Enquanto aguardamos a notícia ser independentemente confirmada por mais fontes (além do autor do artigo mencionado abaixo), vale destacar a feliz coincidência de a divulgação ter ocorrido na mesma data em que grupos de usuários da Mandriva lançaram manifestos pedindo mais clareza sobre a situação da empresa, bem como a continuidade da torcida por uma solução satisfatória para os funcionários, clientes e comunidade.

Segue texto enviado por Manoel Pinho (pinhoΘuninet·com·br):

“Depois de semanas de rumores de aquisição que colocaram sob pressão os usuários e funcionários do grupo, a empresa Mandriva deve finalmente receber o apoio de investidores que ajudarão a financiar o seu futuro.

É o fim do calvário da Mandriva, que agora parece ter sido salva por seu novo CEO, Arnaud Laprévote. A empresa estava sob a ameaça de liquidação e, sobretudo, o resultado de rumores que correram por várias semanas sobre o estado catastrófico das suas finanças.

“Hoje a empresa encontrou investidores que decidiram investir na empresa para devolver o equilíbrio ao grupo e encontrar um bom modelo de negócios”, explicou Arnaud Laprévote em uma entrevista, acrescentando que “as preocupações da comunidade e dos usuários não precisam mais existir”.

Ainda assim, o CEO – sujeito a regras de confidencialidade – não especificou a identidade dos investidores. Em maio passado, algumas notícias revelaram problemas no fluxo de caixa e a existência de um plano de revenda.

Entre os potenciais compradores, a LightApp estava em primeiro lugar, e especialmente a Linagora, uma empresa de software livre chave na França, liderada por Alexander Zapolsky, que em comunicado à imprensa confirmou estar em conversações com a Mandriva sobre uma forma de aquisição.

A idéia de uma fundação foi descartada? No dia 14 de junho, Frederick Cuif, um dos fundadores da Associação dos usuários de língua francesa do Mandriva Linux, por sua vez já havia publicado em seu blog uma nota referindo-se a outros planos de aquisição ou reestruturação. Além da Linagora – que aparece no texto um pouco mais detalhadamente – foi dito que havia também um projeto de fundação, da empresa Wallix (editora francesa especializada em Segurança Open Source) juntamente com François Bancilhon e de Stanislaus Bois, dois ex-CEOs da Mandriva.

Projetos agora conjugados no passado. Arnaud Laprévote explica: “nós estávamos cientes de que a existência de Mandriva estava ameaçada, mas já não é o caso de hoje.”

Note que os usuários do Mandriva Linux estiveram na linha da frente no final da semana passada. Em 18 de junho, muito ironicamente, a Associação dos usuários de língua francesa do Mandriva Linux pediu que a direção da Mandriva tomasse uma posição clara sobre o futuro da distribuição. Um apelo do coração dos usuários, que se sentiam obviamente preocupados e espantados com a possibilidade do fim de sua distribuição favorita.

Em um post intitulado “Sustentabilidade e Mandriva Mandriva Linux”, que pediu “novamente para a direção um posicionamento da Mandriva” e “para apresentar os projetos de continuação possíveis” e “para esclarecer a posição oficial da empresa Mandriva sobre os projetos em curso com as empresas identificadas: Wallix, iEurope (idoo.fr), e LightApp Linagora (dentre outras)”, em referência a rumores de aquisição do grupo por terceiros. Enquanto isso, funcionários do grupo no Twitter alegaram não terem sido pagos durante vários meses. Em suma, o clima de ultra-tensão deve ser relaxado um pouco na semana que vem, se as promessas de Arnaud Laprévote se materializarem.

A Mandriva faz uma distribuição Linux para desktops e uma para servidores (Enterprise Server). Vende também no segmento profissional de ferramentas de administração, como Pulse, e gerenciamento de servidores de diretório de usuários (MDS). Arnaud Laprévote assumiu o cargo de CEO da Mandriva no dia 09 de abril de 2010.

Fonte:LeMagIt (Agradecemos ao usuário Asghan, que reportou esta notícia no forum)” [referência: mandrivabrasil.org]