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“Discussão livre sobre código aberto” – minha coluna no TechTudo/Globo.com

O TechTudo entrou em fase beta ontem, então não preciso mais ficar em silêncio sobre ele: trata-se de um portal novo, integrante do Globo.com, para falar sobre tecnologia em geral (a lista de colunas já presentes trata de blogs, foto, gadgets, jogos, Linux, Mac e vários outros temas).

Fui convidado há algumas semanas para escrever regularmente lá, e naturalmente aceitei: escrever sobre código aberto para leitores ainda não convertidos a essa preferência é um desafio que me atrai, e espero poder falar sobre isso para cada vez mais audiências.

O título que escolhi para a minha coluna semanal é “Discussão livre sobre código aberto”, e já está no ar uma coluna inaugural (mas ainda beta) intitulada “Código aberto sem extremismos” (trecho inicial reproduzido abaixo).

Faz tempo que não sou favorável ao tipo de cobertura de tecnologia que se comporta como briga de torcida, chamando quem discorda de suas opiniões de “*tards” (mactards, wintards, freetards, etc), recorrendo a estereótipos de mau gosto para caracterizar quem prefere determinados sistemas operacionais, etc.

Mas esse tipo de cobertura é tão comum, que decidi dedicar minha primeira coluna a explicar que ele não é o único, e que usar código aberto não precisa ser sinônimo de entrar num clima de ódio com quem prefere outras alternativas (apesar de em todos os lados haver pessoas que defendem ruidosamente que você deve entrar em um confronto, para fazer avançar os ideais defendidos por eles) – e ao mesmo tempo lembrar aos leitores da audiência de lá que provavelmente eles já usam código aberto, e talvez nem saibam.

Segue o trecho, e recomendo uma visita ao beta do TechTudo:

Usar código aberto não significa precisar abrir mão de seus sistemas favoritos, ter de reaprender tudo e formatar seu computador. Mais do que isso, não significa se transformar em arqui-inimigo de algum outro sistema, nem desejar o fim de todas as outras formas de produção e distribuição de software.

Essa impressão de antagonismo é – ao menos parcialmente – justificada: agressões de parte a parte sempre existiram, entre os defensores de ambos os lados.

Mas é falsa a conclusão de que existe uma polarização, ou de que a adoção de um dos modelos por qualquer usuário precisa ser acompanhada do completo abandono do modelo oposto.

O que ocorre na prática é uma confraternização cada vez maior (e não necessariamente consciente) entre os dois modelos: é perfeitamente possível, e até comum, usar aplicativos em código aberto (muitos deles com boa qualidade) em sistemas proprietários como o Windows, e também não é raro encontrar quem use softwares proprietários (como o Skype, por exemplo) em sistemas de código aberto como o Linux.

Você provavelmente já usou código aberto (…)(via techtudo.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-12-09

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Magno (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 9:46 am

    Parabéns, Augusto! Sua coluna vai ser um sucesso!

    Parabéns Augusto. Mais um lugar para eu acompanhar.

    Esse “periodicamente” é semanal, diário, quando der na telha :)

    Assim posso programar minhas leituras.

    é semanal, frb, mas quando for algum assunto que interessa ao público daqui também, eu publicarei chamada, como faço com parte das colunas que publico no DeveloperWorks (nem todas funcionam igualmente nos vários públicos)

    MaxRaven (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 10:24 am

    Parabéns.
    Estava vendo o rumores desde semana passada, como acompanho boa parte dos colunistas percebi um movimento estranho e ontem fiquei sabendo o que era realmente (apesar de alguém ter mandado um tuite errado uns dias atras kkkk), vamos ver se não virar palco pra mais uma Tards Wars.

    ioca100 (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 11:02 am

    Boa sorte e sucesso !

    Desejo todo o sucesso do mundo, Augusto!

    Como leitor das primeiras horas do Br-Linux, é muito bom saber que há alguém centrado e sem radicalismos para mostrar que uso do software livre é tão profissional quanto o uso de software proprietário.

    Aliás, desejar sucesso, não … Já é prova do sucesso do Br-Linux e, por consequência, seu!!

    Flávio

    André Caldas (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 11:18 am

    É uma pena que haja tanto medo em se falar de software livre… :-(

    Não sei porque… talvez a tese seja de que haveria uma rejeição em massa… que é coisa de comunista… ou pior: coisa de extremistas!!!

