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Testei e aprovei o roteador WiFi N ESR600, com suporte a até 8 redes sem fio e interface em português

O rotedor sem fio EnGenius ESR600H, que está chegando ao varejo brasileiro, foi testado e aprovado: hardware de qualidade, suporte a todos os padrões que me interessam, desempenho, cobertura, e ainda por cima tem interface de administração em português.

Ele acabou com 2 das minhas opiniões sobre o gênero: o de que roteadores de mesma geração para uso doméstico são todos parecidos, e de que vale a pena continuar comprando sempre da mesma marca notória de rotedores da qual sempre comprei no passado.

Os recursos básicos dele são mesmo parecidos com o de qualquer roteador contemporâneo que eu já tenha testado: WiFi N, 1 porta WAN e 4 portas LAN (Gigabit), 4 antenas (sendo 2 internas), suporte a vários padrões criptográficos, firewall, redirecionamento de portas, DHCP, QoS, seleção automática de canais e mais. Alguns detalhes que faltam em modelos “populares”, como um botão físico liga/desliga, estão presentes e não podem deixar de ser notados.

Mas ele tem alguns diferenciais que estou mais acostumado a encontrar em firmwares alternativos: uma interface de configuração via web caprichada e poderosa, suporte ao nosso idioma (na interface via web, incluindo as telas e os textos de ajuda), servidor Samba interno (mencionado claramente pelo nome na documentação), modo WDS (para estender uma rede existente, às vezes chamado de “modo repetidor”), DMZ, filtro contra DoS, até 5 túneis VPN (PPTP ou L2TP), porta USB, configurada para compartilhar uma impressora ou um disco USB via Samba ou NetUSB, e mais.

Como ele é dual-band (2,4 e 5GHz simultâneos), eu já imaginava que poderia configurar 2 redes sem fio independentes e simultâneas, mas o que encontrei me surpreendeu muito positivamente: em cada uma das frequências eu posso definir 4 redes separadas (totalizando 8), cada uma com seu SSID e suas senhas de acesso. Dá para passar para a visita ou o vizinho uma senha de rede secundária, que depois você pode mudar ou desativar sem afetar a dos usuários da casa…

Testei durante 2 semanas o modelo ESR600H, em condições reais de operação, substituindo o roteador que usualmente atende a minha casa, na qual há uso de rede sem fio em 5 cômodos.

A configuração inicial foi como de costume: conectei um computador ao roteador via cabo de rede, acessei a URL http://192.168.0.1/ e informei o login e senha default que constam no folheto que vem na caixa.

A configuração é similar a de outros roteadores, até porque não dá de fugir de alguns passos básicos: definir como é a conexão ao provedor (geralmente é IP dinâmico ou PPPoE, mas há outras opções disponíveis também, e o roteador tenta detectar automaticamente), o nome da(s) rede(s) sem fio que devem ser criadas, a senha para elas, etc.

A diferença aqui é que a interface de configuração via web é bonita e funcional, lembrando um aplicativo desktop, e que estão disponíveis várias opções adicionais, incluindo monitoramento e o compartilhamento de uma impressora ou de um disco USB na rede.

Sei que escrevo para profissionais e técnicos da área, portanto vou poupá-los dos detalhes, mas não posso deixar de fazer uma lista rápida dos itens que constam na aba ‘Advanced’ do configurador: NAT, Port Mapping, Port Forwarding, Port Triggering, ALG (Application Layer Gateway), UPnP, IGMP, QoS, Routing (para configurar roteamento estático), WOL (para permitir acordar um computador da rede interna via Wake on Lan iniciado a partir da Internet).

A aba Tools também tem alguns detalhes interessantes: escolher um servidor NTP da Internet para sincronização automática de horário, e cadastrar um servidor de DNS dinâmico para manter um hostname associado ao seu computador (o sistema suporta DDNS dos provedores DHS, DynDNS, ZoneEdit, CyberGate e qdns).

São tantos pontos positivos, que dá até vontade de não mencionar os aspectos negativos que encontrei, porque são poucos e de pequena importância. Mas review é review, e vamos a eles: a interface de administração não me conduziu automatica e obrigatoriamente a mudar a senha default de administração como eu esperaria (mas eu a mudei facilmente pelo menu), e o manual de instalação só menciona o suporte a NetUSB para computadores com Windows (embora o DVD traga driver também para Mac). E a disponibilidade de redes sem fio separadas gera a vontade de que uma versão futura possa isolar bem o tráfego entre elas, com configurações diferenciadas para cada uma, por mais que isso não seja propriamente uma demanda comum do mercado SOHO.

Quanto ao uso, foi sem surpresas (o que é bom): a qualidade do sinal foi a que eu estava acostumado em outros dispositivos WiFi N (ou seja: bem melhor que a geração anterior, inclusive no labirinto das paredes e aberturas de apartamentos, e interferências de condomínios), não houve necessidade de reconfigurar ou ficar trocando o aparelho de lugar, e o sinal pegou na casa inteira com qualidade, mesmo com as anteninhas dos smartphones (algo que não acontece com um roteador de geração anterior que ainda tenho por aqui).

