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Análise do Scribus 1.0

Notícia publicada por brain em julho 30, 2003 10:45 AM | TrackBack


O Newsforge traz uma análise do Scribus, ferramenta livre para desktop publishing recém-lançada. Eles parecem entusiasmados, mesmo notando que o software ainda tem um longo caminho pela frente. Se você é da área, confira!

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Patola (Cláudio Sampaio) () em 30/07 12:15

Mais interessante que a "análise" do Scribus feita pelo Joe Barr - que, sinceramente, não diz NADA sobre o produto - foi esse comentário no fundo da página (atenção, o comentário NÃO É MEU, flames pra /dev/null!):

"Yet another pointless review by an amateur, detailing nothing useful about the product and answering none of the questions someone looking for professional publishing package would ask. This is just like all those misguided articles about how the GIMP matches up to PhotoShop, just because the author made a funky looking Tux, and how Quanta or BlueFish will somehow entice Dreamweaver junkies to Linux. Absolute rubbish, yet again.

People come to Linux.com/NewsForge or wherever with a genuine interest in Linux, wanting to know about the BUSINESS CASE for switching over, and day after day after day they have to put up with this infuriating, vacuous crap.

This article SHOULD NOT HAVE APPEARED. It achieves nothing, other than a warm fuzzy feeling of accomplishment for its author. Might as well have been another review of Redhat 8's installer.

I am sure some people will write this off as a troll, but I promise you this: there are many many people out there who are looking for real justification to switch to Linux in their organisations, and garbage like this only serves to strengthen the view of Linux and its applications as completely amateurish.

When are you going to learn that this kind of article is neither interesting news, nor good PR for the Free Software community?"

Minha tradução do comentário:

"Mais uma análise sem sentido feita por um amador, sem detalhar nada útil sobre o produto e sem responder nenhuma das questões que alguém procurando por um pacote de publicação profissional faria. Exatamente como todos aqueles artigos equivocados sobre como o GIMP é tão bom quanto o PhotoShop, só porque o autor fez um Tux bonitinho, e como o Quanta ou Bluefish vão de algum jeito direcionar os craques em Dreamweaver pro Linux. Lixo absoluto novamente.

As pessoas vêm pro linux.com/newsforge or qualquer lugar que seja com um interesse genuíno no Linux, querendo saber sobre o ESTUDO DE CASO DE NEGÓCIOS para mudar, e dia após dia eles têm que agüentar este lixo vago e irritante.

Este artigo NUNCA DEVIA TER APARECIDO. Ele não alcança nada, a não ser um sentimento de cumprimento do dever por seu autor. Poderia ter sido mais uma análise do instalador do RedHat 8.

Eu tenho certeza que algumas pessoas vão me descartar como um troll, mas eu te prometo isto: há muitas, muitas pessoas por aí que estão procurando por justificativas reais pra mudar para o Linux em suas organizações, e lixo como este serve somente para reforçar a visão de que o Linux e suas aplicações são completamente amadores.

Quando vocês irão aprender que este tipo de artigo não represente nem notícias interessantes nem boas relações-públicas pra comunidade de software livre?"

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Crítica interessante, na minha opinião. Será que, como o autor do comentário diz, artigos genéricos como esse podem ter o inesperado efeito negativo citado? Se for, acho que vale a pena ponderar mais na hora de escrever algo sobre um produto, e pensar mais nos motivos que podem ser atrativos para alguém usá-lo no lugar de outro.


» Daniel Fonseca Alves () em 30/07 12:28

Realmente , não o artigo é meio superficial.


» Daniel Fonseca Alves () em 30/07 12:30

Desculpe, digitei errado.
Realmente, O artigo é meio superficial.
Se é problema ou não ai já são outros quinhentos.


» Augusto Campos () em 30/07 12:32

Discordando do autor do comentário original, eu acho que é falácia dizer que as pessoas vão ao Linux.com/Newsforge em busca do tal "business case to switch over". Eu visito ambos os sites todos os dias e, sinceramente, não estou em busca disso. Aliás um dos mais principais interesses quando vou a estes sites é conhecer novos aplicativos - sou fã de análises.

