Arquivos históricos do BR-Linux.org apresenta:

Linux in Brazil (Rede dial-up )

Dial-up no Linux

A conexão dial-up é uma dificuldade clássica dos novos usuários de Linux, principalmente os que não contam com documentação adequada. Se você está com problemas para conseguir se conectar ao seu provedor, leia atentamente os textos desta seção.

O pppfacil pode ser uma grande sacada para resolver seus problemas de configuração, pois ele resolve sozinho tudo o que se refere à configuração do pppd, deixando para você apenas o trabalho de configurar o modem e o DNS. Mas usuários curiosos podem querer fazer tudo "na unha", e eles também serão satisfeitos nesta seção.

Suporte a interfaces

O kernel do Linux suporta vários tipos de interface de rede, incluindo as baseadas em hardwares específicos (a maior parte das placas Ethernet, token ring, fddi, isdn, x.25, etc) e as baseadas em comunicação serial (com ou sem modem, PPP, SLIP, packet radio) e até via porta paralela (PLIP). Para todas estas interfaces é possível realizar a comunicação TCP/IP, o que permite a interconexão com outras máquinas em uma rede local (sejam elas baseadas em DOS, Windows, NT, OS/2, Amiga, UNIX, mainframe ou qualquer arquitetura que suporte TCP/IP - praticamente todas suportam) ou a conexão à Internet.

Por se tratar de um artigo introdutório, não abordaremos em detalhes a configuração de interfaces baseadas em placas de rede. Sobre isto basta dizer que as versões mais recentes de Linux tem reconhecimento e configuração autom ática de placa de rede, no momento da instalação do sistema operacional. Portanto, se você tem uma placa de rede e não tem acesso a nenhuma documentação sobre a instalação, tente instalar uma versão recente de Linux, ou procure os utilitários de reconheci mento automático. Lembre-se apenas de desativar o modo plug and play da sua placa, para não ter dificuldades adicionais.

Interface PPP

Boa parte dos usuários domésticos de Linux dispõem de modem e de conexão a um provedor de internet, portanto utilizaremos a conexão PPP via modem como exemplo neste artigo. É importante frisar que, no que diz respeito ao TCP/I P, a interface PPP funciona da mesma forma que uma interface Ethernet ou outra qualquer, apenas de maneira mais lenta e com algumas restrições.

Qual modem usar?

Uma dúvida frequente entre os novos usuários Linux é se o seu modem é ou não suportado pelo Linux. Infelizmente, muitas vezes a resposta não é o que se espera...

Alerta: antes de continuar lendo este texto, lembre-se que o Hardware-HOWTO e o Modem-HOWTO oficiais do Linux Documentation Project podem ter informações mais atualizadas do que as que constam aqui, e portanto consulte-os antes de tomar qualquer decisão.

Vamos aos fatos: um modem é um periférico que, conectado a uma porta serial, é capaz de modular e demodular, ou seja, transformar dados digitais em som analógico e vice-versa. Existem muitos modelos de modem, alguns internos (que além de modular e demodular, ainda emulam uma porta serial) e outros externos (que precisam ser conectados à porta serial do seu computador).

Baseado no conceito de modem acima exposto, poderíamos afirmar que qualquer modem funciona no Linux. Mas infelizmente a realidade do mercado de informática é diferente, e nos traz um conceito extra: o winmodem.

O winmodem é um quase-modem, na medida em que é um periférico que não modula nem demodula, mas permite que a CPU faça este trabalho. Ele é basicamente uma interface entre o computador e a linha telefônica. Sua vantagem para os usuários de Windows é evidente - os winmodems são bem mais baratos do que os modems de verdade. As desvantagens não são tão óbvias mas são sérias: ele causa impacto na performance do computador, já que deixam para a CPU o trabalho que deveria ser deles. Além disso, os winmodems só funcionam no Windows 95/98 - não funcionam em Windows NT, nem em Linux.

Portanto, se você tem um winmodem e quer conectar usando Linux, a primeira coisa a fazer é procurar um modem de verdade. Se você está procurando um modem para adquirir, fuja dos modems cujo modelo inclua as palavras winmodem ou HSP (host software protocol). Você vai gastar um pouco mais, mas pelo menos terá um produto de melhor qualidade. (Nota: muitos modems têm em sua caixa a inscrição "designed for Windows 95" - isso não significa que ele seja um winmodem, nem que não seja. Você deve julgar pelas especificações técnicas.)

