Anderson (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 3:07 pm

Coisas de um mundo capitalista.

Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 4:04 pm

Se o juiz der razão nessa questão da API, provavelmente a FSF, EFF, Mozilla e mais qualquer um que se importe com desenvolvimento e monopólios vão precisar entrar com uma ação no Supremo americano.

Isso é muito maior que o processo em questão.

Já na frente das patentes… já fica a dica: Bem interessante as opiniões do Shuttleworth sobre patentes na entrevista ao TechCrunch:

http://techcrunch.com/2012/05/10/mark-shuttleworth-is-passionate-about-canonical-patents-and-space/

lapis (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 4:08 pm

Isso não é capitalismo.E isso estão abusando demais do capitalismo para dar razão a qualquer coisa.

Isso é oligopólio e uso abusivo do governo pelas corporações.

lapis (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 4:18 pm

É bem vergonhoso tudo isso que acontece,afinal a Sun apoiava o Harmony sem problemas (exceto pela suite de teste). E o OpenJDK não tem uma VM capaz de rodar em mobile.Ai a goole faz um bem bolado e cria uma VM superior.E não sei qual é o problema disso.

E outra essa história de API chega a beira patente de software.Afinal a implementação de referencia é livre e querendo ou nao todo mundo pode ver a API (pois a implementação de referência usa(e é ) a API) .

Spif (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 5:18 pm

“uso abusivo do governo pelas corporações.”

Wait, what? Cara não sei o que vcs deram pro Lapis, mas me vê dois.

“OpenJDK não tem uma VM capaz de rodar em mobile.Ai a goole faz um bem bolado e cria uma VM superior.E não sei qual é o problema disso.”

O problema é que o Google plagiou a Sun/Oracle. Que eu saiba isso é mal-visto até dentro do software livre. https://duckduckgo.com/?q=br-linux%20wrochal+site:br-linux.org&kl=br-pt

lapis (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 5:44 pm

Oras sem gracinhas e palhaçadas.Uso de patentes de software e abuso de copyright é sim uso do governo para fins sem real competitividade.A oracle nem tem um produto a concorrência e nem a Sun tinha.Então que é a finalidade da Oracle ? Ganhar dinheiro sem fazer nada com a ajuda do governo e principalmente na ares juridica.

A google usou o que estava aberto .OpenJDK e Harmony estavam abertos.E só melhorou o que tinha .Não existe plagio em software livre.

Marcos (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 7:58 pm

Melhorou o que tinha copiando código do outro e dando replace nos créditos, além de chamar de Java uma linguagem que não é Java.

lapis (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 10:51 pm

Mudando os créditos onde marcosalex.

Eles pegaram código do Harmony (e se há falhas de “cópias” do OpenJDK são aquelas que os proprios desenvolvedores se equivocaram pela semelhança entre os códigos e na maioria é código pequeno)..

Deram crédito ao projeto Apache e pronto.E a VM deram para eles oras.Não podia mesmo chamar aquilo de java pois o Harmony nem o Dalvik tem direito para isso oras.

lapis (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 11:04 pm

Acho que as coisas não estão muito claras aqui como sempre,infelizmente.

Dalvik só existe porque Java por si só não é capaz de rodar rápido em celulares.Logo Dalvik é só uma extensão do java e não uma substituição direta.Logo deveriamos olhar mais o Dalvik como extensão do Java do que substituições .E o Java tem muitas extensões opensource e algumas proprietárias.

Dalvik não pode ser chamado de Java por Java é marca registrada e só quem tem acordo com a Oracle pode usar este nome. Mas sim é “Java” pois implementa Java devido a sua compatibilidade.Com o adicional de usar uma VM mais rápida para celuares. Se não fosse necessário criar um VM mais rápida,a google só usaria o Apache Harmony somente .E o Apache Harmony sempre foi livre para lançar seu “Java” como ele sempre quis,mesmo sem logotipação da Sun e da Oracle.

A Sun anos atrás aceitou e bem a idéia do Android e não aceitou nenhum tipo de extorsão ou acordo.Afinal a Sun não queria algo fechado senão nem lançaria o JDK dela em GPLV2+.E os tempos de antes são iguais aos tempos de hoje,exceto que o dono mudou.

