« Lançado o Novell Linux Desktop | Main | Maddog: Evolução do Linux também depende do serviço »

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Exame: Quem perde com o Linux

Paulo (cyberpsi@gmail.com) enviou este e acrescentou: "Saiu uma nota na edição impressa da Revista Exame (10/11/2004) sobre Linux. A matéria diz: 'Representantes do setor de software for... (Ler na íntegra)

Publicado por brain às 22:37

Comentários dos leitores

(Termos de Uso)

» Comentário de CWagner () em 08/11 23:48

Fala sério!!!!

Só faltava essa ou os editores da Veja são burros, ou então a M$ tá esvaziando os bolsos, preocupada com o dinheir qeu vai perder.

Se continuar assim vai perder mais ainda, fazendo propaganda contra e comprando espaço na mídia.

Daqui a pouco sai uma novela na Globo, dizendo que Software Livre é coisa do capeta, Linus Torvalds é o anticristo e o Stallman o seu papa.

» Comentário de ThLux () em 09/11 00:39

Engraçado como são as coisas, a Info deste mês trás em suas páginas duas propagandas da M$ falando do WinServer (página inteira), uma delas mostra uma pesquisa feita pelo Yankee Group na qual fala que... "Uma implementação de grande porte do Linux em médias e grandes empresas não é tarefa fácil e muito menos de baixo custo. O fato é que representantes de grande empresas relataram que a mudança aumentaria significativamente o custo total de propriedade no longo prazo - Comparação do TCO do Linux, Unix e Windows." Mais abaixo ainda menciona que a pesquisa concluiu que uma mudança significativa do Windows ou Unix para o Linux poderia custar de três a quatro vezes mais sem oferecer melhoria de desempenho ou valor de negócil tangível. Agora eu fico me perguntando, oportuna essa publicação né? Vamos ver no que isso vai acabar...

» Comentário de Geek_Slack () em 09/11 08:03

Software Livre não quer dizer q seja gratuíto.
Se os pequenos desenvolvedores, como coloca a matéria, pudessem deixar de lado a estupidez de manter seu código fechado e liberar o fonte e ainda assim cobrar pelo software, eles não seriam prejudicados uma vez que não se proíbe a venda do software livre, desde que acompanhado do código fonte.

» Comentário de André () em 09/11 08:47

Os pequenos desenvolvedores não querem perder a exclusividade na venda do software, eles acreditam que abrindo o código fontevão surgir outras empresas prestanto suporte ao seu aplicativo e teria que concorrer com outras empresas pelo suporte ao seu próprio produto.

É a mesma ideologia captalista que fez a Microsoft chegar ao que é hoje.

» Comentário de Ivan () em 09/11 09:01

Bem,

uma coisa não exclui a outra. Uma empresa pode trabalhar com software livre e com software proprietário.

Eu gostaria que essa imprensa marrom apresentasse uma estatística: se 50% do nosso mercado é de compras governamentais (o que por si só já é uma aberração), quanto disso estes "pequenos produtores" abocanham? É óbvio que 90% disso vai para o maravilhoso contrato TBA, e os outros 10% devem ser com empresas como Oracle, Consist, IBM, Unisys, etc.

Nada contra estas empresas, mas o argumento de "pequenos produtores locais" com relação a compras governamentais é uma grandissíssima falácia.

» Comentário de Junior () em 09/11 10:13

Particularmente falando, nessa história toda há a mesma confusão de sempre: Software livre passa a ser sinônimo de Software grátis.
Enquanto isso não for explicado para o "Governo", não adianta ficar argumentando.
Se o contratão TBA vale 90% do bolo, quanto disso iria para a mão-de-obra envolvida no software livre?
Mesmo que fosse de igual para igual, mesmo que esses mesmos 90% tivessem de ser gastos em toda esfera no uso de software livre, ainda seria negócio, pois estamos falando de desenvolvimento local de tecnologia (local sim, pq se a coisa vai rolar, pq não mantê-la em nossas fronteiras, e é possível), algo muitíssimo valioso, muito mais inclusive do que ser MCP ou MCSE do Bill....

» Comentário de Fernando Ike () em 09/11 10:56

Reserva de mercado para quem???
A mercado de informática está mudando, estamos deixando de vender produto e vendendo serviço, não importa se Software Livre ou Proprietário, o fato quem estiver mais preparado irá sobreviver...

» Comentário de CWagner () em 09/11 12:20

Se existe reserva de mercado, essa reserva é "mascarada" pela livre concorrência da M$ com... com ninguém, pois a M$ quer dominar todo o mercado e eliminar os seus pretensos concorrentes.

Como eu falei antes em outro tópico: você pode vender software fechado para Linux, para *BSD, ou outro S.O. Livre. Já fazem isso. O que acontece é que a verdadeira comunidade de software livre não vê sentido em haver software fechado, pois o conhecimento está no fonte, e não no que o software faz.

Mas como sempre existe alguém para polemizar, vão acabar dizendo que não há sentido em vender software fechado para Linux. Oras... o software é meu e eu distribuo ele de qualquer maneira (pelo menos se for criado do zero e não infringir a GPL e outras licenças livre). Agora, se haverá mercado para o meu "produto"... isso é outra história.