Além disso, há alguns modems que dão menos problemas do que outros. Segundo o modem-HOWTO, os modems externos são os mais fáceis de se configurar (e isso faz sentido). Já os modems internos geram maiores dificuldades, mas são mais baratos e mais comuns entre os usuários brasileiros - portanto, aqui vão as dicas:

1 - Winmodems e HSP Modems não são modems, e só funcionam em Windows 95/98

2 - Modems instalados em placas PCI são difíceis de configurar. Prefira o bom e velho padrão ISA. Se você tem um modem PCI, não perca a esperança - procure a última versão do modem-HOWTO e informe-se.

3 - Modems MWave e DSP: estes modems precisam ser inicializados por um programa proprietário de seus respectivos fabricantes, e que atualmente é fornecido apenas em versão Windows. Entretanto, se você der um boot pelo Windows, inicializar o modem e depois for para o Linux (sem desligar o micro), eles devem funcionar. O ideal é usar um modem decente, ou pressionar o fabricante do modem a produzir drivers para Linux.

4 - Modems com drivers RPI (Rockwell) irão funcionar, mas com performance reduzida.

Outros modems internos e externos deverão funcionar sem grandes dificuldades, e para configurá-los você deve usar a sabedoria acumulada no modem-HOWTO. Se você já tem uma certa desenvoltura com Linux, lembre-se de que o roteiro básico é:

a) certificar-se de que o kernel tem o suporte ao seu modem, à sua serial e ao(s) protocolo(s) (exemplo: ppp, slip) que você deseja utilizar. Utilize o comando 'dmesg' para ver as mensagens do boot do kernel e verificar.

b) Se o modem for interno e padrão ISA, verificar se configurações de IRQ estão corretas, através do comando 'setserial'

c) Se o modem for plug and play, configurá-lo através do 'pnpdump' e 'isapnp'

d) verificar se os pacotes de software (exemplo: pppd) estão adequadamente instalados.

Os detalhes destes passos estão no Modem-HOWTO. Como última dica, quero lembrar que o meu US Robotics Sportster 56K V.90 interno sempre funcionou no Linux sem maiores problemas. Para uma configuração bem-sucedida, é preciso reunir uma série de requisitos. Os mais importantes são instalados automaticamente em todos os tipos de Linux (a não ser que você tenha feito algo muito estranh o). Vamos a elas.

O primeiro deles é o conjunto de protocolos TCP/IP estar instalado na sua máquina. A forma mais simples de verificar é dar um ping na sua interface loopback. Compliquei muito? Calma... o comando é o seguinte:

ping -c 4 127.0.0.1

Se este comando não der nenhum erro, você tem o TCP/IP instalado e funcionando. Em caso de erros, você vai precisar pesquisar o que está havendo, e rever a configuração da sua máquina.

O segundo requisito é a porta serial habilitada. Se você estiver usando um modem interno, certifique-se de que o mesmo não esteja operando em modo plug'n'play (ou "se vire" para descobrir como habilitar um modem plug'n'play ).

Dicas:

1) Se o seu modem for padrão WinModem (o que é relativamente raro), desista - compre um modem de verdade.

2) Modems USRobotics plug'n'play podem operar como modems não-plug'n'play, bastando para isto ativar seus jumpers. Consulte o manual do seu modem. Outros modems também operam de maneira semelhante. Nota: o modem continua co mpatível com outros sistemas operacionais, como o Windows.

É preciso saber em que porta serial o seu modem está. As portas seriais no linux tem nomes "comuns" da arquitetura Intel, de acordo com a seguinte tabela:

Nome Intel Nome Linux
Com1 ttyS0
Com2 ttyS1
Com3 ttyS2
Com4 ttyS3

É interessante criar um nome mnemônico para a porta onde está o seu modem. Por exemplo, se o seu modem está na COM3 (/dev/ttyS2), execute o seguinte comando:

ln -s /dev/ttyS2 /dev/modem

E você estará criando um "apelido" (na verdade, um link simbólico) de /dev/modem para a sua porta do modem.

Outro detalhe importante é a configuração do hardware. Se a sua serial ou modem não estiverem na IRQ padrão, use o comando setserial para configurar. Em sistemas compatíveis com o Red Hat (Red Hat, Caldera, Conectiva, etc.) você pode criar ou editar o arquivo /etc/rc.d/rc.serial e inserir o comando setserial adequado, para realizar esta configuração automaticamente a cada boot. Em outros sistemas (Debian, Slackware, etc.) a localização deste arquivo pode variar.

