Notícia publicada por brain em junho 20, 2003 06:53 PM
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Parece que o governo brasileiro tem dúvidas quanto ao que realmente deseja fazer no âmbito da inclusão digital - enquanto o Ministério da Ciência e Tecnologia diz que vamos de software livre, o Ministério da Educação teria assinado um acordo com a Microsoft, e logo em seguida tentado negar a assinatura. Imagino que iremos ver mais esclarecimentos a respeito nos próximos dias, mas a cobertura da confusão está em vários locais da imprensa. Eu gostei particularmente desta nota do dbth.net focada nos bastidores.
O DBTH também cita o Marcelo Branco, da lista PortoLivre, que resume bem as contradições: "Postei a notícia (...) às 16h24 do dia 18, cinco minutos após ter falado com a jornalista Moema, da assessoria de imprensa do Ministério da Educação. 'Esse encontro foi uma visita de cortesia, onde o representante da Microsoft fez apenas a demonstração de um programa. Não tinha ninguém da imprensa e não rendeu matéria", disse ela. A assessoria do ministro afirmou, também, que nada tinha sido assinado. Mas nessa hora, aquilo que a assessoria de comunicação do Ministério estava tentando esconder, já estava publicado nos principais veículos da internet: A Microsoft e o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, assinaram uma declaração de intenções que mais parece uma peça publicitária da empresa."
A PC World tem mais detalhes (link fornecido pelo Flávio Moreira), incluindo um resumo "neutro": "A Microsoft e o Ministério da Educação assinaram nesta quarta-feira (18/06) um Protocolo de Intenção que tem por objetivo a adoção de ações conjuntas para o combate ao analfabetismo no Brasil, estimado hoje em 20 milhões de brasileiros, segundo informações do ministro Cristovam Buarque. O protocolo foi assinado pelo ministro e o vice-presidente mundial da Microsoft, Craig Mundie, que veio ao Brasil para manter contatos com diversas autoridades federais e fortalecer a intenção da empresa de contribuir com programas sociais que serão implementados pelo Governo Lula nos próximos anos. "
Na minha opinião o governo federal pode fechar contratos e protocolos de intenção com quem achar melhor, e inclusive pode querer usar uma estratégia mista - softwares abertos e softwares fechados. O que pega mal mesmo nesta história é a aparente ação contrária à política anteriormente anunciada. Vamos aguardar a repercussão...
Recomendo visitar estes links sobre o assunto:
http://computerworld.terra.com.br/AdPortalV3/adCmsDocumentoShow.aspx?documento=25230
CITAÇÃO ( Cristóvam Buarque )
Talvez por uma deformação minha, porque eu só escrevo em casa com Microsoft, disse o ministro, sem levar em conta o rebuliço que sua declaração poderá causar dentro do governo, que vem sinalizando disposição para a utilização cada vez maior de software não proprietários.
E também : http://www.softwarelivre.org
Essa foi a legítima BOLA NAS COSTAS que o GOVERNO nos deu !
Resolvi colocar toda a notícia para arquivar porque estas coisas acabam sumindo depois :
http://computerworld.terra.com.br/AdPortalV3/adCmsDocumentoShow.aspx?documento=25230
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MEC defende uso de programas da Microsoft
Luiz Queiroz, de Brasília
O ministro da Educação, Cristóvam Buarque, deixou claro nesta quarta-feira, 18, que na sua opinião, do ponto de vista pedagógico a Microsoft tem hoje os melhores aplicativos para a área educacional.
Talvez por uma deformação minha, porque eu só escrevo em casa com Microsoft, disse o ministro, sem levar em conta o rebuliço que sua declaração poderá causar dentro do governo, que vem sinalizando disposição para a utilização cada vez maior de software não proprietários.
Cristovam deu esta declaração por ocasião da assinatura de protocolo de intenção com a empresa norte-americana, que tem como objetivo a adoção de ações conjuntas futuras no combate ao analfabetismo.
A solenidade foi bastante estranha. Estava marcada para o meio-dia, segundo informações das assessorias de imprensa do MEC e da Microsoft, mas somente ocorreu uma hora e meia depois, após vários desencontros e contradições.
A assessoria do MEC, por exemplo, chegou a desmobilizar a imprensa em geral alegando que a assinatura do ato teria sido cancelada. O mesmo procedimento foi adotado por assessores do ministro que constantemente diziam que o vice-presidente da MS, Craig Mundie, apenas seria recebido em audiência pelo ministro.
No final, o MEC acabou mudando todo o roteiro, ao perceber que já não havia mais como evitar a presença da imprensa que cobre a área de tecnologia, interessada em saber o por quê do evento ter sido cancelado minutos antes dele ocorrer.
Depois de tantas idas e vindas, o ministro Cristovam Buarque mandou a imprensa especializada entrar em seu gabinete para ser testemunha da assinatura do protocolo com a Microsoft, que seus assessores insistiram todo o tempo que tinha sido cancelado.
O ministro deixou claro que o evento em questão não tratou de uma escolha de software da Microsoft. Apenas dizia respeito ao interesse da empresa de contribuir com o governo para a erradicação do analfabetismo em parcerias que ainda serão estudadas pelo MEC.
Mas a postura do ministro vai de encontro ao discurso adotado, por exemplo, por autoridades do próprio governo do PT, que defendem abertamente a adoção do software livre como plataforma a ser adotada na gestão pública.
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se vcs lerem a matéria no jornal o globo desta semana sobre rede com windows/linux feito pelo CDI vão ver como as coisas andam...
O ministro da educação não entende nada de software livre...
Será que precisamos da Mico$oft para acabar com o analfabetismo no País ?!