A EnGenius avisa que o roteador está chegando ao varejo nacional e já pode ser encontrado em seus distribuidores Streakwave e Anixter.

Em suma: recomendo. Já pode pedir para o seu Papai Noel da Conectividade!


• Publicado por Augusto Campos em 2012-11-26

Comentários dos leitores

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    Brivaldo Jr (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 10:10 am

    Compara esse ai com o Ruckus. :D

    Frank (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 11:22 am

    Parece ser muito bom. Onde é que vende e qual é o preço médio?

    Pajé (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 11:51 am

    Finalmente uma solução completa e profissional para pequenas redes. Se vc tem uma pequena empresa em casa, se vc tem grande demanda doméstica, se usa jogos e compartilha a rede com o vizinho, se vc usa estes aparelhos em pequenos escritórios, laboratórios, escolas, postos, etc., então vc sabe como é sofrível lidar com equipamentos amadores e frágeis, que não te dão confiança e não garantem o serviço q vc queria. Tomara q este aparelho resolva esta lacuna no mercado!!

    Carlinhos (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 12:16 pm

    Roda OpenWRT? :D

    Anderson Castro (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 1:10 pm

    Qual o preço do aparelho. Fiquei babando pelas funcionalidades, principalmente pelas oito redes separadas. Precisamos de aparelhos assim no mercado nacional.

    Marcelo (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 1:50 pm

    Tem SNMP?
    Um dos principais motivos por eu usar o DD-WRT hoje, é o suporte ao SNMP, que quase nenhum rotedor tem.

    Rodrigo Zadra (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 3:12 pm

    Isso é uma matéria patrocinada(?) ou uma propaganda?

    Oi Rodrigo Zadra,

    Eu ia perguntar a mesma coisa ao Augusto Campos.

    Se você receber um equipamento para testes (gratuitamente) ou se a fabricante pagou pela matéria, você deve avisar aos leitor sobre isso.

    Brivaldo Jr (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 4:40 pm

    Caros colegas.. o Ruckus (também tem 8 BSSIDS), tem VLANs dinâmicas e tudo mais.. e é um dos melhores aparelhos WIFI que eu já usei na vida.

    Fiz uma análise no meu Blog. O Ruckus 7341 (que comprei no eBay), custou $399,00… e sinceramente? Não teve nenhum outro AP tão poderoso que já usei. :D

    Daniel (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 6:52 pm

    O que faz o Roteador Wifi (AP) é tanto o hardware quanto o firmware, mas o firmware tem um peso enorme sobre a qualidade do sistema como um todo. Comprei um DLINK DIR-615 E5 na última semana e o meu sinal wireless não ultrapassava 30 minutos sem que o roteador derrubasse o sinal. A especificação do hardware desse AP é excelente mas os firmwares da DLINK são um lixo… nenhum firmware da DLINK resolveu o problema, mas foi só jogar o DD-WRT no camarada que as coisas mudaram de figura. Com o DD-WRT eu tenho todos esses recursos mencionados na matéria (merchan??) acima e ainda tenho muito mais como por exemplo o Captive Portal. E o DD-WRT te obriga a trocar a senha no primeiro login!!! =D

    Não recebi o produto “de brinde”, nem recebi pagamento pela matéria, e concordo que ambos os casos deveriam ser informados caso ocorressem. Mas eu pedi e recebi o aparelho para review, e (infelizmente, porque eu simpatizei com ele) ele já está embalado para a devolução.

    Brivaldo Jr (usuário não registrado) em 26/11/2012 às 10:08 pm

    Concordo com o Augusto.. é legal quando nos deparamos com tecnologias novas e que resolvem nosso problema. Acho que este tipo de matéria tem cunho informativo.. e é muito válido e salutar.

    É sempre bom saber que existem outras alternativas além dos já conhecidos: Dlink, TPLink, Linksys e por ai vai… obrigado por compartilhar. :)

    Reginal Cledito (usuário não registrado) em 27/11/2012 às 1:56 am

    E o que isso têm a ver com Linux?

    Felipe (usuário não registrado) em 27/11/2012 às 10:56 am

    Brivaldo, estou tentando achar essa análise do Ruckus que você fez e não a encontro.

    Você poderia me passar o link? Ou por e-mail.
    f.raposo(at)hotmai…

    Agradecido

    Gabriel Rezende (usuário não registrado) em 27/11/2012 às 2:41 pm

    Reginal Cledito,

    O blog nunca fui só sobre Linux.

    Abs

    Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 27/11/2012 às 3:00 pm

    Augusto, boa análise!

    Uma pergunta: você testou ele por quanto tempo? Pergunto isso, porque eu comprei um dos aparelhos ditos “top” da TpLink, e embora a qualidade do sinal seja boa, e tudo mais, mais ou menos a cada 20 dias, eu tenho que desligar/ligar da tomada, porque ele congela e não “roteia” mais nada (mesmo com o firmware mais atual do site do fabricante).

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