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segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

Dois artigos nacionais sobre Slackware

Sulamita Garcia (toskinha@gmail.com) enviou este link e acrescentou: "Estão disponíveis para acesso os artigos sobre Gerenciamento de Pacotes no Slackware, publicados nas primeiras... (Ler na íntegra)

Publicado por brain às 14:02

Comentários dos leitores

(Termos de Uso)

» Comentário de Dyt () em 17/01 15:25

Slack. é para quem quer gastar horas e horas tratando de dependencias e compilacoes, ao inves de estudar realmente. Ou acha q ficar compilando é aprender algo ?

Com slack se perde tempo ao inves de ganhar conhecimento, como mtos nao acham.

» Comentário de Avelino de Almeida Bego () em 17/01 16:13

O bom e velho Slack é meu preferido! Ta aí uma boa matéria!

» Comentário de pedr0 () em 17/01 16:42

quem aprende eh quem digita um comando e o computador resolve tudo automaticamente neh ??
soh falta agora vc querer um icone tambem ....

» Comentário de jcarloz () em 17/01 16:46

Não alimentem os trolls.

» Comentário de Kid X () em 17/01 16:48

O recomendável é fazer:
./configure --prefix=/usr --sysconfdir=/etc

Maioria das vezes quando eu faço isso (principalmente com libs), os programas compilam corretamente sem ficar reclamando "lib missing"

Agora, qual a diferença entre usar o ; (ponto e vírgula) e o && no console para tarefas seguidas das outras?
(ex.: make;make install
make && make install )

Eu prefiro usar o ponto-e-virgula...

» Comentário de pedr0 () em 17/01 16:50

com o && ele testa, se o comando anterior retornar true ele executa o seguinte, senao , nao ...
pq ai , por exemplo , se o make falhar, ele nao roda o make install

» Comentário de Kid X () em 17/01 16:53

Nossa pedr0, vc é rápido para responder igual o The Flash! :-P
Nem 2 minutos e já tava a resposta aí ;-)

» Comentário de pedr0 () em 17/01 17:02

foi sorte de eu estar olhando a pagina ; )

» Comentário de Toskinha () em 17/01 17:35

Relendo os artigos, tenho que fazer algumas correções. O artigo foi feito pelo menos 2 meses antes do lançamento da revista, que foi em agosto, algumas coisas mudaram:
- O Checkinstall atualmente ja faz o strip dos arquivos e cria corretamente o slack-desc e o doinst.sh.
- Depois o editor diz que eu tenho mania de perseguição. Minhas sugestões de links para o artigo foram as referencias e sites que tem um grande número de pacotes para o Slackware.

http://linuxpackages.net/
http://slackpacks.tchelinux.com.br/

Referências:
Slackware Linux Essentials - http://www.slackware.org/book/
pkgtool manpages

» Comentário de Demerson Zounar () em 17/01 17:43

Ops... Acho que aconteceu alguma coisa... slackpacks.tchelinux.com.br ->

Slackpacks Packages Repository
--==============================--

-== NEWS ==-

> We've lost our provider, and there's no way to provide the packages using
> this machine. If you can help providing a fast hosting enter in contact
> with me at azevedo at tchelinux dot com dot br. Thanks for your help.

» Comentário de Abissal () em 17/01 23:47

Calma people...tanto a linha de comando, como o modo gráfico são ambos interfaces para o sistema que roda em background.
Os DOIS são importantes, usar apenas um é empobrecer...já pensaram se daqui uns 10 anos a interface for uma tela holográfica como em "Minority Report"...vocês desistiriam do computador ?
Eu não. Vou procurar me adaptar...e como um bom geek...estudar para descobrir como o brinquedinho funciona...;-)

» Comentário de vinicius () em 18/01 00:17

Essa resposta aki vai, pro PRIMEIRO manézão que colocou o seu comentário logo acima:

Ae truta, desde qdo nos perdemos horas e horas compilando no slack?

Eu acho que eh soh vc que perde... ou alias vc nem deve usar slack na certa...