O terceiro requisito é o pacote pppd. Como root, digite o comando

which pppd

Se não aparecer nenhuma resposta, você precisa instalar o pacote pppd. Procure no seu CD ou na web.

O quarto requisito é ter um kernel configurado para suporte a ppp. Se o seu kernel é o kernel original que veio no seu CD, é provável que ele já tenha embutido o suporte a ppp. Se você criou seu próprio kernel, certifique-s e de ter incluído o suporte a ppp - tanto faz se for como módulo ou como opção fixa.

PPP Fácil - Configuração automática de PPP

Introdução

Este script é um configurador automático para conexões dial-up (PPP) em Linux com provedores que suportem autenticação PAP. Este tipo de conexão é o padrão do mercado e funciona com a quase totalidade dos provedores brasileiros. Se o seu provedor de acesso discado não suporta conexões PPP autenticadas por PAP, na opinião deste autor você deveria procurar um provedor melhor...

Objetivo

O objetivo do pppfacil é criar as configurações básicas que permitem o acesso à internet via dial-up. Se o seu provedor não tiver nenhuma característica específica de conexão, e se o seu modem estiver adequadamente configurado, você poderá conectar-se à internet simplesmente digitando (como root) o comando ppp-up, e irá se desconectar digitando ppp-down.

Requisitos

O pppfacil considera que você já garantiu os seguintes requisitos:

  • kernel com suporte a PPP - os kernels que acompanham as distribuições comerciais de Linux já vêm com este suporte habilitado. Caso você tenha compilado seu próprio kernel, certifique-se de ter incluído o suporte a PPP.

  • modem reconhecido pelo kernel e configurado corretamente - para maiores detalhes, consulte os demais itens desta seção. Em resumo, o seu modem deve ter sido reconhecido durante o boot, e as configurações de IRQ devem estar corretas. Você também deve ter criado um link para a serial do modem, com o nome de /dev/modem [veja detalhes].

  • permissão de acesso como root - o brainppp precisa escrever em arquivos do diretório /etc/ppp e /usr/bin, e isto só é possível com o usuário root.

    Além disso, se você quiser manter um backup do conteúdo original do seu /etc/ppp, faça-o manualmente - o script não irá cuidar disto para você.

    Procedimento

    O pppfacil é um script shell bem pequeno, e para fazer o download basta clicar aqui.

    Após descompactar o script com o comando "tar zxvf pppfacil.tar.gz", entre no diretório pppfacil que terá sido criado, e leia o arquivo README. Após a leitura, basta digitar o seguinte comando:

    ./instala-ppp telefone login senha

    substituindo pelo número do telefone do seu provedor (sem espaços nem traços), o seu login e a sua senha. Por exemplo, para a Matrix de Florianópolis, cujo telefone de acesso é 217 1056, o usuário fulano, cuja senha é tiaz123, digitaria:

    ./instala-ppp 2171056 fulano tiaz123

    Com isto, os arquivos de configuração serão criados no diretório /etc/ppp e os scripts de ativação (ppp-up e ppp-down) serão gravados no diretório /usr/bin.

    Ativação e desativação

    Após realizada a instalação, sempre que você quiser utilizar a conexão ppp, bastará digitar (como root) o comando ppp-up. Para desativar a conexão, digite ppp-down.

    Outras considerações

    O pppfacil foi testado com o provedor Matrix Internet, usando as distribuições SuSE, Red Hat e Conectiva. Entretanto ele deve funcionar corretamente com qualquer distribuição de linux, e com quase todos os provedores nacionais. Se você tiver que fazer alguma alteração para ele funcionar no seu caso, avise para que a sua alteração possa ser incluída na versão oficial.

    Todos os cuidados foram tomados para oferecer a máxima qualidade no script. Entretanto, não há nenhuma garantia. Use o script por sua conta e risco. Uma dica: use o suporte do seu provedor, afinal você está pagando por ele. O pppd é o programa que mantém o link IP/serial entre o seu modem e o modem do seu provedor. Ele é compatível com qualquer provedor Internet que suporte conexões ppp, mesmo que o provedor não ofereça explicitamente suporte a Linux.

    Cada uma das distribuições de Linux "inventou" um conjunto de ferramentas diferente para configurar o pppd, mas não usaremos nenhuma delas nos exemplos - vamos direto aos arquivos de configuração, pois assim teremos maiores chances de criar um procedimento que sirva para qualquer tipo de linux. Os arquivos envolvidos nesta configuração estão em /etc/ppp - faça um backup do conteúdo do mesmo para evitar posterior choro e ranger de dentes.

