Notícia publicada por brain em julho 2, 2003 12:27 PM
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Evandro Pastor disse: " Essa notícia é um prato cheio pra quem gosta do sistema do pinguin e tem saudades daquelas aventuras Sessão da Tarde com o Simbad, confira:"
Mais uma prova que o Linux funciona no desktop corporativo.
Mas eu acho que no caso nao foi uso no desktop nao...
Também foi sim! Olha o trecho final da notícia: 'Com Sinbad, a maioria dos 250 animadores trabalhou diretamente com o Linux, usando estações de trabalho com processamento 3D acelerado e dois monitores da HP. "Ouve-se muito a respeito do Linux não estar pronto para funcionar em máquinas desktop", disse Jeff Wood, diretor de marketing de produtos para estações pessoais da HP. "Bem, este é um exemplo de que o Linux está mais do que pronto: centenas de animadores usaram o sistema para produzir um filme diretamente a partir de suas máquinas".'
Desktop corporativo: SAP R/3, 2 ou 3 softwares feitos in-house ou sob-demanda (geralmente baseados em VB ou Delphi), Corel Draw, Acrobat Reader, Microsoft Office e <coloque aqui o nome dos programas de Windows que a sua secretária usa>.
Coisas que ele deve oferecer: instalação fácil de aplicativos (baixa-executa-wizard-roda), impressão fácil (frente-e-verso, landscape, compartilhamento de impressoras em outras estações em dois cliques de mouse), cut'n'paste fácil (de um aplicativo para o outro, como copiar de um browser e colar num processador de texto conservando a formatação do texto e as figuras), compressão e descompressão de conjuntos de arquivos de maneira fácil (à la Winzip), programas de uso intuitivo, etc.
Apesar de ser "linuxeiro" há muito tempo (de verdade) e observar que a cada dia que passa este sistema se torna mais e mais apto a ser utilizado no PC da secretária, eu ainda sou obrigado a concordar que o Linux *ainda não serve* como substituto do Windows (significado coleteral atribuído à frase "o linux funciona no desktop"). Isto não quer dizer que ele nunca será, pois a sua evolução é galopante. Mas eu temo que a onda atual de incentivo a adoção do linux-no-desktop provocada pela necessidade imperativa de corte-de-custos em todos os setores provoque a criação uma legião de fortes detratores ao uso do sistema. Afinal de contas, nem todo mundo se importa com os fatores inerentes a plataformas que nós costumamos nos importar (estabilidade, melhor uso de recursos, menor custo e maior disponibilidade); tem gente que só quer fazer as coisas do modo mais rápido e mais prático possível. Mudar é difícil, mas mudar pra algo pior é insuportável. E é aí que está a armadilha: estas pessoas sempre estarão dispostas a obter uma cópia pirata do Windows'98/2000, tirar o Linux do seu HD e prometer nunca mais usar qualquer coisa que não seja Microsoft (afinal, o Bill Gates é *o cara* ou não é?).
Somente quando o Linux conseguir as mesmas facilidades de usabilidade que o Windows'98 oferece e daí então passar a ditá-las é que nós poderemos dizer que o Linux está pronto para o frontend. E talvez nós nem precisaremos mais provar isso; já vai ser algo tão óbvio quanto dizer que o Linux está pronto para o backend. :)
foo, considero Desktop Corporativo uma CPU que rode somente 1 ou 2 programas que servem a empresa. Claro, estou sendo muito econômico, mas o que você descreveu seria para mim um desktop de usuário.
A matéria descrita acima trata exatamante de um caso de 1 ou 2 programas para serem utilizados na criação do filme.
Neste caso acho que o Linux já está mais que pronto.
Observe que muitas das funções que você descreveu já existem no Linux como o "copy and Paste", vide KDE.
Para o foo: Eu discordo ad sua afirmação de que o linux não serve para desktop corporativo. Uso o linux desde 1996 e, com os avanços na área de desktop dos últimos anos, tenho cada vez menos sentido necessidade de usar o Windows. Atualmente lido com 2 computadores desktop e um notebook diariamente (em casa e no trabalho) e todos usam linux.
OK, eu sou geek e me iniciei na informática bem antes dos Win9x e, portanto, nunca fui viciado em Windows, mas estou implantando o linux justamente no desktop de cerca de 500 máquinas de uma instituição. Além dos servidores, é claro, o linux vai ser usado em desktop de pessoas comuns e o linux é a ÚNICA alternativa possível para essa instituição. Digo única porque simplesmente é IMPOSSÍVEL regularizar essa quantidade de computadores com as verbas que eles possuem.
O linux em desktops corporativos, desde que feito de forma PLANEJADA, possui diversas vantagens além do preço. Não podemos é ser radicais e querer que o linux faça tudo porque ainda há várias áreas onde não há alternativas livres ou mesmo comerciais para linux. Mas pelo amor de Deus, o que as pessoas em empresas fazem 99% das vezes é navegar, mandar emails e usar um "Office". Isso tudo tem no linux. O negócio é também "vender" o linux como algo diferente, não uma versão "genérica" do Windows, senão realmente queima o filme.
