Torquemada (usuário não registrado) em 26/10/2011 às 4:33 pm

Puxa e o SJ nem está mais aí pra ver isso ahahahahaha

Alex (usuário não registrado) em 26/10/2011 às 5:57 pm

Esses dias tentei procurar por projetos opensource no Android Market. É algo muito raro, dá para contar na mão esquerda os opensource no Market.

Porfírio (usuário não registrado) em 26/10/2011 às 6:39 pm

Open source no mundo mobile é um nicho que está nascendo apenas recentemente, as regras do jogo ainda não foram “descobertas”.

É preciso desenvolver estratégias de colaboração, quais as vantagens que o autor ganha ao abrir seu projeto e mesmo estratégias de monetização de aplicações open-source.

No mercado de servidores isso já está bem estabelecido faz algum tempo. Em estações de trabalho as coisas estão se estabilizado ainda. Mas no mercado mobile tudo é completamente diferente.

Weber Jr. (usuário não registrado) em 26/10/2011 às 7:35 pm

Alex

“Esses dias tentei procurar por projetos opensource no Android Market. ”

Para isso pode valer mais a pena procurar direto no Google Code, na parte de hospedagem de projetos digo.

Felipe (usuário não registrado) em 26/10/2011 às 10:53 pm

Alex, na mão direita não dá pra contar não? rsrs

Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 27/10/2011 às 9:19 am

@Alex: já é difícil contratar desenvolvedores pra Android ou iOS… ou seja, PAGANDO já é difícil achar mão de obra qualificada.

Spif (usuário não registrado) em 27/10/2011 às 10:58 am

Software livre pra Android? Pergunte pra quem entende de Software Livre.

Lista divulgada pela FSF: http://www.fsf.org/working-together/next-steps/free-software-for-android/?searchterm=android

Tiago (usuário não registrado) em 27/10/2011 às 1:11 pm

Softwaare Livre??? Eu vejo, na minha percepção, que ainda se faz um uso errado esse termo. Não no fato do código ser aberto e livre (o que caracteriza de fato software livre), mas em algumas justificativas e opiniões.

1) A base instalada do Android é grande não porque ele é software livre, e sim porque qualquer um pode instá-lo no seu dispositivo e vender e também – o mais importante – a Google investiu muito para torná-lo popular. Se só o fato ser ser software livre fosse motivo de sucesso, o MeeGo seria o mais popular sistema móvel e o iOS seria o maior fracasso da história da telefonia.

2) Software livre funciona assim: eu tenho um problema e não tenho recursos o suficiente para criar e manter a tecnologia que resolve tal problema. Então eu crio a tecnologia, libero, e outras pessoas que possuem o mesmo problema, me ajuda a evoluir e manter essa tecnologia. Quer um exemplo: Eclipse. O Eclipse só funciona porque ele é útil a várias empresas e essas empresas o mantém. Quer outro exemplo? O kernel do Linux. São projetos que precisa de tempo, dinheiro e mão de obra qualificada. Não existe essa estória de “ah, nessa manhã de domingo eu tenho um tempo livre e vou criar um software e disponibilizar”. Não existe. Por esse motivo é difícil achar software livre no Market. Afinal, esses software são feitos para um fim, para o consumidor final e quem o fez, ou vai querer receber, ou vai apenas manter. Não vai perder o seu tempo e nem paciência em listas de discussões e ter a carga de trabalho de gerenciar o desenvolvimento colaborativo. São software pequenos, pouco complexo que com um escopo muito bem definido. Nesse cenário, não há necessidade de abrir o código. O máximo que vai acontecer é quando o programador não quiser mais manter o software, vai jogá-lo na rede para que se tiver um doido disposto a continuar, que continue, se não o software morre.

Algumas pessoas que postam aqui pode dizer: você está errado, esse é um pensamento egoísta, não é a filosofia do software livre. Bom, na verdade é um pensamento pragmático, não político e não hipócrita. É só a verdade. Acima está sim a filosofia do software livre: aberto, colaborativo. Só não existe aquela ideologia sem noção.

Um exemplo sou eu mesmo: eu evoluí um pouco o Selenium e planejei até criar um plugin para o Eclipse. Porém a empresa está descartando o uso do Selenium. Alguém acredita que o que eu fiz vai pra frente? Alguém realmente acredita que eu deveria levar os códigos para casa para continuar o trabalho na minha hora livre sendo que não irei mais precisar do Selenium? Não faz sentido.

Quanto a notícia, isso é muito importante, mas na minha opinião, o mais importante é: quem gera mais renda? Se esses softwares baixados de graça no Android for financiados com publicidade, acredito que logo logo o Android terá mais renda. Mas no caso de softwares sem publicidade, e que são gratuitos, o que os financiam?

Xinuo (usuário não registrado) em 27/10/2011 às 9:28 pm

@Tiago,

O que financia um software livre?