    Porque não falar SIMPLESMENTE em software gratuito, então? Acho que sei… é simples: porque o termo “open source” já está bem marquetado. Open source é “software livre” sem extremismos… me parece mais fácil marquetar um “produto” se você tem o “primo extremista” pra dizer: “não somos desses extremistas… somos open source.”

    Bom… se no decorrer do tempo se chegar a colocar os benefícios da liberdade:

    1. Fomento da economia local, em contraposição à evasão de divisas;

    2. Diminuição da exclusão digital;

    3. Capacitação tecnológica;

    4. Inclusão de pequenas empresas e geração de oportunidades em contraposição ao status de MEROS VENDEDORES de aplicativos; (o mesmo que o item 1?)

    5. Redução da inexigibilidade em licitações. Não apenas de compra de software… contratos de manutenção, implementação de melhorias, etc;

    O “open source” é marquetado se aproveitando da própria confusão que a expressão “open source” causa. Quem fala de “open source” ou “código aberto” por aí, não sabe em geral (e na minha opinião) o que é e o que não é “open source”. Enquanto que o “software livre” se preocupa em esclarecer que não é o mesmo que “gratuito”, o “open source” quer mais é que pensem que o importante é que seja gratuito… ou que seja “open” (que tenha código fonte disponível?)…

    Em qualquer caso, o que leva ao sucesso de ambos são as liberdades envolvidas. O sucesso não vem simplesmente do fato de o código fonte estar disponível… é basicamente por causa das liberdades envolvidas.

    Se a sua nova coluna ajudar a esclarecer esse ponto… será uma coisa muito boa. Espero que não vire só uma coluna pra apresentar sofwares gratuitos que são interessantes.

    O conceito de “vendor lock-in” poderia ser um tópico interessante. ;-)

    Boa sorte nessa nova jornada, :-)
    André Caldas.

    Lucas Filho (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 11:41 am

    Olá Augusto,

    Parabéns por mais esta conquista! São pessoas como você que fazem o Software Livre, Open Source, Software Grátis, “coisas de nerd” (ou como quer que chamem)… e afins, um grande potencial para a sociedade em todos os sentidos.

    Precisando de ajuda pode contar conosco.

    Até mais,
    Lucas Filho
    http://www.open-ce.com.br

    Se quem toma para si a tarefa de defender o movimento software livre tiver mesmo medo de usar esta expressão, será mesmo uma pena, André. Não me parece ser o caso, entretanto: os integrantes deste movimento até se esforçam bastante para usá-la, e mesmo para querer que outros não-integrantes também a usem.

    Mas concordo que há quem entenda bem errado os termos – tanto o free software quanto o código aberto – e achem que isso se refira a gratuidade, ou no máximo a haver os fontes disponíveis para consulta.

    O conceito de código aberto que assumo e defendo é o da Open Source Definition, que inclui e detalha as 4 liberdades da Free Software Definition, e espero que a nova coluna me dê ainda mais oportunidades de apresentar estes conceitos a quem hoje ainda os desconhece ou entende de outra forma.

    Maikon (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 1:08 pm

    “O Linus Torvalds usa Power Point…” Que decepção… Realmente a quantidade de pessoas que contribui com a escrita do codigo aberto não é lá tão grande, mas custava ele dar uma ajudinha então ao pessoal do open agora libre office sendo bom programador como ele é?! Bad Linus… Mas com essa exceção. (bad Linus) Não acho que devemos, por exemplo, abrir mão das funcionalidades dos nossos computadores se ralmente precisamos dele funcionando perfeitamente, exemplificando com drivers e programas que precisamos para trabalhar. Mais uma coluna para podermos ler e refletir. Boa sorte Augusto.

    Diego (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 1:25 pm

    Parabéns pelo espaço conquistado! Vamos torcer para a nova coluna se tornar um ponto de referência sobre OpenSource, assim como é o BRLinux.

    [OFF]
    Repararam nos “Links Patrocinados” do site? É possível estilizar tanto assim (a ponto de parecer conteúdo do site) ou é porque é da Globo que o Google “deixou”?
    [/OFF]

    Marcus Both (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 1:35 pm

    Parabens cara, genial!

    André Machado (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 2:19 pm

    Bá, mais uma coluna? Primeiro, o Developers Work e, agora, um site da Globo? Daqui a pouco, o Augusto vai aparecer na novela das 8. Parabéns e que, com sua coluna, possamos mostrar mais do mundo GNU/Linux a um público que, esteriotipadamente, é consumidor de aplicativos proprietários.