Pq eu uso aki... e TODOS os meus pakotes (com exceçao, ao firefox), sao tudo pakote .tgz e todos instalam em menos de 20 segundos cada um, agora os pakotes, como o apache ou o samba (que ja vem instalados) eh soh editar 1 arquivo .conf de ambos p/ funfarem .

Eu te garanto, q o meu slack (todo configuradinho), leva menos tempo instalaçao do q sua distro em fase de inicial de instalaçao, por tanto pare de falar bobagens...

E outra coisa:

Desde qdo conhecimento vc ganha estudando? (em partes sim), mas se vc for trabalhar em uma empresa de VERDADE, quero ver vc botar pra fora todos os anos que vc adquiriu conhecimento estudando, nao valem P#$@#$#$% nenhuma, pq kem manda ali eh o dono da empresa, e nao o seu conhecimento!

como dizia meu ex-chefe:

"A verdadeira Universidade/Faculdade da vida não é a escola, e sim aonde vc trabalha, pq la é que se aprende de verdade"

Sem mais...

» Comentário de Abissal () em 18/01 01:58

Hummm...depois de uma longa análise linguística Chomskyana, cheguei à conclusão que a manifestação de barbárie do post anterior não se refere a minha pessoa( caso contrário...o autor precisa voltar para o primário e aprender interpretação de texto...)
Mas algo me chamou a atenção, realmente, conhecimento não vale nada, por isso somos um país insignificante, que apenas consome tecnologia, e apenas consumir Linux também é muito pouco.
Eu uso Slackware, mas isso não quer dizer que eu seja um grande conhecedor de Linux...é perfeitamente possível alguém usar Slackware como desktop e ser um baita ignorante em se tratando de Linux...;-)

» Comentário de Everaldo Canuto () em 18/01 02:44

Pois é, olha a forma como ele escreve... nem parece ser português. Usei o Slackware por 4 anos é só parei pra não ser confundido com essas figuras. E todo caso não posso comentar o post dele pois não entendi nada.

» Comentário de Toskinha () em 18/01 07:54

Porque o próprio brasileiro sempre põe o país pra baixo? Se somos tão insignificantes e não contribuímos, porque será que o próprio Patrick Volkerding autorizou apenas o grupo brasileiro a dar manutenção na distro enquanto ele estiver doente?
E no mais... não alimentem trolls.

» Comentário de Gandalf_Cinzento () em 18/01 08:09

Não alimentem trolls com carne de hobbits, deixem que eles se alimentem de orcs fedegosos...

Seremos fortes enquanto unidos, não deixem que ressentimentos passados nos separe, lembre-se que nossa luta é contra o grande olho e seus servos...

hauahuahauhua

» Comentário de ordo ab chao () em 18/01 09:00

> Porque o próprio brasileiro sempre põe o país pra baixo?

O desenvolvimento a partir de sua pergunta abaixo permite chegar à resposta.

> Se somos tão insignificantes e não contribuímos, porque será que o próprio
> Patrick Volkerding autorizou apenas o grupo brasileiro a dar manutenção na
> distro enquanto ele estiver doente?

OK. Se NÃO somos insignificantes e contribuímos, então, por que precisamos do aval do Patrick?

Certa vez, um dos líderes da comunidade, e fervoroso defensor de uma determinada distro, que é um cara que eu admiro muito e dou "morrapoio", disse, para meu espanto, que a explicação para uma certa falta de localização automática daquela distro na época, e que depois foi corrigida e incorporada, se devia ao fato do fundador da distro nos considerar "cucarachas". Entendi logo como uma brincadeira, mas como toda brincadeira tem fundo de verdade, resolvi meditar sobre o assunto.

Eu duvido que o fundador daquela distro, que vive em outro país, numa outra realidade, nos considere cucarachas. NÓS é que nos sentimos assim e só deixamos de senti-lo quando ele nos dá atenção.

A primeira coisa que os brasileiros precisam fazer para deixar de "pôr o país para baixo" é dar valor a si mesmos. O que acontece é que sempre esperamos que os outros nos dêem valor primeiro. Se o hacker fundador da distro e habitante de outra realidade valoriza, então temos valor. Se ele se distrai e nos esquece por um minuto, nhééé, somos cucarachas. Precisamos saber valorizar o que é nosso, quem somos e nossa importância no mundo, independente do aval de estrangeiros.

» Comentário de Evandro Pastor () em 18/01 09:06

Acho que cada um deve usar a ferramenta de administração que achar mais conveniente. Se um administrador de sistema se sente confortável resolvendo as dependências manualmente, por quê condená-lo? Da mesma forma o Admin que usa a interface gráfica pra fazer o mesmo trabalho. O que importa é a produtividade e a diversão. Sim diversão , pois não adianta trabalhar em algo que não goste, o serviço não rende! Esse tipo de discussão não leva a nada, esse é um outro tema que considero gerar uma "Guerra Santa", como "qual é o melhor editor?", "qual é a melhor distro?"
"qual o melhor window manager?", "big mac ou lanche do Zé-da-esquina?". Lembrem-se "Gosto não se discute..., se respeita e ponto final". Pra Toskinha, os artigos estão muito bons, você está de parabens, continue com o bom trabalho e muito sucesso e paz pra ti. Pros demais, divirtam-se!!!

» Comentário de gar0t0 () em 18/01 09:16

Bom...

Parabéns para Sulamita pelo artigo, ficou muito bom.. e é triste ver que exista gente que se acha tao inferior assim...
nosso pais é tao ruim que lota de turista... problemas todo pais tem, ou vcs vao falar q (exemplo) so pq os EUA é "primeiro mundo" e melhor de viver dq o Brasil ?

agora... o Pat reconheceu oq os brasileiros fazem e deixou na mao dos brasileiros um trabalho importante enquanto ele estava "fora".... pq nao deixou nao mao de "gente mais civilizada" ?

passa horas e horas compilando coisas e resolvendo dependencias ? hihihihihihi

ai ai...

nao alimentem os trolls, deixem eles se alimentarem sozinhos.. tadinhos :)

se mais
gar0t0

» Comentário de Toskinha () em 18/01 09:36

"OK. Se NÃO somos insignificantes e contribuímos, então, por que precisamos do aval do Patrick?"

annnn... porque a distro é dele? porque a marca é dele e ele que criou? e porque no fim das contas a responsabilidade é dele?
Voce pode pegar os sources e montar a sua sem aval dele. Agora pegar a distro que é dele e mexer e ele mesmo dizer "sim, o trabalho deles é oficial", é outra coisa.
Alias, o Slackware não é o único exemplo. O Tosatti é brasileiro e mantenedor do kernel 2.4. O Acme é brasileiro e ativamente contribuidor do kernel. O Aurelio é brasileiro e tem as funçõesZZ usadas e incorporadas pelo mundo. Só para citar alguns... Porque sempre ouço comentarios desvalorizando a contribuição dos brasileiros? Pensem... leiam uns textos do Luciano Pires pra verem que este pessimismo generalizado só atrapalha...
E porque que debates no brlinux nunca são sobre o tema original? :D

» Comentário de CWagner () em 18/01 09:52

Pois é, Toskinha.

Sempre tem alguém que usa o teclado como se fosse privada, só pra tentar atingir os outros, mas no final acaba se sujando também.

O kernel está na Internet, os fontes dos outros programas também. Se quiserem, e se acharem aptos, a mexer montar a própria distro do zero, com um sistema de instalação/atualização de pacotes totalmente diferente, podem fazer e ficar só pra vocês, ou então distribuir para os outros usuários.

Se quiser também pode pegar uma distro madura, fazer suas alterações, colocar uns scripts para automatizar algumas tarefas e distribuir por aí com um nome que termine um ix. Se for um trabalho muito bom e que seja útil para os usuários, garanto que será reconhecido... ou não, sempre há quem se incomode com o sucesso dos outros e desmereça o esforço alheio, sem, no entanto, levantar um dedo para mudar a situação.

» Comentário de hamacker () em 18/01 10:10

Acho que a noticia acabou sendo secundaria na discussao que agora virou "nacionalismo".
Deixa-me voltar ao tema, usei slack por algum tempo e é uma excelente distro, normalmente aqueles instaladores graficos a-la-conectiva/redhat/mandrake deixam alguns hardwares como diskarray, placas scsi,... de lado e simplesmente nao instalam. No slackware isso nunca foi problema, sempre há um disquete image para aquele hardware sofisticado ou fedegoso (igual a algumas placas-maes por aí). Outro dia instalei um pentium100 com hardwares bem antigos com um diskarray mylex e aqueles cdroms de kit multimidia creative (lembra que aquele cdrom só funcionava se ligado a placa de som creative?), pois é, no slack instalou. Testei outras distros, mas nao tinha por onde começar, pois nao havia como o cdrom funcionar sem um disquete suplementar que reconhecesse o cdrom. Entao slack tem seus méritos.

Atualmente tenho usado muitas distros diferentes aqui na empresa e em casa, e particularmente acho as ferramentas mais importantes do que a distro. O "apt" para mim foi um grande ganho, o K3B,.. e alem disso algumas distros permitem a configuracao do video sem aquele xarope do xf86cfg. A SusE tem o YAST que para mim é bastante simples como Centro de Controle, a conectiva tem um automount que nao dá problema (igual ao 9).
Se eu pegar um slackware ou um conectiva depois da minha personalizacao eles vao parecer iguais, porque quem molda a distro é o usuário e ele nao tem que usar a distro assim como ela veio.

» Comentário de Ednei Pacheco () em 18/01 11:14

"Se eu pegar um slackware ou um conectiva depois da minha personalizacao eles vao parecer iguais, porque quem molda a distro é o usuário e ele nao tem que usar a distro assim como ela veio."

Correta observação, mas aí vêm uma simples (e polêmica) pergunta que faço à vocês: com qual das distros disponíveis GASTARÍAMOS MENOS TEMPO para deixá-la "à nossa cara"? Àquela cheia de serviços que deveremos desativar ou àquela enxuta por natureza?

» Comentário de Augusto Campos () em 18/01 11:16

Depende de mais variáveis, Ednei. Depende inclusive de qual é "a nossa cara" que queremos moldar na distribuição.

» Comentário de =welrbraga= () em 18/01 11:33

Putz ...

"Guerra Santa" outra vez !? Esse pessoal não cansa de discutir bobagens.
Eu não uso o Slack, mas ela é uma excelente distro e a criatura que diz que no slack só existe código-fonte e compilador precisa estudar mais.

Quanto ao outro assunto o Brasil não é essa "merda" que pixam por ai. Nós temos muitas boas qualidades e profissionais excelentes por toda a parte e em todas as áreas (inclusive informática). Infelizmente existem uns incompetentes que estudam porque a mamãe mandou e o resultado ... vão pra fila de inscrição para companhia de limpeza urbana (sem menosprezar os funcionários dela, pois lá existem muitos bons profissionais também) dizendo que não existe mercado de trabalho.

Se um dia o povo brasileiro parar de se sentir coitadinho e resolver arrumar a casa nós poderemos ver que o que mais existe neste nosso país são qualidades.

» Comentário de santastico () em 18/01 12:11

Parabens aos felizes comentarios dos nossos amigos Vinicius e Welrbraga (sensato, consciente, sucinto e principalmente lucidos), ate quando o pessoal (digo anti-linux) vao cair na realidade?

Essa "guerra santa" nao vai levar a nada, vcs vivem de ilusao e nao da propria realidade, vou lhes explicar o pq:

O desemprego do nosso AMADO Brasil (pq eh o melhor pais para se viver SIM, nao tem terrorismo, terremoto, e outra coisas a mais, porem eh logico q tem os seus problemas como qualquer outro pais tem), soh se resolve com trabalho, ou seja, soh o estudo/conhecimento nao adianta (pois a educacao no nosso pais eh mto despreparada), isso significa q quem nao colocar a mao na massa vai ficar na fila como nosso amigo welrbraga disse...

» Comentário de Patola () em 18/01 12:54

Não tem que ser guerra santa. Acredito que dê pra ter parâmetros comuns e esses últimos posts foram bem respeitosos, nada tiveram de ofensivos.

Por mim, quanto mais fugirmos da discussão, menos probabilidade teremos de aprender ou aprimorar qualquer coisa que não estiver satisfatória. Taxar algo de "guerra santa", "fanatismo" ou rótulos afins pra fugir de uma discussão necessária é igualmente apelativo (e altamente improdutivo)...

» Comentário de ordo ab chao () em 18/01 14:49

Toskinha:

> Voce pode pegar os sources e montar a sua sem aval dele

Talvez eu não tenha conseguido me fazer claro, mas não estou falando em termos de distro, obviamente. A questão que VOCÊ propôs é: "Por que o brasileiro desvaloriza seu próprio esforço"? A sua resposta ofereceu elementos para a gente concluir que só temos valor porque alguém de fora demonstrou que temos. E se não tivesse demonstrado? Teríamos menos valor? O foco da discussão está em como nos sentimos em relação a nós mesmos, que foi o tema que você levantou, e não os detalhes administrativos de como a distro Slackware é gerida pelo Patrick, que você há de convir comigo, são óbvios.

CWagner:

> Acho que a noticia acabou sendo secundaria na discussao que agora virou "nacionalismo".

Valorizar não quer dizer ufanar-se, nem esconder defeitos. A valorização tem como objetivo estabelecer o maior retorno possível pelo bem que você possui, quer seja ele uma habilidade, o resultado de um trabalho, um objeto, um direito, um serviço, etc. Você valoriza o que tem porque quer ganhar reputação, prestígio, reconhecimento, salário, lucros ou qualquer outro retorno que julgue importante, o máximo possível.

Valorizar, portanto, é uma atitude racional.

» Comentário de Adilson Oliveira () em 18/01 15:05

Eu normalmente evito de entrar em discussões assim mas sou obrigado a dar meu pitaco e concordar com a Toskinha (o que não ocorre sempre mas que é uma pessoa que eu respeito muito) sobre a desvalorização do que é feito aqui. E o engraçado que é aqui só que isso acontece :)
Eu tive a minha cota de morar fora do Brasil e visitar outros países inclusive para dar palestras sobre a situação do Software Livre no Brasil e os profissionais brasileiros são bastante valorizados em áreas como medicina, TI, economia, biotecnologia, segurança, moda e por aí vai.
Hoje trabalho para uma empresa em Roma e o Brasil é a onda da vez na Europa.
Depois da "onda terrorista" os EUA viraram uma ditadura disfarçada onde o terrorismo fomentado pelos mesmos poderes que hoje o combatem, virou desculpa para supressão de direitos individuais. Qualquer um pode ser preso por tempo indefinido sem que acusações formais sejam feitas, basta que haja alguma desconfiança de alguma ligação com terrorismo. Vejam a situação de Guantanamo e da guerra no Iraque (com Irã já na mira).
Em resumo, ao invés de reclamar sobre o país em que vive, tome vergonha na cara, adquira competência e vá a luta!

» Comentário de ordo ab chao () em 18/01 18:58

> Sempre tem alguém que usa o teclado como se fosse privada,
> só pra tentar atingir os outros, mas no final acaba se sujando também.

O assunto está fora do tópico, mas já que se levantou a bola, não posso me furtar a abordá-lo. Uma das grandes dificuldades de se desenvolver temas dentro de fóruns na Internet é que as pessoas só conseguem enxergar o espaço de comentários para expressar opiniões, no máximo apresentar fatos. O problema da opinião é que ela é um dogma pessoal, um postulado, uma assertiva dada sem prova. O máximo que eu posso fazer com uma opinião é discordar ou concordar com ela.

Lembro-me de uma discussão (http://br-linux.org/main/noticia-como_desenvolver_sua_atitude_p.html) em que um usuário chamado rivo fez a seguinte proposição:

"Linux não é amigável, portanto, de que adianta fazer advocacia pró-Linux se a falta de amigabilidade vai certamente frustrar o esforço de produzir boa-vontade do público em geral em relação a ele?"

A única opinião expressa aí é "Linux não é amigável". Questionando um pouco o rivo, foi possível saber que ele concluiu que Linux não é amigável porque sua placa de vídeo específica, numa versão de distro específica, rodando em seu hardware particular, não foi configurada automaticamente. Alguns leitores mostraram que era possível configurar automaticamente a mesma placa com outras versões de distro e servidores gráficos. Chegaram à conclusão de que a versão do servidor gráfico que o rivo estava usando ainda não suportava o drive adequado.

Veja que nesse caso, ambas as partes, tanto o rivo, quanto os leitores que buscavam uma solução, aprenderam coisas, investigaram uma verdade e o rivo saiu com sua dignidade intacta. Num "clash" de opiniões, por outro lado, alguém iria dizer: "sempre tem alguém para denegrir o Linux, "você tem direito de expor sua opinião, mas não concordo com você", etc. e iria ficar nesse 0 a 0.

A pergunta que a Toskinha fez não é uma opinião dela, nem a resposta tampouco. Nem quem discute com ela está contra ou a favor. O que se está procurando chegar é à resposta para o problema proposto.

Precisamos aprender uma coisa: discussão != dissensão.

» Comentário de Abissal () em 19/01 00:20

8O...tudo isso só porque eu citei um fato ???
Meus caros (e cara)...porque se sentiram ofendidos ?
O primeiro passo para melhorar e sair do atoleiro é reconhecer as próprias limitações...vamos lá, lições de humildade
cc ?

1) Quem criou o gcc ?
2) Me forneça um único exemplo no Brasil de alguém que saiba projetar e programar uma IDE. E que explique como se faz...
3) Me explique a arquitetura de um sistema de pacotes
etc,etc,etc...eu poderia escrever uma lista enorme...;-)

Porque eu peguei justamente exemplos barra pesada ?
Por que é a computação de base, sobre a qual construímos o que quisermos. Isso nós NÃO temos no Brasil
E a ligação ao movimento open source para mim é óbvia, esse nome só será 100% verdadeiro quando esse conhecimento (que eu citei acima) estiver disponível também.
Sinto muito, mas não está, eu desafio a provarem que estou errado.

Vamos lá, humildade faz bem, escrever textos explicando como se usa um aplicativo é muito simples, basta testar os aplicativos e ter paciência ao escrever.
São textos de consumidores de software, não de desenvolvedores, os quais temos apenas alguns, não formam a massa crítica necessária para termos um desenvolvimento próprio e sustentável.
Humildade pessoal, arrogância só porque usamos Linux(como usuário ou administrador) merece um "seria cômico se não fosse trágico"

» Comentário de Abissal () em 19/01 00:39

"Se um dia o povo brasileiro parar de se sentir coitadinho e resolver arrumar a casa nós poderemos ver que o que mais existe neste nosso país são qualidades."

Hummm...vamos lá, aulas de história
Quem de fato comandava na revolução francesa ?
Como a Russia se livrou do Czar ?
Já ouviram falar na guerra de secessão americana ?
etc,etc,etc...

Uma única resposta para todas as perguntas: uma elite intelectual! Os pensadores. Esse tipo de gente nós NÃO temos no Brasil!
Nossa elite é predatória, nos trata do mesmo modo que os césares tratavam o povo em Roma: "panis et circenses"
Povo não faz revolução, quem faz revolução é sempre uma elite...e em geral com armas e um enorme derramamento de sangue

E antes que continuem a me atacar pedras...eu divulgo Linux do mesmo modo que João Evangelista pregava a vinda do Messias...já perdi a conta do dinheiro que gastei com CDs gravando todo tipo de distro e doando simplesmente para os que aceitam...cansei de ouvir piadas dizendo que o Linux é uma tranqueira, coisa de idiota, um lixo...mas pacientemente eu continuo a explicar e descortinar um novo mundo para os ignorantes.
Mas o nível de conhecimento que eu cobrei nos outros posts é para conhecedores do nosso nível...eu já passei dos primeiros degraus da escada, agora luto para subir mais, e a humildade é a minha arma

Adeus para todos

» Comentário de Augusto Campos () em 19/01 01:03

Embora eu não tenha interesse em debater as conclusões, acho que a argumentação está errada. Acho que a partir do fato apontado (que não há um compilador C brasileiro, ou um ambiente de desenvolvimento integrado brasileiro, ou um gerenciador de pacotes) não dá para concluir que " somos um país insignificante, que apenas consome tecnologia".

Não sei se é fato que não temos um compilador C nacional (sei que há vários compiladores brasileiros de outras linguagens), ou uma IDE, ou um gerenciador de pacotes no sentido que você quis dizer (de cabeça, lembro do apt-rpm, do synaptic e do Smart). Sei que temos a linguagem Lua, por exemplo. Que exportamos ERP. Que muito poucos outros países no mundo produzem aviões comerciais da mesma categoria que os desenvolvidos pela Embraer e exportados para 58 países. Que muito poucos outros países do mundo deram origem a um mantenedor de uma série do kernel do Linux, para ficar num exemplo mais próximo. Ou que muitos outros poucos países no mundo tenham construído bases de lançamentos de foguetes, embora tenhamos tido pouco sucesso em lançar os nossos próprios foguetes.

Não lanço todos estes exemplos para querer afirmar que o Brasil é um gigante da tecnologia, mas para demonstrar que também não dá para generalizar que somos um país que apenas consome tecnologia alheia.

De qualquer forma, a tentação de apenas consumir é perigosa, e é algo que deve ser evitado por todos que a percebam. Porque depois de algum tempo, pode se tornar irreversível.

» Comentário de Evandro Guglielmeli () em 19/01 09:08

Caro orbo,

Discordando da sua conclusão que: "só temos valor porque alguém de fora demonstrou que temos", eu diria que, em geral, o brasileiro tem cultivado mesmo um sentimento de baixo-estima (ruim) e não de humildade (bom), como defendeu o Abissal; agora, explicando a opinião acima.

Considerando um grupo de pessoas ditas normais, que não se deixam resvalar ao exagero doentio numa auto-análise, veremos que se formam dois subgrupos de pessoas: as de auto-estima e as de baixo-estima.

Características de uma pessoa, sensata, com auto-estima: não se deixa abater por opiniões negativas das outras pessoas, apenas aproveita ao máximo os conceitos (mesmo negativistas) recebidos para melhoria própria.

Características de uma pessoa com baixo-estima, ainda que esta seja sua única insensatez: não importa quanto digam sobre as qualidades positivas dela própria e de seu mundo particular, esta pessoa não fará uma avaliação positiva de si e/ou do seu entorno.

Assim me parece que temos realmente, como povo da nação Brasil, nos portado de maneira bastante depreciativa e nociva quanto as nossas capacidades tecnológicas, intelectuais e mesmo sociais (e, infelismente, nem os elogios alienigenas nos poderão "salvar" por que não os aceitaremos).

Evandro Guglielmeli

P.S.: Toskinha, obrigado pelo bom material de referência que você nos tem fornecido.

» Comentário de Evandro Guglielmeli () em 19/01 09:14

uuiii! Essa foi terrível... :(

sed s/infelismente/infelizmente o_meu_comentário_acima

Desculpem..;)

» Comentário de Manoel Pinho () em 19/01 09:16

O maior problema no Brasil é a desigualdade muito grande tanto social quanto cultural.

Como o Augusto citou, a linguagem Lua foi desenvolvida na PUC-Rio e há o estudo e desenvolvimento de compiladores, sistemas operacionais, liguagens de programação e outros softwares importantes, infelizmente quase tudo a nível acadêmico, nas principais universidades do país. O problema é que elas ainda são poucas e localizadas principalmente nas capitais e grandes cidades do sudeste.

O Brasil tem ilhas de prosperidade num nível muito próximo de alguns países da Europa e também alguns bolsões de miséria do nível da África. O maior desafio será justamente homogeneizar mais o país.

» Comentário de CWagner () em 19/01 09:46

E pelo visto quase tudo debatido no site passa pela questão educacional.

Se não forem educados, os usuários não saberão fazer nada além do que já sabem (pelo menos é no que acredita uma boa parte de administradores e power users), sem a devida educação não passaremos de meros consumidores de tecnologia, e por aí vai.

O que poucos comentam é que o Software Livre tem uma carga de conhecimento que pode sim, ser utilizado para diminuir a diferença tecnológica entre comunidades. Projetos de ensino de informática, em todos os seus níveis, podem e devem ser implementados em praticamente qualquer lugar onde houver um computador e uma pessoa capacitada, ou pelo menos com interesse, em repassar um pouco do conhecimento adquirido com Software Livre, seja ensinando digitação com o Open Office, seja ensinando programação de computadores com linguagens como C/C++, PHP e até mesmo Java.

O problema é fazer isso num país onde a capacidade das pessoas ainda é medida pela cor de sua pele, lugar onde mora e posses da família.

» Comentário de santastico () em 19/01 10:17

Hummm...vamos lá, aulas de história
Quem de fato comandava na revolução francesa ?
Como a Russia se livrou do Czar ?
Já ouviram falar na guerra de secessão americana ?
etc,etc,etc..

Caro amigo Abissal:

Desculpe, mas aulas de historia, NAO, por favor!

Nos (digo brasileiros em geral) nao temos culpa por "mancadas" dos nossos antepassados como Dom Pedro e Cia (pq se nao fosse por eles, nao teriamos a nossa divida externa, ja comecou errado por ai), porem agora nao adianta chorar o leite derramado, soh nos resta lutarmos com as armas que nos resta, mesmo que limitadas, contra o regime e a opressao, hj ja sao outros tempos, outras novas ideologias, nao adianta viver do passado, pois como vcs diziam antes do nosso querido Santos F. Clube (e infelizmente tenho que admitir), de que quem vive de passado eh Museu, ta ai o fato comprovado.

Nos temos que cair na realidade atual, ou seja, nos temos que viver do presente e do futuro, e nao do passado!

Abracos

» Comentário de ordo ab chao () em 19/01 14:30

> Caro orbo,

É "ordo" :)

> Discordando da sua conclusão que: "só temos valor porque alguém de fora demonstrou que temos"

Por incrível que pareça eu também discordo dessa conclusão. Ela é apenas o desenvolvimento lógico a partir da justificativa que a Toskinha propôs para rebater seu próprio questionamento. Mas aí caímos no problema das opiniões. Elas podem nos dar dicas de como chegar à solução, mas elas em si não são o veículo para isso. Por isso, minha opinião pouco importa. Se, de fato, a justificativa da Toskinha não serve para explicar por que os brasileiros se desvalorizam, voltamos à estaca zero e à pergunta que não quer calar:

"Porque o próprio brasileiro sempre põe o país pra baixo?"

Repare que isso não tem nada a ver com concordar ou discordar da Toskinha, discordar ou concordar com ninguém, dar razão a este ou àquele. O que estamos interessados é exclusivamente em chegar a uma verdade plausível que nos permita determinar as causas que desencadeiam o efeito que estamos estudando: a auto-desvalorização brasileira. Uma vez identificadas as causas, estaremos a meio caminho andado para divisar uma solução prática, ou medidas para se prevenir contra ele, caso não haja como resolvê-lo.

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