E agora num ataque de loucura quer tirar dinheiro sem fazer nada.

Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 11:29 pm

@lapis: acho que é equívoco seu. Dalvik é sim uma outra VM, nada de uma extensão do Java. Até porque foi concebida pra ter acesso baixo nível ao hardware, coisa que a Java VM não faz (por definição).

Do resto, concordo com você: a Sun deixou claro que não quis briga com a Google.

Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 10/05/2012 às 11:31 pm

O que o @Weber Jr falou, assino embaixo: esse processo é algo muito maior que as patentes envolvidas. Se a Oracle ganhar, vai abrir precedência pra que outras empresas possam processar só por alguém usar APIs similares.

lapis (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 12:22 am

@Rael

Dalvik é ainda java pois só muda isso mesmo ,a capacidade de acessar com mais facilidade o hardware da máquina. É um extensão neste caso penso eu porque é uma VM que não altera todo o resto do java .Nem a linguagem nem as APIs.

O LLVM tem um projeto igual a este chamado vmkit.Que é uma Java VM que roda diretamento no hardware da máquina.

Porfírio (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 7:03 am

@Marcos, me admira vc, que deveria saber bem mais do que eu.

A linguagem que muitos usam pra criar apps pra Android é Java sim. Mesma sintaxe, mesmas instruções. A Google ao dizer “não é Java” não se referia à linguagem e sim à VM, que realmente não tem nada a ver com a JVM: A Dalvik é inteiramente diferente (sim, lapis: não é uma extensão da Java, seus princípios são inteiramente diversos, só tem em comum o fato de que também se trata de uma máquina virtual – A Dalvik não é compatível com Java: para rodar java nela, é necessária uma tradução do código objeto para um arquivo específico pra ela).

Quem “chupou” o Java e negou a paternidade foi a MS. Desinformação não faz bem seu estilo, @marcosalex.

A Google fez muito mais do que mudar os créditos. Segudo sei, mais de metade da API do Android foi ela quem desenvolveu sozinha. A API do Java original está somente na base. Mas mesmo se tivesse realmente copiado, ela poderia: em código aberto, vc. pode sim fazer isso. Muitos vão argumentar não ser ético (como no caso do Mint) mas o fato é que ninguém vai te processar por isso.

Se o tal código de ordenação está no JDK da Sun e não no Harmony, a Oracle se daria bem melhor ao processar a Google por violação da GPL (O OpenJDK é GPLv2, o Android é apenas OpenSource) do que montar esse circo todo. Porque ela está fazendo isso então? Para criar jurisprudência. Isso torna esse caso em particular muito mais perigoso para o FLOSS em geral do que para apenas o Android e a Google.

Google tem muito cuidado ao usar a palavra “Java” porque uma das poucas coisas das quais a Oracle realmente é dona, é essa marca. Não tendo licenciado, não tem o direito de usa-la para promover seu produto.

Porfírio (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 7:05 am

A FSF está denunciando que esse processo da Oracle não representa mais apenas uma tentativa de ganhar dinheiro. Ela está evoluindo para um ataque legal contra todo o conceito de FLOSS.

Paulada nessa empresa, até que ela volte para o seu cantinho.

Porfírio (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 7:11 am

@lapis, a Dalvik não é uma JVM porque tem um conjunto de instruções diferente, estrutura de código de byte diversa e não é uma máquina de pilha. Fiz um trabalho sobre ela ano passado.

lapis (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 7:36 am

Entendo que ela usa bytecode diferente,mas acho que isso tudo ainda é uma extensão,pois essa VM só nasceu devido a necessidade de criar uma plataforma mobile adequada,senão a Google usaria a VM padrão do Harmony mesmo.

E como toda extensão precisa ser convertido para o projeto final.O AspectJ por exemplo ,existe uma diferença que ele é uma extensão baseada na API java,mas é igualzinho a abordagem da Dalvik.Voce cria o programa usando aspectos e ai passa esse programa para o compilador Aspectj e ele converte para bytecode java comum.

lapis (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 7:44 am

Afinal o mesmo processo ocorre com a Dalvik,onde o individuo escreve em java e passa por um conversor de bytecode Dalvik. Só isso.