Tambem colocando aqui a noticia completa para evitar que desapareça depois - pois estes sites de noticias trocam os links frequentemente - (desculpem o post longo .. mas isso é muito importante)
http://pcworld.terra.com.br/pcw/update/9158.html
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Microsoft e MEC se unem no combate ao analfabetismo
Empresa e Ministério da Educação assinam protocolo de intenção para o desenvolver ações conjuntas para acabar com o analfabetismo que atinge 20 milhões de brasileiros.
Computerworld
20/06/2003 10:17:20
A Microsoft e o Ministério da Educação assinaram nesta quarta-feira (18/06) um Protocolo de Intenção que tem por objetivo a adoção de ações conjuntas para o combate ao analfabetismo no Brasil, estimado hoje em 20 milhões de brasileiros, segundo informações do ministro Cristovam Buarque.
O protocolo foi assinado pelo ministro e o vice-presidente mundial da Microsoft, Craig Mundie, que veio ao Brasil para manter contatos com diversas autoridades federais e fortalecer a intenção da empresa de contribuir com programas sociais que serão implementados pelo Governo Lula nos próximos anos.
A Microsoft colocou à disposição do governo o seu programa mundial Partners in Learning. Segundo o protocolo, esse programa fomenta o desenvolvimento e o acesso a Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC).
A Microsoft reconhece que para a expansão do acesso a TIC e educação no Brasil, o programa precisa ser conduzido de maneira a satisfazer as necessidades das escolas e do governo brasileiro explicou.
O ministro também solicitou a Craig Mundie que a empresa estude fórmulas para a aplicação desse programa nas universidades e nas escolas do ensino médio, sobretudo no profissionalizante.
É uma alegria assinar esse protocolo agora. Este acordo vai se desdobrar no futuro num número maior de etapas, que envolverão não apenas o relacionamento cada vez mais aprofundado com outros ministérios, mas também com a intenção de expandir a atividade com outras empresas brasileiras, disse Craig Mundie.
O detalhamento dessas parcerias ainda será objeto de estudos por parte do MEC. Só após esse estudo o governo poderá assinar convênios nos quais ficaria mais clara a participação da Microsoft no programa brasileiro da alfabetização.
Cristovam Buarque disse que o protocolo teve por objetivo dar prosseguimento às conversas que foram iniciadas pelo presidente Lula e o presidente da Microsoft, Bill Gates, quando ambos estiveram reunidos no Fórum Econômico da Davos.
Craig Mundie também esteve na terça-feira (17/06) no Ministério da Ciência e Tecnologia discutindo um acordo de cooperação para inclusão digital e o uso da internet para o aprofundamento do ensino de ciências, para os estudantes de ensino médio. Segundo nota oficial do MCT, o ministro Roberto Amaral deixou clara a sua preocupação com a inclusão social por meio das tecnologias da informação.
O ministro solicitou um estudo sobre as novas tecnologias que podem contribuir com o programa de desenvolvimento de ciência e tecnologia do país. O vice-presidente Craig Mundie ficou de elaborar o documento.
Em todos os encontros Craig Mundie esteve acompanhado de assessores e do presidente da Microsoft no Brasil, Emilio Umeoka. Com certeza o Brasil pode contar com a colaboração da Microsoft. Estamos construindo uma série de plataformas e aplicativos que atendem as necessidades do Brasil, assim como fizemos com a China, disse Mundie.
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Para BOM entendedor MEIO-POST basta
Cristovam Buarque pede mais R$ 25 bilhões de recursos na Educação
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u13076.shtml
CITACAO :
"Outras proposições são a universalização da educação básica, a alfabetização de três milhões de pessoas, aumentar a oferta de vagas no ensino profissionalizante e superior e responder às necessidades das universidades públicas"
Ou seja .... já tratou de arranjar dinheiro para pagar as Licenças ...
E também :
Escolas particulares entram na campanha da alfabetização de adultos
20/06/2003 19:45
http://www.mec.gov.br/acs/asp/noticias/noticiasId.asp?Id=3765
TA TUDO BEM AMARRADINHO !!!
Se não bastasse, o que o governo tem a dizer quanto a intenção de software Micro$oft no Banco do Brasil, ja que ele criou uma lei a favor do software livre, o banco já seria um bom exemplo de se colocar em prática suas palavras.
Enquanto isso , na Espanha...
80mil escolas ja usam o Gnome e os beneficios do software livre
http://www.gnomedesktop.org/article.php?sid=1173
Todo apoio ao presidente do ITI, Sérgio Amadeu!
O Cristóvam Buarque é um cara sério e inteligente, sobretudo com uma boa visão de longo prazo. Certamente ele busca driblar a falta de recursos de sua pasta para por em prática seus projetos para a educação no país, porém mais certo ainda é que a M$ não dá ponto sem nó.
Creio que faltam mais informações para se ter uma idéia completa do acordo, mas o próprio fato do conteúdo do documento não estar disponível para o público e a declaração "Estamos construindo uma série de plataformas e aplicativos que atendem as necessidades do Brasil" já é suficiente para vislumbrar as intenções.
Na minha opinião, antes de sair batendo no ministro, no governo ou no PT, devemos educá-lo, já que confessou sua ignorância no assunto. Isso pode ser feito pressionando para que se encontre com expoentes do SL, ou mesmo através de e-mails elucidativos e não inflamados expondo o outro lado da moeda.
O cara é um dínamo de idéias, porém um tanto frustrado por não ter como colocá-las em prática, oferecer condições para implantá-las deve dar muita água na boca.Entretanto se mostrarmos a ele que é mais sábio optar pelo anzol ao peixão bonito que o tio Bill oferece, esse acordo não sairá. Lembrem-se que o Bolsa-Escola foi criado por ele e adotado com extremo sucesso no México antes do FHC implantar uma arremedo de cópia por aqui.
Por fim deixo claro que apesar dos elogios não concordo com tudo o que pensa ou faz.