    Atenção: o procedimento aqui exposto é necessário apenas para usuários de provedores de internet que não suportem autenticação PAP. Na absoluta maioria dos casos você poderá optar por outros métodos menos trabalhosos, como o PPP Fácil.

    O arquivo options

    O arquivo /etc/ppp/options estabelece as opções de conexão do seu modem, incluindo a velocidade, paridade, número de bits, nome do dispositivo onde está o modem, nome do arquivo de comandos de conexão, etc. Veja um exemplo de arquivo options:

    
    connect /etc/ppp/ppp-connect
    /dev/modem
    57600
    crtscts
    modem
    lock
    asyncmap 0
    defaultroute
    

    O arquivo ppp-connect

    Este arquivo contém a sequência de conexão ao seu provedor. Isto inclui os comandos de configuração do modem, bem como a sequência de logon interativo ao seu provedor. Esta sequência é construída com base na "tela" que o seu provedor apresenta para solicitar o logon. Por exemplo, no provedor Matrix Internet, de Florianópolis, a tela é a seguinte:


    
                       B E M   V I N D O   A
                        
    

    M A T R I X

    (router007) Seu Provedor Internet Florianopolis - Santa Catarina - Brasil Qualquer duvida ligue para: 0800-481155

    User Access Verification Username: Password: Serial connection established. Router 007>


    Para este provedor, construiremos um arquivo ppp-connect de exemplo que você pode verificar aqui.

    Este script opera com a "tela" da Matrix. Altere-o de acordo com a sequência de login do seu provedor, e se o seu provedor oferece suporte técnico, exija seus direitos ;)

    Não se esqueça de que o ppp-connect deve estar sempre com permissão 0700 e deve pertencer ao root.

    Ip-up e ip-down

    Se o seu pacote pppd foi adequadamente instalado, você já tem o arquivo /etc/ppp/ip-up instalado e não vai precisar mexer nele. Este arquivo contém a sequência de comandos que o pppd irá executar quando a conexão for estabe

    lecida, para poder fazer alterações de rotas, etc. Já o ip-up.local não deve estar instalado ainda, e você pode criar um se desejar. É neste arquivo que você personaliza os comandos a serem executados automaticamente a cada nova conexão.

    Se você estiver configurando o pppd em uma máquina que tenha outras interfaces de rede, crie um ip-up.local com os comandos de alteração de rotas necessários para quando a interface ppp entrar no ar.

    Analogamente ao ip-up e ip-up.local, você tem o ip-down e ip-down.local, que são executados sempre que sua interface ppp é desabilitada. Use-os se necessário.

    Ppp-off

    Este é um programa que geralmente acompanha o pppd mas fica "escondido" junto com a documentação. Seu objetivo é desativar uma conexão ppp estabelecida, liberando a linha telefônica. Procure-o junto da documentação do pppd

    e mova-o para o /usr/bin ou /usr/local/bin

    Ativando a conexão ppp

    Se você fez tudo corretamente, então está na hora de ativar a sua conexão ppp. Antes disso, vamos ver como acompanhar tudo que o pppd faz, já que ele não mostra mensagens na tela.

    Na configuração padrão, todos os passos do pppd são armazenados no arquivo básico de mensagens do syslog, que em geral é denominado /var/log/messages. Se você abrir uma janela (ou console) adicional e digitar o comando:

    tail -f /var/log/messages

    Esta janela passará a exibir em tempo real todas as alterações do log, servindo como uma ótima (ou única) forma de você depurar os seus scripts ppp.

    Isto feito, é hora de você ativar o link ppp. Digite o comando

    pppd

    E acompanhe no log o que estiver sendo feito. Se tudo correr bem, após cerca de um minuto você estará conectado. Se algo der errado, reveja todos os passos, prestando atenção principalmente nos proprietários e permissões do

    s arquivos. Consulte o ppp-howto, o net-3-howto e o modem-howto se necessário.

    Esta é uma maneira diferente de expor o procedimento de configuração do pppd, contribuída por um leitor. Ele testou estes procedimentos com sucesso no Red Hat e no Slackware. Como pode ser útil para outros usuários, estou postando aqui e agradeço a iniciativa do autor.