Isso é muito diferente de uma linguagem que foge completamente ao java.

Ironmaniaco (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 9:50 am

A FSF devia ter se CALADO nesse processo.

1 – A Google escolheu não usar uma parte do CORE do Java justamente por ser GPL, e a FSF tá advocando a favor da Google e toda aquela pataquada. Uma tecnologia que tava ali naquele entremeio perigoso do “Fair use”.

2 – Até mesmo a FSF já havia redigido um documento(o clássico Java Trap) alertando da utilização de uma tecnologia como o Java, onde a VM é fechada.

Não sei porque ainda abraçar a causa de uma tecnologia tão “turva”, quanto a nível de licenciamento e que mais parece uma bomba-relógio.

erico (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 10:22 am

mano @porfírio

“A API do Java original está somente na base. Mas mesmo se tivesse realmente copiado, ela poderia: em código aberto,” estar em código aberto não significa que pode ser copiado e empacotado como seu

Google tem muito cuidado ao usar a palavra “Java” porque uma das poucas coisas das quais a Oracle realmente é dona, é essa marca. Não tendo licenciado, não tem o direito de usa-la para promover seu produto.

Era só o Schomidt fazer como faz a IBm e outras e licenciar a partir dos testes que poderia usar a marca java©.

para terminar, penso que dalvik é mais uma otimização ao ambiente que propriamente “extensão”.

erico (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 10:57 am

mano @ironmaniaco

Se os jurados entenderem que api tem direito de cópia na forma proposta pela oracle o resultado será bem pior que o prejuízo financeiro do google.

Quanto a java ser livre ou não, em 2012, o java trap original é de 2005 acho anterior a abertura de código da JVM, está no que Larry e Oracle deixam ou fazem vista grossa, quero dizer que o problema da liberdade é maior de governança que da própria licença

O fio da meada em que oracle está se sustentadno é a padronização que java possui, ninguém opta por quebrá-la, só google, no frigir do ovos isso também limita o que voce pode fazer com o padrão/plataforma.

Marcos (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 11:31 am

@Lapis, a linguagem que se programa pro Dalvik não é 100% compatível com a especificação Java, então não é Java, apesar do Google chamar assim. O Google jogou por terra o write once, run anywhere que a Sun tanto lutou com mão de ferro pra manter. A regra é simples, não segue a spec, não é Java.

Mas a Oracle não processou o Google por isso, ao contrário do que pregam.

@Porfirio, não misture Linguagem, Maquina Virtual e plataforma. Culpa da Sun de chamar as tres coisas do mesmo nome. A máquina virtual a Oracle não discute que não seja Java, nem o opcode é o mesmo e alguns jars do Java podem até ser usados, mas precisam ser convertidos. O problema é usar código dela que fere a licença. Não é apenas uma extensão. E o próprio Google que negava ter feito, hoje admite, agora mudou o discurso pra dizer que é código sem importância.

Exemplos de diferenças entre a linguagem Java e o ‘Java do Google’:
- Android não possui uma função main. No lugar disso possui Activities (onCreate, onResume, onPause, etc), funções que podem ter sobrecarga. Delphi é assim.
- Muitas APIs são similares, mas não possui toda a API JSE.
- Não possui suporte a Swing e JAvaFX, você programa a GUI com XML
- Pussui APIs limitadas ao Android (Contacts, Power Management, Graphics…);

lapis (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 1:22 pm

Marcosalex

Não jogou fora o write once,run anywere.A google simplesmente fez o que o java padrão não oferecia,que é boa velocidade e bom suporte no mundo mobile.Por isso ele não destruiu nada o java atual,porque o java atual não existia no mundo mobile da forma que é hoje no Android.Tá tinha o JavaME,mas era uma plataforma limitada e lenta.

O google não referencia seu kit como Java porque chama é marca.Mas nao entendo onde tira infração de código.O código do google é do Apache Harmony.E as pequenas cópias que foram tiradas do OpenJDK são meras falhas e coisas pequenas,como algoritmos de ordenação.