    André Caldas (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 3:34 pm

    @Augusto,

    Espero que meu comentário não tenha sido nada além de uma crítica construtiva. :-)

    O conceito de código aberto que assumo e defendo é o da Open Source Definition, que inclui e detalha as 4 liberdades da Free Software Definition, e espero que a nova coluna me dê ainda mais oportunidades de apresentar estes conceitos a quem hoje ainda os desconhece ou entende de outra forma.

    Sucesso! :-)

    tenchi (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 4:49 pm

    [off toppic]
    @Augusto, onde vc arruma tempo para escrever bons textos em tantos sites diferentes?

    André Moraes (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 5:15 pm

    Parabéns e boa sorte Augusto.

    tenchi, Ele não deve dormir, só tirar umas sonecas de 30min durante o dia :D

    Tenchi, obrigado! Eu escrevo sobre minha organização do tempo no @efetividadeblog, dá uma olhada lá ;-) E não é nada muito complexo, eu tenho algumas horas por semana dedicadas a escrever, e aí é só uma questão de ir seguindo as diretrizes de cada um dos canais – pro BR-Linux tem que ser curto, pra linux magazine tem que ter um número específico de caracteres sem imagens, pro developerworks tem que ter um formato determinado, pro techtudo precisa ter um certo padrão de links, e assim por diante.

    André Machado (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 5:18 pm

    Augusto, por que meu comentário lá não apareceu? Tem que ser aprovado antes? Eu acredito que não tenha dito nada demais…

    André, lá ainda está em beta, acho que eles estão liberando os comentários em blocos. Ao meio dia apareceram uns 10 comentários de uma só vez. Não imagino que eles estejam lendo os comentários antes de liberar, mas provavelmente estão testando as rotinas anti-spam, formatos, etc.

    Lançar site novo e já com público frequentando não é nada fácil, não invejo a equipe de lá nesses dias ;-)

    Parabéns e sucesso nesse novo canal de divulgação do FOSS e adjacentes.

    Patola (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 7:05 pm

    Não gostei. O artigo fala do “extremismo” de quem xinga de “mactards” e outros termos mas age do mesmo jeito, demonizando outras alternativas ao estigmatizá-las como “extremistas”, “de ódio” e demais adjetivos depreciativos. Ad Hominem para algo com o qual não concorda, que parece ser a filosofia do Software Livre como disposta na página da Fundação do Software Livre.

    Se você discorda das liberdades associadas ao software como filosofia para um mundo melhor (ao invés da abordagem estritamente pragmática do código aberto), teria sido muito mais honesto dizer isto claramente nesta matéria de introdução, pelo menos para apresentá-la como alternativa de ponto de vista.

    Acho que você leu um artigo diferente e achou que era o meu, Patola – ou então você deixou a sua própria percepção sobre algum dos movimentos mencionados influenciar uma conclusão que difere do que escrevi.

    Não penso que haja – e no meu texto não tem – qualquer associação entre o movimento Software Livre e este mau hábito de se referir aos usuários de outros sistemas como se fossem “*tards” ou agir em clima de ódio. Pelo contrário: até me parece que deixei bem claro que estou falando do que ocorre na *cobertura* de tecnologia. Não é no âmbito dos movimentos.

    Não que essas ações raivosas não ocorram também no âmbito do movimento Software Livre, mas até mesmo mencionei na minha coluna que esse comportamento lamentável e pouco construtivo ocorre em ambos os lados do campo.

    No Brasil, até me parece que o exemplo mais visível desse tipo de cobertura raivosa e tendente a ser distorcida usualmente é pró-Microsoft e pró-Apple, e não pró-Software Livre.

    E não discordo da liberdade em geral como fundamento para a construção de um mundo melhor. Espero inclusive que minha nova coluna me dê outras oportunidades frequentes de transmitir a ideia de que a liberdade oferecida nas licenças de código aberta é positiva e pode construir um mercado e uma sociedade mais equilibrados e aptos a se desenvolver positivamente.

    Patola (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 9:52 pm

    Será mesmo? Algumas frases mostram um pensamento que sugere algo diferente, ressalto aqui: “(…)não significa se transformar em arqui-inimigo de algum outro sistema, nem desejar o fim de todas as outras formas de produção e distribuição de software.”. Outra: “Mas é falsa a conclusão de que existe uma polarização, ou de que a adoção de um dos modelos por qualquer usuário precisa ser acompanhada do completo abandono do modelo oposto.”