    Texto contribuído por Falcao (gutofalcao@mailbr.com.br)

    Primeiro, você deve verificar se seu kernel está compilado para utilização do PPP, TCP/IP, etc... e verificar se existe o programa chat instalado na sua máquina. Certificando-se disso, verifique se existe o diretório /etc/ppp. Se não, crie-o. Dentro deste diretorio, crie um arquivo chamado options, com as seguintes linhas:

    /dev/modem #aqui é o link de seu modem
    115200 #aqui a velocidade de seu modem, virtualmente
    modem
    crtscts
    lock
    connect /etc/ppp/net-connect
    asyncmap 0
    defaultroute
    noipdefault
    mtu 576
    

    ==> Caso ainda não tiver um link simbólico para seu modem, vá em /dev e crie um na porta serial que ele está: caso estiver na porta COM2, ln -s cua1 modem;

    Agora, crie em /etc/ppp um arquivo chamado net-connect, dessa forma:

    #!/bin/sh
    /usr/sbin/chat -v -t 60 -f /etc/ppp/net-chat
    

    Execute o comando de chmod 500 /etc/ppp/net-connect

    Agora, no diretório /etc/ppp, crie um arquivo chamado net-chat:

    ABORT "BUSY"
    ABORT "NO CARRIER"
    "" AT&F1&D1 # aqui é a string de seu modem. Portanto, pode ser 
                # que não seja esta aqui colocada
                # Verifique
    OK ATDT8180411 #aqui é o n.° do telefone(8180411) Mude para o 
                   #que vc usa. E se a linha telefônica for 
                   #pulse, mude ATDT para ATDP
    LOGIN: "AQUI O SEU USERNAME"
    PASS: "AQUI A SENHA"
    

    Execute o comando chmod 600 /etc/ppp/net-chat

    Depois, crie um outro arquivo em /etc/ppp, chamado ppp-off:

    #!/bin/sh
    kill -HUP pppd
    

    Execute chmod 755 /etc/ppp/ppp-off

    No dir. /etc, edite o arquivo resolv.conf e acrescente ou altere a linha: ' nameserver 200.243.227.65 #esse número é o DNS primário de seu provedor Acabou... para se conectar, digite pppd. Caso queria acompanhar todo o processo de conexão, digite tail -f /var/log/messages Quando aparecer "remote IP address...", tecle CTRL-C. Então você pode verificar a conexão, com ifconfig, route, pode pingar alguns endereços... Então é só abrir o seu browser/Email/NewsGroup/Chat/ICQ ou qualquer outra coisa e navegar à vontade...

    Para se desconectar, simplesmente digite /etc/ppp/ppp-off Caso não der certo, dê um ps e então um kill no número do processo do pppd.

    Bom, esse método foi criado por mim e já postado no site de Linux Ano2001 e aprovado pelo Dono do Site. Então, deêm uma analisada pois creio que ficarão satisfeitos com os recursos...

    []'s

    Guto Falcão

    falcao@dnet.com.br

    gutofalcao@mailbr.com.br

    O PAP é uma forma de autenticação que "substitui" a necessidade de digitação de login e de senha, e que portanto não vai exigir que vocêe "simule" uma tela interativa de logon.

    Caso seu provedor tenha suporte a PAP, configure o acesso de acordo com as dicas abaixo. Nota: este procedimento é específico para o Red Hat. Caso você conheça o procedimento para outras distribuições e queira compartilhar as dicas, não deixe de colaborar - as instruções estão no rodapé da página.

    Texto contribuído por Julliano Kremer <JotaKa@brasirc.net>

    Uma das formas mais simples de se usar PAP no Red Hat eh usar o NETCFG. Ele é um configurador de rede, e permite que se configure conexões PPP.

    Para executa-lo, é necessario que o usuario esteja rodando X Window, e um terminal como root. Neste terminal, digite netcfg. Ele abrirá o Network Configurator. Após isso, clique em Interfaces. Depois ADD. Nesse ponto voce escolhe o tipo de conexão que quer fazer. Clique em PPP, depois OK. A seguir, ele pedirá o número que você usa para discar para o seu provedor, bem como seu login e sua senha. Não esqueca de clicar em USE PAP AUTHENTICATION.

    Nesse ponto, você terá configurado uma interface PPP. Para conectar, basta na mesma tela de interfaces, clicar sobre a interface criada (a primeira como default eh ppp0) e depois clicar em Active. Nesse ponto o modem começará a discar e fará a conexão sozinho, utilizando o protocolo PAP. Para finalizar a conexão, clique em Deactivate.

    Sempre que quiser efetuar uma conexão, basta estar como root num terminal, iniciar o netcfg novamente, ir em interfaces, selecionar o ppp, e depois em activate.

