Notícia publicada por Marco André em abril 17, 2003 05:07 PM
Talvez uma das áreas de maior dificuldade na adoção do modelo de códgio aberto seja a dos ERPs. O leitor Thiago Garcia (thiago_garciabr@yahoo.com.br) já vem pesquisando há algum tempo este assunto e escreveu um comentário bastante completo a respeito de um ERP brasileiro liberado sob a licença do Mozilla. O comentário segue abaixo (basta clicar em DETALHES).
Se você conhece outras opções de ERPs que estejam sendo desenvolvidos de forma similar, escreva um comentário a respeito.
Cada vez mais se fala em substituir as soluções proprietárias por soluções abertas, desde pequenas aplicações como os Compactadores, Clientes de E-mail, enfim, softwares que utilizamos em nosso dia-a-dia e que ninguém está mais interessado em pagar para possuir um. E provavelmente, depois do Sistema Operacional livre, o maior desafio seja um software de ERP também livre.
Navegando outro dia a procura de algo neste sentido, acabei parando no site da Multi-Informática. Eles já possuiam duas linhas de softwares comerciais, uma para DOS e outra para Windows, utilizando tecnologia não tão atual, quanto o Clipper e a versão 3.0 do Delphi. A empresa migrou para o modelo de código-aberto, mas para não precisar reescrever todo o software, continua utilizando estas mesmas tecnologias, porém a idéia é que também migrem para uma tecnologia aberta. Isto é algo inédito no Brasil e que contribui para a informatização das pequenas empresas.
Cada vez mais, com a interconexão entre clientes, fornecedores, parceiros, bancos e governo, todo o processo de negócios torna-se dependende desta cadeia e as pequenas empresas terão de adequar-se a um modelo
baseado na informação digital, assim como as grandes e médias empresas no Brasil já o fazem. Gerando assim mais economia, que gera mais empregos, aumentando a produção, enfim, um ciclo de crescimento que contribui para o país e que é criado a partir de uma iniciativa baseada em código-aberto.
Tah dando 404 na pagina de detalhes....
Tah dando 404 na pagina de detalhes....
Interessante. Agora só falta dizer o que é ERP.
PS: Fui no site há pouco e já deu pra ter uma noção, mas seria interessante colocar isso na notícia, não acham?
po, nao ta nao :)
E pra quem é leigo, como vc explicaria o q é ERP?
muito interessante, mas que raios é esse ERP?
Pelo que entendi o programa esta preso a plataforma Dos e Windows :-(.
No meu modo de ver tudo isto tem que ser jogado fora como foi feito com o Netscape, já que o projeto é baseado na licença do mozilla, e começar do zero com uma linguagem multi-plataforma como o python, java ou php, ou será que tem alguém disposto a gastar US$ 3.000,00 para adquirir a licença do Delphi ou Kylix.
Existe o sistema processa também.
http://www.sistemaprocessa.com.br
Enterprise Resource Planing. São softwares destinados a ajudar a administratar e controlar a empresa. Existem ERPs de varios níveis e de diferentes valores, alguns chegando a custar dezenas de milhões de dolares entre o software propriamente dito e a consultoria para parametrização e implantação.
Existem muitos fornedores mundiais tais como SAP, Oracle, People Soft, bem como excelentes soluções nacionais como a Microsiga (que alias tamebm roda em Linux), a Datasul e outras.
Os serviços de implantação de um ERP, movimentam muito dinheiro no mundo inteiro, não sendo a toa por exemplo a compra da Pricewaterhouse pela IBM.
Quando você implanta um ERP, mais do que colocar um novo programa nos computadores da empresa você esta definindo ou adotando uma metodologia de trabalho, um workflow (fluxo de trabalho), esta definindo seus processos para ganhar agilidade e com isso competividade. Basicamente com um bom ERP, você como administrador da empresa pode acompanhar todos os números e dados, do negócio com isso consegue em tese antecipar tendencias ou mesmo responder de forma mais rápida e eficiente as mudanças.
Eduardo Lima,
o ERP da Microsiga, que se chama Protheus,
não roda completamente em Linux.
A última versão dele é em três camadas: a
do banco, a do servidor (server) e a do
cliente (remote).
O Remote ainda só roda em Windows. O ser-
vidor sim roda em Linux. O bando de dados
pode ser até o My-SQL ou o Oracle. Eu não
sei se o PostGree também é suportado, mas
acho que sim.
Talvez o Remote funcione com wine, mas não
nativamente em Linux ainda, mas os homens
lá estão em fase de desenvolvimento para a
versão Protheus 8.11, acho.
Vamos esperar para ver.
Tem outro ERP nacional também, o da R&M Sistemas.
Nunca usei nenhum dos dois, mas sei que o Microsiga não funciona com MySQL e sim com o PostgreSQL.
A falta de alguns recursos do mysql impede a microsiga de homologá-lo.
Alguem sabe mais detalhes do programa "SISTEMA PROCESSA" ?????
Grato !!!
Existe um outro muito interessante chamado compieri, escrito em Java já foi testado e roda bem em linux, está sendo traduzido para PT_br. O porém é que só suporta Oracle como backend mas estão trabalhando para criar independência de SGBD.
ERPs e Software Aberto: alguns pontos nos 'i's.
Não quero colocar lenha na fogueira. Mas vou ilustrar algumas coisas sobre ERP, e mostrar alguns pontos de reflexão importantes.
Primeiro, vou colocar um pouco de minhas poucas experiências como o Microsiga. Três anos atrás, foi escolhido para uma empresa (faculdade) em que trabalhava. Não teve jeito: servidor Win2000 ou NT, foi o que disse o nosso Gerente de Projetos da Microsiga. Curiosamente, comprei a Revista do Linux daquele mês e tinha duas propagandas de ERPs: uma do SACI(http://www.eacnet.com.br) e do Microsiga! Mostrei para o nosso Gerente de Projetos e ele ficou branco... Informou-se e disse a coisa não era bem assim, era só a versão codebase (algo como dbf, afinal a linguagem interna do Microsiga é muito parecida com o clipper), e, não lembro agora direito, parece que o servidor de arquivos poderia ser linux+samba, mas o TopConnect, que é o centro de conexão, era Win2000 ou NT.
Não sei como está o desenvolvimento dele hoje. Nós instalamos com Oracle, mas a "customização" foi feita em codebase. Me espantava, mas na verdade qualquer base de dados serve, pois para ele era tudo a mesma coisa - um depósito de dados. Poderia ser mais rápido em Oracle ou outro banco, mas neste caso tanto faz MySQL, Postgre, qualquer coisa, é tudo igual para o Remote.
Bom, voltando aos ERPs. Conheço três alternativas hoje para o linux: o SAP (bom, vamos descartar...), o Compiere, e o Saci. Não sei se o Saci(http://www.eacnet.com.br) se enquadra bem, mas é uma boa automação comercial, e já está há algum tempo do mercado (em tempo: ele é comercial). O Compiere está entrando agora no mercado brasileiro, mas é interessante sua estrutura, ser em java é bom (multiplaforma) e ruim (desempenho, de forma geral). Andei sondando com eles, estão desenvolvendo uma versão para Postgres para o final do ano, possivelmente (hoje exige Oracle).
Quanto ao ERP da Multi-Informática, tomei contato com eles há algum tempo, logo que liberaram em software livre. Instalei para conhecer, mas... Bom, ele é melhor que o Sistema Processa em um ponto - tem um pouco de documentação.
Acho que agora posso entrar no ponto crucial. O pessoal da Compiere BR é muito franco em afirmar: a solução básica sai em torno de uns dois mil reais. É software livre? É. Mas não existe ERP gratuito.
Ninguém, absolutamente ninguém instala um ERP sozinho, mesmo com boa documentação. Isto porque não se INSTALA um ERP - se IMPLANTA um ERP. Deve-se analisar a empresa, mudam-se fluxos, etc. É sempre um processo lento. E isto tem custo. Acho este ponto de vista muito realista.
O pessoal da Multi-Informática está fazendo algo muito bom para eles, pois chamaram a atenção, alguns módulo podem ser utilizados isoladamente com algum esforço. Mas ainda é difícil implantar completamente, e, claro, nisso eles possuem hoje vantagem em serviço.
Se vocês olharem no codigolivre.org.br, tem uns três ou quatro projetos de "ERPs". Todos do mesmo jeito: alpha. Alguém cadastrou o projeto e espera voluntários. O Sistema Processa e o Multi-Informática são mais generosos. Deram uma base para começar.
Uma coisa que devemos lembrar é que não basta liberar o código. Gosto de salientar o que encontra-se no livro a Catedral e o Bazar, do Eric Raymond (http://www.geocities.com/CollegePark/Union/3590/pt-cathedral-bazaar.html), de que não é simples gerenciar um projeto de software livre, nem de arregimentar colaboradores. Já pensei algumas vezes em começar exatamente esta idéia, e desisti pois existem dois IMENSOS empecilhos:
1) A legislação brasileira muda a toda hora; e;
2) A equipe para manter o sistema atualizado é multidisciplinar (contadores, além dos desenvolvedores, principalmente).
Alguém tem que bancar isto, senão não será possível.