Chamar o Joe Barr de amador também é uma impropriedade, na minha opinião.

E para completar, independente de a análise ir ao ponto que o leitor esperava ou não, ela chama a atenção para um software que possivelmente muitos de nós nem sabiam que existia, e agora vamos ter a chance de descobrir se é útil para nós ou não, porque ao menos sabemos que temos esta opção.

Assim, meu ponto é que é melhor termos análises ruins do que não termos nenhuma análise. Claro que ter análises boas e objetivas seria melhor ainda, e é excelente quando acontece.

Para completar, eu gostei da análise publicada. De fato, ela foi pouco objetiva. Mas não acho que seja o motivo para vir com quatro pedras na mão contra ela. O que o leitor está propondo? Que não se publique mais análises de softwares, a não ser quando elas atendam aos critérios de qualidade e de interesse *dele*?


» Peter Parker () em 30/07 13:37

Que realmente o cara exagerou em alguns pontos, ok... mas que artigos, como ele disse "veja como o gimp substitui o photoshop" são coisas horríveis, isso são...


» aCiDBaSe () em 30/07 14:01

(deixe eu começar a me preparar para levar as pedradas...)

Trabalhei por 3 anos em uma agência de propaganda onde tive a oportunidade de me tornar usuário de aplicativos como: Adobe Photoshop, QuarkXPress (PageMaker também), CorelDRAW! (Adobe Illustrator também).

Se existem 2 softwares que, na minha opinião, se tornaram praticamente imbatíveis são o Photoshop e o QuarkXPress. Ambos são fáceis de usar, eficientes (rapidamente executa-se tarefas complexas com eles), técnicamente impecáveis (quem sabe o que é dar saída de fotolito em bureaus de impressão entendem o que eu digo).

Para que esses software fossem perfeitos eu acho que faltaria apenas eles terem licença GPL. Mas... atualmente acho que essa 'feature' vai demorar para vir :)

O profissional dessa área (publicidade) utiliza esse tipo de software apenas como uma ferramenta para a execução do seu trabalho. Ou seja, ele vai lá, aprende uma série de conceitos e comandos que permitem a ele executar as suas tarefas. Depois que ele se acostuma com esses conceitos e comandos dificilmente ele muda (exceto, talvez, se o profissional gosta de informática também).

Quando eu trabalhei na Conectiva as pessoas vinham me dizer que o GIMP era *o* software de tratamento de imagem e que ele era *muito* superior ao Photoshop. Resolvi analisá-lo. Resultado: mentira. Ele pode resolver o problema de uma boa parcela dos usuários de um programa assim, mas não resolveria os problemas da agência de propaganda onde eu tinha trabalhado por exemplo.

O GIMP veio dizendo que o modelo de janelas MDI havia se tornado obsoleto e, no caso de um software para tratamento de imagens parece que isso não é verdade. O GIMP não trabalhava (trabalha atualmente?) com o modelo de cores CMYK, ou seja, para um webdesigner tudo bem, mas e para um produtor gráfico de revista/cartaz/...? Os comandos de teclas do GIMP, por padrão (eu sei que dá pra reconfigurar isso), não são compatíveis com os comandos de teclas do software que é utilizado em cerca de 90% das agências de propaganda, obrigando os interessados em mudar de software a reaprender os comandos de teclas. Existem diferenças de implementação no conceito de layers, por exemplo. E por aí vai...

Não conheço o scribus ainda e acho que, por ele ainda não estar maduro, não seria justo emitir uma opinião comparativa sobre ele, mesmo se eu o conhecesse.

Também vi o sketch (clone do coreldraw?) nascer e evoluir, mas sou suspeito em opinar sobre ele pq ele é feito em Python (minha linguagem favorita :)). Vou me limitar a dizer que ele acerta em alguns pontos e erra em outros pontos de sua implementação.