    Observe que é possivel criar várias conexões ppp, com varios números de conexão diferentes, logins e passwords. Para isso basta seguir os passos acima citados.

    Conectando via PPP com PAP nos Slackwares 3.5 e 3.6

    Texto contribuído pelo leitor funtable (funtable@wnet.com.br)

      [Observação: este texto pressupõe algum conhecimento prévio de Linux e de conexões PPP. Visite as outras seções sobre rede para procurar os detalhes adicionais. E se quiser compartilhar estes detalhes com os demais leitores de Linux in Brazil, não deixe de nos mandar um e-mail!]

    1- Rode o comando "pppsetup" que está incluído nos pacotes N, da instalação do Slackware. Vai aparecer uma série de perguntas para que você descreva o seu tipo de conexão - responda-as como segue.

    -Press [Enter] to continue with pppsetup...

    R: (Pressione Enter)

    -To begin setting up your PPP connection, i need to know a few things. For starters, what is the phone number of your (I)nternet (S)ervice (P)rovider?

    R: Digite o fone do seu provedor

    -Where is your modem /dev/cua?

    R: Selecione a porta do seu modem

    -What baud rate is your modem?

    R: Selecione a velocidade (115200 funciona com todos)

    -Does your service provider use CALLBACK?

    R: No

    -The default modem init string will be: "AT&FH0" OK

    R: Essa init funciona normalmente com todos os modens USR, portanto se seu modem for, apenas pressione Enter

    -What is your (I)nternet (S)ervice (P)rovider's domain name?

    R: sue-provedor.com.br

    -What is the IP address of your Internet provider's nameserver?

    R: O endereço IP do servidor DNS fornecido pelo seu provedor

    -Does your service provider use PAP or CHAP?

    R: Selecione 'PAP'

    -Put your Login = Username in the box below.

    R: Seu Login

    -What's the password for the username above?

    R: Sua Senha

    EXIT

    Agora é so digitar no console: ppp-go que irá conectar.

      O leitor Mauro N. Madeira (madeira@brasilnet.net) mandou esta dica de conexão pelo wvdial, que parece ser uma maneira bastante simplificada de configurar a conexão ppp. Obrigado Mauro!


    Esta dica utiliza o programa wvdial, que pode ser encontrado em http://www.worldvisions.ca/wvdial/index.html

    O wvdial é mais uma forma de estabelecer conexões PPP. Ele é muito fácil de configurar, encontrando o modem por conta própria.

    Como instalar:

    Abra um um terminal e entre como super-usuário:

    su
    
    

    Instale com o seguinte comando:

    rpm -i 
    exemplo: rpm -i /home/madeira/progs/wvdial-1.20-1.i386.rpm
    

    Ainda como super-usuário, execute:

    wvdial /etc/wvdial.conf
    

    Se ele reclamar que nao existe este arquivo, wvdial.conf, basta criá-lo com:

    touch  /etc/wvdial.conf 
    
    e repetir o comando.

    Edite este arquivo e retire nas tres últimas linhas os ponto-e-vírgulas e substitua: [target phone number] pelo telefone de sua provedora; [your login name] pelo seu login na provedora e [your password] pela sua senha. (Obs.: retire também os [ e ]).

    Voce já pode testar com :

    wvdial
    
    Deve funcionar. Para mim funcionou na primeira.

    Agora, para você não ter de entrar como su toda vez que quiser conectar-se à Internet, execute os seguintes comandos:

    chown root  /usr/local/bin/wvdial
    chmod 4755 /usr/local/bin/wvdial
    

    Obs.: Não esqueca de configurar o DNS de seu sistema. Use linuxconf (como root) e acrescente o DNS de sua provedora, caso contrário, seu sistema não vai achar os sites pelo nome, só por número. Caso você queira testar com número para ver se sua conexão funcionou, experimente este no Netscape: http://200.135.236.160 Usuários que se conectam apenas por ppp via modem dificilmente vão precisar se preocupar com rotas. Entretanto, usuários conectados em redes locais segmentadas (com roteadores, bridges, etc.) precisarão con figurar as rotas de sua máquina. Este documento não pretende ensinar técnicas de roteamento, mas abordarei um caso simples, a título de exemplo. Caso você precise de informação adicional, leia o net-3-howto.