O problema não é isso marcosalex.O problema é que a Oracle quer até mesmo limitar o uso de uma API.E nunca pegaram no pé do Harmony ,eles construiram uma API inteirinha e nunca deu em nada.

E os detalhes ai que voce fala entre diferenças entre ai são meras APIs externas.E não há problema nisso.

Porfírio (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 5:00 pm

@lapis, não seja teimoso não, cara… A Dalvik não tem nada mesmo a ver com a JVM… Absolutamente nada funciona igual. E mesmo do ponto de vista histórico, o conceito de VM já existia e era usado muito antes do Java… Tem de fazer um malabarismo dos infernos pra traduzir o que é escrito em Java para rodar na Dalvik. Por sorte dos desenvolvedores, todo o processo foi automatizado.

Isso foi uma resposta pra vc tb, @Erico: não é extensão nem otimização: simplesmente não é JVM mesmo…

@ironmaníaco, o item 1 da sua argumentação sugere que a FSF considera outras licenças abertas que não são a GPL, ruins. Não é o caso. Leia mais um pouco as sábias palavras do bom doutor disponíveis no site da fundação. O Harmony era considerado um projeto bom e válido, que poderia sim ser usado para melhorar outros projetos livres.

O item 2 da sua argumentação já não é válido faz tempo: “The Java Trap” foi escrito pelo Bom Doutor antes que a Sun liberasse o Open JDK. A FSF acompanhou todo o processo e por fim declarou que a Java Trap havia sido desarmada. A FSF está sendo, portanto, coerente: continua firme em dizer que a armadilha já não está mais lá.

@Erico, em relação a marca, haviam várias exigências técnicas além o kit de testes e a Google não quis se submeter a elas. Foi bom, pq a plataforma mobile da Sun deu com os burros na água.

@Marcos, a Google não “jogou por terra” os conceitos do Java pq nunca quis seguí-los. O Java propriamente dito continuam existindo e segundo os progs que eu conheço ela vai bem obrigada.

Não, a Oracle não está fazendo o que eu acharia certo: processar por causa do código pretensamente roubado por violação da GPL (não foi, pq foi escrito pelo mesmo autor e as leis de lá sobre isso são diferentes das daqui, ou a lâmpada incandescente hoje pertenceria à Siemens). A Oracle está tentando ignorar que o Java foi liberado. Tentando passar a ideia que a especificação de uma API pode ser considerada propriedade, entre outras ideias daninhas.

Em questões técnicas, agora escreve o meu mano (que odeia escrever em fóruns, mas eu pedi):

- O método main() não caracteriza o Java nem aqui nem na China. Ele é o ponto de entrada de uma aplicação desktop. Java é mais amplo que isso. Usar métodos de callback como se faz no Android é muito típico em Java: Applets tem init(), start(), resume(), destroy(). Servlets tem init(), doGet(), doPost()., destroy()… Eu diria inclusive que o ciclo de vida de uma Activity é praticamente o mesmo de um Java Applet.

- As API com pacote iniciado em “java” não são apenas similares, são idênticas. O que ocorre é que são disponibilizados outros pacotes e outros são suprimidos, coisa que a JMe por exemplo fazia também.

- Não possui suporte a awt, swing ou JavaFX, coisa que a JMe tb não faz.

- Possui API específicas. A JMe também.

lapis (usuário não registrado) em 11/05/2012 às 9:53 pm

Ok Porfirio entendido.

O que o pessoal não entende é que a Oracle foi pulando de galho em galho para explorar alguma coisa.Não conseguiu com patentes,nem com o código (copias bobalhonas de 10 linhas) e agora tenta com API.Ou seja nega toda a realidade de que o Java foi liberado desde 2006 a sua implementação e mesmo a Sun não fazendo nada contra o Android ,agora quer atacar de vez.

Víctor (usuário não registrado) em 12/05/2012 às 4:32 pm

@lapis, a questão das patentes envolvendo Java ainda não foram julgadas. O que foi julgado agora foram as questões envolvendo direito autoral, o Juri decidiu que realmente houve quebra do direito autoral, mas no caso relacionado as APIs o júri não conseguiu decidir se esta cópiapoderia ser feita ou não devido ao “fair use”.