Ontem foi o primeiro dia da LinuxCon Brazil, e embora a cobertura tenha se concentrado muito mais nos convidados internacionais do que nas outras realizações que o evento ofereceu, mesmo assim fica amplamente demonstrado que o volume da cobertura dos eventos nacionais sobre código aberto varia na razão inversa do quadrado da distância entre o local do evento e a sede dos portais e agências.

Mas se a imprensa queria Linus, ela o teve em fartura, e isso se reflete nos títulos das matérias sobre o primeiro dia do evento, que reproduzi abaixo – todos, exceto um, são sobre Linus – e o outro é sobre Jim Zemlin.

Acompanhando o evento pelo Twitter ao longo do dia, deu de ver o que já era esperado: como foi o cadastramento, recepção e distribuição de materiais, a conectividade disponibilizada ao público, gente se esforçando (sem muito sucesso) para associar a presença de Linus no Brasil aos seus projetos pessoais, palestras em que integrantes da comunidade deram show (dizem que a da bani valeu por uma aula sobre licenciamento livre), e muita gente querendo posar para fotos ao lado dos figurões presentes.

Mas na imprensa não teve jeito: os holofotes estavam mesmo apontados para o pragmático finlandês que iniciou o kernel livre mais usado no mundo, e quer aproveitar a passagem pelo Brasil para praticar o mergulho.

As manchetes carregadas de citações diretas – por exemplo: “A comunidade Linux não tem inimigos. Apesar de termos tirado uma fatia da participação de outras empresas, também contribuímos para o crescimento desse mesmo mercado” – evidenciam o posicionamento torvaldiano de não estar numa guerra contra outros, e sim a favor do projeto que desenvolve com (e por) prazer.

Veja o que circulou no primeiro dia do evento: