“A principal atração do Campus Party foi John “Maddog” Hall, o diretor-executivo da Linux International, que fez sua tradicional defesa do software livre como forma de garantir maior liberdade para os usuários e também mais segurança para os sistemas.

- Todo software deve ser livre, ao menos que haja uma razão especial para que isso não aconteça. Você não pode ser escravo de um programa. Ele não pode te dizer o que fazer, como e quando – salientou Maddog.
Hall disse que o fracasso do Windows Vista fez com que muita gente optasse pelo Linux como sistema operacional, ao “perceberem que a Microsoft não sabia para onde estava indo”.

Maddog mostrou o crescimento do uso do Linux a partir de 1998, especialmente por grandes empresas, como a IBM. Segundo ele, 80% dos supercomputadores do mundo utilizam Linux, e o principal desafio da empresa é continuar aumentando o número de usuários comuns. E esse, na sua opinião, é o valor de um evento como a Campus Party, levar o Linux a mais pessoas, pois muitos nunca sequer o viram.

- O futuro é animador. Temos milhões de pessoas com computadores, que não têm condições de pagar por um software da Microsoft, por exemplo. Aí é que nós entramos, com um software livre, a custo zero, mas não por isso de menor valor – finaliza ele.

O executivo falou ainda sobre as vantagens em termos de segurança que órgãos governamentais têm quando adotam um software.

- É uma questão de segurança. Os governos de vários países não confiam em softwares desenvolvidos por outras nações. Por isso é tão importante ter o código aberto, para que você possa ter o controle daquilo que está usando – completou ele. Maddog propôs ainda um desafio que será realizado nesta quinta-feira, no palco de Software Livre, às 20h. Os participantes do evento foram convidados e criar músicas e vídeos multimídia usando apenas programas livres e sob o conjunto de licenças Creative Commons. ”

Enviado por Cesar Onofre Kawase (kws8207Θhotmail·com) – referência (oglobo.globo.com).