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Canonical responde sobre sua licença do H.264

O The H relata que, com a atual controvérsia sobre as patentes do formato de vídeo H.264 e os codecs de código aberto, alguns observadores notaram e divulgaram que a Canonical consta na lista dos licenciados da MPEG-LA, o que leva a pelo menos duas questões básicas: a primeira delas é se os usuários do Ubuntu estão, deste modo, com alguma cobertura adicional para o uso do H.264.

Para esta questão o The H buscou a resposta junto à própria empresa, que respondeu claramente: usuários que fazem o download e instalam o Ubuntu não têm qualquer cobertura ou licença especial da MPEG-LA para usar o H.264. E a empresa também acrescentou que acredita no trabalho a favor dos codecs em código aberto.

A segunda questão, que decorre da primeira resposta, é: quem então está coberto por este licenciamento? A resposta mais uma vez é fornecida: os distribuidores OEM, quando assim desejam. Quando uma empresa licencia o Ubuntu para entregá-lo pré-instalado em seus computadores, ela tem um cardápio de opções proprietárias para incluir, como Adobe Flash, Acrobat, Fluendo, Real Player, suporte a DVD e… o H.264, como você a essa altura já concluiu. (via h-online.com)

A essa altura das discussões entre apoiadores do Theora e do H.264, minha simpatia fica com aqueles que adotam o primeiro e procuram reduzir a proliferação do segundo, e torço para que não se torne comum essa via adotada pela Canonical.


• Publicado por Augusto Campos em 2010-05-06

Comentários dos leitores

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    Aqui na empresa nós somos OEM de sistemas da Canonical.

    Realmente existe a opção de incluir softwares proprietários em nossas instalações.

    Mas a própria Canonical incentiva o uso de softwares livres pelos OEMs ao invés da opção proprietária.

    A opção propietária existe, mas a própria Canonical não recomenda ela. Ela é bastante ética e ao mesmo tempo está preparada para atender às todas as demandas de mercado.

    Nada de ruim nisso.

    Bruno Fantin (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 3:28 pm

    Augusto.

    Inegavelmente o Ubuntu é a unica distribuição Linux que podemos afinal que teve um sucesso no Desktop, é isso se deve a um fato, ela pensa no usuário final.

    Tenho um amigo que é musico, ele nunca programou, não sabe nada de administração ou de redes e nunca abriu um terminal, mas ele usa somente o Ubuntu na sua maquina. Ele não procura uma solução livre, ele procura uma solução que atenda ele. Se o H.246 atente e o Theora não, em vez de criticamos as empresas que usam ou apoiam o H.246, porque não concentramos nossos esforços no Theora.

    Se o Theora ainda não é universalmente usado é porque falta algo nele ainda, e seria burrice demais da Canonical tira a opção de usar ele em favor do Theora. Afinal ele faz “Linux para Humanos” e não “Linux para Adoradores do Open Source”.

    Um software tem que ganhar mercado com mérito próprio. Olha o Opera, ele sempre disse que a culpa por ele não crescer era do IE, e por anos ficou assim. Ai veio o FF e rapidamente alcançou 25% do mercado. Ai a União Europeia obrigou a MS a deixar o usuario escolher qual browser usar e o Opera praticamente ficou com a mesma porcentagem de mercado. Então quem é o errado da historia?

    Não precisamos fazer campanha para adoção de um software livre, precisamos sim é criar um software livre de qualidade.

    self_liar (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 4:12 pm

    Pena qué é dificil encontrar estas informações.Mas percebe-se que quem compra computadores com ubuntu pre instalado ,então estará pagando para a senhora MPEG-LA.A natureza do lucro e o repasse de divida para o consumidor garante que isso aconteça.

    @self_liar

    Você está enganado.

    Quem compra um computador com o Ubuntu pré-instalado não está NECESSARIAMENTE pagando as licenças da MPEG-LA.

    Isso só ocorre se o integrador do hardware escolheu fazê-lo.

    Aqui na empresa, por exemplo, não embarcamos nada proprietário pré-instalado. Os nossos clientes instalam se quiserem e por conta própria após a compra.

    O Ubuntu mesmo automatiza essa tarefa para os usuários que assim desejam.

    E isso sem pagar nenhum valor para a MPEG-LA.

    self_liar (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 5:34 pm

    Claro, quem quiser suporte já instalado .Eu lembro que a dell já inclui suporte já instaldo , então as pessoas que compram dell estão pagando.

    xisberto (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 5:36 pm

    Bruno Fantin,

    o problema com o Theora não é tanto de qualidade ou desempenho. Há quem diga que ele tem qualidade ligeiramente inferior, mas quase imperceptível.