Bom ... está aqui o acordo :
(tem um erro na codificação dos caracteres mas dá para ler )
http://groups.yahoo.com/group/PortoLivre/message/5660
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*Protocolo MS e MEC:
Protocolo de Intenção
Este Protocolo de Intenção (o presente âProtocoloâ), assinado em 18 de
junho de 2003 (âData de Vigênciaâ), celebrado entre Microsoft
Informática Ltda., sociedade limitada devidamente constituÃda com sede Ã
Av. Das Nações Unidas No. 12.901, Torre Norte, 27º andar, na Cidade de
São Paulo, Estado de São Paulo (âMicrosoftâ), e Ministério de Educação,
com sede à Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 8º andar, Distrito
Federal, Brasil (âMinistério da Educaçãoâ). Para os propósitos do
presente Protocolo, a Microsoft e o Ministério da Educação podem ser
referidos individualmente como âParteâ e coletivamente como âPartesâ.
A. A Microsoft é uma empresa que possui o compromisso de ajudar os
indivÃduos e organizações a perceber os seus potenciais, por meio do
incentivo ao progresso da Tecnologia da Informação e da Comunicação
(âTICâ). A Microsoft promove o treinamento e acesso a TIC, no Brasil e
no mundo, devido à importância econômica e social desta iniciativa. A
Microsoft possui um programa mundial denominado âPartners in Lcarningâ,
doravante denominado âParceiros na Aprendizagemâ, por meio do qual
fomenta o desenvolvimento e acesso a TIC. A Microsoft reconhece que para
a expansão do acesso a TIC e educação no Brasil, o âPartners in
Lcarningâ/âParceiros na Aprendizagemâ é um programa que precisa ser
conduzido de maneira a satisfazer as necessidades das escolas e do
Governo Brasileiro. O âPartners in Lcarningâ/âParceiros na Aprendizagemâ
é um programa projetado de forma que possa ser personalizado e
implementado no Brasil, baseado em seus objetivos econômicos e de
educação.
B. O Ministério da Educação é o responsável por estimular e desenvolver
a educação no Brasil, bem como promover a melhoria da qualidade do
ensino e aprendizagem, estimulando os professores e estudantes na
melhoria da qualidade da educação. O Ministério da Educação possui o
interesse em estabelecer formas de cooperação com empresas privadas para
estimular as iniciativas sociais e tecnológicas benéficas ao povo
brasileiro. O Ministério da Educação reconhece o âPartners in
Lcarningâ/âParceiros na Aprendizagemâ como uma ação capaz de trazer
diversos benefÃcios aos professores e estudantes brasileiros, tendo
portanto o interesse em firmar este Protocolo.
C. A Microsoft e o Ministério da Educação celebram o presente Protocolo
de Intenção visnado estabelecer uma discussão para atingir os objetivos
acima mencionados.
EM TESTEMUNHO DE QUE , o presente Protocolo foi assinado pelos
representantes devidamente autorizados das Partes do presente Protocolo.
MICROSOFT INFORMÃTICA LTDA. MINISTÃRIO DA EDUCAÃÃO
________________________________ ___________________________
Craig Mundie Cristovam Buarque
Este Texto JÁ FOI retirado do ar - em uma tentativa de fingir que nada aconteceu - foi um dia antes (dia 17) :
(foi resgatado via "cache" do Santo Google)
http://216.239.39.100/search?q=cache:fjPsq6fRSuQJ:http://www.mct.gov.br/comunicacao/textos/default.asp?cod_tipo=1&cod_texto=3533.
Link Original
http://www.mct.gov.br/comunicacao/textos/default.asp?cod_tipo=1&cod_texto=3533
(no momento deste post, o site do MCT está TODO fora-do-ar , algo está ocorrendo ?)
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MCT e Microsoft discutem acordo de cooperação
17/06/2003 18:20:26
Um acordo de cooperação para inclusão digital e o uso da internet para o aprofundamento do ensino de ciências para os estudantes de ensino médio foi discutido hoje (17) entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Microsoft.
No encontro com o vice-presidente de Estratégias Avançadas da Microsoft, Craig Mundie, o ministro Roberto Amaral deixou claro sua preocupação com a inclusão social por meio das tecnologias da informação. Segundo Amaral o investimento na tecnologia do futuro é essencial mas esta não é hoje a necessidade das grandes massas brasileiras, queremos integrar este país através da informática e fazer de cada brasileiro um integrante disso, nas áreas da educação e da ciência, explicou.
A Microsoft prometeu apresentar um projeto ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
De acordo com o ministro, o problema não está na universidade e sim no ensino médio, é preciso qualificar professores, elaborar kits laboratórios, centros que preparem professores e estudantes. Mundie aproveitou a oportunidade e apresentou ao ministro um modelo de computador lançado há dois meses no Brasil, um programa que seria adaptado e poderia ser aplicado na área de ensino da informática.
O executivo da empresa americana, que estava acompanhado de assessores e do presidente da Microsoft no Brasil, Emilio Umeoka, manifestou a vontade de realizar parcerias com o governo brasileiro citando o acordo com o Ministério da Educação que deverá levar à internet a escolas. Com certeza o Brasil pode contar com a colaboração da Microsoft. Estamos construindo uma série de plataformas e aplicativos que atendem as necessidades do Brasil, assim como fizemos com a China, disse Mundie.