Um software, atualmente GPL, que atua nessa área de publicidade e tem se mostrado muito legal é o Blender. Ainda que a sua interface alienígena assuste as pessoas inicialmente (só inicialmente, depois descobre-se que é facil utilizar o blender).


» Alexandre Figueiredo () em 30/07 14:15

OK Pessoal!
O Augusto disse a coisa certa.
Precisamos de pessoas de mostrei as aplicações.
Poxa! Quando a Micro$oft lança um software qualquer ela faz um estardalhasso. Agora, sai um software desse e nínguem fala nada... Impossível, né?
Lá na Webinsider estou colocando artigos que tentem explicar o que os CIOs ou gerentes querem ver e ouvir.
Alguns geeks gostam de ver como "colocamos as coisas para funcionar", mas os gerentes querem ver qual aplicação cobre a necessidades deles e se ela cobre bem ou "mais ou menos".


» Augusto Campos () em 30/07 14:35

Concordo, Peter Parker e acidbase :) O gimp me atende bem, mas eu tenho consciência de que há coisas que o photoshop faz bem e ele nem arranha.

O Linux tem tantas vantagens reais, que eu acho uma pena quando as pessoas o defendem pelas razões erradas - propaganda enganosa é o fim da picada.


» paulo s () em 30/07 15:40

Boa tarde

Não quero entrar no assunto da qualidade do artigo _que li pelo alto _ e, sim, no Scribus em si.
Bom, eu uso o programa Scribus, e conheço _ melhor, conhecia _ seus concorrentes comercias.
Ponto 1: usar o programa, confesso, é um certo exagero: ele ainda é muito cru, semelhante à um programa chamado News, na única versão que conheci deste, de 1988; o resultante de seu trabalho é de fato muito amador, sem uso satisfatório em equipamento de pré-impressão. Usá-lo, hoje, significa apenas acompanhá-lo, discuti-lo.
Ponto 2: se o Scribus "é" de 1988, seus concorrentes (quark e pm) "são" de 1995; os avanços que justificaram a seqüência de lançamentos comerciais destes produtos são uma mentira: na prática _ leia-se página impressa _ nada de melhor foi visto; portanto a distancia não é tão longa.
Ponto 3: Apple, Aldus (criadora do Page Maker) e HP (impressoa laser) foi o triunvirato que lançou o computador no mundo real. Antes, ou eram máquinas de grande porte, ligadas à setores de tecnologia (universidades, fábricas) ou brinquedinhos (tk, amiga, etc) que na prática tinham pouca utilidade; com este trio, em meados dos anos oitenta o computador se tornou um objeto de desejo de pessoas comuns, não ligadas à _ na época chamada _ computação.
Finalizando: será, na minha opinião, um marco, produzir comercialmente um livro, um jornal com ferramentas 100% livres; quem trabalha na área deve apoiar o Scribus.

e boa tarde
paulo s

ps1: já falamos sobre Scribus e produção gráfica neste setor de comentários, o Patola, inclusive, opinou; Augusto, abre um espaço para gente comentar APENAS sobre os aplicativos;

ps2: linuxshop.ru/linuxbegin/win-lin-soft-en/; para mim, leitura quase que diária; russo, italiano,inglês e castelhano; foi noticiada aqui, em janeiro deste ano, se não me engano; precisamos discutir os aplicativos, só assim o Linux engrena;

ps3: o grande problema para o Scribus não serão as limitações técnicas atuais, e sim, a cultura das pessoas de pré-impressão.


» Pacozila () em 30/07 15:42

O artigo é digno de ser publicado na Info Exame, creio que faltou um pouco de esforço do autor.

Quanto ao Scribus, ele é seguramente melhor que o PageMaker 1.0 ou 2.0, o que mostra que ele tem potencial para se tornar profissional lá pela versão 3.0. Por enquanto ele atende a demandas caseiras como criar apostilas e demais trabalhos impressos em casa. Há muito que comemorar, mas há que se manter o pé no chão.


» Augusto Campos () em 30/07 17:00

Po, paulo s, mas quem vai escrever artigos pra esse espaço extra?