    A questão é que a MPEG-LA afirma que, de uma forma ou de outra, todos os codecs de vídeo vão, em algum momento, infringir uma de suas várias patentes, e ninguém ainda iniciou nenhum processo para verificar se o Theora realmente infringe alguma dessas patentes ou se é só FUD.

    @self_liar

    Só pra deixar ainda mais claro todo o processo:

    Eu não sei dizer nada sobre o que a Dell em particular embarca junto com o Ubuntu que ela distribui OEM no hardware dela, mas aqui, os hardwares em que embarcamos o Ubuntu mediante acordo de parceria com a Canonical e homologados por ela para rodar o Ubuntu, não incluem nada proprietário no software.

    Incluir ou não software propeitário sob licença obtida junto à Canonical para equipamento OEM é escolha de cada empresa integradora de hardware.

    A Dell e outras podem escolher embarcar. Nós aqui escolhemos não fazê-lo. De qualquer forma, o usuário final é quem decide instalar software propietário no nosso caso.

    Não interfirimos nisso.

    E a própria Canonical não incentiva o embarque de software proprietário. Pelo contrário.

    Mas cada integrador decide isso.

    Philippe (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 6:41 pm

    self_liar,

    O DELL Mini que eu comprei vinha com Fluendo (codecs varios, tudo legalizado) e não achei isso ruim.

    O “repasse de divida” que sofri foi imperceptivel, ja que com Ubuntu era 50 dolares mais barato que com XP, e acredito que se não tivesse vindo com Fluendo não ia custar nem 1 dolar a menos.

    estou esperando que escrevas num blog pessoal tuas idéias sobre corporações e tudo mais para que possamos discutir sem off-topic

    self_liar (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 6:52 pm

    Phillipe

    O repasse da divida pode ser imperceptivel,mas os grandes problemas são que mesmo que seja um valor pequeno (50 centavos de dolar) ,você estará dando dinheiro por nada . É mesma coisa que dar dinheiro para a MPEG-LA a troca de nada.

    E lembre-se ,de grão em grão a galinha enche o papo. É assim que os banqueiros ganham milhões.

    Um caso interessante é que a Microsoft ja pagou mais de 1 bilhão por causa do mp3 incluido em algumas versões do windows .

    E quem pagou a conta?
    Os usuários de Windows legalizado.

    zer0c00l (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 7:31 pm

    “O repasse da divida pode ser imperceptivel,mas os grandes problemas são que mesmo que seja um valor pequeno (50 centavos de dolar) ,você estará dando dinheiro por nada . É mesma coisa que dar dinheiro para a MPEG-LA a troca de nada.”

    Se não fosse MPEG-LA não existiria a patente e nem o codec, assim também é fácil né.

    oneboring (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 8:20 pm

    Se não fosse MPEG-LA não existiria a patente e nem o codec, assim também é fácil né.

    Não. Na verdade esse é o absurdo maior. Se a MPEG-LA não existisse, o codec existiria mesmo assim. Não foram eles que desenvolveram. Eles são puramente um grupo de patent trolls, não fazem nenhuma pesquisa & desenvolvimento, não produzem nada.

    Você sabia que a MPEG-LA detém patentes até sobre o MPEG-2? Isso é ridículo. Só quotando a Wikipedia para retirar qualquer dúvida: “MPEG LA is not affiliated with MPEG, the Moving Picture Experts Group”.

    Muitas pessoas acham que foi a MPEG-LA que desenvolveu o H.264, e por isso ficam demonizando o H.264 como se tivesse sido um codec desenvolvido para ganhar dinheiro em cima de patentes. O H.264 é um padrão da ITU (padrão ITU-T H.264, daí o nome do codec), que é um órgão internacional sediado em Genebra, Suíça (lugar onde, até onde sei, nem é permitido patente de software), e portanto nada a ver com MPEG-LA, sediada em Denver, Colorado, Estados Unidos.

    Portanto, eu afirmo que não é justo culpar o H.264 nem os desenvolvedores dele pela situação que está ocorrendo. Eu arriscaria até dizer que muitas das pessoas que participaram do desenvolvimento do H.264 queriam que esse codec fosse livre, e duvido muito que alguém que tenha realmente participado do desenvolvimento ganhe PELO MENOS parte dos royalties dessas patentes. Vou até facilitar e dar o nome e a foto das pessoas se alguém quiser tentar me contradizer: http://www.itu.int/ITU-T/studygroups/com16/jvt/index.html

    Resumo: Na minha opinião, o H.264 é um ótimo codec, foi desenvolvido com boas intenções, não tenho nada contra quem desenvolveu o codec, parabenizo muito o pessoal do x264 pela implementação LIVRE e de excelente qualidade que eles produzem, e o que a MPEG-LA faz é completamente injusto e não deveria nunca ser permitido pela legislação de um país em sã consciência.