    A minha máquina pessoal opera em uma rede local segmentada, e tem acesso à internet através de um modem de linha discada (ppp). A arquitetura desta rede é como segue: qualquer endereço IP que comece com 10.9 deve ser tratad o como local. Endereços IP que comecem com 10, mas cujo segundo token não seja 9, devem ser tratados pelo roteador interno, cujo IP é 10.9.1.20. Qualquer outro endereço é considerado como externo, e portanto deve ser enviado pelo modem. Por questões de se gurança e de otimização, os protocolos de roteamento (routed, gated...) estão desativados, e a máquina opera com rotas estáticas. Na inicialização eu ativo as duas rotas locais e a rota remota, com comandos semelhantes aos seguintes, incluidos no /etc/rc. d/rc.local:

    route del default                    
    route add -net 10.9.0.0 eth0         
    route add -net 10.0.0.0 gw 10.9.1.20 
    route add default ppp0               
    

    Nota: se sua máquina Linux for atuar como roteador, outras preocupações de segurança e configuração devem ser lavadas em conta. Consulte a documentação adicional.

    Resolução de nomes (DNS)

    Toda máquina conectada à Internet costuma usar algum mecanismo que permita converter os nomes de hosts em em endereços IP. Este serviço é provido por um servidor de nomes (name server, domain name server, DNS server). Seu p rovedor internet deve fornecer a você o endereço de um ou mais servidores DNS. Inclua-os com o comando nameserver no arquivo /etc/resolv.conf - por exemplo, no provedor Matrix eu utilizo os servidores de nomes 200.202.17.1 e 200.202.7.1 - as entradas corr espondentes no arquivo são:

    nameserver 200.202.17.1
    nameserver 200.202.7.1
    

    Você pode incluir até 4 servidores neste arquivo, e eles são consultados na ordem em que aparecem.

    Após configurar a resolução de nomes, se o seu link ppp estiver ativo, experimente dar um ping em um nome de host do seu provedor. Por exemplo:

    ping -c 4 www.matrix.com.br

    Se o comando for bem-sucedido, sua configuração DNS está ok. Se algo der errado, verifique sua conexão PPP e também o resolv.conf.

    Toda interface de rede, seja ela uma placa Ethernet, um modem, ou qualquer outra, precisa ter um endereço IP. Se você se conecta à rede utilizando apenas PPP, é provável que você jamais precise se preocupar com isto - em geral as conexões PPP se encarregam de descobrir e registrar seu próprio IP, que pode inclusive variar a cada conexão (IP dinâmico).

    Entretanto, usuários de rede local ou de outras interfaces que utilizem IP fixo precisam configurar adequadamente o seu endereço IP, máscara de subrede e (raramente necessário) endereço de broadcast.

    Invariavelmente todas as distribuições de Linux, no momento de sua instalação, ao detectarem que o micro tem placa de rede ou caso o usuário solicite, perguntam todos estes dados. Responda com atenção, solicitando as informações ao administrador da sua rede. Não adianta "chutar" valores.

    Se você precisar os parâmetros de endereçamento de sua máquina, é recomendável utilizar os utilitários próprios da sua distribuição de Linux, como por exemplo o linuxconf ou o yast. Caso você seja realmente corajoso, tente editar diretamente os arquivos de configuração (/etc/sysconfig e /etc/rc.config são bons candidatos) e os arquivos de inicialização (geralmente abaixo de /etc/rc.d).

    Discussões sobre endereçamento IP estão fora do escopo deste arquivo mas você sempre pode procurar no net-3-howto.

    Em tempo: se a sua rede local utiliza serviços de atribuição dinâmica de endereçamento (exemplo: DHCP) saiba que o Linux também o suporta, tanto como servidor quanto como cliente. Procure na documentação adicional. Se a sua máquina Linux está adequadamente conectada a uma rede (seja ela uma rede local ou a Internet), está na hora de configurar os serviços da mesma. De uma adequada configuração de serviços dependerá o desempenho do seu sistema, bem como a segurança do mesmo.

    A informação mais básica sobre serviços está no arquivo /etc/services. Este arquivo raramente precisará ser alterado, e especifica as portas de conexão de todos os serviços TCP. Ao instalar o Linux, este arquivo é criado automaticamente. Caso ele se perca, instale uma cópia para que sua rede possa continuar operando.

    Inetd.conf

    O arquivo /etc/inetd.conf é o responsável pela configuração da maior parte (embora não todos) dos serviços que sua máquina oferece para a rede. Observe o seu inetd.conf atentamente. Linhas que iniciem com o caracter # indicam comentários e/ou serviços desabilitados. Linhas que começam com qualquer outro caracter indicam serviços ativos.