» paulo s () em 30/07 17:16

Todos nós, caro Augusto. E nem serão artigos ou tutoriais. São apenas opiniões, dicas, comentários breves, separados por programas ou áreas de atuação.
No começo o pessoal pode ficar inibido, com medo de soltar uma besteira, mas isto passa logo. No meu entender esta é a única coisa que falta para o linux: uma discussão específica voltada para os aplicativos. Tenta aí, Augusto, o resultado pode ser muito interessante

e boa tarde novamente
paulo s


» Augusto Campos () em 30/07 17:51

Paulo:

Eu não vou criar uma área específica sem antes garantir o conteúdo e também saber que há uma quantidade suficiente de gente interessada.

Mas para fomentar o crescimento deste interesse, convido você a sugerir notícias nesta área, para publicação aqui na página principal mesmo. Aí a gente vai vendo como ocorre o debate, e se há mesmo necessidade de criar uma área separada.

Eu não acho que precise - senão precisaria também uma área para distribuições, outra para serviços de rede, outra para segurança, etc.


» paulo s () em 30/07 18:14

Muito bom você abrir o debate, Augusto. O pessoal poderia opinar...

até breve
paulo s


» PH () em 30/07 18:34

Boa idéia, eu estava pensando em iniciar algo do tipo no meu site pessoal (quanto for de verdade pro ar) para orientar alguns colegas leigos que querem conhecer o mundo livre :o)

Nessa mesma linha estamos pensando em fazer algo do tipo no Grupo de Usuários aqui do Espírito Santo de forma a munir o usuário final com informações, senão fica um grupo só pra técnicos.

Além disso poderia resultar na expansão do artigo que trata dos mitos sobre aplicações no Linux. Isso ia ser mais bala ainda.

Tô dentro!!! ;o)


» Augusto Campos () em 30/07 18:51

Mandem notícias e artigos que eu publico :)


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 31/07 07:10

Uma área especial comentada de 'aplicativos para GNU/Linux'? Uau. Excelente idéia, Paulo. Um jeito bem legal de implementar isso talvez fosse não somente com comentários, mas com um Wiki que permitisse edição comunitária da descrição de um software e adição de outros.


» Augusto Campos () em 31/07 09:47

Patola, quando você colocar no ar não deixe de me avisar, para eu colocar um link na área de notícias...

Enquanto isso, minha proposta permanece de pé :-)


» celio santos () em 12/09 10:54

Prezados Linuxeiros,
Como pessoa atuante na area de publicação e produção gráfica, veja o nosso site: www.electronic.srv.br e integrador de DALiM ( grande aplicação LINUX ), gostaria de dizer que estamos muito carentes de um software como o Scribus, em portugues então, seria fantastico, por que não juntar um pessoal de LINUX que tenha relacionamento com a area gráfica , aqui no Brasil e tocar este projeto pra frente, até quando o pessoal da Romenia, Eslovaquia e Indonésia ( somente para citar algumas versões do Scribus existentes) vai estar na frente, provando que o Brasil é um pais de poucos leitores, entre outras razões porque não tem software de publicação GPL...
Abraços a todos


» ivan () em 06/10 14:41

como faço para dar saida de fotolito em quadricromia


» celio santos () em 04/11 21:53

Olá pessoal do Linux-br

O Scribus está na versão 1.1.2, muito melhor mesmo!
Vale a pena checar !


» Celio Santos () em 16/03 21:28

Olá Pessoal do BRLINUX,

Somente para avisar que já está pronta a versão para portugues do Scribus, com hifenação e tudo, atualmente na versão 1.1.5 devel, a um passo da versão 1.2.

E posso afirmar com certeza, é estupendo!

Com a capacidade de scripting em Python, supera os PM e os QX em muitos, repito muitos pontos.

Só experimentando para vêr, vejam vocês em:
www.scribus.net


» Valdete () em 26/08 09:27

Onde posso aprender a fazer wiki passo a passo ?
Tenho necessidade de aprender tem alguem pra me ajudar existe algum site passo a passo ?


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