O ministro Amaral solicitou um mapa completo sobre as novas tecnologias que podem contribuir como forma de apoio ao programa de desenvolvimento de ciência e tecnologia do país. O vice-presidente Craig Mundie irá elaborar o documento para entregar ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Adriane Cunha
Agora está melhor .... o post completo de:
http://dbth.net/index.php?p=2320&c=1
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Post n° 2320, por Mahna Mahna »
Na quarta-feira colocamos aqui no DBTH um link para a notícia de que a Microsoft e MEC se "uniram" no combate ao analfabetismo. No mesmo dia saiu uma nota no site do Projeto Software Livre dizendo que:
Governo Brasileiro não firmou acordos com Microsoft
Os acordos anunciados por Craig Mundie, vice-presidente sênior de Estratégia da Microsoft, com o Governo do Brasil não passou de jogada de Marketing.
A notícia *plantada* na imprensa pela assessoria de comunicação da Microsoft de que o Governo Brasileiro estaria assinando acordos com a multinacional não se confirmou. Com o Ministério de Ciência e Tecnologia, o representante do monopólio do software proprietário apenas dicutiu um possível acordo de cooperação sem finalizar em nada prático. No Ministério da Educação, Craig Mundie foi recebido, por cortesia em uma agenda muito rápida, pelo Ministro Cristovam Buarque. Ele apresentou uma proposta de construir para o Ministério um programa para controle da erradicação do analfabetismo e para educação a distância. Também nada foi definido, aprovado ou anunciado pelo ministro conforme a declaração anterior da multinacional. O objetivo dessa estratégia, frustrada, foi de se contrapor às iniciativas claras do governo em priorizar o uso de software livre na administração pública brasileira, anunciadas no IV Fórum Internacional de Software Livre.
Na próxima quarta-feira (25), o ITI (Instituto de Tecnologia da Informação), vinculado à Presidência da República, responsável pela *câmara de implementação de software livre* do governo eletrônico, realiza a "I Rodada para o Compartilhamento de Softwares Livres na Administração Pública", levando em frente a estratégia de software livre do governo federal. Essa atividade tem apoio e participação do recém criado "Projeto Software Livre Brasil" que envolve, além do governo federal, outras administrações públicas como a prefeitura de Porto Alegre, prefeitura de São Paulo, as universidades brasileiras, grupos de usuários, ONG's e empresas privadas que atuam no mercado de software livre.
Pois bem, eis que sai hoje no site Baguete o seguinte:
Microsoft assina protocolo de intenções com MEC
Apesar da negativa publicada no site do Projeto Software Livre RS, o vice-presidente mundial da Microsoft, Craig Mundie, realmente assinou um protocolo de intenções com o ministro da Educação Cristovam Buarque para adoção de ações conjuntas de combate ao analfabetismo no Brasil. No acordo, a multinacional oferece ao governo o programa mundial Partners in Learning, que fomenta o desenvolvimento e o acesso a Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC).
Conforme o coordenador do Projeto Software Livre RS, Marcelo Branco, as informações publicadas no site da ONG foram checadas com fontes do MEC. A assessoria de imprensa do Ministério da Educação confirmou a assinatura do protocolo, acrescentando por livre e espontânea vontade que o documento "não era nada de mais". O projeto Software Livre RS classificou de "notícia plantada" a assinatura do protocolo tanto no MEC quanto no Ministério da Ciência e Tecnologia. A assessoria de imprensa da Microsoft disse ao Baguete por telefone "que não tem este poder".
Mas afinal, o que foi que aconteceu? Como se explica uma "barrigada" dessas? Com a palavra, Marcelo Branco:
From: Marcelo D'Elia Branco
To: Porto Livre
Date: 20 Jun 2003 10:01:19 -0300
Subject: Microsof 1 x Zero Educação
Pasmem! O Ministro da Educação Cristovam Buarque assinou, sim, algo com a Microsoft.
http://computerworld.terra.com.br/(...)?documento=25230
A "barrigada" foi minha...
Postei a notícia http://www.softwarelivre.org/(...)&cod=1055965193 às 16h24 do dia 18, cinco minutos após ter falado com a jornalista Moema, da assessoria de imprensa do Ministério da Educação. "Esse encontro foi uma visita de cortesia, onde o representante da Microsoft fez apenas a demonstração de um programa. Não tinha ninguém da imprensa e não rendeu matéria", disse ela. A assessoria do ministro afirmou, também, que nada tinha sido assinado. Mas nessa hora, aquilo que a assessoria de comunicação do Ministério estava tentando esconder, já estava publicado nos principais veículos da internet: A Microsoft e o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, assinaram uma declaração de intenções que mais parece uma peça publicitária da empresa. Confira abaixo*
O texto, e as declarações do Ministro mesmo sem se configurar num acordo ou num compromisso mais sério e comprometedor para o governo Lula, foi de envergonhar qualquer um mesmo, até a assessoria de comunicação do Ministro da Educação. Mas mesmo assim, tentar esconder o fato foi a pior jogada, pois os experientes estrategistas de marketing da empresa monopolista demonstraram maior habilidade, correram na frente e divulgaram como era de se esperar a sua versão do fato. Microsoft 1 X Zero Educação.
Mas esse é apenas o início de um jogo que promete muito barulho, lobby e contra-informações. Um jogo em que a "reserva de mercado real" estabelecida pelo monopólio da Microsoft dentro do governo brasileiro está definitivamente ameaçada. É jogo pesado... Esse fato demonstrou também uma desintonia da política do MEC com os demais órgãos do governo federal que tratam de construir uma política de inclusão digital. Essa desintonia também foi observada pela ausência de qualquer representante do Ministério da Educação no IV Fórum Internacional de Software Livre - que foi um marco na discussão da inclusão digital no país. Lá foram relatados casos nacionais e internacionais bem sucedidos de uso de software livre na educação, além do já tradicional trabalho realizado pelas universidades brasileiras - o IV Workshop Acadêmico de Software Livre - e contou com uma forte e atuante participação do governo federal. Isso nos faz refletir, também, da necessidade do governo federal ser mais rigoroso e unificado para tratar das questões referentes à política de governo eletrônico, inclusão digital, sociedade da informação e, principalmente, definir qual a postura ética a ser adotada diante dos fornecedores interessados em vender produtos para o governo.