Vejam o caso do SAGU (http://sagu.codigolivre.org.br). Ele nasceu de uma necessidade, mas sua equipe de desenvolvimento foi custeada. Hoje, seu retorno em marketing para a Univates é completamente desproporcional ao investimento - o retorno foi altíssimo. Mesmo assim, encontra dificuldades para seu desenvolvimento - a versão 1 foi deixada de lado, pois não é muito extensível, e a versão 2 é uma reescrita em cima do framework Miolo(http://miolo.codigolivre.org.br), também de autoria deles, aliás, muito bom. De lá sairam também o Gnuteca (para biblioteca), entre outros menos complexos. E, mesmo assim, têm dificuldades de conseguir apoio fora de lá, e mesmo lá. O desenvolvimento é lento, pois são sistemas muito complexos. A documentação é pouca, muito pouca. Se quiser realmente implantar, melhor solicitar a consultoria deles (vejam, livre mas não gratuito). Não que não ajudem espontaneamente. Mas ninguém consegue convencer a chefia de implantar só porque é gratuito, pois SEMPRE há necessidade de suporte.
Resumindo: ERPs livres ainda demorarão algum tempo para se tornarem realidade (no nosso dia-a-dia). E, quando isto acontecer, ainda exigirão um bom dinheiro para serem implantados, mesmo que seja uma fração de uma solução proprietária. E, não esqueçam disto, alguém tem que se comprometer com a atualização. Por esta razão, acho que quem tem mais chance, no momento, de vingar, é a Compiere. Seu desenvolvimento lá fora é bastante ativo (está sempre entre os dez mais ativos no SourceForge).
Já está numa linguagem moderna (java) e multiplataforma. Migrar o Oracle para um banco livre (o Postgres é a alternativa mais próxima) vai diminuir ainda mais o custo de implantação e manutenção.
Encerrando (Ufa!!):
1) O Sistema Processa ainda é um programa de um desenvolvedor só, me parece. Mas é muito engenhoso. Ao Alcindo Schleder, que é seu desenvolvedor, daria duas sugestões: primeiro, falta documentação ao software, inclusive para desenvolvimento; segundo, é importante deixá-lo numa plataforma de desenvolvimento que não exija investimento do desenvolvedor. Afinal, o Delphi custa quase três mil reais. Se for desenvolvido completamente em Kylix OE, com bibliotecas tipo ZEOS, fica mais fácil de achar alguém para compilar no Windows... e ajudá-lo a desenvolver.
2) Ao pessoal da Multi-Inofrmática, comecem a reescrever seu sistema, utilizando as IDÉIAS e conhecimento adquirido. Não se prendam ao existente. A base Paradox/Dbase força o desenvolvedor a pensar diferente de uma base realmente relacional. Pensem em UML.
Autor do 'jornal':
Rafael Goulart
Para continuar com o debate ... de uma olhda no ERP e CRM em http://www.compiere.org - esta tudo escrito em java - orda em linux e win, mas usa o oracle ... porem esta sendo portado para postgres !!!! o codigo é livre !!!!
sds
Pedro Delfino
Trabalho em uma empresa (www.omstelecom.com.br) que usa software livre em todas os níveis, ou seja, desde os processos iniciais (cadastro de um cliente por uma auxiliar de escritório ou RH) até os acompanhamentos de pós-venda por um Diretor (atráves de sistema de GroupWare baseado no phpGroupWare/Tutos/Achievo). Também vendemos estas soluções, obviamente os serviços, pois como foi bem colocado aqui, são sistema que não se instalam simplesmente, são implementados, ou seja, existe um trabalho de personalização, treinamento e suporte para cada tipo de cliente.
De todas as opções citadas, a que vejo estar mais próxima de amadurecer, baseado em nossas experiências diretamente com o mercado corporativo é sem dúvida o Compiere. Tão breve ele seja portado para PortgreSQL, seu uso deverá ser bem intenso.
Off-Topic:Utilizamos o microsiga Protheus, rodando sobre uma base PostgreSql. O MySql roda, mas em alguns módulos não tem todas as soluções... usamos para a contabilidade do ano anterior. Rodar no linux? Só com Wine.
On-Topic:) Além do Compieri, que cheguei a testar mas senti problemas de performance, existem dois pacotes open que estão no mundo e poderão ser portados para nossa lingua: O facturaLux (espanhol) e o GnuEnterprise. O bom (para efeito de performance) é que não usam o java. Espiem os sites:
http://www.gnu.org/software/gnue/project/what.html e http://www.facturalux.org/.
Infelizmente, os SW's de gestão não são sedutores, e há relativamente poucos interessados.