    A primeira expressão passa a idéia de ódio de outro sistema, quando o problema é a falta de ética de um modo de produção e distribuição de software (software proprietário/privativo). A segunda propõe um “meio-termo” que pode até existir pragmaticamente mas em termos éticos tenderá sempre à solução 100% ética que seria eliminar todo e qualquer software proprietário (aceitando a premissa que software livre é ético e software proprietário é anti-ético).

    Aliás, tem gente que tem arrepios em que se diga isso, que software proprietário é anti-ético. O que é prático fazer hoje em dia, no entanto, é algum tipo de comprometimento dos valores éticos ligados à liberdade de software em troca de alguma conveniência para fazer certas coisas. Esse grau de comprometimento depende da pessoa, mas considero um erro colocá-lo como uma “posição ideal” e não como uma posição intermediária enquanto não chegamos a um ponto que seja prático usar somente software livre. Sempre deveria ser lembrado que o ideal é, sim, tornar todo software livre para maximizar o bem comum da sociedade.

    Por isso, nos meus textos pelo menos, eu evito caracterizar a posição prática no momento como muito confortável. O ideal é continuarmos fazendo pressão para “liberar tudo, liberar geral”. Ainda que alguns pragmatistas vivam insistindo pra que desistamos deste “sonho utópico”.

    Sim, será mesmo. As frases estão bem claras, e não sugerem absolutamente nada referente ao movimento software livre. A adoção do código aberto não precisa ser acompanhada do abandono de outros modelos, nem de se transformar no arqui-inimigo de algum outro sistema.

    foobob (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 11:26 pm

    que tal discussão aberta sobre software livre? Mais desafiador de veicular em um ambiente como o da Globo, não?

    Seria um bom título pra uma coluna cujo foco fossem as questões da liberdade de software, sim. Ou pra uma que fosse escrita por alguém que se veja primariamente como integrante do movimento software livre!

    Mas não acho que seria algo especialmente desafiante, a liberdade para escolher o título da coluna é bem grande.

    Até torço pra que alguém dos PSLs, da FSF ou dos movimentos alinhados a eles produzam material pra esse tipo de veículo e audiência, acho que seria uma grande oportunidade de divulgar a mensagem deles. Mais ou menos como o Corinto Meffe já faz na PC World, mas voltado a um público ainda mais amplo.

    eddie (usuário não registrado) em 10/12/2010 às 12:01 am

    Concordo.

    Uma coisa que muitos não devem conhecer.
    (apenas um exemplo)

    http://www.opensource.apple.com/
    http://www.apple.com/opensource/

    foobob (usuário não registrado) em 10/12/2010 às 5:36 pm

    “Apple: (some) open sources, (all) closed hardware”

    har har

    Parabéns pelo espaço, Augusto, acredito que você o usará muito bem.

    Pacífico Ferraz (usuário não registrado) em 12/12/2010 às 8:28 pm

    Augusto, não sei seu nome completo, mas o conheço por Augusto Campos. Caso seja apenas isso, solicite a alteração de seu nome na página de abertura da TechTudo, pois ali, ao lado sua foto – você se parece um pouco comigo – seu nome está grafado como Augusto Ramos, pelo menos no momento que escrevo isto.
    Parabéns por mais esta missão em defesa do código aberto.

    André Machado (usuário não registrado) em 12/12/2010 às 8:41 pm

    Augusto, não é por nada não, mas você não tem a nítida impressão de que a foto sua que colocaram no TechTudo dá a impressão de que você é um pouco, assim, como direi… obeso?

    tenchi (usuário não registrado) em 12/12/2010 às 10:45 pm

    @André Machado, ainda bem q vc não citou a quase monocelha do autor :-)

    [off-toppic]
    Não conheço o Augusto pessoalmente, mas pela foto que tem no site augustocampos.net, ele é um pouco “rechonchudo” sim. Procura no google, que tem várias fotos do Augusto, e verá que ele tem ossos largos, ao que parece.

    Leao (usuário não registrado) em 13/12/2010 às 5:28 am

    Obeso huhUAUAHUHUH, comédia, olha oq o maluco fala rs

    Obrigado a todos pelos comentários adicionais, e obrigado ao Pacífico pelo bug report ;-)

    Cícero Moraes (cogitas3d) (usuário não registrado) em 13/12/2010 às 2:49 pm

    Bacana!

    Eu estava desejando algo assim a muito tempo.

    Parabéns!

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