Imaginem se a moda pega e Ministros do governo do Presidente Lula passarem a fazer propaganda da Coca-Cola, da Nique ou da Souza Cruz. Dessa vez, o vendedor e vice-presidente mundial da Microsoft, Craig Mundie, se mostrou mais experiente, marcando o primeiro gol.
Segue abaixo uma cópia do acordo firmado entre o MEC e a Microsoft:
Protocolo de Intenção
Este Protocolo de Intenção (o presente Protocolo), assinado em 18 de junho de 2003 (Data de Vigência), celebrado entre Microsoft Informática Ltda., sociedade limitada devidamente constituída com sede à Av. Das Nações Unidas No. 12.901, Torre Norte, 27º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (Microsoft), e Ministério de Educação, com sede à Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 8º andar, Distrito Federal, Brasil (Ministério da Educação). Para os propósitos do presente Protocolo, a Microsoft e o Ministério da Educação podem ser referidos individualmente como Parte e coletivamente como Partes.
A. A Microsoft é uma empresa que possui o compromisso de ajudar os indivíduos e organizações a perceber os seus potenciais, por meio do incentivo ao progresso da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). A Microsoft promove o treinamento e acesso a TIC, no Brasil e no mundo, devido à importância econômica e social desta iniciativa. A Microsoft possui um programa mundial denominado Partners in Lcarning, doravante denominado Parceiros na Aprendizagem, por meio do qual fomenta o desenvolvimento e acesso a TIC. A Microsoft reconhece que para a expansão do acesso a TIC e educação no Brasil, o Partners in Lcarning/Parceiros na Aprendizagem é um programa que precisa ser conduzido de maneira a satisfazer as necessidades das escolas e do Governo Brasileiro. O Partners in Learning/Parceiros na Aprendizagem é um programa projetado de forma que possa ser personalizado e implementado no Brasil, baseado em seus objetivos econômicos e de educação.
B. O Ministério da Educação é o responsável por estimular e desenvolver a educação no Brasil, bem como promover a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem, estimulando os professores e estudantes na melhoria da qualidade da educação. O Ministério da Educação possui o interesse em estabelecer formas de cooperação com empresas privadas para estimular as iniciativas sociais e tecnológicas benéficas ao povo brasileiro. O Ministério da Educação reconhece o Partners in Lcarning/Parceiros na Aprendizagem como uma ação capaz de trazer diversos benefícios aos professores e estudantes brasileiros, tendo portanto o interesse em firmar este Protocolo.
C. A Microsoft e o Ministério da Educação celebram o presente Protocolo de Intenção visando estabelecer uma discussão para atingir os objetivos acima mencionados.
EM TESTEMUNHO DE QUE , o presente Protocolo foi assinado pelos representantes devidamente autorizados das Partes do presente Protocolo.
MICROSOFT INFORMÁTICA LTDA. - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Procurei tanto dentro do site da Microsoft como dentro do site do MEC por uma cópia desse protocolo de intenção sem sucesso. Não estranho, pois deve ser material que deve estar sendo trabalhado pelas assessorias de imprensa das duas instituições. Agora, o que eu acho estranho, é que eu não vi no site do MEC matéria falando sobre essa visita. Detalhe: eu havia visto tal matéria quarta-feira. Infelizmente não estou achando o link, de forma que vou continuar procurando.
Mas o que é realmente estranho é o fato desse protocolo ter sido assinado na surdina, de forma quase que secreta. Porque a assessoria de imprensa do MEC repassou ao Marcelo Branco uma informação incorreta? O que está acontecendo? Que essa história está estranha está..
Não achei um endereço mais direto, então publico estes mesmo. Assessoria de comunicação - acs@mec.gov.br ou Fala Brasil(algo como uma ouvidoria do MEC) - falabrasil@mec.gov.br .
A MS saiu na frente, tem um projeto elaborado e $$. Resta a nós organizarmos e apresentarmos algo concreto, não apenas discursos bonitos, mas ao menos um protocolo de intenções de desenvolvimento de softwares que cubram a área educacional. Afinal, quem entende melhor as nossas necessidades, nós ou Tio Bill?
Infelizmente eu não tenho competência para tomar a frente de projeto desse. Ainda estou rateando pra escrever um projeto meu de inclusão digital, de viés construtivista, baseado em habilidades de comunicação em vez de habilidades de apertar botões. Porém, se precisarem de palpiteiros, estou às ordens.
Além do que passaram um "cachorro" na imprensa brasileira ... este cara NÃO É "vice-presidente mundial" ele é na verdade :
Senior Vice President
Chief Technical Officer, Advanced Strategies and Policy
http://www.microsoft.com/presspass/exec/craig/default.asp
Aqui tem os "trocentos" vice-presidentes da Mico$oft : http://www.microsoft.com/presspass/exec/default.asp
Trabalho na GDH (antiga Secretaria de Educação) do Estado do MA, justamente no PROINFO, um programa do MEC que tem por objetivo o uso "pedagógico" das tecnologias, cujo computador é o representante maior, nos dias de hoje.
Sei que essa conversa toda me parece muito familiar, pois acompanhei com muito interesse a odisséia do FUST, quando o PT conseguiu barrar a compra de milhares de computadores e licenças de software básicos (Sistema operacional Windows e MS Office) com um recurso que é tirado da sua conta de telefone (fixo ou móvel). O fato é que até hoje os profissionais que lidam com a tal "informática educacional" não sabem exatamente do que se trata, muitos conhecem apenas as ferramentas "criadas" pela Microsoft, e quando conhecem algo de informática, e por isso defemdem que elas sejam usadas em todos os micros usados nos programas "educacionais", sem sequer se preocuparem em saber se existem outras alternativas, e quando tomam conhecimento, não se "dão ao trabalho" de aprender a realizar as mesmas tarefas de outra maneira. Isso sem falar que muitos defendem que o governo que dar ao povo acesso às mais "modernas tecnologias", mas não concordam que essa tecnologia seja software livre pois a mesma não é utilizada no "mercado de trabalho".