A Empresas ou profissionais que buscam um sistema de gestão que utiliza plataforma livre agora existe o SGI CORP (Sistema de Gestão da Informação Corporativa)100% brasileiro no site www.datatime.com.br em produtos e serviços SGI CORP,multiplataforma,100% Linux, PHP/Java Script e HTML banco My SQL, ERP completo para Indústrias de vários setores incluindo química e cosmética e Distribuição é só conferir.
Aos profissionais e empresários conheça a mais recente novidade do mercado em sistema de gestão ERP, o SGI Corp no site www.datatime.com.br em produtos e serviços, multiplataforma, nativo Linux, 100% brasileiro, PHP, Java Script e HTML utiliza banco My SQL, já roda com sucesso em Indústrias e Distribuição de vários segmentos inclusive química e cosmética solução completa 10 módulos é só conferir.
Certamente quem está interessado em um ERP com código fonte aberto deve dar uma olhada no compiere (www.compiere.org), pois além se ser muito bom, é elaborado em JAVA e esta quase pronta a parte que o permitirá usar o Postgres.
Seu Website é muito bom, na sourceforge encontram-se detalhes da modelagem, oque torna mais facil alterar-lá.
Estamos rodando o ERP da Microsiga versão 7.10 em Linux puro, ou seja, o Banco de Dados Postgree, com o Server Protheus, o Gateway TopConnect (q faz conexão com o banco) e as estações em linux acessando via cliente LINUX e estações windows com client WINDOWS...
Eu trabalho na microsiga. E confesso uma coisa...
Não implantaria o Protheus, ERP da microsiga, nem em Windows, nem em Linux...
Banco de Dados??? MS SQL, Oracle, PostGree, My SQL??? Qual a diferença, se a microsiga não implementa nem Chave Primaria, Estrangeira ou Indices na Base, é tudo controlado no código fonte... Na verdade é um depósito de dados sem ordem nenhuma... não usa o verdadeiro poder do banco de dados...
Só para finalizar, quem é fã da microsiga, ou cliente...Pede o DER (Diagrama de Entidade Relacional) para eles... provavelmente lhe darão o fluxo de workflow... não existe DER aqui...
Até mais
Tenho dó deste concorrente da Microsiga que se intitula como programador da Microsiga, bom em primeiro gostaria de dizer a todos vocês que realmente confiam em empresas realmente competentes e nacionais, que o maior problema que a Microsiga enfrentava é que o seu ERP não rodava realmente em estações Linux, porém com a nova versão que esta sendo lançada em 30/04/04, este problema estará resolvido, pois foram criados dois remotes, o remote windows e o remote linux, sim isto mesmo dois códigos fontes foram desenvolvidos, sem contar ainda com integridade referencial em bancos top's e tem também uma surpresa muito boa para quem curte novidades,,, segura aí que esta vindo uma nova éra a éra do Ecossistemas... aguardem
Acho correta (em partes) a afirmação do Programador Microsiga (pois ele é quem conhece de fato o código fonte). Porque? Porque a um tempo atrás foi lançado um livro sobre o ERP Microsiga e vem o programa da Microsiga (um tipo de versao reduzida do ERP original para treinamento), e quem conhece um pouco de SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados) vë logo que não existe integridade referêncial, chaves primárias, e tudo que um bom SGBD deveria ter.
Com certeza isso não me garante, que o Sistema ERP original, não utilize os recursos de um SGBD, mas é um indício.
Por outro lado, não acho errado um software de ERP - que deseja ser Multi-SGBD - "emular" funcoes do SGBD, pois como é de conhecimento de todos, cada fabricante de SGBD implementa suas próprias funcionalidades que nem sempre estão em algum padrão, e implementar um único código fonte para vários SGBD, não é tão simples quanto parece. E só para finalizar, se o código for bem escrito e tiver a competência de manter a integridade dos dados, então qual o problema? Com certeza nenhum, pois o usuário do sistema e os donos da empresa é quem vão dar o aval final da solução (facilidade de uso, rapidez na entrega de alterações, rapidez do software, etc...) ,claro, após meses (ou anos) de utilização.
...Estou com vontade de voltar a ser programador da microsiga !!! Com certeza é um excelente erp, claro que nao se utiliza de varias possibilidades de SGBDs, justamente para que o ERP possa ser multi-banco. Se fossemos utilizar toda a potencialidade do banco do cliente, com certeza os custos de implantacao e suporte seriam bem maiores, pois todos deveriam ser especialistas em todos os bancos, e para um ERP esta nao é a ideia, mas sim estar focado no necogio do cliente...
Caso alguém tenha atualizado o protheus da versão 7.10 para 8.11, preciso de ajuda...
Grato
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