Eu diria que não precisa de financiamento, pois a princípio os que o fazem estão contribuindo com o software, o estão financiando (de alguma forma).

Vc cita sua experiência pessoal e pergunta quem financia?!?!? Vc ganha um salário para fazer algo, pega um software livre e o adapta para fazer aquilo melhor ou mais fácil para vc. Vc doou seu tempo (=dinheiro) para fazer o software, é sua forma de financiar. Sua empresa pagou a vc por fazer aquele serviço, lhe deu um computador, pagou a energia e a conexão com a internet, a empresa lhe financiou e indiretamente financiou o software. Outra empresa usa o software e fornece um servidor para ajudar no desenvolvimento. Usa internamente ou para oferecer suporte a outros que usam, etc. Alguém quer adaptações e paga algum desenvolvedor, outro faz doações. Um programador com tempo livre quer aprender mais ou gosta do desafio ou quer mostrar que sabe ou quer simplesmente ajudar, daí entra num projeto. Certamente existe inúmeras maneiras de “financiar”, incluindo também as que não precisam diretamente de dinheiro.

Para quem não sabe como as coisas acontecem deveria ser eximir de dizer: “se faz um uso errado desse termo”, “isso funciona assim”, “isso não existe” ou isso que eu falo “é só a verdade”.

Weber Jr. (usuário não registrado) em 27/10/2011 às 9:52 pm

Tiago

“Software livre funciona assim: eu tenho um problema e não tenho recursos o suficiente para criar e manter a tecnologia que resolve tal problema. Então eu crio a tecnologia, libero, e outras pessoas que possuem o mesmo problema, me ajuda a evoluir e manter essa tecnologia.”

Forma BEM negativa de ver e apenas UM dos motivos e dos bem canalhas, por sinal. Enfim, generalização.

“Bom, na verdade é um pensamento pragmático, não político e não hipócrita.”

Não ter escrúpulos não é sinônimo de pragmatismo.

Anderson (usuário não registrado) em 28/10/2011 às 12:06 am

Já existem os aparelhos com Android XingLing da vida, acredito que se o google não mudar a forma de abordagem para os vendedores ganharem dinheiro, muitos desenvolvedores vão lançar seus aplicativos só por pressão mesmo, pois quem está querendo pagar 200,00 num celular com android chinês ed baixa qualidade nao pagará nunca num aplicativo de 15,00 ou de 10,00 reais. Quem tem MAC e IOS tem pelo status ou por querer levar mais qualidade, e paga pelo software, no Android a mentalidade é que tudo seja grátis! E praticamente ninguém ganha com anuncios, só os que conseguem ter seus programas / jogos baixados em massa, com milhares e milhoes de downloads.

Porfírio (usuário não registrado) em 28/10/2011 às 1:09 pm

@Weber e @Xinuo:

Tecnicamente, creio que o Tiago está correto sim. O motivo para a disponibilização de código livre nas empresas funciona exatamente assim. E é muito positivo que esse modo funcione.

É interessante a questão do software livre como fenômeno social, etc. mas os grandes sucessos do SL, aqueles que efetivamente puxam o movimento e o levam pra frente, não são construídos tendo o bem comum como elemento motivador. O autor precisa ter alguma vantagem em abrir o código, caso contrário não o fará.

Quando o líder da Linux Foundation (se eu não me engano) falou a algum tempo a mal-interpretada frase “Se você usa SL e não contribui de volta vc. é um idiota”, ele estava simplesmente sendo pragmático: sem feedback, vc. não aufere totalmente as vantagens do modelo: é como beber café sem açúcar, só porque foi dado de graça. A idéia não é “somos bonzinhos com você, seja conosco em troca” e sim “contribua, é vantagem pra você”.

Software é como dinheiro. Guardado embaixo do meu colchão ele não evolui. Apenas quando compartilhado e investido ele cresce. Isso é uma questão prática, não uma ideologia social.

Tal como o Tiago descreveu, vou colocar personagens na história:

Um dia um cara chamado Linus teve um problema: ele queria rodar um bom sistema operacional, compatível com o Minix, em casa.

Ele tinha conhecimento e fôlego pra escrever um kernel, mas não tinha tempo, dinheiro nem saco para desenvolver e aperfeiçoar device drivers, compiladores, ferramentas de sistema…

Então disponibilizou o que ele tinha e falou: “alguém compra essa idéia junto comigo?”

Quando foi correspondido, Linus lucrou. Teve o seu sistema operacional, ele cresceu e conquistou usuários, retornando ao Linus uma grana bem atraente em consultorias.

Fala dessas idéias de “SL como contribuição social” para uma empresa bem sucedida como a RedHat e a resposta mais educada que vai conseguir é um sorriso condescendente, do tipo que a gente dá pra uma criança.

Parafraseando o RMS: “A GPL não impede a criação de softwares comerciais. SL é sobre liberdades, não sobre preço. Existem projetos comercias com Software Livre e eles são muito importantes