Se não vejamos, se os alunos de escola pública, que em grande parte do país sequer têm dinheiro pra ir à escola, e às vezes até recebe dinheiro do governo para poder ir ao colégio, é "alfabetizado" com programas que dificilmente poderá comprar, isso sem falar em um computador, pois o micro da UFMG ainda não saiu da fábrica. Se esse aluno teve acesso à tecnologia com ferramentas MS e micros "de licitação" quantos outros alunos não poderiam ter acesso às mesmas informações e conteúdos educativos com ferramentas de código livre?
Se o objetivo do governo é universalizar o acesso à tecnoclogia, a mesma deverá passar por um processo de massificação, e eu creio que tal processo teria um êxito maior se fossem empregadas tecnologias Open Source, tanto em Servidores, quanto em estações de trabalho, seja em estações diskless, com disco, PDAs, Notebooks baratos, etc...
O jeito e contratar o Bin Laden para banir a Microsof ;)
Acho que devíamos, todos nós, enviar e-mails com todas essas opiniões para os e-mails divulgados no post acima (acs@mec.gov.br, falabrasil@mec.gov.br). Nesse exato momento estou enviando o meu.
ISSO TÁ CHEIRANDO CORRUPÇÃO.
Desde aquela polêmica - FUST - o MEC se vê envolvido com umbilicalmente com a Microsoft. No passado recente, era o irmão do então Ministro Paulo Renato. Esse fato foi o estopim para que o projeto de levar computadores às escolas, fosse barrado.
No mais é isso mesmo. Moramos no BRASIL, terra de ninguém, aliás, terra do TIO SAM.
Para nós, os brasileiros, restam as cascas.
Aqui em Belo Horizonte aconteceu a mesma coisa. A Prefeitura assinou um acordo com a Microsoft para implantação de um centro de treinamento.
Acho que o PT está enfiando a faca em si mesmo. Eles não sabem o que querem. E O POVO QUE SE DANE!!!
Abraços
Roger de Almeida
Acho que NÃO É por aí ,,, em minha modesta opinião .
O ministro Cristóvam Buarque é pessoa séria e responsável, com um currículo invejável e uma GRANDE lista de serviços prestados ao país.
Ele não tem obrigação de saber TUDO sobre todos os assuntos (em especial sobre Software Livre). Ele foi mal assessorado. Não devia ter assinado nenhum protocolo (que na verdade não compromete nenhuma das partes a nada formalmente).
Eu acredito que o ministro agiu com a melhor das intenções (está tentando reunir toda a ajuda possível para tocar os seus projetos) . Já não se pode dizer o mesmo da "outra parte" que usou o fato, e talvez tenha pego o ministro de surpresa, para criar um factóide - distribuindo press-releases que não descrevem de forma adequada (ou que seja passível de uma segunda interpretação ) o que foi "protocolado".
O lobby é poderoso e deve ter atuado no segundo escalão, na assessoria !! (por estes não dá para colocar a mão-no-fogo).
Em resumo : O ministro, no meu entendimento, foi traído pelos seus subordinados.
Não dá para disfarçar o desconforto da situação uma vez que a assessoria de imprensa NÃO publicou na página do MEC qualquer notícia a respeito.
Vamos esperar que na segunda-feira deve sair algo oficial , com uma explicação razoável para o protocolo e para a omissão da assessoria de imprensa ...
Eita Flavio Moreira mala em! Podia so postar os links das noticias nao ? O Famoso mala!!!
Tambem acho !... pensei nisso ... to sendo MUITO MALA em colocar a noticia toda ... acontece é que as NOTICIAS ESTÃO SUMINDO ... Se arrependem de colocar no ar e tiram fora. Foi a maneira (inconveniente - desculpe) que encontrei para preservar todas as informações do caso. Por exemplo : Recebi um email dizendo que HAVIA uma noticia no proprio site do MEC (coisa oficial) mas tiraram do ar, deve ser de vergonha, antes que alguem tivesse copiado. ;-)
Flávio,
Não coloco o Ministro sob suspeita, mas o MEC no geral. Não é primeira vez que isso acontece. A corrupção é grande neste país.
O problema é que cada ministério responde pela sua área de tecnologia de informação. Isso deveria ser centralizado. Com a centralização, ficaria mais fácil saber quem é o corrupto.
Agora.. Concordo contigo. Colocar a notícia toda foi uma boa idéia - preservar a informação. Aliás, estou pensando em algo parecido.
Abraços
Roger
Ta tudo na car pessoal, não é só no SL, mas em tudo, este governo do PT, que eu voltei é um fiasco, um mentiroso. Pregou um monte de coisa antes de se eleger. O Lula vai la e fala um monte de bobagens, mas na prática... Visita o Bill Gates, ferra os funcionários publicos com papo furado e mentiroso, o Lula vai aos USA e diz que precisa da ajuda tecnologica deles para o Brasil deslanchar, so se for ladeira abaixo. Ou seja, so faz midia, como dizem, continua em campanha. E esta do ministro que se auto denomina sem conhecimento, deu com sua declaração um grande bola-fora. Se não conhece, então aplique o metodo básico da ciencia (sem preguiça), pesquisar e desenvolver. Usar software livre, não é só questão economica, mas forma básica para desenvolver ciencia, tecnologia e formação de cabeças. Que eu saiba, importar caixa pretas, não me parece a forma mais adequada de Educar.