Em muitas empresas que conheço os principais programas usados internamente são usados através de emuladores de terminal ! As pessoas têm um Windows rodando em um PC moderno e usam um emulador de terminal (pago) para acessar um aplicativo em modo-texto rodando em um Unix ou mainframe. Isso é o cumulo... Eu já vi isso acontecer e tasquei linux nesses PCs para fazer o mesmo.
A impressão realmente já foi um problema no linux mas hoje quase todas as distribuições já usam o Cups, que é muito bom e amigável.
E comparar com o Win98 ? Um linux atual já é muito melhor e com mais recursos ! O XP realmente é uma grande melhoria em relação aos win9x mas mesmo até que o XP seja melhor para desktop que o linux eu acho que a relação custo-benefício do linux é melhor.
E não esqueça que o XP não vem com quase nada. Tudo tem que ser adquirido por fora.
O Daniel perdeu o ponto (então sistemas de controle de hidrelétricas rodando QNX são desktops corporativos também? a-ha!) e o Manoel ficou bem em cima dele. O Linux não está pronto para substituir o Windows *hoje*. Amanhã vai estar, com certeza, mas ainda não está. Ponto. O que está ocorrendo é justamente o fato do Linux ser a *única alternativa*, levando a uma adoção forçada por motivos de força maior (corte-de-custos, licenciamento de software) e não por ser algo superior. As pessoas não migram do Windows pro Linux como alguém migraria do 2000 para o XP. Isto é fato e é o efeito disto que eu temo.
Na minha opinião pessoal, a melhor estratégia de adoção seria aquela que fez do Linux o *rei do backend*: migrações sorrateiras, naturais, graduais. Onde o gerente Fulano achava que rodava um Un*x, o sysadmin Beltrano tascou Linux porque o sysadmin Cicrano fez o mesmo na empresa dele e funcionou legal. Sem oba-oba, sem panacéia. Quando vimos, ele já estava lá, dando conta do recado.
Temo que a onda de software livre nas empresas e no governo se desfaça na praia assim que as vozes de seus defensores cessarem por não encontrarem ressonância frente ao fracasso da experiência de seu uso num mundo que é nicho do monopólio de Redmond. Sim, claro que eu estou sendo extremamente pessimista. Torço pra que eu esteja completamente errado. Talvez a estratégia do Manoel Pinho seja a mais cautelosa e prudente ("[o] negócio é também 'vender' o linux como algo diferente, nao uma versao 'genérica' do Windows"), porque reflete a realidade que nós tentamos esconder de nós mesmos: o Linux não está preparado para substituir o Windows hoje. Talvez também este fato seja algo mais positivo que negativo... Mas esta é outra história. :)
O Daniel perdeu o ponto (então sistemas de controle de hidrelétricas rodando QNX são desktops corporativos também? a-ha!) e o Manoel ficou bem em cima dele. O Linux não está pronto para substituir o Windows *hoje*. Amanhã vai estar, com certeza, mas ainda não está. Ponto. O que está ocorrendo é justamente o fato do Linux ser a *única alternativa*, levando a uma adoção forçada por motivos de força maior (corte-de-custos, licenciamento de software) e não por ser algo superior. As pessoas não migram do Windows pro Linux como alguém migraria do 2000 para o XP. Isto é fato e é o efeito disto que eu temo.
Na minha opinião pessoal, a melhor estratégia de adoção seria aquela que fez do Linux o *rei do backend*: migrações sorrateiras, naturais, graduais. Onde o gerente Fulano achava que rodava um Un*x, o sysadmin Beltrano tascou Linux porque o sysadmin Cicrano fez o mesmo na empresa dele e funcionou legal. Sem oba-oba, sem panacéia. Quando vimos, ele já estava lá, dando conta do recado.
Temo que a onda de software livre nas empresas e no governo se desfaça na praia assim que as vozes de seus defensores cessarem por não encontrarem ressonância frente ao fracasso da experiência de seu uso num mundo que é nicho do monopólio de Redmond. Sim, claro que eu estou sendo extremamente pessimista. Torço pra que eu esteja completamente errado. Talvez a estratégia do Manoel Pinho seja a mais cautelosa e prudente ("[o] negócio é também 'vender' o linux como algo diferente, nao uma versao 'genérica' do Windows"), porque reflete a realidade que nós tentamos esconder de nós mesmos: o Linux não está preparado para substituir o Windows hoje. Talvez também este fato seja algo mais positivo que negativo... Mas esta é outra história. :)
Sorry 'bout that. :( Damn 'links'...
Ok, talvez não sejam Desktops corporativos, mas é uma possibilidade muito boa para empresas que não querem disponibilizar a seus funcionários mais do que o necessário para a empresa.
Limita o funcionário sim, mas aumenta a segurança.
O Windows sempre foram uma preocupação para as empresas devido a inúmeros softwares desnecessários entregues a funcionários mau intencionados.
Neste ponto acredito que ele já está mais que pronto.
Quanto ao fato de ser a única alternativa e por isso a migração deve lembrar que se é a única alternativa é porque é boa(muitos tentaram vencer a M$ e não conseguiram, ai a justificativa da superioridade do Linux), e por isso que ocorre a migração(também pelo fato de ser livre, que um fator decisivo).
Quanto a possibilidade de alguém se decepcionar com o Linux frente ao Windows eu concordo com você, para corrigir isto nada melhor do que informar corretamente.
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