    Se a sua máquina for apenas um cliente de rede (você se conecta apenas como usuário e não pretende fornecer nenhum serviço), você pode colocar o # na frente de todas as linhas. Uma possível exceção é o serviço auth (identd) , útil para usuários de serviços on-line como por exemplo o irc.

    Por outro lado, se você precisa prover serviços à rede, seja cauteloso. Em primeiro lugar, certifique-se de Ter instalado o pacote TCPD (TCP Wrappers). Felizmente, a maior parte das distribuições Linux instala o TCPD por default. Este pacote permite criar limitações de acesso, definindo quem pode e quam não pode acessar cada serviço. Isto permite, por exemplo, que você defina que apenas usuários do provedor matrix.com.br podem ter acesso ao ftp da sua máquina, ou então que todos os usuários, exceto os do provedor daterranet.com.br podem ter acesso ao seu telnet.

    Outra providência importante é liberar apenas os serviços que você precisa prover. Se você não precisa de serviços como o rwho, chargen, echo, time (ou se nem sabe o que eles são), mantenha-os fechados.

    Se você precisa prestar o serviço ftp, não libere o serviço anônimo (anonymous). Se você realmente precisar do ftp anônimo, tome todas as precauções adicionais, mantendo sempre uma versão recente e certificada do ftpd, e sem permissão de upload, ou com atributos especiais (write-only) no diretório reservado aos uploads, caso contrário você corre o risco de estar deixando uma porta aberta na sua máquina e/ou de se tornar um receptador inconsciente de arquivos ilegais (warez).

    Não libere o serviço finger para usuários externos - ele é uma fonte de informações para quebra de senhas.

    A não ser que você saiba muito bem o que está fazendo, não libere serviços de shell remota (telnet, remsh, rexec, rlogin, rsh, ssh, etc.)

    Nunca libere o serviço tftp (trivial ftp) para a sua rede externa, e se possível nem para a rede interna

    Ao liberar serviços de e-mail remoto (POP, IMAP e similares) lembre-se de verificar atentamente as versões instaladas dos servidores, pois o pop e o imap foram muito explorados no passado recente.

    Alguns serviços adicionais, como o www e o irc, não são configurados no inetd.conf. Para estes serviços, refira-se à documentação que os acompanha. Após configurar sua conexão de rede, estará tudo pronto para usar os serviços da Internet - para isto, basta você ter os softwares clientes.

    O mais necessário para a maior parte dos usuários é um bom browser, e no mundo Linux o Netscape é com certeza o favorito. As versões mais recentes deste browser sempre estão disponíveis para Linux, e têm a mesma aparência e as mesmas funcionalidades das versões para sistemas operacionais. No momento em que escrevo (novembro de 1998) tenho instalado em minha casa o Netscape Communicator 4.05, e com ele acesso sites em geral (incluindo Java, RealAudio e Flash), e eventualmente leio mail e news.

    Falando em mail, há uma série de boas opções. Você pode usar o XFMail, Arrow, Kmail (todos com interface gráfica). Usuários "clássicos" podem preferir o pine e o elm, em modo texto. Se você tiver necessidades muito especiais e não quiser que o cliente de e-mail baixe os mails para você, poderá baixá-los do provedor e disponibilizá-los para processamento local com o fetchpop ou o fetchmail. Dependendo da sua disponibilidade, pode até criar listas de discussão com o majordomo, petidomo, listserv e o listproc.

    Para a transferência de arquivos, você conta com uma grande série de clientes ftp. Para o modo texto, há o excelente ncftp. Em modo gráfico, há uma grande gama de alternativas, como o ftp nativo do KDE, o Netscape, TkFtp e muitos outros.

    Se você gosta de jogos em rede, pode instalar o Doom e o Quake. Se você é ICQManíaco, pode instalar o ICQ Java da Mirabilis, ou um dos diversos clones do ICQ disponíveis (todos compatíveis entre si).

    Para o pessoal dos chats, há uma enorme variedade de alternativas. Há os clientes textuais, como o ircii, BitchX, ScrollZ, e há também os clientes gráficos como o circus, KIRC, TkIrc Xirc e muitos outros. Você pode também instalar e configurar seu próprio eggdrop bot.

    Para conectividade, há uma série de opções. Se você quer compartilhar discos e impressoras com máquinas Windows, instale o pacote Samba. Para compartilhar com outras máquinas Unix, conheça o lpr e o NFS.

    E há muito mais... Consulte a documentação adicional.


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