Protocolo, promessa, compromisso etc., para político é uma palavra no vento... a Microsoft vai se ferrar pq estes políticos assinaram papel que não vale nada... eles vão querer tirar umas gorjetas da Microsoft mas no fim adotam o que tem de mais barato, senão vira escândalo e eles não se elegem de novo...
Augusto e demais leitores, algum de vocês têm conhecimento de quem(ou que instituição) estaria mais apto no momento de desenvolver um programa do nível do proposto pela MS? Penso que o momento é grave e portanto se faz necessária uma ação efetiva e coordenada. Sob alguma coordenação ponho-me à disposição para traduzir algum software GPL, talvez até para Java, a fim de que este rode sob qualquer plataforma escolhida pelo MEC (o mundo não é perfeito).
Como disse antes, a MS partiu na frente, apresentou propostas concretas e exeqüíveis. Não podemos combater ações efetivas e sérias (Tio Bill pode ter todos os defeitos do mundo, mas não está brincando) com discursos vãos e jogar o peso de alguma atitude nas costas da "comunidade", uma entidade totalmente vaga.
Estamos falando de software educacional, não de offices da vida, portanto se faz mister a participação de pedagogos e professores. Que tal entrevistar pessoas expoentes desse meio? Algo como faz o /., os participantes fazem perguntas que são selecionadas/editadas e publica-se as respostas dos entrevitados.
Sobre o comentário do SdnNv: Já havia pensado algo parecido: Uma vez ocupando cargos políticos faz-se.... política. Não teria sido essa assinatura uma maneira de se sair da saia justa imposta pela MS?? E não seria a tentativa de se esconder esse fato um modo de se evitar assumir uma posição oficial de negação à MS? Se vc se opõe de cara, Tio Bill vai voltar com a carga toda, se vc não diz nem sim nem não, pelo menos eles vão ficar ocupados em adaptar o tal programa ao Brasil, sem ficar infernizando o ministério. Escondendo o fato da população, afasta-se os GPLchatos e ganha-se paz para uma decisão/planejamento mais equilibrada.
O problema é que com atitudes obscuras assim, o oposto pode também ocorrer. Não sou petista, mas a "Velhinha de Taubaté" (Uh! revelei minha faixa etária) se recusa a morrer :).
Sr. Pacozila, a respeito de seu primeiro comentario digo que voçê ignorou IBM, APPle, REDHAT, Suse e demais empresas, o programa da Microsoft pode ser bom ,mais se falando em sistemas operacionais não creio que um OS comercial fechado restrito apenas a clicadores de mouse ou decoradores em VB seja o que a educação precise , pessoas como voçê criticam Cuba a qual têm uns dos melhores programas de saúde, um país como nosso onde 50 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, como uma pessoa que mal come vai poder clicar um mouse, software livre é igualdade social . Queremos país com cientistas ou clicadores de mouse ?
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Sr. Flavio Moreira,
Muitíssimo respeitável da sua parte defender o
Sr. Ministro da Educação Cristovam Buarque, porém o problema que ocorre neste país, e acontece em todos os lugares inimagináveis, nada mais é do que o desse Sr. Cristovam Buarque: pessôas que NÃO TEM CAPACIDADE PARA ESTAR AONDE ESTÃO!! Se ele ou quem quer que seja não tem condições de avaliar se o Software Livre é bom ou não por "simplesmente" não conhecê-lo, então essa pessôa não tem todos os atributos necessários para estar nesta posição (como UM MONTE DE GENTE NESSE PAÍS) Chega, basta de incompetência. Desculpem-me todos, mas quando será que isso vai acabar? Quando será que pessôas vão parar de cair de para-quedas em seus cargos? Façam-me um favor: se não sabem onde estão se metendo por falta de conhecimento, peçam pra algum assessor fazer o trabalho pra vocês e vão viajar, gastar o dinheiro público com coisas que não atrapalhe o desenvolvimento do país.
Não sou petista, na realidade sou apolítico, e não gostaria de me envolver na questão sobre se o Cristovam Buarque tem capacidade ou não para exercer o cargo de Ministro da Educação, mas dentre os que já exerceram tal cargo, no meu conhecimento, nenhum demonstrou a ousadia que ele tem demonstrado no que concerne à educação à distância. (Veja:http://www.unirede.br/informe/071/noticias/n20030207_71_01.htm )
Resta ver se demonstrará a mesma ousadia quanto ao uso de software livre por parte de instituições de ensino. É bom mencionar que hoje há a descentralização de certos recursos, proporcionando às escolas públicas certa medida de liberdade quanto a como gastarão seus recursos; podem também propor projetos pleiteando recursos. Creio que se pode conseguir "vender" a idéia dos benefícios do uso de software não proprietário a professores, diretores de escola, etc.
Bom ... vamos lá :
Acho que nós poderíamos entrar em contato com o presidente Bush para propor a ele um protocolo de estudos de forma que os EUA importem a tecnologia brasileira na área de informática para :
1) Informatizar as Eleições Americanas
2) Informatizar a entrega das Declarações de Renda dos americanos
3) Integrar o Sistema Bancário Americano para operações Real-Time
Em tudo isso o Brasil é MUITO MELHOR ...
1) Tem a maior eleição do MUNDO(voto direto em um unico candidato - Lula foi mais votado do que Bush)
2) Praticamente 99% das declarações de renda são efetuadas de maneira eletrônica
3) O sistema bancário do Brasil é referência no mundo inteiro.
Será que precisamos de um programa da Mico$oft para a logistica do Projeto de Alfabetização ?
E as nossas universidades ? Os centros de Excelência ? As empresas públicas e privadas brasileiras que produzem software de alta qualidade (nem estou ponderando ser SL ou Proprietario).
