compra um livro do Linux ou baixa um artigo pela net e na hora de implementar descobre sua distribuição é totalmente diferente. Ê aí? O que fazer?


» Nilton () em 28/09 11:37

Como posso adquirir o Linux para instalar em meu computador.

Desde já agradeço

J. Nilton


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