    Zhu Sha Zang (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 10:00 pm

    E viva a liberdade de escolhas. Nem que a escolha facilite o fim da liberdade.

    moreno (usuário não registrado) em 6/05/2010 às 10:12 pm

    @Zhu_Sha_Zang, seu troll!! se houver o fim da liberdade, onde vc encontrará diferentes escolhas?

    Covarde Anonimo (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 1:51 am

    Vocês esquecem que patentes tanto nos EUA quanto em qualquer outro país não precisa necessariamente provar que desenvolveu, mas que tem know now e que seja o primeiro a registrar. Então hoje há uma porrada de patentes nas mãos de quem não desenvolveu, mas que chegou primeiro e registrou a patente.

    Bem vindos ao mundo capitalista. :D

    João (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 8:29 am

    Essas patentes de software já foram longe demais. Patentes foram criadas para incentivar a inovação, não para que um bando de sujeitos sedentos por dinheiro registrem patentes a torto e a direito sem produzir nada de útil para a sociedade.
    Se você trabalhar, isolado do mundo, durante alguns meses ou anos, e mostrar ao mundo sua implementação para codificação/decodificação de vídeo, sem ter visto uma linha sequer de código de terceiros, as chances de você quebrar uma patente de software são ENORMES. Isso mostra o quão patéticas são essas patentes.

    MarcusJabber (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 8:38 am


    Se o H.246 atente e o Theora não, em vez de criticamos as empresas que usam ou apoiam o H.246, porque não concentramos nossos esforços no Theora.
    Se o Theora ainda não é universalmente usado é porque falta algo nele ainda

    @Bruno Fantin
    De onde você tirou tal conclusão? como o @xisberto disse, existem outros problemas. Não seja um FUD!

    http://hacks.mozilla.org/2009/06/open-video-codecs-and-quality/

    @Andre
    E continua sendo díficil tentar explicar as coisas ao self_liar. Porque ele simplesmente não tem a menor preocupação com a razão em seus comentários.

    Abs!

    Isso já está ficando ridículo… Todo mundo agora é dono de alguma patente.
    Daqui a pouco os sistemas não poderão usar o duplo clique porque fere a patente de alguém.
    É preciso que o mundo reveja com muito cuidado a legislação sobre patentes para que isso não fuja ao controle.

    Anderson (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 10:40 am

    @amseber,

    rapaz, não sei se foi só eu, mas fiquei na dúvida se esse seu comentário foi sarcástico. Se não foi:
    Patente do Duplo Clique

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 11:52 am

    @Bruno Fantin,

    Amigo, essa conversa de que “porque não investimos nisso”, então. É um discurso muito difundido. Só que de fato é uma grande bobagem! :-P

    1. Alguém lhe disse que não se investe no Theora?

    2. O fato de se discutir a presença de patentes e tal em determinadas tecnologias não é um assunto tecnológico. Não é desenvolvimento. É política. O que eu entendo desse tipo de discurso é que é um apelo para que não se discuta nada de caráter político.

    3. É uma ilusão acreditar que a “comunidade” por trás de qualquer projeto livre é como se fosse uma pessoa. São várias pessoas, cada um com seu interesse particular. Existem pessoas preocupadas com o Theora, com o V8, com MPEG e com o H.264. Existem pessoas preocupadas com a adoção do H.264 por distribuições como o Ubuntu ou projetos como o Ekiga. Existem pessoas preocupadas com a proliferação de software “contaminado” por patentes e esse tipo de acordo que busca espalhar FUD pra atrair usuários (pagantes).

    Enfim, existem pessoas preocupadas com várias coisas e isso não significa que não há uma preocupação para que as coisas funcionem no computador do seu colega músico.

    Existem também divergências de qual é a melhor estratégia a se adotar. Nem todos concordam que as coisas devem simplesmente funcionar a qualquer preço.

    @Anderson

    Com certerza foi…
    Mas valeu pelo link ;-)

    psicoppardo (usuário não registrado) em 7/05/2010 às 9:53 pm

    A verdade o filho é de quem registra.
    kkkkkkkkkk

    máxima apontada e que explicaria bem a Lei sobre patentes nos EUA, uma vergonha.

    Rafael A. de Almeida (usuário não registrado) em 9/05/2010 às 6:03 am

    Patentes de software não valem no Brasil.

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