Daqui a pouco estaremos comprando Banana, Café e Cacau dos EUA ...
"Não me venham com churumelas ... "
De Brasil entendem OS BRASILEIROS ...
Se "eles" querem ajudar, que façam o cheque !
E SR. Flavio Moreira além de der o-mala fala sem saber.
Só não entendi a última do woody pois o Flávio Moreira está certo.
Nos EUA as eleição são toscas, o imposto de renda é no papel (e quase ninguem faz, contrata gente pra fazer) e a integração do sistema bancário é pré-histórico perto do nosso.
Eu morei lá em 1999/2000 e duvido que as coisas tenham mudado radicalmente em tão pouco tempo.
Cadê as associações!?
Cadê a SOLIS, ABRASOL, Conectiva !?
Concordo com quem disse que precisa de informações.
Sou brasiliense e sobre tudo brasileiro. Sei da preocupação do Ministro. Mas, numa visão a longo prazo, nossas universidades, podem formar grupos multidisciplinares para criação de software educacionais.
Muitas vezes, a área de TI sabe como as coisas podem ser feitas, mas as área de pedagogia e psicologia sabem a melhor maneira de alcançar o abrendizado correto. Quem melhor que os brasileiros para enternder as suas próprias necessidades!? Precisa acasso um americano dizer o que precisamos!? Acredito que nós []s somos mais socias do que eles - capitalistas.
Lembro-me de uma frase de que li em um livro de GEstão do Conhecimento. "Já que não se pode ensinar o que a pessoa precisa saber para se dar bem profissionalmente em toda a sua vida, devemos ensiná-la a aprender" - com adaptações.
Segundo Boris Cazoy, "Isso é uma vergonha"!
Abraços,
Alexandre Figueiredo
Eu acho que deveríamos - aqueles que estão indignados" enviar um e-mail (de forma educada) requerendo do Sr. Ministro da Educação, a sua posição oficial quanto ao "problema" de se usar o software livre.
O LULA em sua campanha, pregou o EMPREGO para os brasileiros (lembram da constução da plataforma para a Petrobrás que o FHC queria que fosse feita fora do país?) e, de repente, vem o MEC, sabotando esse plano.
Dizer que "não sabia" é papo furado. Nós não pagamos os salários dos assessores do Ministro??? Pra que eles servem?
SERÁ QUE O MINISTRO DA EDUCAÇÃO É UM ANALFABETO DIGITAL??
POLÍTCOS. BAHH!!!!
[]
Roger
RECEBI ISSO DO MEC :
Prezado Flávio Moreira,
Não há qualquer protocolo firmado entre a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, do Ministério da Educação, e a Microsoft para tele-ensino no Programa Brasil Alfabetizado, embora alguns veículos de comunicação tenham noticiado algo nestes termos.
O que houve foi, na semana passada, uma manifestação de interesse da Microsoft e de empresas a ela associadas em fornecer tecnologia de tele-ensino para acompanhamento da capacitação de alfabetizadores. Assim como vem fazendo com muitas outras manifestações com o mesmo objetivo, o Ministério da Educação recebeu a proposta e se dispôs a analisar.
Como você sabe, o Programa Brasil Alfabetizado tem a meta de erradicar o analfabetismo do Brasil até 2006, ou seja, está criando condições para que quase 20 milhões de brasileiros com 15 anos de idade ou mais aprendam a ler e escrever. Este trabalho está sendo feito em parceria com a sociedade: governos estaduais, municipais, ONGs e entidades civis que trabalham com alfabetização.
O Programa Brasil Alfabetizado tem a marca da solidariedade e se baseia no princípio do trabalho voluntário, inclusive de empresas privadas, como já vem ocorrendo em vários pontos do país.
Agradecemos a sua colaboração,
cordialmente,
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo
Enfim como de praxe quando tem que esconder ,a resposta acima do MEC fala muito sem dizer nada,assim o risco de se enrascar ou fazer feio é minimo,seria obrigatorio exigir uma postura mais clara (e no caso corajosa) do MEC,se a SOLIS e a ABRASOL se esconderem sò nos resta encher de e-mails a fim de convencer (sem ofender) sobre a necessidade de desenvolvimento de projetos livres.
Alfabetizar ou Digitalizar ? O que é mais importante ? Digamos que a Microsoft ofereça a um custo mínimo um sistema de tele-ensino para a alfabetização. Claro, estará disseminando a todos a sua droga viciante do Ruindows, mas duvido que alguma entidade lunixista faria o mesmo. Porque ? Por que necessita de muita grana para ser entregue num projeto de retorno a longo prazo(e pode ter certeza que irá ter retorno), não há empresa que eu conheça com tal poder para realizar este projeto e que levante a bandeira do Linux(a não ser a IBM).Pois então ? O que é melhor, a liberdade de ler ou a liberdade "digital"? Muita gente quer aprender a ler, é fundamental para se inserir socialmente. Se não queremos um presente de grego da Microsoft acho melhor arregaçarmos as mangas e nos filiarmos a uma ONG, pois este será o jeito de fazermos a coisa certa do modo certo. Basta de crítica, o melhor é a ação.
Concordo plenamente com o Daniel, a MS não vai entrar no jogo para ganhar uns trocados com o "parceiros na aprendizagem", vai querer ganhar com a dependência no Rwindows. A Solis não tem se omitido, basta dar um pulinho em http://www.softwarelivre.org/
A quem critica o CDI por utilizar o Windows, que vá lá e faça melhor. O mesmo vale a quem acha que os outros não estão fazendo o bastante sem nem mandar um e-mail pro MEC. Isto não é um "flame" é um incentivo para que se quebre a inércia, o Brasil precisa de gana, de ações e não de "Oh! dia, Oh! céus, OH! azar!".
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