» Comentário de insider () em 10/11 01:20

Apesar de positivo ao software livre em alguns aspectos, o documento oficial entregado pelas 3 associações ao governo contém, também, uma advertência. Ela diz, nas entrelinhas mais ou menos o seguinte: dessas ditas 12.000 empresas, umas 99% vivem de software proprietário, desde revendas até prestando serviços. Essas 12.000 não estão preparadas para viver em uma nova realidade. Ou o governo vai devagar com o andor ou vai haver uma quebradeira geral, desemprego, etc.

A pergunta de o que essas micro e pequenas empresas têm a ver com as compras governamentais é válida. Mas tem sim: muitas dão treinamento para funcionários de governo (em tecnologias proprietárias, desde SQL Server/Oracle até Flash e outras coisas assim), outras são terceirizadas pela própria TBA (ou vocês acham que eles conseguem atender tudo sozinhos?).

O que se pode ler nas entrelinhas é uma preocupação pelo poder do governo não só em comprar ele próprio, mas em influenciar: prefeituras, governos estaduais, escolas!, hospitais!, fornecedores do(s) governo(s), clientes do(s) governo(s), etc etc etc.
Ou seja, mesmo outros seguirão os passos do governo federal, seja por opção ou por obrigação.

Isso reduzirá ainda mais a fatia de mercado dessa gente, que já é pequena, pela presença maciça de gigantes externos: M$, Oracle, IBM, Sun, PeopleSoft, SAS, Adobe, Macromedia, etc etc etc

E se há um incipiente mercado para essas 12.000 empresas (que são brasileiras que sobrevivem com um minguado 10% do mercado brasileiro de software), elas não terão estrutura para mudar: por falta de capacidade de investimento em capacitação de seus funcionário, migração interna, adaptação à uma nova cultura e a uma nova realidade de mercado.

Como todos sabem, ao ser mais justo, o negócio com software livre também é menos lucrativo (não há a receita das licenças e das renovações, as margens são muito menores, a concorrência tende a ser mais dura e competente, etc). A indústria nacional de software não conseguirá segurar essa peteca...

Eles estão defendendo o deles, dizendo: tudo bem, o governo pode traçar políticas e diretrizes, mas não pode abandonar esse mar de gente que não consegue embarcar nessa nova modalidade de negócio. (Apesar das indicações desde antes da posse do Lula de adoção de software lvire, as empresas sempre alegam que foram "pegas de surpresa" com a mudança das regras do jogo... mas isso é outra história).

Isso.

» Comentário de H.A.m.c. () em 10/11 09:24

O Brasil sempre esteve atrás na corrida tecnológica justamente por falta de uma decisão firme. Devem sim ser estudados os impactos sociais e econômicos do uso do software livre para amenizar quando isto acontecer, mas não desistir. Enquanto os países mudam, o Brasil discute, e quando resolve mudar, se vê atrasado.
É o momento do Brasil investir neste tal de software livre, porque no futuro não vai ser só "um tal de software livre".

» Comentário de bebeto_maya () em 11/11 02:06

Insider disse. . .
''Apesar de positivo ao software livre em alguns aspectos, o documento oficial entregado pelas 3 associações ao governo contém, também, uma advertência. Ela diz, nas entrelinhas mais ou menos o seguinte: dessas ditas 12.000 empresas, umas 99% vivem de software proprietário, desde revendas até prestando serviços. Essas 12.000 não estão preparadas para viver em uma nova realidade. Ou o governo vai devagar com o andor ou vai haver uma quebradeira geral, desemprego, etc.''

__Este é um erro histórico, proveniente de 1995, ano da informatização em massa do país, quando as empresas optaram por substituir padrões, que poderiam ser livres e regularizados por órgãos competentes, pelos padrões impostos pela MS, e o que temos hoje é o confinamento tecnológico, que segura o mercado a base da atrofia da Tecnologia da Informação.Simplificando, a MS ganha bilhões, e as micro empresas vivem de esmolas, é uma fazenda com um grande curral, administrada por um só senhor feudal.

__A única solução é diversificar o mercado e lubrificar suas ''juntas'', gerando concorrência de fato, e não só no setor público, mas também no privado.lógico, isso leva tempo, mas o software livre pode ajudar, ao menos como base operacional, pombas!Afinal, nenhuma empresa no Brasil, tem condições de, do zero, desenvolver um Sistema Operacional concorrente e forte.Outras soluções como o Open Office são excelentes.Ou seja, softwares mais pesados que demandam grande desenvolvimento e muitas partes envolvidas podem e devem ser usados como alternativas livres ao pago,(vide Open Office e Linux).Softwares específicos, para fins de automação, etc.Não precisam necessariamente ser livres.E é aí que as empresas de informática nacionais ganham e muito:Desenvolvendo softwares proprietários baseado em arquitetura aberta, podendo inclusive oferecer a solução integrada, permitindo ao cliente economizar mini-fortunas em licenças que só mandam dólares para o exterior!

__Essa é uma solução moderada e gradual, que leva tempo mas que deve ser seguida a todo custo, pois só assim teremos um mercado competitivo sem trustes e monopólios!

O formulário de comentários está desativado devido à mudança de sistema de gerenciamento de conteúdo.